Hemoptise Flashcards
Definição de hemoptise maciça:
Quando há risco de vida do paciente, o que depende da quantidade de sangue expectorado, da reserva pulmonar e da capacidade de manter a via aérea pérvia.
Origem do sangramento nas hemoptises maciças:
90% artérias brônquicas
5% artérias pulmonares (incomum- sistema de baixa pressão)
5% aorta
Causas mais comuns de hemoptise:
Tuberculose Carcinoma Broncogênico Doenças inflamatórias crônicas Bronquiectasias Fibrose cística Aspergilose
Quando suspeitar que a origem da hemoptise pode ser de artéria sistêmica não-brônquica?
Doença pleural aguda ou crônica
Recidiva após embolização
Expressão de vasos doentes à arteriografia
Quando suspeitar que a hemoptise pode ser de origem de artéria pulmonar?
Doenças necrotizantes (BK, aneurisma de rasmiessen, abscesso, aspergilose, neoplasia)
Vasculites
MAVs
Trauma
Descreva a anatomia mais comum das artérias brônquicas:
- Origem ortotópica: aorta descendente ao nível entre o platô superior de T5 e inferior de T6, 1cm acima ou abaixo do brônquio principal esquerdo onde ele cruza a aorta descendente;
- Diâmetro proximal normal: até 2mm;
- Padrão mais comum: duas artérias esquerdas e um tronco intercostobrônquico direito;
- Direita: origem anteromedial ou postero medial da aorta
- Esquerdas: origem anterolateral da aorta
Quais as variações anatômicas mais comuns das artérias brônquicas?
- Uma artéria brônquica de cada lado, com a direita originando de um tronco intercostobrônquico;
- Duas artérias bronquicas de cada lado, com uma à direita originando de um tronco intercostobronquico.
Quais as origens ectópicas das artérias brônquicas?
- Superfície inferior do arco aórtico (mais comum);
- Artéria subclávia;
- Troncobraqiocefálico;
- Tronco tireocervical;
- Tireoidea inferior;
- Torácica interna;
- Mamária interna;
- Coronária;
Qual o aspecto anatômico importante a ser avaliado antes da embolização das artérias brônquicas?
Artérias medulares ou radiculares com origem na artéria brônquica.
Quais artérias deve-se ter cuidado antes da embolização das artérias brônquicas?
Artérias medulares e radiculares
Artéria de Adamkievcz
Porque conhecer a anatomia da artéria de Adamkievcz é importante no procedimento de embolização arterial brônquico? Onde se origina mais comumente?
É o principal suporte arterial da medula dorsolombossacral.
Sua origem em 75% dos casos é entre T9-T12.
Como é realizado o tratamento da hemoptise maciça?
Medidas de estabilização hemodinâmica, controle de via aérea e correção de coagulopatias.
Embolização da artéria sangrante.
Indicações do procedimento de embolização de artérias brônquicas:
- Hemoptise maciça (“maciça-gravidade”);
- Hemoptise moderada recorrente que afetam a qualidade de vida do paciente;
- Achados na TC que representam alto risco de sangramento (aneurisma, fístulas, artérias hipertrofiadas tortuosas e dilatadas)
- Pós trauma;
- Pré e pós operatório;
- MAVs
- Neoplasias com hemoptise moderada recorrente.
Contra-indicações à embolização de artérias brônquicas:
Referentes a qualquer embolização arterial:
- Coagulopatias incorrigíveis;
- Insuficiência renal;
- Reação alérgica anafilática ao contraste;
Alguns autores consideram a identificação da artéria de Adamkivecz na arteriografia seletiva das artérias brônquicas;
Quais os agentes embolizantes de escolha e quais devem ser evitados no procedimento de embolização de artérias brônquicas e porque?
Micropartículas são os preferidos;
Pode usar PVA e gelfoam;
Cola e Onyx são evitados por haver risco de embolização muito distal e isquemia inadvertida;
As molas são evitadas porque podem ser necessárias reabordagens subsequentes (exceção: aneurisma);
Qual o tamanho das micropartículas geralmente utilizadas na embolização de artérias brônquicas e porque?
350-700 micrometros (evitar a passagem por possíveis shunts assim como evitar embolização distal e isquemia);
500-700 micrometros quando a artéria bronquial dá origem à ramos arteriais medulares;
Quais os possíveis achados patológicos encontrados na arteriografia realizada em decorrência de hemoptise?
- Hipertrofia, dilatação e tortuosidade arterial
- Shunts brônquico-pulmonar
- Aneurismas
- Extravasamento do contraste
- Hipervascularização
Quais as patologias com alta taxa de ressangramento após embolização das artérias brônquicas por hemoptise?
- Aspergilose (75%)
- Câncer de pulmão (42%)
- Fibrose cística (25%)
- Tuberculose (15%)
Quais os motivos para recidiva da hemoptise após embolização brônquica?
- Não controle da doença;
- Recrutamento de colaterais;
- Técnica inadequada;
- Uso de embolizantes temporários;
Complicações mais comuns decorrentes do procedimento de embolização das artérias brônquicas:
- Dor torácica;
- Disfagia;
- Dissecção subintimal da aorta e artéria pulmonar;
Complicação mais temida no procedimento de embolização das artérias brônquicas:
Embolização e isquemia das artérias medulares - Mielite Transversa;
Complicações mais raras ao procedimento de embolização das artérias brônquicas:
- Necrose aórtica e brônquica;
- Fístula broncoesofageana;
- Embolização de outros órgãos à distancia;
- Cegueria cortical (embolias corticais occipital por shunt bronquico-veia pulmonar ou broncuico-vertebral)
CAUSA MAIS COMUM DE HEMOPTISE NO BRASIL
Tuberculose
CLASSIFICAÇÃO DE CAULDWELL
- Tipo 1: Duas artérias à esquerda e um tronco intercostobrônquico à direita
- Tipo 2: Uma artéria esquerda e um tronco intercostobronquico à direita
- Tipo 3: Duas artérias à esquerda e duas à direita, sendo uma em tronco intercostobronquico
- Tipo 4: Uma artéria à esquerda e duas à direita, sendo uma em tronco intercostobronquico
CASOS EM QUE A UTILIZAÇÃO DA MOLA É MAIS ACEITO NA EMBOLIZAÇÃO DE ARTÉRIA BRONQUICA
- Aneurisma
- Rendu-Osler-Weber
QUAL PRINCIPAL ARTÉRIA PROCURAR APÓS CASO DE RESSANGRAMENTO?
- Torácica interna
QUAL ESTRATÉGIA QUANDO NÃO CONSEGUE SUPERSELETIVAR ALEM DA ARTÉRIA MEDULAR NA EMBOLIZAÇÃO DE ARTÉRIA BRONQUICA
- Partículas maiores (500-700 micromeros)