Poder Legislativo Flashcards

1
Q

Quais as funções típicas e atípicas do Poder Legislativo?

A

Este tem a função típica de legislar, controlar e fiscalizar os atos dos demais Poderes. Além disso, tem a função atípica de administrar e julgar.

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2
Q

Como se dá a organização do Poder Legislativo no âmbito Federal, Estadual e Municipal?

A

O Poder Legislativo Federal organiza-se em um bicameralismo federativo. Nos Estados, DF e nos municípios o Poder Legislativo é unicameral.

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3
Q

Quais as vantagens e desvantagens do bicameralismo federativo?

A

Aponta-se como desvantagem do bicameralismo a demora e imprevisibilidade na produção normativa, o que alarga a atuação legislativa do Poder Executivo. Por outro lado, considera-se vantajoso pois promove o debate para aperfeiçoar a proposta e torna-la mais eficaz e adaptada a sociedade.

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4
Q

Explique a composição da Câmara dos Deputados, a definição do número total de membros (máximo e mínimo) e o sistema de eleição.

A

É composta por representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional. O mandato é de quatro anos, podendo se reeleger quantas vezes quiser. Em cada eleição é feita uma renovação total da Casa. O número total de deputados varia proporcionalmente ao número de habitantes de cada estado, sendo que nenhum terá menos que oito ou mais que setenta representantes. Ao todo são 513 deputados.

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5
Q

Quais são os requisitos de elegibilidade do cargo de Deputado Federal?

A

Os requisitos de elegibilidade do cargo são: nacionalidade brasileira, idade mínima de vinte e um anos, condição de eleitor e não sofrer incidência de nenhuma causa de inelegibilidade.

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6
Q

Explique a composição do Senado Federal, a definição do número total de membros e o sistema de eleição.

A

Esta Casa Legislativa afirma a forma federativa de Estado, pois viabiliza que as ordens jurídicas parciais participem da formação da vontade nacional. É composto por 81 membros e com cadeiras preenchidas pelo sistema eleitoral majoritário simples. Cada estado será representado por três senadores, os quais são eleitos com dois suplentes cada. O mandato tem duração de oito anos e há renovações parciais de 1/3 ou 2/3 da representação a cada quatro anos.

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7
Q

Quais são os requisitos de elegibilidade do cargo de Senador?

A

Os requisitos de elegibilidade são: nacionalidade brasileira, idade mínima de trinta e cinco anos, ser eleitor e não sofrer a incidência de nenhuma causa de inelegibilidade.

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8
Q

Se uma lei complementar criar um Território Federal, como se dará a representação deste na Câmara dos Deputados e no Senado Federal?

A

Na Câmara dos Deputados, o Território deverá possuir quatro deputados, independente da proporção da população. Contudo, ele não terá representantes no Senado, já que não será uma entidade federada.

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9
Q

Como é feita a definição de quantos deputados estaduais terão em uma Assembleia Legislativa?

A

É baseado no número de deputados federais que o estado possui:
- Se o número de deputados federais variar de 8 a 12: nº de deputados federais x 3 = deputados estaduais.
- Se o número de deputados federais variar de 13 a 70: nº de deputados federais + 24 = deputados estaduais.

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10
Q

Diferencie legislatura de sessão legislativa.

A
  • Legislatura: É o período de 4 anos, que corresponde ao mandato dos Deputados Federais.
  • Sessão Legislativa: É o período de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
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11
Q

Diferencie sessão legislativa ordinária, extraordinária e preparatória.

A
  • Sessão ordinária: As reuniões dentro do período delimitado como sessão legislativa
  • Sessão extraordinária: As reuniões que ocorrem durante o período de recesso, se necessário for em casos de urgência ou interesse público relevante.
  • Sessão preparatória: No dia 1º de fevereiro do primeiro ano da legislatura para a posse dos seus membros e eleição das Mesas Diretoras.
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12
Q

Os Estados-membro são obrigados a reproduzir a regra de vedação de recondução, prevista na Constituição Federal, em suas constituições estaduais? Explique, também, o posicionamento do STF sobre este assunto.

A

O artigo que veda a recondução para o mesmo cargo, não ostenta caráter de princípio estruturante da CF, podendo ter sido regulada em legislação infraconstitucional. Assim sendo, não é considerada norma de repetição obrigatória, ou seja, não precisa ser obedecida em âmbito estadual. Neste sentido, o STF, orientado pelo princípio republicano, definiu que o constituinte estadual tem autonomia para autorizar a reeleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, no entanto, como essa autonomia não é absoluta, somente será legítima a permissão para uma única reeleição consecutiva.

