Sistema Genital Feminino Parte II Flashcards

1
Q

Quais as camadas do útero

A

• Camada basal
• Camada funcional

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2
Q

Quais as características da camada basal

A

• Mais profunda
• Adjacente ao miométrio

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3
Q

Quais as características da camada funcional

A

• Formada pelo epitélio superficial e lâmina própria

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4
Q

Qual camada que sofre com as mudanças do ciclo menstrual

A

Camada funcional

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5
Q

Qual o formato das glândulas uterinas

A

Glândulas uterinas tem formato de tubos retilíneos com lúmen estreito

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6
Q

Quais as fases do ciclo menstrual

A

I. Fase proliferativa, folicular ou estrogênica
II. Fase secretória ou luteal
III. Fase menstrual

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7
Q

O que ocorre na Fase proliferativa da menstruação

A

• Período de renovação
• Desenvolvimento dos folículos ovarianos → Aumento do Estrógenos que atua induzindo a proliferação celular, reconstituindo o endométrio perdido durante a menstruação

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8
Q

Normalmente apenas um folículo se desprende e vai para as tubas uterinas, o que estimula o aumento dos níveis de estrógeno que induz a proliferação endometrial. Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

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9
Q

Quando ocorre a Fase proliferativa da menstruação

A

Ocorre após a fase menstrual

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10
Q

Quando ocorre a Fase secretória da menstruação

A

Inicia após a ovulação e resulta da ação de progesterona secretada pelo corpo lúteo.

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11
Q

Qual a consequente da ação de progesterona secretada pelo corpo lúteo.

A

Produção de glicogênio → Dilatação do lúmen das glândulas

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12
Q

O que ocorre na Fase secretória da menstruação

A

Endométrio alcança sua máxima espessura (aprox.5 mm)

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13
Q

Descreva como ocorre o espessamento do endométrio

A

As fibrinas das tubas capturam o ovócito secundário → Desprendendo do ovário → Deixa um corpo lúteo no ovário (cicatriz) → Funcinar como um glândula → Produzir progesterona → Aumenta a produção do glicogênio → Desita no lúmen das glândulas → Dilatação → Espessamento do endométrio

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14
Q

O que ocorre na Fase menstrual da menstruação

A

• Queda dos níveis de estrógenos e progesterona no sangue → Maior parte da camada funcional do endométrio é separada da mucosa e cai no lúmen uterino, fazendo parte do fluido menstrual
• Caso ocorra a fecundação →Corpo lúteo se mantem funcinal → Mantem progesterona → Evita a descamação endometrial → Nidação (inplantação do óvulo)

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15
Q

Quais os componentes do miométrio

A

Espessa camada de músculo liso

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16
Q

Quais os componentes do miométrio Serosa/Adventícia uterina:

A

Tecido conjuntivo com ou sem revestimento de mesotélio, respectivamente.

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17
Q

Como diferenciar histologicamente o Colo do Útero das demais regiões

A

Pois o cérvice apresenta duas regiões histológicas distintas:
• Endocérvice
• Ectocérvice

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18
Q

Quais os componentes do Endocérvice

A

Tecido conjuntivo denso + glândulas

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19
Q

O que é o Endocérvice

A

Mucosa é revestida por uma camada única de epitélio simples colunar secretor de muco

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20
Q

O que é o Ectocérvice

A

• Extremidade externa da cérvice, que provoca saliência no lúmen vaginal
• Revestida por epitélio estratificado pavimentoso + Camadas de células epiteliais

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21
Q

Quais as camadas do Ectocérvice

A
  1. Basal
  2. Parabasal
  3. Intermediária
  4. Superficial
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22
Q

Qual a função do Ectocérvice

A

Seu padrão celular cofere proteção

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23
Q

O que é a junção escamo-colunar (JEC)

A

Região de transição entre o Endocérvice e o Ectocérvice

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24
Q

O que ocorre com a junção escamo-colunar no período reprodutivo

A

JEC se exterioriza, expondo-se a acidez vaginal

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25
Q

O que são Cervicites

A

• Condições inflamatórias comuns do colo do útero
• Geralmente associadas a corrimento vaginal purulento

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26
Q

Quais são os principais agentes causadores das Cervicites:

A
  1. Chlamydia trachomatis (40% dos casos)
  2. T. vaginalis
  3. Candida spp.
  4. Neisseria gonorrhoeae
  5. HSV-2 (agente do herpes genital)
  6. Determinados tipos de HPV
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27
Q

Quais as características gerais das Cervicites

A

• No tecido conjuntivo há infiltrado mononuclear na conjuntiva → Inflamção crônica
Obs.: Inflamações agudas apresentam um infiltrado Polimorfonuclear

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28
Q

Quais são as Metaplasias do colo do útero

A

✔️ Metaplasia escamosa
✔️ Neoplasia intraepitelial cervical (NIC)
✔️ Carcinoma in situ do colo uterino
✔️ Carcinoma microinvasivo do colo uterino
✔️ Carcinoma invasivo do colo uterino

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29
Q

O que são Metaplasias

A

• Adaptação celular reversível da morfologia de um grupo celular

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30
Q

Qual a causa da Metaplasia escamosa do cérvice

A

Ocorre devido a adaptação da JEC à um novo pH convertendo o EPITELIO SIMPLES COLUNAR para EPITELIO ESTRATIFICADO ESCAMOSO

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31
Q

A metaplasia é considerada uma lesão maligna ou pré-maligna. Verdadeiro ou Falso

A

Falso, metaplasia NÃO é considerada uma lesão maligna ou pré-maligna, mas sim um processo adaptativo (alteração reversível).

