Problema 1 - Anemia ferropriva e eritrograma Flashcards

1
Q

Local de produção das hemácias

A

Em condições normais, a produção ocorre exclusivamente na medula óssea

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2
Q

Eritropoiese fora da medula óssea

A

Casos de estímulo proliferativo intenso, como anemias hemolíticas

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3
Q

Fases da Eritropoiese

A
  • Fase de Vinculação: Célula progenitora pluripotencial se diferencia em célula eritroide.
  • Fase Eritropoetina-Independente: Precursores eritroides iniciais, incluindo BFU-E.
  • Fase Eritropoetina-Dependente: CFU-E e diferenciação subsequente.
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4
Q

Definição de Reticulócitos

A

Hemácias anucleadas contendo resquícios de organelas.

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5
Q

Definição de Eritropoiese Ineficaz

A

Destruição de eritroblastos antes de completarem o desenvolvimento na medula óssea

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6
Q

Função da Eritropoietina

A

Principal fator de crescimento regulador da produção de hemácias

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7
Q

Local de produção da Eritropoietina

A

Principalmente no tecido renal, com uma pequena quantidade produzida no fígado

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8
Q

Regulação da produção da Eritropoietina

A

Aumenta em resposta à hipóxia renal

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9
Q

Local de Destruição das hemácias

A

Principalmente no baço, fígado e medula óssea

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10
Q

Mecanismo de Destruição das hemácias

A

Hemácias envelhecidas são reconhecidas, sendo fagocitadas e decompostas.

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11
Q

ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS

A
  • DOSAGEM DE HEMOGLOBINA
  • HEMATÓCRITO
  • VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO – VCM
  • HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (HCM)
  • CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (CHCM)
  • RED CELL DISTRIBUTION WIDTH – RDW
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12
Q

DOSAGEM DE HEMOGLOBINA

A

Principal molécula a compor as hemácias. Melhor índice para confirmar um quadro anêmico

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13
Q

HEMATÓCRITO

A

Mede o volume ocupado por todas as hemácias em relação ao volume total da amostra sanguínea

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14
Q

VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO – VCM

A

Mede o tamanho médio das hemácias, com valor normal de 80 a 100 fL.
Principal parâmetro usado na classificação morfológica das anemias

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15
Q

HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (HCM)

A

Mede a quantidade média de hemoglobina nas hemácias

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16
Q

CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (CHCM)

A

Concentração de hemoglobina dentro de uma hemácia

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17
Q

RED CELL DISTRIBUTION WIDTH – RDW

A

Mede a variação de tamanho entre as hemácias, ou seja, a anisocitose
Nível normal: 11% a 15%

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18
Q

RDW nas anemias carenciais

A

Está aumentado

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19
Q

RDW no diagnóstico diferencial das anemias microcíticas

A
  • Anemia ferropriva tem RDW aumentado
  • Anemia de doença crônica e talassemia têm RDW normal
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20
Q

HEMATOSCOPIA

A

Avaliação qualitativa das células hematológicas através da microscopia ótica

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21
Q

POIQUILOCITOSE

A

Poiquilócitos ou pecilócitos são todas as hemácias de formato anormal identificadas na hematoscopia

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22
Q

LEPTÓCITOS - HEMATOSCOPIA

A

HEMÁCIAS EM ALVO
* talassemias
* hemoglobinopatia SC
* anemia falciforme

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23
Q

DACRICÓTICOS - HEMATOSCOPIA

A

HEMÁCIAS EM LÁGRIMA
Forma oval que lembram uma lágrima, gota ou pera
* talassemias
* mielofibrose

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24
Q

DREPANÓCITOS - HEMATOSCOPIA

A

HEMÁCIAS EM FOICE
Forma típica de meia lua ou foice

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25
Q

ESFERÓCITOS - HEMATOSCOPIA

A

Hemácias que perderam superfície de
membrana e por isso ganharam uma forma esférica
Especialmente esferocitose hereditária.

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26
Q

ESQUIZÓCITOS - HEMATOSCOPIA

A

São fragmentos eritrocitários gerados pelo dano mecânico às hemácias
Quadros de microangiopatias
* PTT (púrpura trombocitopênica trombótica)
* SHU (síndrome hemolítico-urêmica)
* CIVD (coagulação intravascular disseminada).

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27
Q

CORPOS DE HEINZ - HEMATOSCOPIA

A

São pontos roxos que aderem à membrana das hemácias, resultado da deposição de hemoglobina oxidada
Especialmente na deficiência de G6PD

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28
Q

NEUTRÓFILOS HIPERSEGMENTADOS -
PLEOCARIÓCITOS

A

Neutrófilos hipersegmentados são considerados patognomônicos de anemia megaloblástica

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29
Q

Conceito de anemia

A

Anemias são condições de redução da massa eritrocitária total, prejudicando o transporte de oxigênio

30
Q

Melhor parâmetro para fazer o diagnóstico de quadros anêmicos

A

Dosagem de hemoglobina.

