Achille Mbembe Flashcards

1
Q

Diferencie os tipos de racismo presentes na sociedade atual: racismo individual, institucional e estrutural e relacione-os às teorias raciais do séc xix

A

A imagem que se tem do negro atualmente é uma construção social que priveligia o homem branco e cristão [eurocentrismo] (teorias do séc 19 que são reproduzidas na atualidade- racismo “científico”- explicar)

Racismo é a discriminação e preconceito dirigida direta ou indiretamente a um indivíduo ou a determinado grupo devido a sua cor de pele ou etnia. Nesse sentido há três tipos de racismo:
**Racismo individual: é dirigido diretamente de uma pessoa para outra ou de um grupo para outro por meio de violência física ou verbal ou negação de acesso a serviços locais.
**
Racismo institucional: indiretamente, instituições, normas, leis e até o próprio Estado promovem ações preconceituosas e discriminatórias.
***Racismo estrutural: está ligado a construções históricas e estruturantes da sociedade atual; Trata-se de um conjunto de hábitos, costumes, falas e práticas preconceituosas. Está presente no cotidiano,na política , na economia, etc. O racismo estrutural naturaliza determinadas práticas e ideias e favorece a Produção de Inimigos. (não se esqueça de falar que é velado/sutil)
(destacar a raça como marcador social para as ações do racismo institucional e estrutural)

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Q

Comente essa afirmação: Para Achille Mbembe, o racismo é mais estruturante que as classes sociais.

A

para Achille Mbembe, o racismo é mais estruturante que as classes sociais. Haja vista que a escravidão e o racismo surgiram antes da luta de classes. Nesse contexto, as classes exploradas são também os alvos do racismo.
Podemos dizer racismo estrutural (costumes, naturalização) está relacionado às menores oportunidades de ascensão social aos negros, por exemplo.
**destacar o processo histórico desde a escravidão: não inclusão social
O autor aponta para a existência de uma racialização das relações e das práticas sociais por meio do racismo estrutural, o que implica na produção de inimigos. Assim, a “raça” se configura como um marcador social

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3
Q

Relacione a conceituação da identidade, raça (como marcador social), etnia, preconceito e discriminação racial e social

A

Para Achille Mbembe, o racismo é mais estruturante que as classes sociais

Na racialização das relações, a etnia/raça é tomada como marcador social para distinção entre os individuos. Nessa conjuntura o racismo se torna um instrumento(um micropoder) da Necropolitica, que é uma expressão do macropoder Estatal na politica de morte. Assim, o Estado deixa ou ,em “casos de urgencia” , faz morrer aqueles que não são importantes para o sistema ou são uma ameça para ele (produção de inimigos). O racismo é acima de tudo um INSTRUMENTO DO BIOPODER. Assim, a Necropolitica é LEGITIMADA PELO racismo, pois utiliza a raça como marcador social.
Nesse contexto, existe um grupo que está sempre mais exposto (população mais pobre, em sua maioria negra) a risco de morte.
Pode-se afirmar que, apesar de a análise principal do autor estar voltada para o negro, sua teoria também se aplica a outros grupos desprivilegiados. “Na instabilidade política, cresce o poder de mover a linha imaginária do racismo para qualquer um.(…).- produção de inimgos-

Esse processo pode ser percebido no pós 11 de Setembro, com a guerra ao terror e a discriminação dos povos árabes para “proteger a nação americana”. Pode ser identificado também, nas favelas brasileiras, onde a intervenção policial é frequentemente violenta e permeada de excessos em nome da segurança dos “cidadãos”.

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4
Q

Comente sobre o mito da democracia racial e sua influência na negação do racismo

A

O racismo é um micropoder(focault) da Necropolítica, já que atua de forma velada mediante o mito da democracia racial.
Achille Mbembe utiliza o mesmo termo que Florestan Fernandes (sociólogo brasileiro) para se referir a um discurso que transforma o racismo em algo velado que desmobiliza críticas às desvantagens sociais sofridas pelos negros e mestiços por todo o mundo, desincentivando as discussões sobre o combate do racismo.
O sociólogo Florestan Fernandes faz uma crítica a Gilberto Freyre. Este defende que as atuais injustiças sofridas pelos negros são de ordem socioeconômica e não racial. Florestan, afirma que a estrutural social de classes brasileira está diretamente relacionada com a esfera racial, uma vez que, depois da abolição da escravidão não houveram políticas de inclusão dos ex-escravos na sociedade.
Nesse sentido, para Achille Mbembe, o racismo estrutural(explicar) culmina na “raça” como um marcador social

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