Problema 6 - LLA, LLC, LMA, LMC Flashcards
Mecanismo de ação dos quimioterápicos
Em geral interferem na
produção de DNA
Problema dos quimioterápicos
A quimioterapia não age especificamente contra as células neoplásicas, mas sim contra toda célula que se prolifere
Mecanismo de ação dos inibidores de tirosina quinase
Agem diminuindo a proteína de fusão BCR-ABL e, assim, controlando a proliferação do clone neoplásico
Como é feito o transplante de medula óssea ou transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH)?
Retiramos as stem cells de um doador e infundimos no paciente, após realizada uma quimioterapia intensa que “mata” todas as células-tronco hematopoiéticas dele
Quais as três formas básicas de transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH)?
- TCTH autólogo, o doador é o próprio paciente
- TCTH singênico quando o doador é um gêmeo idêntico do paciente
- TCTH alogênico, em que o doador é outro indivíduo
Em qual condição ocorre a síndrome de lise tumoral (SLT)?
Destruição de grande quantidade de células neoplásicas, de forma espontânea (pelo seu metabolismo instável) ou provocada (por quimioterapia), fazendo com que se libere o conteúdo intracelular do clone maligno:
* Potássio
* Fosfato
* Ácidos nucleicos
* Desidrogenase lática (DHL)
Complicações da liberação de metabólitos na síndrome de lise tumoral (SLT)
- Potássio em excesso pode causar arritmias e convulsões
- DNA será convertido em ácido úrico, causando lesão renal por formação de cristais urêmicos
- Fosfato liberado liga-se ao cálcio, causando hipocalcemia e contribuindo para a insuficiência renal por deposição de cristais de fosfato de cálcio.
Apresentação laboratorial da síndrome de lise tumoral (SLT)
Presença de duas ou mais anormalidades metabólicas
- hipercalemia
- hiperfosfatemia
- hiperuricemia
- hipocalcemia
Tratamento da síndrome de lise tumoral (SLT) (4)
Medidas não medicamentosas
* Hidratação profusa com ou sem diuréticos, objetivando diurese de 200 a 300mL/hora
* Manejo de distúrbios hidroeletrolíticos
Medidas medicamentosas
* Alopurinol – inibe a formação de ácido úrico
* Rasburicase – aumenta a conversão de ácido úrico em alantoína, uma substância solúvel, que não forma cristais
Característica das leucemias agudas
Bloqueio de maturação aprisiona o clone leucêmico sob a forma imatura de blastos
Principais marcadores imunofenotípicos da linhagem mieloide
Linhagem mieloide
* MPO
* CD13
* CD33
Principais marcadores imunofenotípicos da linhagem linfoide B
Linhagem linfoide B
* CD19
* CD20
* CD22
Principais marcadores imunofenotípicos da linhagem linfoide T
Linhagem linfoide T
* CD3
* CD7
* CD4 e CD8
Etiologia da Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Doença eminentemente pediátrica
75% dos casos ocorrendo em crianças menores de 6 anos
Maioria das mortes por LLA ocorra em adultos e idosos
Prognóstico favorável em crianças
Fisiopatologia da Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Doença neoplásica originada de um clone de progenitores linfoides anômalos incapazes de proceder à diferenciação normal
Consequência da Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Proliferação descontrolada de blastos linfoides
Ocupação medular por células anormais
Quadro clínico-laboratorial da Leucemia Linfoide Aguda (LLA) (5)
- Leucocitose às custas de blastos linfoides ou leucopenia
- Tromocitopenia: petéquias, equimoses, sangramento gengival, epistaxe
- Infiltração em tecidos: hepatoesplenomegalia, linfoadenomegalias, acometimento testicular ou de SNC
- Anemia: fraqueza, cansaço, dispneia aos esforços, palpitações
- Dor óssea
Diagnóstico da Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Comprovar a presença de pelo menos 20% de blastos linfoides na medula óssea através do mielograma
