Síndrome da veia cava superior Flashcards
Definição de síndrome de veia cava superior:
Conjunto de sinais e sintomas decorrente da obstrução da veia cava superior, consequentemente, impedindo a drenagem venosa da cabeça, pescoço, membros superiores e parte do tórax.
Causas de síndromen de veia cava superior:
Malignas:
- Carcinoma pulmonar (principal)
- Linfoma
- Metástases
- Tumores mediastinais
Benignas:
- Catéteres
- Marcapassos
- Desfibriladores implantáveis
- Hematoma mediastinal
- Aneurisma aórtico
Principal causa da síndrome de veia cava superior:
Carcinoma pulmonar
Causas benignas da síndrome da veia cava superior:
- Catéteres
- Marcapassos
- Desfibriladores implantáveis
- Hematoma mediastinal
- Aneurisma aórtico
Descreva a anatomia da veia cava superior:
A veia cava superior é responsável por 1/3 do retorno venoso e é formada pela junção dos troncos braquiocefálicos direito e esquerdo, tem diâmetro de 1,5-2,0 cm com extensão de 4-6 cm, drenando no átrio direito. Outras tributárias são: veia azygos e pequenas veias mediastinais.
Tributárias da veia cava superior:
- Tronco braquiocefálicos direito e esquerdo
- Veia azygos
- Pequenas veias mediastinais
Descreva a anatomia dos tronco braquicefálicos:
O tronco braquiocefálico direito se extende por 2,0 - 3,0 cm com trajeto vertical e é formado pela junção da veia subclávia direita e jugular interna direita. Suas tributárias são:
- Vertebral direita
- Torácica interna (mamária)
- Tireoidea inferior
O tronco braquicefálico esquerdo se extende por 6,0cm obliquamente e é formada pela subclávia esquerda e jugular interna esquerda. Suas tributárias são: - Vertebral esquerda - Torácica interna (mamária - Tireoidea inferior esquerda - Pericardiofrênica esquerda - Intercostal superior esquerda - Tímicas
Tributárias dos troncos braquicefálicos:
- Vertebrais
- Torácicas internas (mamárias)
- Tireoideas inferiores
- Pericardiofrênica esquerda
- Intercostal superior esquerda
- Tímicas
Descreva a anatomia do sistema azygos:
Veia azygos, hemiazygos e hemiazygos acessória.
A veia azygos é formada pela confluência das veias lombares ascendentes direitas, subcostais direitas e azygos lombar. Ascende o mediastino posterior lateralmente à direita dos corpos vertebrais e se direciona anteriormente ao nível da quarta vértebra torácica para drenar na veia cava. Suas tributárias são: - Intercostais posteriores - Hemiazygos - Hemiazygos acessória - Esofageanas - Mediastinais - Pericárdicas - Bronquiais direitas
A veia hemiazygos ascende à esquerda anteriormente aos corpos vertebrais e atravessa para o lado direito para drenar na veia azygos.
Suas tributárias são:
- Três ultimas intercostais posteriores
- Tronco comum da veia lombar esquerda e subcostal esquerda
A veia hemiazygos acessória é formada pela confluência de varias veias intercostais posteriores e descende lateralmente à esquerda dos corpos vertebrais, drenando na veia azygos ou hemiazygos.
Variações anatômicas da veia cava superior:
- Troncos braquiocefálicos drenando separadamente no átrio direito
- Presença de veia cava esquerda
Tributárias da veia azygos:
- Lombares ascendentes
- Subcostais
- Intercostais posteriores
- Azygos lombar
- Hemiazygos
- Hemiazygos acessória
- Esofageanas
- Mediastinais
- Pericárdicas
- Bronquiais direitas
Sinais e sintomas da síndrome da veia cava superior (lembrar pelo menos 5):
- Edema da cabeça, do pescoço e dos membros superiores
- Edema facial
- Cianose
- Dispneia
- Estridor
- Tosse
- Rouquidão
- Disfagia
- Edema cerebral : cefaléia, confusão mental, coma..
- Formação de colaterais
Critérios clínicos de severidade da síndrome da veia cava superior:
- Edema cerebral
- Edema laríngeo (estridor)
- Comprometimento hemodinâmico
No que consiste o tratamento endovascular da sídrome da veia cava superior?
