Pediatria Flashcards
Incompatibilidade ABO
Mãe O e bebê A ou B
Neurofibromatose 1
Doença autossômica dominante
Manchas café com leite pelo corpo, sardas/manchas hipercromicas em axilas ou inguinais
Toxoplasmose neonatal
Coriorretinite
Calcificações cerebrais difusas
Citomegalovírus neonatal
Calcificações periventriculares
O que fazer para prevenir o quadro de apneia em RN prematuros?
Metilxantinas como cafeína via enteral ou endovenosa
Fatores de risco para hiperbilirrubinemia grave
Bilirrubina total seria ou transcutaneas na zona de alto risco antes da alta hospital
Icterícia nas primeiras 24 horas
Incompatibilidade ABO
Idade gestacional entre 35-36 semanas
Irmão com icterícia neonatal tratado com fototerapia
Cefalo-hematoma ou equimoses
Aleitamento materno exclusivos quando há problema na amamentação e perda ponderal excessiva
Etnia asiática
Dengue do grupo C
Tem sinais de alarme: Dor abdominal intensa e continua Vomitos persistentes Acúmulos de líquido: ascite, derrame pleural ou pericárdico Hipotensão postural e/ou lipotimia Hepatomegalia maior que 2cm Sangramento de mucosa Letargia e/ou irritabilidade Aumento do Hto progressivo
Classificação da dengue por cor
Grupo A: azul
Grupo B: verde
Grupo C: amarelo
Grupo D: vermelho
Diagnóstico do RN com HIV, que teve exposição vertical
Se > 18 meses: Dx pelo anticorpos
Se <18 meses: Dx pela carga viral
- infectado se >5000 cópias em 2 exames: o primeiro feito 2 semanas após o término do AZT e o Segundo deve ser feito imediatamente após o resultado do primeiro >5000 cp.
Se o primeiro resultado por <5000 cp, repetir o Segundo exame em 4 semanas
Síndrome de realimentação em crianças com DEP grave
Ocorre na primeira fase, na fase de estabilização
Cursa com Hipofosfatemia
Causa do edema de Kwashiorkor
É multifatorial
Quais as doenças pesquisadas na triagem neonatal?
HFHFHF
1) Hipotireoidismo
2) Fenilcetonuria
3) Hemoglobinopatia
4) Fibrose cística
5) Hiperplasia adrenal congênita
6) Deficiência de biotinidase
Quando se realiza o teste do pezinho?
Entre 3-5 dia
Se fizer <72h tem FP para hipotireoidismo e FN para fenilcetonuria
A prematuridade restringe a triagem de hemoglobinopatias por aumentar FN
Quando realizar o teste da oximetria?
Em >=34 semanas
Para que serve o teste da oximetria?
Identificar cardiopatias congênitas críticas (Hipertensão pulmonar e coartação de aorta)
Leva a crianças a óbito quando o canal arterial fechar
Quando se realiza o teste da oximetria? E o que significa?
Entre 24-48 horas de vida, avaliar Sat02 em MSD e MI:
Normal se 2 medidas >=95% e diferença <3%
Alterado: <95 e/ou diferença >3%
Se alterado repetir em 1 hora. E se alterado solicitar ecocardiograma
Quando se realiza o teste do reflexo vermelho? E para que serve?
Se faz no RN e avaliação periódica até os 3 anos, para diagnóstico precoce de retinoblastoma e catarata congênita
Normal é que seja bilateral e simétrico
Quando se faz o exame de triagem auditiva?
Com otoeemissao acústica para avaliar surdez pré neural (até a cóclea)
Triagem do frénelo lingual
Avalia a anquiloglossia, que gera dificuldade para a amamentação
Quais os distúrbios respiratórios que podem ser encontrados em um RN?
1) Doença da membrana hialina ou síndrome do desconforto respiratório
Causa da doença da membrana hialina
Por diminuição do surfactante pulmonar
Quem produz o surfactante pulmonar?