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32
Q

Qual o exame de referencia detectar as Metaplasia escamosa

A

Papanicolau

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33
Q

Por que a zona de transformação tem grande importância na realização do Papanicolau ?

A

Pois é este o sítio onde o vírus HPV costuma se fixar,
tornando-se, portanto, uma área extremamente
susceptível ao aparecimento de tumores malignos.

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34
Q

Como é a macroscopia da Metaplasia escamosa

A

• Zona de transformação é a porção da endocérvice mais próxima do orifício externo do canal cervical e, portanto, limítrofe com a ectocérvice
• Camada basal sem delimitação, núcleos mais hipercromáticos. Com perceptível processo de coilocitose (indicativo de infecção por HPV)

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35
Q

Se durante a inspeção o médico observar alguma área do colo do útero com alterações suspeitas, deverá ser realizada:

A

Uma biópsia da lesão e enviar junto ao material

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36
Q

Qual o objetivo do Papanicolau

A

• Procurar lesões indicativas de câncer de colo de útero
↳ Coletar células da ectocérvice, endocérvice, zona de transformação e JEC
↳ Enviadas para um laboratório para que possam ser estudadas em um microscópio por um patologista

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37
Q

O que deve ser informado no laudo do Papanicolau

A
  1. Dizer que a amostra enviada foi satisfatória
  2. Indicar que tipos de tecido deram origem às células captadas
  3. Indicar o tipo de células presentes
  4. Descrever a microbiota
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38
Q

Maioria dos câncers de colo de útero são epiteliais, sendo carcinomas em que 60% dos casos são causados pelo HPV. Verdadeiro ou Falso

A

Falso, maioria dos câncers de colo de útero são epiteliais, sendo carcinomas em que 90% dos casos são causados pelo HPV

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39
Q

Onde se origina o câncer de colo de útero

A

O câncer do colo do útero pode originar-se em um ou em ambos os epitélios: epitélio escamoso (ectocérvice) e/ou epitélio glandular (endocérvice)

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40
Q

A maioria dos tumores de colo do útero (90%) é de origem glandular e é causada por cepas oncogênicas do papilomavírus humano - HPV. Verdadeiro ou Falso

A

Falso, a maioria dos tumores de colo do útero (90%) é de origem EPITELIAL e é causada por cepas oncogênicas do papilomavírus humano - HPV

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41
Q

Qual a relação entre o HPV e o cancer de colo de útero?

A

Tropismo para as células escamosas imaturas da zona de transformação (camada basal)

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42
Q

O HPV sozinho pode causar o câncer de colo de útero. Verdadeiro ou Falso

A

Falso, o HPV sozinho não é suficiente para conduzir o processo neoplásico

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43
Q

Quais são os fatores de risco para câncer de colo de útero

A

São diretamente relacionados com a exposição ao HPV:
1. Idade precoce na primeira relação sexual
2. Múltiplos parceiros sexuais
3. Parceiro masculino com múltiplos parceiros sexuais anteriores
4. Infecção persistente por cepas de alto risco de vírus do papiloma

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44
Q

Quais são os sinais e sintomas do câncerde colo de útero:

A

• As formas pré-invasoras são assintomáticas e detectadas apenas nos exames preventivos
• Os tumores têm, como manifestação característica: o sangramento anormal, em especial o sangramento no coito
• Quando o tumor apresenta necrose, o odor é característico
• Nos estágios mais avançados, podem surgir dor pélvica e alterações urinárias e intestinais.

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45
Q

O que são Neoplasia intraepitelial cervical (NIC)

A

Conjunto de alterações que geralmente precede por anos o desenvolvimento de um câncer

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46
Q

Quais os graus da Neoplasia intraepitelial cervical (NIC)

A
  1. NIC I - Displasia de baixo grau
  2. NIC II - Displasia moderada
  3. NIC III - Displasia grave: carcinoma in situ
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47
Q

O que pode ser visto no NIC I (displasia de baixo grau)

A

• Alterações displásicas no terço inferior do epitélio escamoso e alterações coilocitóticas nas camadas superficiais

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48
Q

O que pode ser visto no NIC II (displasia moderada)

A

• Atipia progressiva em todas as camadas do epitélio
• Pleomorfismo nuclear, heterogeneidade da cromatina nuclear e presença de mitoses acima da camada basal

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49
Q

O que pode ser visto no NIC III (displasia grave - carcinoma in situ)

A

Apresenta atipia difusa e perda de maturação

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50
Q

Quais são as características citológicas em exame de Papanicolau, em casos de neoplasia intraepitelial cervical (NIC):

A

• Aumento do citoplasma e redução da proporção entre núcleo e citoplasma
• Lesões pré-cancerosas do colo do útero estão associadas a anormalidades em preparações citológicas, que podem ser detectadas antes que anormalidades sejam visíveis na inspeção macroscópica ou que apareçam sintomas
• Em casos de LSIL recomenda-se repetir o exame com no máximo 6 meses

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51
Q

O que deve-se feito caso o LSIL de negativo uma segunda vez

A

Se negativo novamente: Retorna-se ao rastreamento citológico geral

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52
Q

O que deve-se feito caso o segundo LSIL de positivo

A

Se positivo: Realiza-se a colonoscopia
↳ Sem alterações: Realiza-se citologia semestral e exame vaginal
↳ Alterado: Realiza-se biópsia