Abordagem minimamente invasiva paliativa com desobstrução do fluxo sanguíneo da veia cava superior por meio de utilização de balões, stents ou endopróteses permitindo a drenagem venosa da cabeça, pescoço, tórax e membros superiores para o átrio direito, melhorando assim os sintomas em 72h, alguns desaparecendo imediatamente.
Qual a proposta terapêutica no caso de estenose crônica da VCS sintomática?
Angioplastia, reservado a colocação do stent para recorrência ou persistência da estenose.
Acesso preferencial nao procedimento endovascular na síndrome da veia cava superior:
Jugular interna +/- Femoral comum
Qual o acesso preferencial quando há lesão também no tronco braquicefálico direito nos casos de síndrome de veia cava superior?
Jugular interna direita e/ou Femoral comum direita
Qual o acesso preferencial quando há lesão também no tronco braquicefálico esquerdo nos casos de síndrome de veia cava superior?
Axilar ou braquial esquerda e/ou Femoral comum
E se o catéter balão não transpuser a estenose da veia cava superior?
Técnica do varal: acesso simultâneo pelos dois lados da lesão, captura do fio guia pelo outro lado da estenose com snare ou basket, exteriorização pelo introdutor valculado, aumentando a sustentação para a passagem do catéter balão e stent.
No que constiste a técnica do varal na síndrome de veia cava superior?
Acesso simultâneo pelos dois lados da lesão, captura do fio guia pelo outro lado da estenose com snare ou basket, exteriorização pelo introdutor valculado, aumentando a sustentação para a passagem do catéter balão e stent.
Quais as vantagens do acesso simultâneo no procedimento endovascular da síndrome de veia cava superior?
- Melhor delimitação da extensão da lesão por injeção de contraste pelos dois acessos;
- Técnica do varal
Cuidados técnicos para evitar complicações do procedimento endovascular no tratamento da síndrome de veia cava superior:
- O stent deve exceder a área estenosada em 1-2cm proximal e distalmente (recidiva)
- Evitar colocar o stent dentro do átrio (arritmia)
- Utilizar stents <16mm
- Evitar oversizing da dilatação > 30% do diâmetro original da veia (ruptura)
- Realizar a trombólise antes da colocação do stent (embolia)
Resultado adequado após o procedimento endovascular no tratamento da síndrome de veia cava superior:
Fluxo preferencial pela veia cava superior
Desaparecimento do fluxo das colaterais
Gradiente pressórico próximo à zero
Resultado inadequado no procedimento endovascular no tratamento da síndrome de veia cava superior: Qual a solução?
Abertura <50% do diâmetro original
Deve-se realizar dilatação do stent.
Preferir o stent recoberto ou o não recoberto no procedimento endovascular no tratamento da síndrome de veia cava superior e porque?
Não recoberto.
- Evita fechamento das colaterais que ajudam na drenagem;
- Mais flexível;
- Menor risco de lesão da parede venosa;
- Menor risco de migração;
- Mais barato
Quando considerar o stent recoberto no procedimento endovascular no tratamento da síndrome de veia cava superior?
Recorrência
Invasão tumoral
Qual técnica utilizar quando há lesão com extensão para os dois troncos braquiocefálicos no procedimento endovascular no tratamento da síndrome de veia cava superior?
A desobstrução unilateral tem sido considerada mais vantajosa.
- Mais rápida
- Mais barata
- Maior sucesso técnico
- Maior perviedade
- Menos complicações
- Menor recorrência
Complicações do procedimento endovascular no tratamento da síndrome de veia cava superior(lembrar pelo menos 5):
- Ruptura da VCS
- Hemorragia
- Hemoptise
- Epistaxe
- Tamponamento cardíaco (perfuração da veia abaixo do nível da azygos)
- Paralisia do nervo laríngeo recorrente
- Migração do stent
- Embolia pulmonar
- Hematoma nos sítios de punção
- Edema pulmonar (aumento abrupto do DC pacientes com doença cardíaca)
- Arritmia (stent com extensão até dentro do átrio)
Fatores que aumentam o risco de complicações pós procedimento endovascular no tratamento da síndrome de veia cava superior:
- Seleção inadequada dos pacientes
- Erro na escolha de materiais (stents >16mm)
- Erro na medida de vasos
- Posicionamento inadequado do stent