Pneumocito tipo 2
Fatores de risco para doença da membrana hialina
Prematuridade <34 semanas
Sexo masculino
Diabetes materna
Clinica da doença da membrana hialina
Taquipneia
Sinais de desconforto respiratório
Quais alterações se podem ver no Rx Tx da doença da membrana hialina?
Padrão reticulogranular difuso (padrão de vidro fosco) com aerobroncograma
Volume pulmonar diminuído e MV diminuído por microatelectasia
Qual o tratamento para um RN com doença da membrana hialina?
Oxigênio por capacete hood Cpap nasal (melhor)- porque estabiliza os alvéolos E se apesar do cpap a doença progredir - VM Dar ao paciente surfactante quando o paciente estiver com IOT, tem paciente que não precisa
Antibiótico sempre
Quando se considera sepse neonatal precoce e tardia?
E quais os agentes mais frequentes?
Precoce até 48 horas: E coli e Estrepto agalactiae
Tardia >7 dias: Estafilococo aureus e coagulase negativo, fugica (só em <1000g)
Quais os fatores de risco para sepse neonatal?
RPM >18 horas, corioamnionite, colonização materna por Hermes GBS, prematuridade
Qual a clínica de um paciente com sepse neonatal?
Desconforto respiratório Distermia Alteração do estado de alerta Hipoativa Cardiocirculatório
Quais as alterações que se ve no raio x de tórax?
=DMH
Quais exames devem ser solicitados na suspeita de um paciente com sepse neonatal?
Hemograma, hemocultura, cultura do liquor, urinocultura
Qual o tratamento diante de um paciente com sepse neonatal?
Ampicilina + gentamicina para a sepse precoce
Para a sepse tardia depende da colonização do hospital
Qual a causa da taquipneia transitória do RN?
É o retardo da absorção do líquido pulmonar, devido ao nascimento sem ausência do trabalho de parto/ por uma cesárea eletiva
Qual a clínica do paciente com taquipneia transitória do RN?
Desconforto respiratório com rápida resolução em até 3 dias
Quais as alterações que se vê no Rx de Tx de um paciente com taquipneia transitória do RN?
Congestão hilar
Aumento da trama vascular, líquido cisural
Derrame
Qual o tratamento do paciente com taquipneia transitória do RN?
Oxigênio <40%, se precisar de FiO2>40% duvidar do diagnóstico
Suporte geral
Não se faz diurético
O que acontece na síndrome de aspiração meconial?
Aspiração de mecônio intraútero gera bloqueio expiratório e pneumonite química
Que gera um desconforto respiratório grave
Quais as alterações que se vê no Rx de Tx da síndrome de aspiração meconial?
Infiltrado grosseiro
Qual o tratamento da síndrome de aspiração meconial?
VM
Atb
Surfactante
Qual a principal causa de icterícia neonatal?
Icterícia fisiológica
Qual o metabolismo da bilirrubina?
A BI é captada pelo fígado e conjugada com o ácido glicurônico pela glucuroniltransferase. Transformando em BD, que é eliminada no intestino e eliminada
Na vida fetal a BI é eliminada pela placenta ao organismo materno, porque o fígado fetal tem pouca captação e conjugação
Qual a causa da icterícia fisiológica?
No RN ocorre uma produção exagerada de BI porque a hemácia tem uma vida média curta + fígado imaturo + aumento da circulação entero-hepática pela glicuronidase
Quando se suspeita de uma icterícia não fisiológica?
Inicio <24/36 horas Aumento >5mg/dl/día Nível elevado de bilirrubina >12mg/dl ou zona 3 (abaixo do umbigo) Alteração clinica Icterícia persistente >2 semanas Colestase
Em que se suspeita quando se tem uma icterícia precoce <24 horas?
Anemia hemolítica por incompatibilidade Rh ou ABO (mais frequente). Coombs Direto positivo
Esferocitose: CD negativo
Deficiencia de G6PD: CD negativo + cheiro de naftalina
Quais as causas de icterícia tarde?