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53
Q

O que é o carcinoma in situ do colo uterino

A

Neoplasia que ainda NÃO causou invasão

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54
Q

Qual a causa do carcinoma in situ do colo uterino

A

Ocorre quando a displasia é grave, e acomete toda a espessura do epitélio, porém a lesão não penetra na membrana basa

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55
Q

Descreva a histologia do carcinoma in situ do colo uterino

A

Região de transição, mostrando substituição abrupta do epitélio plano normal por carcinoma in situ.
No carcinoma in situ células escuras ocupam toda a espessura do epitélio.
Atipia nuclear em toda a espessura do epitélio.
Figuras mitóticas.
Aumento do volume nuclear.
Elevada relação núcleo/citoplasmática.

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56
Q

Como diferenciar um epitélio normal do epitélio do carcinoma in situ do colo uterino

A

No epitélio normal as células basais são vistas só na camada mais profunda e as células das outras camadas contêm vacúolos de glicogênio. No carcinoma in situ células escuras ocupam toda a espessura do epitélio.

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57
Q

Qual o câncer que é invasivo precoce

A

Carcinoma microinvasivo do colo uterino

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58
Q

Descreva a histologia do carcinoma microinvasivo do colo uterino

A

Células neoplasicas iniciando o processo de invasão do conjuntivo (câncer invasor)

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59
Q

Descreva a macroscopia do carcinoma invasivo do colo uterino

A
  1. Rugoso
  2. Avermelhado
  3. Granular
  4. Sangramento ao toque
    Obs.: Variam de focos microscópicos de invasão
    estromal até tumores exofíticos macroscopicamente visíveis
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60
Q

Descreva a microscopia do carcinoma invasivo do colo uterino

A

Carcinoma de células escamosas queratinizantes:
• Possui pérolas de queratina.
• Os núcleos são grandes e hipercromáticos com cromatina grosseira.
• Apenas algumas figuras mitóticas são visíveis

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61
Q

Quais são os sinais e sintomas do carcinoma invasivo do colo uterino:

A
  1. As formas pré-invasoras são assintomáticas e detectadas apenas nos exames preventivos
  2. Os tumores têm, como manifestação característica, o sangramento anormal, em especialo sangramento no coito
  3. Quando o tumor apresenta necrose, o odor é característico
  4. Nos estágios mais avançados, podem surgir dor pélvica e alterações urinárias e intestinais
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62
Q

Quais são os estágios do carcinoma invasivo do colo uterino:

A

Estádio 0 → Carcinoma in situ (lesão precursora)
Estagio I → Carcinoma confinado ao colo uterino
Ia. Carcinoma microinvasor (microscópico)
Ia1. Infiltração em profundidade < 3 mm
Ia2. Infiltração em profundidade > 3 mm e < 5 mm
Ib. Lesão identificável macroscopicamente e confinada ao colo, com invasão ≥ 5mm
Ib1. Lesão < 2 cm na maior dimensão
Ib2. Lesão ≥ 2 cm e < 4 cm na maior dimensão
Ib3. Lesão ≥ 4 cm na maior dimensão
Estádio II → Carcinoma que se estende além do colo uterino, sem atingir a parede pélvica ou o terço inferior da vagina
IIa. Não há infiltração dos paramétrios
IIb. Há extensão aos paramétrios, mas não à parede pélvica
↳ Estádio III → Carcinoma que se estende à parede pélvica, podendo acomete também o terço inferior da vagina, além de poder provocar: hidronefrose; rim não funcionante. Apresenta metástases em linfonodos pélvicos ou para-aórticos
IIIa. Não há extensão à parede pélvica, embora exista acometimento do terço inferior da vagina
IIIb. Pode haver: Extensão à parede pélvica; Hidronefrose; Rim não funcionante
IIIc. Apresenta metástase em linfonodo pélvico ou para-aórtico
Estádio IV → Carcinoma que se estende além da pelve, podendo se infiltrar na mucosa do reto ou da bexiga
IVa. Extensão além da pelve verdadeira, e/ou infiltração da mucosa do reto e/ou da bexiga
IVb. Metástases a distância

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63
Q

O que é necessário para uma amostra ser considerada adequada para um Papanicolau

A

Apresente células em quantidade representativa, bem distribuídas, fixadas e coradas, de tal modo que sua observação permita uma conclusão diagnóstica

Obs.: A presença de células metaplásicas ou células endocervicais, representativas da junção escamocolunar (JEC), tem sido considerada como indicador da qualidade da coleta

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64
Q

Quais fatores podem interferir na leitura de um Papanicolau

A

✔️ Sangue
✔️ Piócitos
✔️ Artefatos de dessecamento
✔️ Contaminantes externos
✔️ Intensa superposição celular

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65
Q

A mulher deve repetir o Papanicolau entre 6 e 12 semanas com correção, quando possível, dependendo do problema que motivou o resultado insatisfatório. Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

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66
Q

Quais são as recomendações para a realização do Papanicolau

A
  1. Higiene da genitália externa
  2. Evitar o uso de espermicidas, lubrificantes e ou medicamentos vaginais por 48h antes
  3. Evitar realização de exames intravaginais, até 48h antes
  4. Evitar relação sexual até 48h antes do exame
  5. O exame não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode prejudicar o diagnóstico citopatológico
  6. Deve-se aguardar o 5º dia após o término da menstruação
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67
Q

