Faringe e Laringe Flashcards
Configuração exterior da faringe e relações
Face anterior, (não apresenta) pois continua, de superior a inferior, com a cavidade nasal, oral e com a laringe.
Face Posterior: relaciona-se posteriormente, com a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical e os músculos pré-vertebrais. Corresponde à parte cervical da coluna vertebral.
Faces Laterais: apresenta uma porção superior ou cefálica e uma porção inferior ou cervical, separadas por um plano que passa ao nível da margem inferior da mandíbula.
Na porção superior:
Espaço latero-faringeo
Ramo da mandíbula
Músculo pterigoideu medial
Glândula parótida
Músculo esterno-cleido-mastoideu
Artéria carótida externa e alguns dos seus ramos colaterais
Artéria carótida interna
Veia jugular interna
Nodos linfáticos jugulares internos
Na porção inferior:
Pedículo Cervical (C7) (ANV – de medial para lateral)
o Artéria carótida comum
o Veia jugular interna
o Nervo vago
Lobos da glândula tiróide
Configuração interior da faringe: fala sobre a rino-faringe
Nasofaringe – porção nasal/superior: relaciona-se com as fossas nasais.
Parede anterior – Coanas
Paredes póstero-superior - Apófise basilar do occipital e ligamento occipito-atloideu anterior.
Parede superior - amígdala faríngea
Paredes laterais – orifício faríngeo da trompa de Eustáquio, revestido por uma mucosa que apresenta uma massa densa de tecido linfoide que constitui a amígdala tubáriaca.
Parede inferior – Véu do palato (permite a separação entre nasofaringe e a orofaringe)
Sobre a configuração interior da faringe: fala sobre oro-faringe.
Orofaringe ou bucofaringe (porção média/bucal) é uma cavidade tanto respiratória como digestiva que vai desde o véu do paladar até à linha imaginária que passa pelo osso hioide
Parede superior - Véu do palato;
Parede inferior - Corpo do osso hioide;
Parede anterior - Comunica com a cavidade bucal pelo istmo das fauces e abre-se na cavidade bucal (parte faríngea da face dorsal da língua).
Parede posterior - arco anterior do atlas, corpo do áxis e C3.
Sobre a configuração interior da faringe: fala sobre laringo-faringe.
A laringo-faringe (porção laríngea/inferior) vai desde o limite anterior até C6 onde se continua com o esófago.
Parede anterior – laringe (de superior para inferior: epiglote, orifício superior da laringe e saliência formada pelas cartilagens aritenoideia e cricoideia);
Paredes laterais – goteiras faringo-laríngea
Sobre o véu do palato: como é constituído, qual a sua forma (faces e bordos) e pilares
O véu palatino, também denominado, palato mole ao qual corresponde o terço posterior, é uma estrutura suave e parcialmente móvel, que separa a cavidade bucal da faringe num estreitamento denominado istmo das fauces.
É composto por fibras musculares cobertas pela membrana mucosa e dispõe de estruturas particulares na borda inferior: os pilares do véu palatino, duas colunas que constituem os limites laterais do istmo das fauces, e a úvula (ou campainha), pequena formação que pende para a parte central. O véu palatino encarrega-se de bloquear a passagem dos alimentos para as fossas nasais no momento de os engolir.
Septo músculo membranoso móvel que continua o palato duro e separa a nasofaringe da orofaringe.
Face ântero-inferior: apresenta uma saliência mediana que prolonga o rafe palatino do véu do palato;
Face póstero-superior: em continuidade com o pavimento das fossas nasais; concava, com rafe mediana e papilas gustativas
Bordo anterior: confunde-se com o bordo posterior do palato duro;
Bordos laterais: unidos na parte inferior da apófise pterigóidea, confundindo-se com as paredes laterias da faringe;
Bordo posterior: apresenta ao centro a úvula e de cada lado os pilares do véu do palato
Pilares:
- Arco palatoglosso (pilar anterior)
- Arco palato-faringeo (pilar posterior)
Na faringe existem várias regiões com massas densas de tecido linfóide (amígdalas). quais são? Como se chama o anel linfático por elas formado?
