Platão (Arístocles) Flashcards
Explique a solução proposta por Platão para a aporia entre o sensível e o inteligível, presente na Alegoria da Caverna.
O filósofo tem como objetivo inicial em suas teorias buscar a conciliação entre o
mobilismo de Héraclito e o imobilismo de Parmênides.
Para resolver esse conflito, Platão elaborou a teoria da divisão ontológica dos mundos (teoria das ideias ou das formas):
Mundo inteligível, onde estão as ideias ou formas perfeitas, imutaveis e unicas, onde está o verdadeiro conhecimento (epsisteme) e local inde a alma (razão) habita, contemplando as ideias perfeitas antes de se unir ao corpo no mundo sensivel;
Mundo sensivel, uma MIMESIS do mundo inteligivel, é o mundo que se aprensenta aos sentidos, onde estão as formas mutaveis (copias imperfeitas da ideias inteligiveis) e onde se estabelece a doxa (conhecimento inferior, não seguro) e onde a alma unida ao corpo pode realizar a reminescencia para atingir o conhecimento seguro (“Conhecer é recordar”).
Assim, para explicar essa divisão, Platão utiliza a alegoria da caverna: Em uma caverna, há individuos acorrentados e virados para uma parede (de costas para a abertura). Na abertura da caverna há iluminação de uma fogueiral, por meio da qual são projetadas na parede sombras dos objetos que passam pelo exterior em frente a abertura. Os individuos olham para as sombras crendo ser os verdadeiros objetos.
A caverna representa o mundo sensivel, o exterior é o mundo intelgivel, a fogueira é o sol do mundo sensivel, os objetos reais são as ideias perfeitas, as sombras são as copias inperfeitas, as correntes representam o corpo, que aprisiona a alma (cativos) no mundo sensivel, o Sol é a ideia suprema de bem. Aquele que se liberta das correntes para comtemplar as ideias perfeitas atinge a episteme por meio da reminescencia, caracterizando um filosofo.
Explique a relação entre conhecimento e reminiscência e a distinção entre o verdadeiro saber (episteme) e o falso saber (doxa).
De acordo com a Teoria da reminiscência , “Conhecer é recordar”, uma vez que o conhecimento é uma lembrança das experiências já vivenciadas pela alma
no mundo das ideias. Nesse contexto, não há possibilidade de produção de conhecimento no mundo sensível, mas apenas a possibilidade de lembrar da verdade já contemplada pela alma no mundo das ideias, onde estão as formas perfeitas e inteligiveis. Assim, Platão defende o dualismo entre corpo e alma.
A “Doxa” é o falso saber, conhecimento baseado em opiniões e nas diversas formas sensíveis (cópias imperfeitas das ideias do mundo inteligível). É um estágio inferior de conhecimento. O indivíduo, mediante um processo dialético (questionamento dos saberes da Doxa e exercício filosófico de busca da verdade) pode atingir a Episteme, o verdadeiro saber, o conhecimento das formas inteligíveis, que são unas e imutáveis, um conhecimento superior e seguro.
Nesse contexto, a educação (paideia) exerce papel importante por guiar a alma (razão) na busca por conhecimento rumo a Episteme. (a educação não produz conhecimento, ela guia a alma para a reminiscência)
Explique o ideal platônico de política: a cidade Justa e o Rei Filósofo. E relacione com a alegoria da Caverna
Para Platão, a finalidade da política, exercida na pólis, é o bem comum, a realização da Justiça. Para que isso seja alcançado, os governantes devem priorizar os interesses coletivos em detrimento dos individuais. Nessa conjuntura, a fim de garantir esse ideal, o governo deve ser exercido pelos melhores em inteligência e conduta ética. Esses governantes são denominados, por Platão, como “os reis filósofos”. Porém, é importante destacar que ele não defende uma monarquia hereditária, mas sim uma aristocracia/meritocracia (“governo dos melhores”) do tipo Sofocracia.
O” Rei filósofo”, na Alegoria da Caverna, é representado pelo indivíduo que saiu da caverna (se desprendeu do conhecimento falso (doxa)), e contemplou as formas verdadeiras (inteligíveis), isto é, atingiu um grau superior de conhecimento (Episteme). Na Alegoria, ele deve voltar à caverna para orientar os demais e deve assumir o governo da cidade.
Ademais, Platão defende o dualismo entre corpo e alma (razão). O filosofo afima que existem 3 diferentes tipos de alma, e , na Cidade Justa, cada tipo deve exercer o seu papel.
Alma de ouro: Sabedoria - governo da cidade. Filosofos
Alma de Prata: Coragem - proteção da cidade. Guerreiros/Soldados
Alma de Bronze: Temperança - economia e da subsistência da cidade. Trabalhadores
Qual a função da Dialética para Platão?
De acordo com Platão, dialética é a ciencia filosofica que permite, por meio da educação (paideia) da alma recordar as ideias já contempladas anteriormente no mundo inteligível, onde estão as ideias perfeitas, unicas, verdasdeiras e imutáveis. Logo, mediante um processo dialético (questionamento dos saberes da Doxa e exercício filosófico de busca da verdade) pode atingir a Episteme, o verdadeiro saber. A “Doxa” é o falso saber, conhecimento baseado em opiniões e nas diversas formas sensíveis (cópias imperfeitas das ideias do mundo inteligível). É um estágio inferior de conhecimento.
Platão explica a transição da alma entre dois mundos por meio de um mito/alegoria. Qual o nome desse mito?
Mito de er
Platão defende o dualismo entre corpo e alma
Alma é imortal, pois ela transita entre os mundos sensível e inteligível. (explicar os mundos)
[ideias verdadeiras (episteme), unicas, imutaveis e perfeitas x ideias não seguras (doxa), mutaveis, copias imperfeitas]
Na passagem do mundo inteligivel para o sensivel, a alma (razão) atravessa o Rio Lethé: Águas do esquecimento, antes de se unir ao corpo, o qual está ligado aos sentidos.
Assim, segundo a Teoria da reminiscência (“Conhecer é recordar”), o conhecimento é uma lembrança das formas inteligiveis já contempladas pela almano mundo das ideias.