Quais as diretrizes para a realização do Papanicolau

A
  1. O início da coleta deve ser aos 25 anos para as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual
  2. Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade
  3. O rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres
  4. Mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais
  5. Em casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada
    Obs.: Os 2 primeiros exames devem ser realizados com intervalo anual e, se ambos os resultados forem negativos, os próximos devem ser realizados a cada 3 anos.
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68
Q

Para os organismos transmitidos por meio de contato cutâneo ou mucoso, como HPV, o preservativo parece ser menos eficaz. (O uso consistente do preservativo reduz a incidência de HIV em 80% e de HPV, em 70%). Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

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69
Q

Na gestação, há evidências sugerindo que a tricomoníase pode estar associada ao trabalho de parto prematuro. Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

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70
Q

Qual deve ser a conduta em caso de suspeita de tricomoníase

A

A parceria sexual sempre deve ser tratada; orientar evitar relações sexuais até completar o tratamento e até a remissão dos sintomas

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71
Q

Defina leucoplasia

A

Do grego leukos: branco; é empregada para lesões que se apresentam como placas ou manchas brancacentas localizadas em mucosas (ex. colo uterino, oral, esofágica)

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72
Q

O que a leucoplasia de colo uterino

A

É a metaplasia de um epitélio escamoso não queratinizado em queratinizado

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73
Q

O que são Pólipos Edocervicais

A

Massas polipoides benignas salientes da mucosa endocervical

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74
Q

Em quais casos é comum ocorrer o Pólipo Edocervical

A

Comum correr no ectocérvice

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75
Q

Quais as características macroscopias dos Pólipos Edocervicais

A
  1. Moles e flexíveis à palpação
  2. Superfície lisa e brilhante
  3. Espaços cisticamente dilatados subjacentes preenchidos com secreções mucinosas
  4. Podem ser únicos ou múltiplos
76
Q

Quais são as neoplasias benignas mais comuns do colo do útero:

A

Pólipo Edocervical (acometendo 2% a 5% das mulheres)

77
Q

Por que endocervicais sintomáticos, volumosos (≥ 3 cm) ou de aparência atípica deverão ser removidos por histeroscopia?

A

Permite a visão detalhada da lesão, possibilitando a retirada completa e diminuindo risco de recidiva e sangramento local (procedimento ambulatorial)

78
Q

É mandatório o envio dos pólipos para estudo anatomopatológico, mesmo sendo rara a sua malignização. Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

79
Q

A endometrite muitas vezes é uma consequência da doença inflamatória pélvica. Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

80
Q

Qual a principal causa da Endometrite?

A

Infecção por N. gonorrhoeae ou C. trachomatis.

81
Q

Quais as formas da Endometrite?

A

• Aguda → Infiltrado inflamatório neutrofílico
• Crônica → Infiltrado inflamatório linfoplasmocitário (principalmente plasmócitos)

82
Q

Quais as manifestações clínicas da Endometrite?

A

✔️ Febre
✔️ Dor abdominal
✔️ Alterações menstruais

83
Q

Quais as Consequências da Endometrite?

A

Infertilidade e Gravidez ectópica

84
Q

Como a endometrite pode levar a Infertilidade e Gravidez ectópica

A

Lesão → Cicatrizes das tubas uterinas → Risco aumentado de: Infertilidade e Gravidez ectópica

85
Q

Defina adenomiose

A

Crescimento da camada basal do endométrio para dentro do miométrio
Obs.: Ninhos de estroma endometrial e glândulas podem ser encontrados profundamente no miométrio

86
Q

Qual a relação entre o tecido endometrial e a Adenomiose

A

A presença de tecido endometrial induz hipertrofia reativa do miométrio → Útero globular alargado, com parede uterina espessa

87
Q

Quais são os sintomas da Adenomiose

A

✔️ Aumento do volume do útero
✔️ Cólicas menstruais intensas
✔️ Aumento do fluxo menstrual

88
Q

Como é diagnosticada a Adenomiose

A

• Histológico (principal forma diagnóstica)
• Pode ser identificada com os aparelhos modernos de US de alta definição

89
Q

Defina endometriose

A

Presença de tecido endometrial (glândulas e estroma endometrial) “ectópico” em um local fora do útero
Obs.: Pode ser encontrada em outros órgãos

90
Q

Qual a principal consequencia da endometriose

A

Infertilidade

91
Q

Quais são os sintomas da endometriose

A

✔️ Dor durante ou fora do período menstrual e durante a relação sexual
✔️ Acometimento do TGI
• Alterações dos hábitos intestinais
• Dores abdominais
• Náuseas e vômitos
• Gases

92
Q

Como a endometriose pode causar infertilidade

A

Deve-se ao fato de a endometriose afetar principalmente os ovários, podendo causar aderências que dificultam os processos de ovulação, de captação do óvulo pelas tubas uterinas.

93
Q

Como é a macroscopia da endometriose

A

• O acúmulo de sangue aparece como nódulos ou implantes marromavermelhados (“cisto de chocolate”)

94
Q

Como é feito o diagnóstico da endometriose

A

• Anamnese e suspeita clínica
• Definitivo: É feito por laparoscopia ou laparotomia, com a visualização dos focos e biópsia das lesões
• Endometriose profunda → Exames de imagem: ressonância magnética (RM) e a US pélvica

95
Q

O que pode ser visto em um ultrassom de endometriose

A

Pode-se observar o parênquima ovariano com folículos na periferia e endometrioma.