A faringe tem dois aneis linfáticos:
Anel de Waldeyer: é o maior e é formado pelas amígdalas lingual, palatina, tubária e faríngea e o folículos linfoides entre elas.
Anel de Bickel: é o mais pequeno e é formado inferiormente pela amígdala lingual, dos lados pelas amígdalas palatinas e folículos linfáticos da mucosa dorsal do palato mole.
Onde se localiza e com que estruturas se relaciona a laringe?
A laringe é um órgão ímpar e mediano que se localiza anteriormente no pescoço, estando relacionada com os planos músculo fasciais e com a pele da região cervical anterior.
A laringe projeta-se entre C3 e C6.
Situa-se:
Anteriormente à laringofaringe - com a qual comunica;
Posteriormente à tiróide;
Superiormente à traqueia;
Inferiormente à raiz da língua.
Fala sobre as cordas vocais (onde se localizam, qual a sua forma, que estruturas estão contidas no seu interior e de que forma dividem a cavidade laríngea)
As cordas vocais dividem a cavidade laringe em 3 partes:
Parte Superior
Encontramos a abertura laríngea, superiormente, que juntamente com as pregas vestibulares, inferiormente, delimitam o vestíbulo. Este é limitado por:
Anteriormente: superfície posterior da epiglote.
Lateralmente: superfícies mediais das pregas ariepiglóticas.
Posteriormente: mucosa interaritenóidea.
Parte média
Estende-se do vestíbulo à glote, contendo as pregas vestibulares e os ventrículos de Morgagni, divertículos laterais da cavidade laríngea que se desenvolvem entre as cordas vocais e as pregas vestibulares.
Parte inferior
Estende-se desde as cordas vocais até à margem inferior da cartilagem cricoideia.
As cordas vocais verdadeiras (pregas vocais) e as cordas vocais falsas (pregas vestibulares) vão dividir a cavidade laríngea em 3 andares: supraglótico, glótico e infraglótico.
Andares supra-glótico, glótico e infra-glótico da laringe.
O piso glótico encontra-se limitado lateralmente: superiormente com as duas pregas vestibulares e inferiormente pelas duas pregas vocais. O piso glótico apresenta na linha mediana uma fenda, a glote.
O piso supraglótico é denominado vestíbulo da laringe:
Anterior - epiglote e pelo ligamento tiro-epiglótico;
Posterior - às cartilagens aritnoideias e à incisura interaritnoideia;
Laterais - pregas aritno-epiglóticas, superiormente, e pelas pregas vestibulares, inferiormente.
O piso infra-glótico constitui a cavidade infra-glótica, apresentando a forma de um funil. É formada pela superfície interna da cartilagem cricoideia.
Inervação dos músculos da laringe
Todos os músculos intrínsecos da laringe, com exceção do cricotiróideo, são inervados pelo nervo laríngeo recorrente (ramo torácico do Nervo Vago (X)). O músculo cricotiróideo e a mucosa infraglótica são inervados pelo ramo externo do nervo laríngeo superior (ramo cervical do Nervo Vago (X)).
Músculos da faringe, inserções e funções
INSERÇÕES EM FALTA Músculos constritores: Músculo constritor superior da faringe Músculo constritor médio da faringe Músculo constritor inferior da faringe Todos os músculos constritores têm função esfincteriana e peristáltica na deglutição. Músculos levantadores e dilatadores: Músculo petro-faríngeo Músculo estilo-faríngeo
Músculos do véu do palato, inserções e funções
INSERÇÕES EM FALTA
Tensor do véu do palato: ação é a de tensor do véu palatino durante a deglutição, e dilatador da tuba auditiva.