1) Icterícia do leite materno: aparece mais tarde. RN em AME, amamentada corretamente, ganha peso, exame físico normal. Suspender o aleitamento 24-48 horas e melhora. BI aumentada
2) Icterícia do aleitamento: mãe não está conseguindo amamentar, pouco leite, bebê não está ganhando peso adequado. Tto: aumentar as mamadas. BI aumentada
3) Atresia de vias biliares: icterícia + sinais de colestase. Tto: Cx de Kasai- deve ser feito nas primeiras 8 semanas (portoenterostomia), senao vai para transplante hepatico. BD aumentada
Qual a bilirrubina tóxica?
BI é neurotóxica e gera encefalopatia
Fototerapia se BI >17
Qual o maior risco de transmissão na sífilis congênita?
Sífilis 1 e 2
Qual a clínica de um RN com sífilis congênita?
A maioria é assintomática
A sífilis precoce <2 anos: rinite sifilítica, lesões cutâneas e mucosa (placas mucosas, condiloma plano, pênfigo descamativo palmo-plantar), lesões ósseas (periostite- duplo contorno no periostio), osteocondrite na metáfise que gera pseudoparalisia de Parrot
Qual a classificação de sífilis neonatal?
Precoce <2 anos
Tardia >2 anos
Quais os exames que se solicitam na suspeita de um paciente com sífilis congênita?
VDRL Hemograma LCR Rx de ossos longos Função hepática e eletrólitos
Quando se considera uma punção lombar positivo para sífilis?
LCR positivo: VDRL + ou células >=25 ou proteína >150
Tratamento da sífilis neonatal
1) Primeiro AVALIARo tratamento materno
- Se adequado (tem que ter todos): penicilina benzatinica, iniciado até 30 dias antes do parto, avaliado risco de reinfecção, queda de VDRL
- Mãe não tratada adequadamente ou inadequadamente tratada: notificar, e realizar todos os exames e tratar todos os casos.
LCR +: penicilina cristalina IV por 10 dias
Qualquer alteração com LCR -: penicilina cristalina IV ou procaína IM por 10 dias
Assintomático + todos os exames normais: dose única de benzetacil
2) AVALIAR relação VDRL materno e fetal:
- VDRL RN maior que o materno em 2 diluições: SÍFILIS CONGÊNITA- exames
- VDRL RN não maior que o materno: exame físico normal? Acompanhar
Exame físico alterado? Tem sífilis
- Se VDRL -: não tem sífilis
Qual o principal trimestre de transmissão fetal da rubéola?
1 trimestre
Qual a clínica da rubéola congênita?
Tríade: catarata congênita + surdez + cardiopatia congênita (PCA/estenose pulmonar + sopro)
Qual o tratamento da rubéola congênita?
Manejo das sequelas
Prevenção da transmissão porque o RN transmite por 2 anos
Quando é o principal trimestre de transmissão da toxoplasmose?
3 trimestre
Qual a clínica de um RN com toxoplasmose congênita?
Nasce assintomático
Desenvolve coriorretinite, hidrocefalia e calcificação intraparenquimatosa cerebrais
Qual o tratamento da toxoplasmose congênita?
Mesmo em RN assintomático: Sulfadiazina + Pirimetamina + Ac Folinico. Durante o 1 ano
+ GCS para quem tem coriorretinite ou proteína em LCR >1 grama
Qual a clínica da CMV congênita?
Microcefalia e petequias
Calcificações periventriculares
Tratamento para o CMV congênita?
Se grave: Ganciclovir IV por 6 semanas, para não ter surdez neurossensorial
Como se faz a prevenção da transmissão vertical do HIV?
AZT VO ou IV: começar na sala de parto ou <4 horas de vida (máximo 48 horas, após é dividoso o benefício). Manter por 4 semanas, indicado para todos os RN expostos
Nevirapina VO: apenas 3 doses.