96
Q

Quais são os efeitos colaterais do tratamento hormonal da endometriose:

A

Podem causar sangramento irregular, ganho de peso, acne e edema

97
Q

A endometriose é uma doença crônicacom alta taxa de recorrência de dor, chegando a 40% em 5 anos, independentemente do tipo de tratamento hormonal. Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

98
Q

Como a progesterona afeta a Hiperplasia Endometrial

A

Induz a proliferação endrometrial exagerada → Hiperplasia

99
Q

Como a estrogeno afeta a Hiperplasia Endometrial

A

Regula a progesterona
↳ Utilizada para inibir a menstruação

100
Q

Quais patologias que desregulam o estrógeno:

A

↳ Lesões do ovário produtoras de estrogênio
Ex: SOP
↳ Obesidade → Tecido adiposo converte precursores do esteroides em estrogênio

101
Q

O que é a Hiperplasia Endometrial

A

Proliferação de glândulas endometriais de tamanho e formas variadas, com aumento da relação glândula/estroma

102
Q

Em qual período é mais comum a ocorrência da Hiperplasia Endometrial

A

Predomina na perimenopausa

103
Q

Qual a clínica da Hiperplasia Endometrial

A

Sangramento uterino anormal

104
Q

Em quais casos é comum ocorrer a Hiperplasia Endometrial

A
  1. Ovário policístico
  2. Hormonioterapia
  3. Obesidade
  4. Tumores ovarianos produtores de estrógeno
105
Q

Como os tumores podem causar a Hiperplasia Endometrial

A

Inativação do gene supressor tumoral PTEN (20%) → Estímulo à proliferação celular e inibição da apoptose

106
Q

Descreva a macroscopia da Hiperplasia Endometrial

A

✔️ Endométrio difusamente espessado
✔️ Às vezes com crescimento polipoide ou com cistos

107
Q

Descreva a microscopia sem atipia da Hiperplasia Endometrial

A

✔️ Endométrio ± 5mm
✔️ Glândulas ramificadas e irregulares
✔️ Estroma ainda persiste
✔️ Pode haver transformação cística

108
Q

Descreva a microscopia com atipia da Hiperplasia Endometrial

A

✔️ Endométrio mais espesso → Pólipos
✔️ Glândulas com ramificações complexas, tendência a justaposição
✔️ Células atípicas (núcleos volumosos, nucléolo, mitoses)

109
Q

Qual a provável evolução da Hiperplasia Endometrial

A

Adenocarcinoma endometrial

110
Q

Qual a faixa etária mais acometida pelo Carcinoma Endometrial

A

Comum surgir entre os 55 e 65 anos
• Raro antes dos 40 anos

111
Q

Quais as características do Carcinoma seroso do Endométrio

A

● Corresponde a 15% dos tumores
● Surgem no cenário de atrofia do endométrio em mulheres idosas pós-menopáusicas
● Associado a defeitos da P-53

112
Q

Quais são as manifestações do Carcinoma Endometrial

A

✔️ Sangramento
✔️ Corrimento
✔️ Dor pélvica

113
Q

Quais os tipos de Carcinoma Endometrial

A

• Tipo I - Endometrioide
• Tipo II - Seroso ou mais raramente Carcinoma de Células Claras

114
Q

Quais as características do Carcinoma Endometrial do tipo I

A

• De 80 a 85% dos casos
• Acomete mulheres com exposição a estrogênio sem oposição com progesterona
• Na maioria dos caos são bem diferenciada
• Mutação mais comum: PTEN

115
Q

Quais as características do Carcinoma Endometrial do tipo II

A

• De 10 a 15% dos casos
• Sem estimulação estrogênica do endométrio
• Pior prognóstico (mais agressivos)
• Acomete mulheres em torno de 10 anos mais velha do que o tipo I (>70 anos)
• Pouco diferenciado.
• decorrente de outras mutações: ex.: TP53

116
Q

Quais as graduações para carcinoma endometrioide

A

• Grau arquitetiral:
1. GI - Menos de 5% de áreas sólidas, não mórula ou não escamoa
2. GII - de 6 a 50% áreas sólidas, não mórula ou não escamosa
3. GIII - Mais de 50% áreas sólidas, não mórula ou não escamosa
• Grau nuclear - Alterações citológicas

117
Q

Quais as evoluções do carcinoma endometrioide

A

Nota: Prognóstico depende do estadiamento e do tipo histológico do tumor e sua diferenciação
• Infiltração do miométrio, do colo uterino, vagina e estruturas regionais
• Infiltração da bexiga ou do reto
• Metástases em linfonodos pélvicos e inguinais
• Metástases hematogênicas à distância (pulmão, fígado, ovários, intestinos)

118
Q

Qual a principal causa dos Pólipos Endometriais

A

Geralmente se originam da hiperplasia focal endometrial

119
Q

Qual a principal consequência dos Pólipos Endometriais

A

Uma das causas de sangramento uterino anormal

120
Q

Quais são os fatores de risco para Pólipos Endometriais

A

▪︎ Idade
▪︎ Obesidade
▪︎ Hipertensão arterial

121
Q

Como são diagnosticados os Pólipos Endometriais

A

Método de escolha para o diagnóstico histológico dos pólipos sintomáticos é a histeroscopia cirúrgica