Imunofenotipagem na Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Distinguir os blastos linfoides de blastos mieloides
Separar a LLA-B (CD19, CD20 e CD22) da LLA-T (CD3, CD7, CD4 e CD8)
Prognóstico da Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
LLA-B: mais de 85% dos casos e possuem prognóstico favorável
LLA-T: minoria dos casos e evoluiu marcadamente mal
Prognóstico favorável na Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
LLA-B
Idade de 1 a 9 anos
Hiperdiploidia (>50 cromossomos)
LLA B comum (CD10 positivo)
Prognóstico desfavorável na Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
LLA-T
Neonatos, idosos
Hipodiploidia (<45 cromossomos)
t(9;22) – cromossomo Philadelphia
Leucometria acima de 50.000 células/mm3 ao diagnóstico
LLA pró-B (CD10 negativo) e LLA pré-T
Cromossomo Philadelphia
Resultado da t(9;22) - translocação entre os cromossomos 9 e 22
Produção da proteína quimérica BCR-ABL - estimula a proliferação das células neoplásicas
Tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (LLA) na maioria dos casos
Esquemas quimioterápicos complexos, combinando diversas drogas em estágios sucessivos
* indução da remissão (eliminação das células neoplásicas)
* consolidação da remissão (eliminação de quaisquer células residuais)
* manutenção da remissão (prevenção de recaída)
Tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (LLA) em pacientes de alto risco
Transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas como terapia de primeira linha, em conjunto à quimioterapia
Etiologia da Leucemia Mieloide Aguda (LMA)
Leucose aguda mais frequente na população adulta
Maioria dos pacientes são idosos no momento do diagnóstico
Linhagem mieloide
Maioria dos casos é idiopática
Causas secundárias de Leucemia Mieloide Aguda (LMA)
- exposição a benzeno
- radiação ionizante
- quimioterápicos
Quadro clínico da Leucemia Mieloide Aguda (LMA) (5)
- Leucocitose às custas de blastos mieloides ou leucopenia
- Plaquetopenia: petéquias, equimoses, gengivorragia, epistaxe
- Sarcoma mieloide
- Hiperplasia gengival
- Anemia
Diagnóstico da Leucemia Mieloide Aguda (LMA)
Pelo menos 20% de blastos mieloides em medula óssea
Imunofenotipagem por citometria de fluxo auxilia o diagnóstico ao identificar antígenos típicos
Tratamento da Leucemia Mieloide Aguda (LMA)
Eliminar o clone leucêmico através do uso de quimioterapia
* Indução da remissão - combinação de citarabina e um antracíclico
* Após remissão, citarabina em pacientes de baixo risco e TCTH alogênico em pacientes de alto risco
Como a idade afeta o Tratamento da Leucemia Mieloide Aguda (LMA)
Idosos muitas vezes incapazes de submeter-se à quimioterapia intensiva ou ao transplante de medula alogênico
Venetoclax, medicação que age contra a Bcl-2, proteína antiapoptótica expressa na LMA.
Complicação da Leucemia Promielocítica Aguda (LPA)
Coagulação intravascular disseminada (CIVD)
Liberação do conteúdo pró-coagulante dos grânulos promielocíticos desencadeia a ativação da cascata de coagulação
Quadro clínico da Leucemia Promielocítica Aguda (LPA)
- Pancitopenia ou leucocitose às custas de blastos
- Queixas hemorrágicas marcantes (hemoptise, hematúria, melena, hematêmese, hemorragia pulmonar e sangramento intracraniano)
- Alargamento de TAP e TTPA
- Aumento de D-dímero
- Consumo de fibrinogênio
Fisiopatologia da Leucemia Promielocítica Aguda (LPA)
Translocação entre os cromossomos 15 e 17, a t(15;17)
Proteína PML-RARα bloqueia a maturação sob a forma de promielócitos
Primeira medida em quadro suspeito de Leucemia Promielocítica Aguda (LPA)
Rápida introdução do ácido transretinóico (ATRA)
Mecanismo de ação do ácido transretinóico (ATRA)
Análogo da vitamina A
Induz a maturação dos promielócitos anômalos, que se diferenciam em granulócitos maduros e sofrem apoptose.