Se mãe sem TARV ou fez TARV com CV desconhecida ou >=1000cp no último trimestre ou má adesão ao tratamento ou outra IST
Classificação do Aleitamento Materno
1) Aleitamento Materno Exclusivo
2) Aleitamento Materno Predominante: LM + líquido (não tem outros leites)
3) Aleitamento Materno complementado: LH + sólido
4) Aleitamento Materno parcial: LH + outros leites
Composição do leite humano
Leite Humano:
- Menos proteína
- menos eletrólitos
- menor % caseína
- Proteína soro alfa lactoalbumina, por isso tem menor sobrecarga renal, maior digestibilidade, e é menos alergênico
- mais lactose: glicose mais galactose, fezes mais amolecidas
- mais gordura: LC- PUFA (ARA/DHA), ácidos graxos de cadeia longa para formar a retina e mielinização
- ferro: quantidade parecida a do leite de vaca, só que tem maior biodisponibilidade
- fatores protetores: IgA secretoria, lisozima, lactoferrina, fator bífido, lactoperoxidase
Composição do leite de vaca
PEBA:
- Mais proteína
- Maior % caseína
- Mais eletrólitos
- Proteína beta lactoglobulina
Modificação do leite
1) colostro: 3-5 dia, mais proteína, mais eletrólito, aumento vit A
2) leite intermediário
3) leite maduro: 10-14 dias, mais lactose, mais gordura
Por quanto tempo pode guardar o leite humano ordenado?
Geladeira: 12 horas
Freezer: 15 dias
Qual a parte da hipófise que secreta a prolactina?
Hipófise anterior
Qual a parte da hipófise que secreta a ocitocina?
Hipófise posterior
Posição correta para amamentar
Apoiada
Cabeça e tronco no mesmo eixo
Corpo próximo ao da mãe
Rosto de frente para a mama
Pega correta de amamentação
Boca bem aberta
Lábio inferior invertido
Areola mais visível acima da boca
Queixo toca a mama
Qual tratamento da fissura mamária
Corrigir a técnica
Mudança de posição
Ordenhar antes da mamada
Aplicação do leite (MS diz que é placebo)
Tratamento do ingurgitamento
Ordenhar antes para facilitar a pega
Compressa fria = crioterapia
Tratamento da mastite
Continuar amamentando
Cefalexina 500mg, quando não melhora após esvaziar ou logo de cara quando está com febre, calafrio
Se tiver abscesso- drenagem
Tratamento para leite fraco
Se está ganhando peso significa que está sendo bem alimentado. Manter AME
Contraindicação do aleitamento materno
Absoluta: HIV, HTLV, psicose puerperal, galactosemia (fórmula com soja) e amiodarona
Relativa: herpes simples, CMV aguda em <30semana, varicela, fenilcetonuria (LM controlada quantidade)
Profilaxia para anemia ferropriva
IG >37 semanas e PN >2,5 kg:
— <3m: manter AME ou FI, não recebe ferro
— >3m: 1mg/kg/dia de ferro até 2 anos, exceto se recebe >500 ml de FI/dia
PN <2,5kg ou PMT: recebe ferro aos 30 dias até 2a, independente de FI No primeiro ano: — <1000g: 4mg/kg/dia Fe — <1500g: 3mg/kg/dia Fe — <2500g: 2 mg/kg/dia No Segundo no: 1mg/kg/día
Suplementar Vitamina D
Iniciar na 1 semana: 400 U/dia até 12 meses
600 U/dia de 12–24 meses
Quais fatores que determinam o crescimento?