122
Q

Defina leiomioma

A

Tumores benignos que surgem das células musculares lisas no miométrio

123
Q

Como são diagnosticados os Leiomiomas

A

Os leiomiomas do útero muitas vezes são assintomáticos, sendo descobertos incidentalmente no exame ginecológico de rotina
Obs.: Acomete 20 a 25% das mulheres
Diagnóstico:
• Anamnese → Toque ginecológico e na US
• Transformação sarcomatosa é rara, ocorrendo em torno de 0,1%, e deve ser suspeitada em caso de rápido crescimento de um mioma ou de útero aumentado após a menopausa
• Os tumores benignos e malignos podem ser distinguidos entre si com base no grau de diferenciação, na capacidade de invasão local e disseminação a distância (metástase)

124
Q

A presença de lesões múltiplas nos Leiomiomas aumenta o risco de malignidade. Verdadeiro ou Falso

A

Falso, a presença de lesões múltiplas NÃO aumenta o risco de malignidade

125
Q

Quais são os principais fatores ligados ao aparecimento e crescimento dos Leiomiomas:

A

Predisposição genética e Influência estrogênica

126
Q

Quais são as camadas das tubas uterinas

A
  1. Mucosa
  2. Muscular
  3. Serosa
127
Q

Quais são os componentes da camada Mucosa das tubas uterinas

A

Epitélio simples colunar + lâmina própria de tecido conjuntivo

128
Q

Quais são os tipos celulares que compõem o epitélio das tubas uterinas

A

▪︎ Ciliado
▪︎ Secretor

129
Q

Defina salpingite

A

Inflamação das tubas uterinas
Obs.: Geralmente é um componente da doença inflamatória pélvica (Síndrome clínica secundária à ascensão de microrganismos da vagina e da endocérvice ao trato genital feminino.Síndrome clínica secundária à ascensão de microrganismos da vagina e da endocérvice ao trato genital feminino.)

130
Q

Quais são as anomalias menos comuns desencadeadas pela salpingite:

A
  1. Gravidez ectópica (tubária)
  2. Endometriose
  3. Tumores primários (mais raros)
131
Q

Como a salpingite pode produzir Gravidez ectópica

A

Cicatrizes no revestimento das tubas uterinas → Aumentando o risco de gravidez ectópica tubária

132
Q

Quais são os sinais e sintomas da salpingite:

A

✔️ Febre
✔️ Dor abdominal inferior ou pélvica
✔️ Massas pélvicas (são resultado da distensão das tubas com detritos inflamatórios ou exsudato)

133
Q

Quais são as consequências da salpingite:

A

Formação de aderências de pregas tubárias
↳ Associadas a risco aumentado de gravidez ectópica tubária
↳ Dano ou obstrução do lúmen tubário pode produzir Esterilidade Permanente

134
Q

Qual a faixa etária mais sucetivel as Neoplasias Tubárias

A

• Acomete mulheres em torno de 60 anos

135
Q

Quais são os tipos de Neoplasias Tubárias

A

• Seroso
• Endometrioide

136
Q

Evidência histológica, molecular e genética mostram que cerca de 40% a 60% dos tumores classificados como carcinoma seroso de alto grau do ovário ou peritônio podem ser originados nas fímbrias das tubas uterinas. Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

137
Q

Como é feito o diagnóstico das Neoplasias Tubárias

A

• Diagnóstico clínico:
• Tríade sintomática (Tríade de Latzko)
• Geralmente manifestam-se em estágio avançado, com envolvimento da cavidade peritoneal
• Exames de imagem
• A laparotomia para estadiamento completo é uma parte importante do manejo da paciente

138
Q

Quais são os componentes da Tríade de Latzko

A
  1. Dor pélvica
  2. Massa anexial
  3. Corrimento vaginal aquoso
139
Q

Como é a histologia dos ovários

A

• Folículo maduro, pré-ovulatório ou de Graaf:
• Estágio máximo de desenvolvimento do folículo (dominante)
• Os demais folículos em crescimento entram em atresia
Obs.: Geralmente apenas um folículo continuará a crescer a cada ciclo para formar um folículo maduro (aprox. 25mm de diâmetro)

140
Q

Qual é o quadro clínico dos Cistos Ovarianos Funcionais

A

• Podem ser assintomáticos, porém podem causar dor pélvica
• O curso clínico evolui, na maioria das vezes, para resolução espontânea, mas os casos de torção ou ruptura com hemorragia podem requerer cirurgia

141
Q

Como é feito o diagnóstico dos Cistos Ovarianos Funcionais

A

• Exame físico
• US transvaginal

142
Q

Qual a origem dos Cistos Ovarianos Funcionais

A

Folículos de Graaf

143
Q

Descreva a macroscopia dos Cistos Ovarianos Funcionais

A

• São tipicamente pequenos e preenchidos por um líquido seroso claro
• Podem se tornar grandes (4-5cm) → Produzindo massas palpáveis e dor pélvica

144
Q

Qual o diagnóstico diferencial dos Cistos Ovarianos Funcionais

A

Neoplasias malignas de ovário

145
Q

Como diferenciar os Cistos Ovarianos Funcionais das Neoplasias malignas de ovário

A

Características visualizadas nos exames de imagem;
Idade;
História familiar e pessoal oncológica;
Sintomas;
Achados no exame clínico;
Marcadores tumorais