Levantador do véu do palato: levantador do palato mole e um constritor da tuba auditiva.
Palatoglosso: constritor do istmo bucofaríngeo e a de puxar a língua póstero-superiormente.
Palatofaríngeo: constritor do istmo das fauces ou nasofaríngeo, dilatador da tuba auditiva (Eustáquio) e levantador da faringe e da laringe.
Músculos da úvula: levantador da úvula.
Vascularização (arterial e venosa) da faringe
A irrigação arterial da faringe é feita por ramos da artéria carótida externa:
➢ Artéria faríngea ascendente
➢ Ramos da artéria facial
➢ Ramos da artéria maxilar e lingual
A drenagem venosa é feita pelo plexo venoso faríngeo, que drena para a veia jugular
interna
Cartilagens da laringe: quais são, onde se localizam e como se relacionam
O esqueleto da laringe é formado por uma série de cartilagens interligadas por ligamentos e membranas fibrosas, e movida por inúmeros músculos.
As cartilagens laríngeas são 3 ímpares: tireóidea, cricóidea e epiglótica, e 4 pares: aritenóidea, cuneiforme, corniculada e tritícea.
As cartilagens da laringe relacionam-se entre si pelas articulações intrínsecas e ligamentos intrínsecos:
◦ Crico-tiroideia
◦ Crico-aritenoideia
As mais importantes funcionalmente pois na rotação lateral afastam os processos vocais das cartilagens aritenóides e abrem a glote e na rotação medial aproximam os processos vocais e fecham a glote.
Como é feita a articulação entre a laringe e órgãos vizinhos.
Membrana tirohioideia
Ligamento hio-epiglótico
Membrana cricotraqueal
Relativamente aos músculos extrínsecos da laringe, onde se inserem e quais as suas funções?
INSERÇÃO EM FALTA Músculos levantadores da laringe: Tiro-hioideu Estilo-hioideu Milo-hioideu Digástrico Estilo-faríngeo Palato-faríngeo; Músculos depressores da laringe: Omohioideu Esterno-hioideu Esterno-tiroideu.
Relativamente aos músculos intrínsecos, onde se inserem e quais as suas funções?
INSERÇÕES EM FALTA Músculos tensores das cordas vocais: Crico-tiroideu Músculos dilatadores da glote: Crico-aritnoideu posterior Músculos constritores da glote: Crico-aritnoideu lateral Tiro-aritnoideu inferior Tiro-aritnoideu superior Aritnoideus oblíquo e transverso
Vascularização (arterial e venosa) da laringe?
Artéria Laríngea Superior (Artéria Tiroideia Superior – Artéria Carótida Externa)
Artéria Laríngea Inferior (Artéria Tiroideia Superior – Artéria Carótida Externa)
Artéria Laríngea Posterior (Artéria Tiroideia Inferior – Tronco Tiro-Bicervico-Escapular – Artéria Subclávia)
Veia Laríngea Superior (Veia Tiroideia Superior – Tronco Tiro-Linguo-(Faringo)-Facial – Veia Jugular Interna)
Veia Laríngea Inferior (Veia Tiroideia Superior – Tronco Tiro-Linguo-(Faringo)-Facial – Veia Jugular Interna)
Veia Laríngea Posterior (Veia Tiroideia Inferior – Tronco Venoso Braquiocefálico)
Drenagem linfática da faringe?
A faringe tem uma rede linfática mucosa e uma rede muscular menos importante. A rede submucosa é comum com as cavidades e órgãos adjacentes: fossas nasais e cavidade oral, trompa de eustáquio e esófago. Os linfáticos eferentes vão para o grupo ganglionar retrofaríngeo e para a cadeia jugular interna.
Drenagem linfática da laringe?