31
Q

Níveis de hemoglobina recomendados pela OMS para o diagnóstico de anemias (em g/dL)

A
  • Homens: <13
  • Mulheres: <12
  • Gestantes: <11
32
Q

Em idosos devemos considerar a anemia como parte normal do envelhecimento?

A

NÃO. É sempre preciso buscar a etiologia do quadro anêmico e tratá-la

33
Q

Exames iniciais em casos de suspeita de anemia (2)

A
  • Hemograma completo com índices hematimétricos
  • Contagem de reticulócitos
34
Q

CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ANEMIAS

A
  • Anemia microcítica VCM<80fL
  • Anemia normocítica VCM entre 80fL e 100fL
  • Anemia macrocítica VCM >100fL
35
Q

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS ANEMIAS

A
  • Anemias hiperproliferativas
  • Anemias hipoproliferativas
36
Q

Mecanismo das anemias hiperproliferativas

A

Perda eritrocitária periférica por hemólise ou sangramento
Medula óssea produzi novas hemácias, liberadas sob a forma de reticulócitos
Reticulocitose

37
Q

Mecanismo das anemias hipoproliferativas

A

Comprometimento da eritropoiese
* defeitos dos precursores hematopoiéticos
* falta de substrato à hematopoiese
Produção de novas hemácias prejudicada
Contagem de reticulócitos normal ou baixa

38
Q

Diagnóstico diferencial das anemias microcíticas pelo RDW

A

Anemia ferropriva e anemia sideroblástica - RDW aumentado (>15%)
Talassemias e anemia de doença crônica - RDW normal (11% a 15%)

39
Q

Diagnóstico diferencial das anemias microcíticas ferropriva e sideroblástica

A

Anemia ferropriva - níveis corporais de ferro reduzidos
Anemia sideroblástica - acúmulo de ferro marcante

40
Q

Diagnóstico diferencial das anemias microcíticas de doença crônica e talassemias

A

Anemia de doença crônica - indisponibilidade funcional de ferro
Talassemias - perfil de ferro normal ou também aumentado

41
Q

Absorção do ferro

A

Pela dieta, principalmente no duodeno
* Forma heme (Fe2+), origem animal. Mais facilmente absorvido
* Forma não heme (Fe3+), origem vegetal. Precisa de conversão (meio ácido) em Fe2+ para absorver

42
Q

Absorção do ferro - enterócitos

A

Ferro entra no enterócito, ganha circulação ao passar pela ferroportina e é transportado pela transferrina

43
Q

Reservas corporais de ferro

A

Todo ferro não utilizado pelos tecidos é armazenado em reservas corporais, representadas pela ferritina, proteína encontrada especialmente no fígado

44
Q

Regulação da absorção de ferro

A

Não há um mecanismo ativo de excreção do ferro
Hepcidina, hormônio hepático que degrada a ferroportina
Nível elevado de ferro aumenta a secreção de hepcidina
Deficiência de ferro, diminue o nível de hepcidina

45
Q

FERRITINA - AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO FERRO

A

Melhor instrumento para avaliar os níveis de ferro no organismo
Em situações de ferropenia, a primeira alteração é a redução da ferritina.

46
Q

FERRO SÉRICO - AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO FERRO

A

Marcador pouco fidedigno, sofrendo variações com o ritmo circadiano e com a dieta

47
Q

SATURAÇÃO DE TRANSFERRINA - AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO FERRO

A

Mede quantos dos sítios de ligação de ferro dessa molécula estão ocupados
Pouco ferro disponível indica menor saturação dessa molécula
Transferrina é uma proteína negativa de fase aguda

48
Q

CAPACIDADE TOTAL DE LIGAÇÃO DE FERRO (CTLF OU TIBC) - AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO FERRO

A

Medida de todos os sítios de ligação de ferro presentes no sangue do paciente
Medida indireta da transferrina: se tivermos muita transferrina, teremos mais sítios de ligação de ferro e, assim, maior CTLF

49
Q

PERDA CRÔNICA DE FERRO

A

Sempre que estivermos diante de um paciente adulto com anemia ferropriva, devemos investigar a perda crônica de sangue, especialmente via trato gastrointestinal

50
Q

QUADRO CLÍNICO DA ANEMIA FERROPRIVA (6)

A

Anemia hipo/micro
Glossite atrófica (“língua careca”)
Queilite angular (inflamação das comissuras labiais)
PICA (compulsão alimentar por substâncias não nutricionais)
Coiloníquia (depressão ungueal)
Síndrome das pernas inquietas (compulsão em movimentar os membros)

51
Q

Exame padrão-ouro para o diagnóstico da anemia ferropriva

A

Mielograma
Exame invasivo, pode ser substituído pela avaliação do perfil de ferro

52
Q

Reposição de ferro na anemia ferropriva

A

É essencial.
Orientação alimentar não é um tratamento adequado
Sempre é preciso prescrever reposição de ferro