Intrautero: ambiente Lactente: nutrição, ritmo intenso mas desacelerado — 1T: 700g/mês — 2T: 600g/mês — 3T: 500g/mês — 4T: 400g/mês Estatura: 1 semana 15 cm, 2 semana 10cm Perímetro cefálico: 1T- 2cm/mês; 2T- 1cm/mês; 2 semestre- 0,5cm/mês
Infantil (final 2a até puberdade): potencial genético, crescimento estável
Puberdade: esteroides sexuais, aceleração- desaceleração
Período de puberdade
Mulher: 8-13 anos
Homem: 9–14 anos
Estadios de Tanner
Mulher: TPM — M1- pré púberal — M2- broto mamário (telarca) INÍCIO!! — M3- aumento da areola, pico de crescimento 8-9cm/ano — M4– duplo contorno. Menarca — M5– mama madura
Homem: — G1: pré puberal — G2: Aumento testicular. INICIO >=4ml!! — G3: aumento do penis comprimento — G4: aumento da largura do penis, duplo contorno, glande se destaca. pico do crescimento 9-10cm/ano — G5: homem adulto
O que se caracteriza como Puberdade precoce
Aceleração do crescimento + carácteres secundários
Como investigar puberdade precoce
Pedir gonadotrofina:
1) aumentada: forma idiopática ou SNC (homem)
2) normal: tumor ou hiperplasia adrenal congênita
Como ocorre o desenvolvimento
Crânio- caudal Medial- lateral Cubital- radial Proximal- distal Primeiro pega- depois solta
Funções do desenvolvimento por idade
2M: som social
3M: contrato social
4M: sustenta cabeça, pega cubital
6-7M: rola, senta sem apoio por pouco tempo, transfere objeto de mão, prefere a mãe, lalação
9-10M: senta sem apoio, engatinha, solta objeto se retirado, estranha, acena, brinca de cadê, polissílabo
Como identificar a desnutrição pela regra de Gomez
Este compara o peso da criança com o peso ideal (p50=100%),fazendo uma regra de 3: Se >=90%: eutrófico 90-76%: desnutrição leve (1 grau) 75-61%: desnutrição moderada (2 grau) <=60%: desnutrição grave (3 grau) Se tiver edema = doença grave
Limitação não considera idade, estatura ou duração da desnutrição
Como identificar a desnutrição pela regra de Waterlow
Compara o peso da criança Px P/E e ExE/I.
Pega a altura da criança e vê quanto deveria pesar para a altura que tem (p50=100%), logo faz uma regra de 3 com o peso da criança
Nem magro, nem baixo = eutrófico
Magro com estatura normal = desnutrição aguda
Magro e baixo = desnutrição crônica
Baixo e peso normal = desnutrição pregressa
Como identificar a desnutrição pelas curvas de crescimento da OMS
Utiliza percentil e escore: p99,9= Z +3 p97= Z +2 p85= Z +1 p50= Z +0 p15= Z -1 p3= Z -2 p 0,1= Z -3
Se utiliza P/I:
p3= Z -2 = baixo peso
p 0,1= Z -3 = muito baixo peso
Se utiliza E/I:
p3= Z -2 = baixa estatura
p 0,1= Z -3 = muito baixa estatura
Se utiliza P/E:
p3= Z -2 = magreza
p 0,1= Z -3 = magreza acentuada
Se utiliza IMC:
p3= Z -2 = desnutrição moderada
p 0,1= Z -3 = desnutrição grave
Marasmo
Mais frequente Deficiencia global de energía e proteína Instalação lenta 1 ano de vida Fácies senil Sem edema
Kwashiorkor
Deficiência de proteína com ingestão calórica adequada Instalação rápida após o desmame Edema Sinal da bandeira Áreas de pavimentação
Kwashiorkor marasmático
Mais grave
1 marasmo, 2 Kwashiorkor
Alterações laboratoriais da desnutrição grave
Hipoglicemia Hipocalemia Hipomagnesemia Hiponatremia com sódio corporal normal Hiperalbuminemia
Tratamento da desnutrição grave