146
Q

Quais as características da Síndrome dos Ovários Policísticos

A
  1. Hiperandrogenismo
  2. Anormalidades menstruais (irregularidade menstrual ou amenorreia)
  3. Ovários policísticos
  4. Anovulação crônica
  5. Fertilidade diminuída ou infertilidade
  6. Hirsutismo
  7. Acne
  8. Obesidade
147
Q

Descreva a fisiopatologia da Síndrome dos Ovários Policísticos

A

Androstenediona Teca → Estimulo do FSH e da enzima aromatase → Estrogeno na camada granulosa
LH → Conversão de colesterol em ANDROSTENODIONA

148
Q

Defina doença do ovário policístico

A

Distúrbio hormonal no qual múltiplos folículos císticos nos ovários produzem androgênios e estrogênios em excesso

149
Q

Qual a relação entre a doença do ovário policístico e a insulina

A

O aumento da insulina circulante tem efeito direto na produção de androgênios ovarianos

150
Q

Por que o aumento da insulina circulante tem efeito direto na produção de androgênios ovarianos

A

Possui ação sinérgica ao LH nas células da teca, estimulando a produção de androgênios

151
Q

Quais são os fatores que têm sido implicados na etiopatogenia da SOP:

A

• Componentes genéticos
• Fatores metabólicos
• Distúrbios endócrinos hereditários, como a resistência à insulina e o diabetes tipo 2
• Fatores ambientais (dieta e atividade física)

152
Q

Como é feito o diagnóstico da SOP

A

• Presença de 20 ou + folículos com diâmetro médio de 2 a 9 mm e/ou volume ovariano ≥ 10cm³ (exceto se houver cisto funcional, neste caso deve-se repetir o exame no ciclo seguinte), em um ou ambos os ovários
• Os achados principais para o diagnóstico são: Hiperandrogenismo

153
Q

O que é a escala Ferriman-Gallwey é

A

É uma escala utilizada para diagnóstico do hirsutismo, considerado presente quando o escore é ≥ 8

154
Q

Descreva a macroscopia da SOP

A

Hiperplasia endometrial.
Produção aumentada de estrógenos → Pode resultar em hiperplasia endometrial

155
Q

Quais são os efeitos colaterais do tratamento Antiandrogênicos

A
  1. Mastalgia
  2. Distúrbios menstruais
  3. Cefaleia
  4. Poliúria
  5. Tontura
  6. Geralmente associados a doses altas
    Obs.: Não utilizar durante a gestação.
    Obs2.: No tratamento de mulheres em idade fértil deve ser associada a um medicamento
156
Q

O uso de anticoncepcional oral combinado está associado a uma diminuição do risco de câncer de ovário. Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

157
Q

Quais os tipos de Tumores de Ovário

A

• Tipo I
1. Seroso de baixo grau
2. Endometrioide
3. Mucinoso
• Tipo II
1. Seroso de alto grau

158
Q

Quais os genes envolvidos no desenvolvimento dos tumores malignos

A
  • Tipo 1 (baixo grau; indolentes)
    KRAS; BRAF
  • Tipo 2 (alto grau; agressivas)
    p53
159
Q

Quais os fatores de risco para o desenvolvimento dos Tumores de Ovário

A

• Nuliparidade
• Associado à infertilidade, à menarca precoce e à menopausa tardia
• Idade acima de 65 anos (período pós menopausa)
• Histórico familiar
• Histórico pessoal de câncer de mama
• Mutações germinativas em certos genes supressores de tumor.

160
Q

A amamentação por período prolongado está associada a uma diminuição significativa no risco de câncer de ovário em relação a nunca ter amamentado. Verdadeiro ou Falso

A

Verdadeiro

161
Q

Descreva a macroscopia do câncer de ovário e

A

• Tumores benignos → cobertura serosa lisa e brilhante
• Cistadenocarcinoma → superfície com irregularidades nodulares que representam áreas em que o tumor penetrou na serosa
• Os espaços císticos geralmente são preenchidos por líquido claro seroso
• Presença de projeções papilares nas cavidades císticas → comum nos tumores malignos

162
Q

Descreva a microscopia dos tumores de ovário

A

• Vários segmentos da parede de um tumor cístico originado no ovário
• As projeções papilíferas estão voltadas para o interior do cisto
• A superfície externa é lisa
• Estes tumores podem alcançar grandes volumes
• A presença de estroma do tipo ovariano é o único elemento que permite afirmar que o tumor teve origem no ovário

163
Q

Quais são os genes envolvidos no surgimento do Cistadenoma Seroso Papilífero do Ovário

A

• K-RAS
• BRAF
• TP53

164
Q

Descreva a macroscopia do Cistadenoma Seroso Papilífero do Ovário

A

• Neoplasia maligna
• 70% dos casos são bilaterais
• Presença de formações papilíferas no interior dos cistos e nasuperfície externa

165
Q

Descreva a microscopia do Cistadenoma Seroso Papilífero do Ovário

A

• Maior celularidade quando comparado ao cistadenoma seroso papilífero
• Células neoplásicas mostram atipias nucleares nucléolos evidentes e mitoses

166
Q

Quais as características dos Tumores Mucinosos

A

Apresentam células similares com às células das glândulas endocervicais que produzem mucina

167
Q

Com o que se relacionam os Tumores Mucinosos

A

• Tabagismo
• gen KRAS
• Mutações no TP53 e amplificação do HER2

168
Q

Descreva a macroscopia dos Tumores Mucinosos

A

• Apresentam massas císticas que podem ser indistinguíveis de tumores serosos, exceto pela natureza mucinosa do conteúdo cístico
• O tumor mostra cistos preenchidos por material mucinoso, que é secretado pelas células neoplásicas (microscopicamente, lembram as células da endocérvice)