53
Q

Melhor exame para confirmarmos a resposta ao tratamento da anemia ferropriva

A

É a contagem de reticulócitos, que se eleva em 4 a 7 dias, atingindo pico no 10º dia da reposição de ferro.
Reticulocitose

54
Q

Duração do tratamento da anemia ferropriva

A

A anemia é corrigida em cerca de dois meses
Manter a reposição mesmo após a correção, com objetivo de repor os estoques corporais (ferritina)

55
Q

Profilaxia de anemia ferropriva

A

Reposição profilática com ferroterapia oral durante a gestação, nas lactantes e nas crianças até cinco anos de idade
* 100 mg de ferro elementar/dia para gestantes e lactantes
* 30 mg de ferro elementar/dia para pré-escolares
* 30-60 mg de ferro elementar/dia para crianças em idade escolar, em períodos de duas a três semanas, várias vezes ao ano.

56
Q

Identificar um quadro suspeito de talassemia

A

Anemia hipo/micro de RDW normal, com história familiar positiva

57
Q

Achados da talassemia (6)

A

Anemia hemolítica crônica
Esplenomegalia
Elevação de bilirrubina indireta
Elevação de desidrogenase lática
Queda de haptoglobina
Reticulocitose

58
Q

Definição de talassemias

A

Hemoglobinopatias quantitativas congênitas, condições hereditárias em que mutações nos genes da alfa ou betaglobina comprometem a síntese dessas cadeias de globina

59
Q

Tipos de talassemias

A
  • ALFATALASSEMIAS
  • BETATALASSEMIAS
60
Q

Onde ocorre a absorção de ferro e quais fatores ajudam ou atrapalham na sua absorção?

A

O ferro é absorvido no duodeno. Os fatores que ajudam ou atrapalham a sua absorção são:

Ajudam a absorção de ferro: ácido ascórbico (vitamina C), ácidos orgânicos, aminoácidos e proteína da carne.

Atrapalham a absorção de ferro: cálcio, fibra alimentar, oxalatos, fitatos e fosfatos.

61
Q

Como o ferro é transportado e armazenado no corpo?

A

O ferro é transportado no corpo humano principalmente pela hemoglobina e pela transferrina, enquanto é armazenado principalmente como ferritina.

62
Q

Cite 3 causas de deficiência de Ferro

A

Carência nutricional;

Absorção diminuída de ferro: doença celíaca, gastrectomias e gastrite atrófica por H. pylori; e

Perda crônica de ferro: sangramento gastrointestinal crônico (úlceras, neoplasias, gastrites, hemorroidas, varizes esofágicas, angiodisplasias, infestações parasitárias), sangramento ginecológico, hemodiálise, hemólise intravascular

63
Q

Quais alterações encontramos no hemograma na anemia ferropriva?

A

Anemia hipo/micro ou normo/normo.
Anisocitose: RDW aumentado.
Plaquetose reacional: plaquetometria aumentada.
Anemia hipoproliferativa: contagem de reticulócitos < 2%.

64
Q

Quais alterações encontramos no perfil de ferro na anemia ferropriva?

A
  • Ferritina: diminuída
  • Ferro sérico: diminuído
  • Saturação de transferrina: diminuída
  • CTLF/TIBC: aumentada
  • Receptores solúveis de transferrina: aumentados
  • Protoporfirina eritrocitária livre: aumentada
65
Q

Qual o marcador sérico mais sensível e específico para o diagnóstico da anemia ferropriva?

A

O marcador sérico mais sensível e específico para o diagnóstico da anemia ferropriva é a ferritina sérica. A ferritina é uma proteína que armazena ferro no corpo, e níveis baixos de ferritina indicam depleção dos estoques de ferro, o que é característico da anemia ferropriva.

66
Q

Qual o nome da alteração apresentada pelo paciente?

A

Coiloníquia. Note a depressão, o afundamento que apresenta a região central da unha do paciente. Essa é uma alteração muito específica da anemia ferropriva.

67
Q

Qual o nome da alteração apresentada pelo paciente?

A

Queilite/Estomatite angular
Alteração típica das anemias por carências nutricionais, como deficiência de ferro, vitamina B12 e folato

68
Q

Qual o nome da alteração apresentada pelo paciente?

A

Glossite atrófica
Alteração típica das anemias por carências nutricionais, como deficiência de ferro, vitamina B12 e folato

69
Q

Prescreva o tratamento de anemia ferropriva em adultos

A

Dose diária: Sulfato ferroso 300mg (60 a 90mg de ferro elementar)
1 comprimido cada 8 horas, 1 – 2 horas antes das refeições, junto com suco de laranja ou vitamina C

70
Q

Cite 3 causas de refratariedade ao tratamento da anemia ferropriva

A
  • Absorção inadequada de ferro
  • Perda contínua de sangue
  • Diagnóstico incorreto