1) estabilização 1-7 dias: prevenir hipotermia, hipoglicemia, distúrbios hidroeletroliticos (não repõe sódio)
Infecção: ampi + genta
Síndrome de realimentação: HIPOFOSFATEMIA grave
Suplemento de potássio, magnésio e zinco
Não repor ferro
Repor vit A e ácido fólico
2) reabilitação 2-6 semanas: marco inicial é o retorno do apetite
Aumento calorias: 150-220kcal/kg/dia e proteína 4-6g/kg/dia
Ferro
Alta para tratamento ambulatorial - Follow up
3) Follow-up: pesagem semanal
Alvo genético
Homem: altura pai + altura mãe +13 /2
Mulher: altura pai + altura mãe -13 /2
Resultado +/- 8,5cm
Clarificações da baixa estatura
1) Velocidade de crescimento normal:
— IO atrasada: retardo constitucional do crescimento
— IO normal: baixa estatura familiar
2) Velocidade de crescimento anormal, IO atrasada tbm:
— Doença genética, doença endocrina
Velocidade de crescimento normal: >= 5cm/ano pré puberal e >=9-10cm puberal
Vacinas VÍRUS VIVO e administração
BRAVO 34:
- BCG: Intradérmica
- Rotavírus: VO
- FA: subcutánea
- Varicela: Sc
- VOP: VO
- Tríplice/ tetraviral: Sc
Vacinas VÍRUS INATIVADO e administração
Hepatite B VIP PENTA PNEUMO 10 MENINGO/ ACWY HEP A HPV INFLUENZA
Todos IM
São vacinas conjugadas: sacarídeo + proteína, resposta T dependente
(Pneumo 10, Hib, ACWY)
Falsas CI as vacinas
Doença Benigna afebril: resfriado comum, impetigo em uso de Atb
Alergia não grave
Desnutrição ainda que seja grave
Hospitalização, exceto VOP e VORH
História familiar de eventos adversos
Dose baixa de corticoide sistêmico (inalatorio ou nasal, ainda que seja dose alta)
CI verdadeiras para vacinas
Doença moderada ou grave (esperar a estabilização clinica)
Anafilaxia a uma dose prévia da vacina
Anafilaxia ao ovo (para FA e gripe)
Vacinas vivas: grávidas, mulher em idade fértil não pode engravidar por 30 dias, imunodeprimido >2mg/kg/día ou 20mg/día por 14 días. Ao suspender o tratamento não pode receber a vacina por 30 dias
Calendario de vacina
RN: BCG + hep B
2M: 4P= penta + pólio + pneumo10 + piriri
3M: meningo C
4M: =2M
5M:=3M
6M: 6 doenças= Penta + VIP
9M: FA
12M: Tres melhores presentes= Tripice viral + meningo C + pneumo 10
15M: A debutante vomita tequila= Hep A + DTP + VOP + tetraviral
4a: Depois você faz vacina= DTP + VOP + FA reforço + Varicela
Influenza campanha entre 6m-6a
Regras básicas das vacinas
Vacinas podem ser simultâneas: exceto em <2 anos que não pode receber no mesmo dia FA/tríplice viral ou FA/tetraviral— tem que esperar 30 dias
Não há intervalo máxima entre as doses da mesma vacina, não precisa reiniciar o esquema
Até quando é feita a vacina da BCG
Até os 5 anos, mas após não é CI
Contraindicação da vacina BCG
<2kg
Lesão de pele
Imunossupressão
Se tiver contato domiciliar com bacilifero-iniciar isoniazida e realizar PPD com 3 meses se >=5mm manter o tratamento
Se tiver exposição perinatal ao HIV vacinar logo porque ainda não está imunodeprimida
Efeito adverso da vacina da BCG
Úlcera >1cm, se persistir >12m: receber tratamento com isoniazida
Abscesso subcutâneo frio
Linfadenite regional supurada: qualquer tamanho precisa de tratamento com isoniazida
Revacinação da BCG
Não revacinar mais na ausência de cicatriz
Somente em contactantes de hanseniase
Mãe com Hepatite B +, vacinar o bebê?
