Síndromes colestáticas Flashcards
Descreva os tipos de cálculos biliares
- Amarelo: característico de colesterol, mais comum (80%), FR: sexo feminino, obesidade, doença ileal.
- Preto: menos comum (10%), formado por bilirrubinato de cálcio. O maior fator de risco é a anemia hemolitica.
- Castanho: formado na própria via biliar devido a estase prolongada da bile (tumor, cisto ou migração de parasita).
Colelitiase
a. Definição
b. Quadro clínico
c. Diagnóstico
d. tratamento
a. Cálculo na vesícula biliar
b. Assintomático (80%) ; dor abdominal < 6h (20%)
c. USG de abdome (imagem hiperecogenica + sombra acústica posterior)
d. Sintomático: colecistectomia. Quando operar o assintomático? Vesícula em porcelana, pólipo, cálculo > 2,5cm, anemia hemolítica.
Colecistite Aguda
a. Definição
b. Quadro clínico
c. Diagnóstico
d. tratamento
a. Inflamação da vesícula biliar por obstrução continua
b. Dor abdominal >6h, febre, Murphy
c. USG de abdome (padrão ouro: cintilografia biliar)
d. ATB + colecistectomia precoce (até 72h). Em casos graves, colecistectomia percutânea.
Coledocolitiase
a. Definição
b. Quadro clínico
c. Diagnóstico
d. tratamento
a. Cálculo impactado no colédoco
b. Icterícia intermitente
c. USG de abdome (padrão ouro: colangioRM/ USGe/ CPRE)
d. CPRE, exploração cirúrgica (em caso de colecistectomia), derivação bileodigestiva (falha da CPRE + colédoco dilatado)
Quando procurar coledocolitiase em casos de colelitiase?
- Preditor muito forte: USG com cálculo no colédoco, colangite, Bb > 4.
- Preditor forte: colédoco dilatado (>6mm), Bb entre 1,8 e 4.
- Preditor moderado: enzimas hepáticas alteradas, Id > 55a, pancreatite aguda biliar
RISCO ALTO: 1 muito forte ou 2 fortes = CPRE antes da colecistectomia
RISCO MODERADO: moderados ou 1 forte = colangioRM/USGe pre-op
RISCO BAIXO: nenhum preditor = não investigar a via biliar
Colangite Aguda
a. Definição
b. Quadro clínico
c. Diagnóstico
d. tratamento
a. Infecção da via biliar por obstrução
b. não grave: tríade de Charcot (febre + dor abdominal + icterícia)
grave: pêntade de reynolds (Charcot + hipotensão + RNC)
c. Clínico
d. ATB + drenagem biliar ( imediata ou eletiva - se apenas tríade de Charcot). Se a obstrução for baixa, pode ser feita a drenagem por CPRE. Se for alta, pode ser feita por drenagem transhepatica percutânea.
Tumores periampulares:
a. Mais comuns
b. Quadro clínico
c. Diagnóstico
d. Tratamento
a. CA de cabeça de pâncreas e da ampola de Vater
b. Icterícia progressiva + emagrecimento + vesícula palpável
c. USG e abdome (padrão ouro: TC de abdome)
d. Cirurgia de whipple (quase nunca curativo)
Tumor de Klatskin
a. Quadro clínico
b. Característica da USG
a. Icterícia + emagrecimento
b. Vesícula murcha + dilatação intra-hepática
Classificação de Bismuth
I. Ducto hepático comum II. Bifurcação dos ductos IIIa. Hepatico direito IIIb. Hepatico esquerdo IV. Ambos os hepáticos
Quadro clínico e laboratorial da hepatite alcoólica
Tratamento
Febre, dor abdominal, icterícia. TGO > TGP (transaminases ate 400) + leucocitose (reação leucemoide)
Se grave, Madrey > ou = a 32, usar corticoide por 28 dias.
Síndrome de mirizzi
Definição e tratamento
Obstrução do ducto cístico com compresso do ducto hepatico por efeito de massa. O tratamento é a colecistectomia, de preferência, aberta (menor risco de iatrogenia). É uma colecistite complicada, pois causa colestase devido à compressão.
Diferencie:
Colangite Biliar Primária X Colangite Esclerosante Primária
CBP: mulher, com outras doenças auto imunes, ac. antimitocondria.
CBP: mulher, com outras doenças auto imunes, ac. antimitocondria.
CEP: homem, com retocolite ulcerativa, p-anca (+) e padrão de colar de contas na CPRE.
TTO: para retardar a evolução usa-se o UDA (com eficácia comprovará apenas na CBP). O tratamento definitivo é o transplante hepático.