Simulado Prova 1 Flashcards
Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da Doença do Refluxo Gastroesofágico e como eles influenciam na patogênese da doença?
- Os principais fatores de risco para a DRGE incluem obesidade, hérnia de hiato, gravidez, tabagismo, consumo excessivo de álcool, dieta rica em alimentos gordurosos e cafeína, além de certas condições médicas, como a esclerodermia.
- Esses fatores contribuem para o enfraquecimento ou disfunção do esfíncter esofágico inferior (EEI), permitindo o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago.
- O aumento da pressão intra-abdominal, como ocorre na obesidade e na gravidez, também exacerba o refluxo, favorecendo a ocorrência da DRGE.
Como os diferentes tipos de apresentação clínica da DRGE, como a pirose e a regurgitação, impactam o diagnóstico e o manejo da doença?
A pirose e a regurgitação são sintomas típicos da DRGE e ajudam no diagnóstico clínico da doença. A presença desses sintomas, especialmente quando ocorrem com frequência, orienta o médico a iniciar o tratamento empírico com IBPs. A variabilidade na apresentação clínica, incluindo sintomas atípicos como tosse crônica, rouquidão e dor torácica, pode dificultar o diagnóstico, exigindo exames complementares como endoscopia, pHmetria ou impendanciopHmetria.
Discorra sobre os principais métodos diagnósticos para a DRGE, incluindo suas indicações, vantagens e limitações.
O diagnóstico da DRGE é geralmente clínico, baseado na presença de sintomas típicos. A endoscopia digestiva alta é indicada para pacientes com sinais de alarme, como disfagia, sangramento gastrointestinal ou perda de peso inexplicada. A impendancipHmetria esofágica é o padrão-ouro para confirmar o diagnóstico em casos duvidosos, especialmente quando os sintomas não respondem ao tratamento. A manometria é utilizada para verificar a motilidade. Apesar de sua precisão, a impendanciopHmetria pode ser desconfortável e é menos utilizada na prática clínica.
Como é feito o acompanhamento do paciente com esôfago de Barrett?
Só Barret, sem displasia: EDA a cada 3 a 5 anos + medidas comportamentais + dobrar dose de IBP. Displasia baixo grau: EDA em 1 ano + IBP. Displasia alto grau: EDA a cada 3 meses.
Paciente, feminina, 32 anos. Chega ao ambulatório com pirose há 6 meses. Refere que associado a esses sintomas, apresenta tosse e rouquidão. Nega outros sintomas. Nega etilismo e tabagismo. Exame físico sem alterações. a. Qual a hipótese diagnóstica? b. O que fazer? c. Após a EDA, paciente tem confirmação de DRGE, esofagite erosiva grau B e esôfago de Barrett. Qual a conduta?
a) DRGE. b) EDA ou Impedanciophmetria. c) Tratamento com IBP dose dupla por 6 meses.
Paciente de 35 anos, com sintomas de empachamento, sensação de regurgitação. Não possui história familiar de neoplasia do trato gastrointestinal, IMC de 22. Qual conduta mais adequada para esse tipo de paciente?
Como a paciente não tem sinais de alarme, não apresenta histórico de neoplasia do TGI e sem sintomas refratários, a conduta inicial deveria ser tratamento empírico com IBP.
O resultado de uma endoscopia digestiva alta com resultado indicado esofagite de refluxo com grau B de Los Angeles, indica:
Erosão > 5mm, não confluentes.
Explique a relação entre a DRGE e o risco de desenvolvimento de complicações como esofagite erosiva, estenose esofágica e esôfago de Barrett, e a importância do monitoramento contínuo desses pacientes.
A DRGE crônica pode levar a complicações graves como esofagite erosiva, estenose esofágica e esôfago de Barrett. O monitoramento contínuo desses pacientes é essencial para a detecção precoce de displasia e câncer, permitindo intervenções oportunas.
Paciente, 34 anos, obesa e tabagista apresenta queixa de tosse, sensação de pigarro e disfagia. Deu entrada 2x no PS durante o tempo que esses sintomas começaram devido a presença de dor torácica. Devido aos sintomas atípicos de DRGE, foi solicitada EDA. Um mês depois ela retorna com resultado normal. Com base nisso, qual o próximo passo?
Como paciente apresenta sinais de alarme, mas EDA normal, diante de seus sintomas atípicos sugere-se a pesquisa por impendanciopHmetria.
Quais os mecanismo patogênicos da infecção pelo H.pylori?
Inibição da célula D, presença da enzima urease e fatores de virulência, como citotoxinas cagA e vacA.
Acerca dos testes diagnósticos da infecção por H.pylori. Assinale V ou F e justifique as alternativas falsas.
( ) O teste da urease é um método diagnóstico invasivo
( )QuandoopacienteapresentamelhoraclínicaapósaerradicaçãodoH.pylorinãoé necessário confirmar a sua erradicação por ser um custo desnecessário aos sistemas de saúde
( ) Quando a confirmação da erradicação se faz necessária, ela deve ser realizada 4 semanas após o tratamento
( ) Podemos confirmar a erradicação do H.pylori através da histologia, embora esse não seja o método padrão ouro
( ) A cultura é usada principalmente para avaliar a sensibilidade da bactéria aos antimicrobianos.
V - É um método invasivo que envolve uma endoscopia com biópsia.
F - Sempre devemos confirmar a erradicação da bactéria independente da melhora dos sintomas
F - A confirmação da erradicação da bactéria sempre se faz necessária, devendo ser realizada 4 semanas após o tratamento
V - Podemos confirmar a erradicação através da histologia, embora o teste respiratório seja o padrão ouro
V - A cultura é importante para avaliar a sensibilidade aos antimicrobianos
Descreva as etapas da infecção crônica do H. pylori até a carcinogênese.
Infecção crônica do H.pylori → Gastrite crônica superficial → Gastrite crônica atrófica → Metaplasia intestinal → Displasia → Adenocarcinoma
Paciente, sexo feminino, 23 anos, em investigação por sintomas dispépticos realiza uma endoscopia e apresenta biópsia e teste da urease positivo para H.pylori.
a. Prescreva o tratamento de primeira linha para a erradicação da bactéria?
a) - Omeprazol 20mg
Tomar 1 comprimido a cada 12/12h por 14 dias - Amoxicilina 500mg
Tomar 2 comprimidos a cada 12/12h por 14 dias - Claritromicina 500mg
Tomar 1 comprimido a cada 12/12h por 14 dias
b. Realize uma nova prescrição para a erradicação do H.pylori, caso haja falha na terapia anterior.
b) - Omeprazol 20mg
Tomar 1 comprimido a cada 12/12h por 14 dias - Subcitrato de Bismuto 240mg
Tomar 1 comprimido a cada 12/12h por 14 dias - Metronidazol 400mg
Tomar 1 comprimido a cada 8/8h por 14 dias
- Tetraciclina 500mg
Tomar 1 comprimido a cada 6/6h por 14 dias
c. Se a mesma paciente da questão anterior apresentasse alergia à penicilina. Como deveria ser a prescrição de primeira linha?
c) - Omeprazol 20mg
Tomar 1 comprimido a cada 12/12h por 14 dias - Claritromicina 500mg
Tomar 1 comprimido a cada 12/12h por 14 dias - Levofloxacino 500mg
Tomar 1 comprimido a cada 24/24h por 14 dias