Sim, e dar Ig até <7 dias
Quais vacinas compõe a pentavalente
DTP + Hib + Hep B
Indicação da pentavalente
<7 anos
Em >7 anos: dT, reforço a cada 10 anos
dTpa em gestantes >20 semanas e puérperas
Efeito adverso da DTP
Febre alta ou choro persistente e incontrolável >3 horas: continua recebendo DTP
Episódio hipotônico hiporresponsivo e/ ou convulsão: DTPa
Encefalopatia: DT
Profilaxia tétano acidental
Risco minimo: — >= 3 doses, sendo a última <5a: não — >= 3 doses, sendo a última 5-10a: não — >= 3 doses, sendo a última >10a: vacina — <3 doses ou incerta: vacina
Risco alto:
— >= 3 doses, sendo a última <5a: não
— >= 3 doses, sendo a última 5-10a: vacina
— >= 3 doses, sendo a última >10a: vacina
— <3 doses ou incerta: vacina + Ig
Indicação da poliomielite e quando dar VIP ou VOP?
VIP: tipo 1, 2 e 3
VOP: bivalente 1 e 3 (o 2 é associado a pólio vacinal)
CI da polio
Imunodeficiente e contactantes, hospitalizados
Precisa revacinar se a criança cuspir ou vomitar o líquido da VOP ou VORCH?
Não
Até quando realizar a vacina do rotavírus
1 dose: até 3 meses e 15 dias
2 dose: até 7 meses e 29 dias
Porque aumenta o risco de invaginação intestinal
Se ele não recebeu a 1 dose, não receber a 2
CI da vacina do rotavírus
Invaginação prévia ou mal formação intestinal corrigidaa
Indicação da vacina pneumocócica 10 valente e contra que protege?
Em < 5 anos
Protege contra OMA, doença pneumocócica invasiva como meningite, pneumonia e sepse
Quando dar a vacina pneumococo 13 ou 23?
Pneumo 13: é conjugada. Em >5 anos, HIV, transplante, neoplasia
Se não tiver recebido a pneumo 10
Pneumo 23: polissacarídeo, >2 anos com comorbidades e idoso institucionalizado
Quando é indicada a vacina da meningite
<5 anos
Em >5 anos se comorbidades
Objetivo é a imunidade individual e de rebanho
O meningo ACWY: ano 2020! Pode ser feita desde o 1 ano de vida. É feita em adolescentes 11-12 anos ou quem usa eculizumabe
Indicação da vacina da FA
Toda a população entre 9meses e 59 anos
Em 2020: vacina aos 9 meses e reforço aos 4 anos
Quando está indicado o reforço da FA
Se recebeu a 1 dose antes dos 5 anos
Se >5 anos, não precisa de reforço
Efeito adverso da vacina FA
Doença neurológica e viscerotropica vacinal
CI da vacina FA
Anafilaxia a ovo
Gravidez (relativo)
Amamentação em criança <6 meses: suspender a amamentação por 28 dias, mínimo 10 dias
HIV se CD4 <200 ou 15%
Indicação da tríplice viral
1 ano a 59 anos
Ate 29 anos: 2 doses
30-59 anos: 1 dose
Dose zero é extra: 6-11 meses
Indicação da tetraviral
Apenas após tríplice, por maior risco de crise febril com convulsão
Indicação da vacina varicela
Entre 4 anos e <7 anos
Se criança tiver >5 anos: recebe tríplice e varicela. Não a tetraviral
Se >7 anos: recebe tríplice. Não tetraviral nem varicela
Indicação da HPV e quando sorotipos tem a vacina?
Quadrivalente: 6,11,16 e 18
Mulher: 9-14 anos
Homem: 11-14 anos
Duas doses (0-6)
Se imunodeprimido (9-26 anos), 3 doses (0-2-6)
Quais vacinas o adolescente tem que ter?