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13
Q

O que é a Comissão Parlamentar de Inquérito?

A

É necessariamente temporária e pode ser criada em conjunto ou separadamente pelas Casas Legislativas. Tem função de apurar fatos certos em sua função de vigilância, controle e fiscalização dos negócios públicos.

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14
Q

Quais são os três requisitos para a criação de uma CPI?

A

Os requisitos para sua criação são o requerimento de 1/3 dos membros das Casas ou do CN, delimitação de prazo certo e indicação de fato determinado a ser investigado.

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15
Q

No âmbito das CPIs, é possível a determinação de condução coercitiva do investigado? Explique.

A

Segundo posicionamento do STF, a condução coercitiva de investigados ou réus para o interrogatório é incompatível com a Constituição, sob pela de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de ilicitude das provas obtidas, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

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16
Q

As CPIs federais também podem investigar fatos de interesse regional ou local? Explique.

A

Em respeito ao pacto federativo, é vedado a instalação de uma CPI na esfera federal para investigar casos de interesse regional ou local e que não tenham impacto digno de destaque no plano nacional.

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17
Q

É possível o controle judicial dos atos das CPIs? De que forma? Explique.

A

Se atuarem em contraste com a Constituição terão seus atos revistos judicialmente. O controle das comissões de âmbito federal é feito pelo STF, exercitado por meio da interposição de mandado de segurança ou HC.

18
Q

Encerrada a atividade investigativa, quais as medidas tomadas pela CPI?

A

Encerrada a atividade investigativa, é elaborado um relatório final. Este é enviado a Casa para ser noticiada dos trabalhos da comissão, mas este não depende de apreciação e aprovação do plenário para produzir efeitos. Tal relatório não tem autoexecutoriedade, então, é encaminhado ao MP ou AGU para a adoção das medidas necessárias, se entender cabível.

19
Q

O que são as imunidades parlamentares?

A

São regras protetivas à função parlamentar, atribuídas aos membros do Legislativo para que possam executar suas atribuições com liberdade e independência frente aos demais Poderes e sem pressões externas. São irrenunciáveis.

20
Q

Os suplentes dos parlamentares também gozam das imunidades? Explique.

A

Não. Estas prerrogativas vinculadas ao cargo não amparam o indivíduo eleito como suplente, uma vez que estes não exercem a função, apenas gozam de mera expectativa de no futuro vir a exercê-la.

21
Q

Qual a consequência do uso abusivo e desmedido das imunidades pelos parlamentares?

A

O uso abusivo e desmedido das imunidades sujeita o congressista à perda do mandato por falta de decoro parlamentar.

22
Q

No que consiste a imunidade material dos parlamentares?

A

Esta neutraliza, na esfera penal e civil, a responsabilização do parlamentar por suas opiniões, palavras e votos.

23
Q

A imunidade material dos parlamentares também incide na responsabilização na esfera político-administrativa? Explique.

A

Não há previsão Constitucional e existe divergência doutrinária quando a possibilidade de incidência desta imunidade em âmbito político-administrativo.

24
Q

No que consiste a imunidade formal dos parlamentares?

A

É a prerrogativa de não ser/permanecer preso, assim como a possibilidade de suspensão do processo penal que esteja em trâmite contra o parlamentar.

25
Q

Como funciona a imunidade formal do parlamentar relativa a prisão?

A

Esta imunidade garante a impossibilidade de o parlamentar federal ser preso, salvo em flagrante de crime inafiançável. Caso essa prisão ocorra, os autos deverão ser encaminhados para a Casa Legislativa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva se se mantém ou rechaça a prisão.

26
Q

Como funciona a imunidade formal do parlamentar relativa ao processo? Como foi a mudança neste instituto a partir da EC 35/2001?

A

Esta imunidade sofreu significativa alteração após a EC nº 35/2001. Antes desta, o congressista até poderia ser criminalmente processado, mas isto dependia de uma deliberação prévia dos seus pares, conferindo uma licença permissiva. Após a Emenda, pôs-se fim a exigência da licença. Agora, após provocação de um partido político com representação, a Casa terá 45 dias para decidir se susta o trâmite da ação penal, ficando suspensa a prescrição.

27
Q

Em relação a imunidade formal relativa ao processo, qual o objetivo de conferir a Casa Legislativa decisão se susta ou não o processo?

A

Esta possibilidade da Casa sustar, ou não, o processo tem a função de que esta avalie se o processo tem o intuito de perseguir politicamente o parlamentar ou desprestigiar o Legislativo e, também, verificar se há conveniência na manutenção do processo.

28
Q

Como funciona a imunidade testemunhal dos parlamentares?