Tratamento da Leucemia Promielocítica Aguda (LPA)
Associação de quimioterápicos ao ácido transretinóico (ATRA) é a terapia de escolha
Combinação de ATRA com o ATO (trióxido de arsênico) em pacientes de risco baixo e intermediário
Na PML-RARα, ATO inibe PML e ATRA inibe RARα
Terapia de suporte no Tratamento da Leucemia Promielocítica Aguda (LPA)
Suporte transfusional agressivo
Transfusão de plaquetas se níveis < 30.000/mm3
Transfusão de plasma ou crioprecipitado se fibrinogênio < 150 mg/dL
Síndrome ATRA, síndrome retinoide ou síndrome de diferenciação na Leucemia Promielocítica Aguda (LPA)
Complicação grave e potencialmente fatal
Resposta inflamatória decorrente da diferenciação de inúmeros promielócitos ao mesmo tempo
Quadro clínico e tratamento da Síndrome ATRA, síndrome retinoide ou síndrome de diferenciação na Leucemia Promielocítica Aguda (LPA)
- Febre
- Edema
- Infiltrados pulmonares e serosite levando a derrames pleural e pericárdico
- Insuficiência respiratória e óbito.
Tratamento é feito com dexametasona
Etiologia da Leucemia Linfoide Crônica (LLC)
Leucemia crônica mais comum
Leucemia mais comum em
adultos
Principal alvo são os idosos, sobretudo homens com média de 70 anos
Fisiopatologia da Leucemia Linfoide Crônica (LLC)
Neoplasia linfoide maligna caracterizada pela proliferação clonal anômala de linfócitos B maduros
Grandes leucocitoses à custa de linfócitos B maduros em sangue periférico
Quadro clínico-laboratorial da Leucemia Linfoide Crônica (LLC)
- Linfocitose em idosos (suspeito)
- Esplenomegalia
- Linfoadenomegalias
- Sintomas constitucionais
- Citopenias autoimunes
Diagnóstico da Leucemia Linfoide Crônica (LLC)
Exame de sangue periférico, sem necessidade de um exame de medula óssea
Identificação de clones circulantes com mais de 5.000 linfócitos B anômalos com o imunofenótipo típico
Tratamento da Leucemia Linfoide Crônica (LLC)
Doença incurável
Estadiamento guia as indicações de tratamento
Nem todo quadro de LLC possui indicação de tratamento
Deve ser tratada em casos de repercussões clínicas secundárias
Etiologia da Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
- segunda leucemia mais comum no adulto
Fisiopatologia da Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
- cromossomo Philadelphia (não é exclusivo da LMC)
- transcreve a proteína de fusão BCR-ABL1
- proteína desregula a proliferação celular
Quadro clínico-laboratorial da Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
- Leucocitose e neutrofilia e desvio escalonado à esquerda
- Medula óssea hipercelular com proliferação da série mieloide
- Sintomas constitucionais: febre, perda de peso, suor noturno
- Esplenomegalia
- Anemia, trombocitose, basofilia e eosinofilia
- Fosfatase alcalina leucocitária diminuída
Diagnóstico diferencial da Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
Nem toda leucocitose com desvio à esquerda é LMC
Reação leucemoide é diagnóstico diferencial
Diagnóstico da Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
- Leucocitose à custa de desvio à esquerda)
- Proteína de fusão BCR-ABL no sangue periférico ou na medula óssea
- Estudo da medula óssea para estadiar
História natural da Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
Sem tratamento
Células neoplásicas da LMC adquirem mutações secundárias
* Fase acelerada/crônica
* Crise blástica
Fases evolutivas da Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
- Fase crônica: mieloproliferação desordenada. Leucocitose com desvio escalonado à esquerda
- Crise blástica: células leucêmicas não conseguem completar a diferenciação celular
Mecanismo de ação dos inibidores de tirosina quinase
Ligam-se à BCR-ABL, impedindo o uso do ATP e, assim, bloqueando a fosforilação
Bloqueia o estímulo à mieloproliferação