Os vasos linfáticos laríngeos superiores às cordas vocais (andar supraglótico) acompanham a artéria laríngea superior e drenam para os gânglios cervicais profundos superiores e os linfáticos inferiores às cordas vocais (anda infraglótico) drenam para os gânglios pré-traqueais ou para-traqueais, que drenam para os cervicais profundos inferiores.
A linfa dos gânglios cervicais profundos passa através dos troncos venosos jugulares para o sistema venoso nos ângulos de pirogoff.
A glote não apresenta drenagem linfática uma vez que qualquer sangue/linfa iria impedir a respiração. Por outro lado, se existissem gânglios e estes ficassem inflamados, a pessoa sufocaria.
Quais as fases do mecanismo da deglutição.
A fase oral, a fase faríngea e a fase esofágica.
Como funciona o aparelho de fonação laríngeo.
É composto pela laringe e os articuladores (mandíbula inferior, lábios, palato mole, língua, dentes, alvéolos e o palato duro). O ar expelido dos pulmões é transformado em som ao passar pela laringe onde são localizadas as cordas vocais que vibram com a passagem do ar, produzindo o som. Quando estamos apenas respirando a glote se alarga permitindo a livre passagem do ar, sem contacto com as cordas vocais, portanto, sem produção sonora. A glote fecha-se para a fonação. Ao chegar na boca o som é transformado em fonemas pelos articuladores, que são órgãos influentes na qualidade da voz, brilho, cor e sonoridade sendo eles responsáveis em levar o som da laringe para o aparelho ressonado
Pontos fracos da faringe e que patologias podem aí surgir? (resposta esperada: divertículo de Zencker)
Divertículo de Zenker, também conhecido como divertículo faringoesofágico, é um pseudo-divertículo da mucosa da parede posterior da faringe, logo acima do músculo cricofaríngeo e abaixo do músculo constritor inferior da faringe ou do esfíncter esofágico superior (inicio do esófago). É o divertículo mais comum do esôfago, ocorrendo geralmente após os 60 anos de idade. É decorrente da perda da elasticidade tecidual e redução do tónus muscular.
O bolo alimentar deglutido exerce pressão dentro da faringe, acima do esfincter esofagiano superior, e causa herniação da mucosa e da submucosa através da área de fraqueza anatómica, proximal ao músculo cricofaríngeo.
Espaço maxilo-faríngeo = látero-faríngeo (limites e conteúdo).
Espaço lateral às paredes laterais da faringe. Tem a forma de um prisma triangular.
Limites:
Medial – face lateral da faringe e septo sagital de Charpy;
Lateral – ramo da mandíbula, músculo pterigoideu medial, glândula parótida e músculo esternocleidomastoideu;
Posterior – lâmina pré-vertebral da fáscia cervical.
No interior do espaço encontram-se:
Posteriormente: artéria carótida interna, veia jugular interna, nervo glossofaríngeo (IX), nervo vago (X), nervo acessório (XI), nervo hipoglosso (XII) e simpático;
Anteriormente: parótida, artéria carótida externa e jugular externa.
Espaço retro-faríngeo (limites e conteúdo).
Tal como o nome indica, é um espaço que se encontra posteriormente à faringe, logo, entre a faringe e a coluna vertebral.
Limites:
Anterior – face posterior da faringe e fáscia perifaríngea (bucofaríngea) que a envolve;
Posterior – lâmina pré-vertebral da fáscia cervical;
Lateral – septos sagitais de Charpy. (Têm origem no músculo estilofaríngeo e dirigem-se depois medialmente até se inserirem na face lateral da faringe. Aqui, desdobram-se dirigindo-se para posterior até alcançam a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical.);
Superior - apófise basilar do occipital.
Inferiormente - continuidade com o espaço retrovisceral.
Contém:
Os nodos linfáticos são os retrofaríngeos laterais e medianos.
Ramos da artéria faríngea ascendente, que é, por sua vez, ramo da artéria carótida externa;
Afluentes da veia faríngea ascendente (ramo da veia jugular interna).