A

Os Deputados e Senadores não são obrigados a testemunhar sobre informações que foram recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato. Além disso, podem ajustar previamente local, data e hora para serem inquiridos.

29
Q

Os Deputados Estaduais e Vereadores também tem as imunidades materiais, formais e testemunhais dos Parlamentares?

A

A imunidades são aplicáveis aos membros das Assembleias Legislativas dos Estados e da Câmara Legislativa do DF. Os vereadores também têm a imunidade material quanto a responsabilização penal ou cível por suas palavras, opiniões e votos. Contudo, não são detentores de nenhuma imunidade formal.

30
Q

Quais são as condições para a aplicação da imunidade material aos vereadores?

A

A imunidade material condiciona-se a demonstração de pertinência e conexão com o mandato e, também, a comprovação de que ele agia dentro dos limites da circunscrição municipal. A imunidade, portanto, é limitada territorialmente.

31
Q

No caso de crime praticado por autoridade no exercício de um mandato e consequente reeleição para o mesmo cargo, outra Casa Legislativa na esfera federal, ou outra Casa Legislativa em esfera federal distinta continuará havendo o foro especial nesses três casos?

A

Sim. Nesses três casos continua havendo o foro especial.

32
Q

Em vista do foro por prerrogativa de função, quem é competente para julgar os crimes cometidos por Deputado Federal ou Senador?

A

Se for um crime cometido antes da diplomação, as instâncias ordinárias que terão competência para julgar. Se for cometido após a diplomação e sendo estranho a atividade parlamentar, também será de competência das instâncias ordinárias. Contudo, se tiver relação com a atividade parlamentar, o julgamento será de competência do STF.

33
Q

Os Deputados Estaduais e os Vereadores tem foro por prerrogativa de função? Explique.

A

Os Deputados Estaduais/Distritais possuem foro privativo no Tribunal de Justiça do respectivo estado. Além disso, podem ser julgados pelo TRF e pelo TRE a depender do crime. Os Vereadores, por sua vez, não tem prerrogativa de foro.

34
Q

Em qual momento se inicia e se finaliza o foro por prerrogativa de função?

A

O termo inicial do foro por prerrogativa de função é a diplomação, enquanto o termo final é o encerramento do mandato. Além disso, após o final da instrução processual, publicado o despacho de intimação para apresentar alegações finais, a competência para processar e julgar não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.

35
Q

Os córreus não parlamentares também terão foro privilegiado devido a um parlamentar? Explique.

A

Em regra, deve ser feito o desmembramento dos feitos criminais nos quais o polo passivo seja ocupado por corréus sem a prerrogativa de foro. Contudo, em situações excepcionais em que estejam os fatos de tal forma relacionados que a cisão por si só implique prejuízo ao seu esclarecimento, pode haver o julgamento no mesmo foro.

36
Q

O que é e qual a função do Tribunal de Contas?

A

É um órgão de natureza técnica, independente e autônomo. Tem a função de auxiliar o Poder Legislativo no exercício do controle externo, ou seja, na atividade de fiscalização da execução do orçamento e do uso do dinheiro público.

37
Q

Como é a composição do Tribunal de Contas? Quais os requisitos para ser ministro?

A

É composto por nove ministros, sendo seis deles escolhidos pelo Congresso Nacional e três escolhidos pelo Presidente da República (um é escolhido livremente e os outros dois dentro da lista tríplice). Os ministros devem satisfazer os seguintes requisitos: brasileiro nato ou naturalizado; mais de 35 anos e menos de 70; idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos na área jurídica, contábil, financeira, etc.; e estar há mais de dez anos em atividade que exija estes conhecimentos.

38
Q

O TCU pode julgar as contas de todos os administradores públicos? Explique.

A

O TCU tem competência constitucional para julgar as contas de todos os administradores públicos, exceto o Presidente da República (em relação a este, o órgão emite apenas um parecer opinativo).

39
Q

Existe contraditório e ampla defesa nos processos perante o TCU? Explique.

A

Nos processos perante o TCU assegura-se o contraditório e ampla defesa, quando da decisão puder resultar na anulação ou revogação do ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão. Isso pois nestes não há litígio ou acusação que justifique a incidência de tais princípios.

40
Q

Como é feita a fiscalização das contas dos municípios? É possível a criação de um Tribunal de Contas municipal?

A

Existe vedação constitucional à instituição de Tribunais de Contas Municipais. Contudo, é possível que o Estado crie um Tribunal de Contas dos Municípios, um órgão estadual que irá auxiliar as Câmaras Municipais de todos os municípios daquele Estado no exercício do controle externo.