169
Q

Quais as características dos Tumores Endometrióides

A

• São similares à estrutura do endométrio e tendem a ser diferenciados formando cistos com áreas papilíferas
• Apresentam glândulas arranjadas de forma vilosa ou tubular
• Os tumores endometrioides geralmente são malignos
• Bilaterais em cerca de 30% dos casos

170
Q

Com o que se relacionam os Tumores Endometrióides

A

Endometriose
Obs.: Os tumores endometrioides geralmente são malignos

171
Q

Quais são os sinais e sintomas do Câncer de Ovário

A

✔️ Aumento do volume abdominal (associado à ascite ou tumor de grandes dimensões)
✔️ Perda de apetite e de peso, cansaço
✔️ Dor abdominal
✔️ Mudanças hábito intestinal e/ou urinário

172
Q

Com o que se relaciona a alta letalidade dos câncers de ovário

A

A alta letalidade do câncer de ovário está ligada ao diagnóstico tardio;
Os índices de cura da doença em fase inicial atingem 80 a 90%.

173
Q

Quais os estágios do câncer de ovário

A

• Estágio 1 - tumor confinado aos ovários e tubas uterinas
• Estágio 1A- tumor em um ovário
• Estágio 1B- tumor em ambos os ovários
• Estágio 1C- tumor no ovário e em sua superfície
• Estágio 2- tumores envolvidos em um
• ou ambos os ovários ou tubas uterinas com extensão pélvica ou câncer peritoneal primário
• Estágio 2A- com extensão para o útero e/ou tubas uterinas
• Estágio 2B - extensão para outros tecidos pélvicos
• Estágio 3 - tumor com propagação para o peritônio fora da pelve e/ou metástase para os nódulos linfáticos retroperitoneais
• Estágio 3A1- tumor nos linfonodos
• Estágio 3A2 - tumor no peritônio
• Estágio 3B- tumor no peritônio ≤ 2 cm
• Estágio 3C- tumor no peritônio > a 2 cm
• Estágio 4 - Metástase para outros órgãos.

174
Q

O que é a carcinomatose peritoneal

A

Células tumorais do ovário que caem no peritônio, acometendo outros órgãos

175
Q

Como se apresenta a Carcinomatose Peritoneal

A

Pontos brancos → são pequenos tumores aderidos ao peritônio

176
Q

Como é feito diagnóstico clínico da Carcinomatose Peritoneal

A

Ao exame pélvico, os tumores benignos tendem a ser amolecidos, móveis e unilaterais. Os malignos frequentemente são bilaterais, endurecidos, nodulares e fixos

177
Q

Como é feito diagnóstico histopatológico da Carcinomatose Peritoneal

A

O diagnóstico definitivo de neoplasia maligna de ovário é cirúrgico, por laparotomia, quando se obtém a confirmação histológica e se realiza o estadiamento cirúrgico sistematizado

178
Q

Como é feito diagnóstico de imagem da Carcinomatose Peritoneal

A

• US pélvica transabdominal e transvaginal permitem avaliar o tamanho, o formato, o conteúdo, a regularidade das paredes internas e a presença de septos no interior de cistos
• A presença de papilas nas paredes internas, septos com mais de 0,3 cm de espessura e falta de homogeneidade estrutural sugere malignidade

179
Q

Quais as características do Tumor de Células da Granulosa:

A

• Mais frequente na perimenopausa
• Elevada produção de estrógeno
• Em crianças: puberdade precoce
• Maioria benigna (75 a 95%)
• Recorrência pélvico-abdominal

180
Q

Descreva a macroscopia dos Tumores de Células da Granulosa:

A
  1. Tumor volumoso
  2. Sólido
  3. Amarelado
181
Q

Descreva a microscopia dos Tumores de Células da Granulosa:

A
  1. Pleomorfismo nuclear
  2. Mitoses atípicas
  3. Necrose
  4. Células com núcleos em grão de café, dispostas em trabéculas ou folículos (corpúsculos de Call-Exner)
182
Q

Quais as características do Tecoma

A

• Células da teca e do estroma
• Elevada produção de estrógeno
• Maior frequência após menopausa
• Associação com hiperplasia e adenocarcinoma endometrial

183
Q

Descreva a macroscopia dos Tecoma:

A
  1. Tumor sólido
  2. Firme e encapsulado
  3. Amarelado e com áreas brancacentas
184
Q

Descreva a microscopia dos Tecoma:

A

Células dispostas em feixes, com gotículas lipídicas no citoplasma

185
Q

Quais são as características dos Teratomas

A

• Constituem 15-20% dos tumores do ovário
• Tumores que surgem a partir das células germinativas dos ovários ou dos testículos
• Comumente surgem nas duas primeiras décadas de vida
Obs.: Quanto mais jovem maior a chance de malignidade

186
Q

Quais são os tipos de Teratomas

A

I. Teratomas Císticos Benignos (Maduros)
II. Teratomas MalignosImaturos
III. Teratomas Especializados ou Monodérmicos

187
Q

O que é Struma ovarii

A

É um teratoma predominantemente composto por tecido da glândula tireoide, com capacidade de produzir hormônios tireoidianos e provocar hipertireoidismo