Hep B: 3 doses dT: 3 doses + reforço FA: 1 dose Tríplice viral: 2 doses HPV Meningo ACWY
Influenza
Trivalente 2A e B
TODO ANO MUDA A COMPOSIÇÃO
6m- 9a: 2 doses na primovacinação
>=9a: 1 dose na primoinfecção
Hipoglicemia neonatal
Não é preocupante o valor >50mg/dL
Se este distúrbio foi afastado considerar: hipocalcemia e hipomagnesemia
Qual mecanismo que agrava a icterícia neonatal na deficiência da enzima G6PD?
Redução da proteção das hemacias ao estresse oxidativo, intensificando o processo de hemólise
RN apresenta reflexo de moro assimétrico à direita, MSD com menos força, voltado medialmente, estendido e provado
Paralisia braquial/ paralisia de Erb
Acometimento das raizes C5 e C6
Tratamento: prevenção de contraturas, FISIOTERAPIA MOTORA e utilização de talas
Queimação em ambas as mamas, sente uma FISGADA
Candidíase mamilar
Tratamento: miconazol creme para os mamilos e nistatina oral para o lactente
RN apresenta reflexo de moro assimétrico à direita, MSD com menos força, voltado medialmente, estendido e provado
Paralisia braquial/ paralisia de Erb
Acometimento das raizes C5 e C6
Tratamento: prevenção de contraturas, FISIOTERAPIA MOTORA e utilização de talas
Em casos suspeitos no local de trabalho, até quando deve ser feito o bloqueio vacinal?
72 horas
O que é o resfriado comum? E quantas vezes por no ocorre?
Infecção viral que afeta mucosa nasal, seios paranasais e nasofaringe
Ocorre em cada criança 6/8x ano
Quais os agentes etiologicos do refriado comum?
Mais frequente: RINOVÍRUS
Outros: coronavírus, influenza, VSR, parainfluenza
Clinica do resfriado comum
Coriza Obstrução nasal Espirros Roncos Dor de garganta Tosse noturna Febre
Qual o tratamento em um resfriado comum?
Antipiréticos e desobstrução nasal com soro
Autolimitado, dura 7 dias
Quais os principais agentes etiologicos da OMA?
Infecção bacteriana: S. Pneumoniae, H influenzae, Moraxella cataarrhalis
Qual a clínica da OMA?
Otalgia Irritabilidade Choro Otorreia Febre
Como se faz o diagnóstico de OMA?
Otoscopia e Otoscopia pneumática
- membrana hiperemiada
- perda do triângulo luminoso
- abaulada: mais específico, precisa estar presente
Qual o tratamento da OMA?
Analgésico e antipirético Indicação de atb: — <6 meses: todos — 6m- 2 anos: doença grave, otorreia e bilateral — >= 2 anos: doença grave e otorreia
Doença grave: febre >=39, dor moderada-intensa, >48 horas de otite
Amoxicilina 40-50mg/kg/dia por 10 dias
Dose dobrada se <2a, creche, uso recente de atb nos últimos 30 dias
Se não melhorar, amoxi + clavulanato
Qual agente etiológico se tem OMA + conjuntivite?
H influenzae
Quais as complicações da OMA?
1) OMA serosa ou efusão: efusão sem inflamação, observada por 3 meses e se resolve, mas se persistir >3 meses fazer avaliação com otorrino para realizar timpanostomia
2) mastoidite aguda
Quais os sinais sugestivos de mastoidite aguda?
Hiperemia e edema retroauricular
Deslocamento do pavilhão
Tratamento: internamento hospitalar com atb IV
Como se faz o diagnóstico de sinusite?
Diagnóstico é clínico!
Resfriado arrastado >=10 dias
Corrida abundante mucopurulenta
Tosse intensa
Quadro grave >=3 dias: febre alta, tosse e coriza
Quadro bifásico: melhora e volta a piorar
Qual o tratamento da sinusite?
Amoxicilina manter por mais 7 dias após a melhora
Qual a suspeita quando se tem rinorreia purulenta unilateral?
Corpo estranho
Qual o principal agente etiológico da faringite aguda?
VIRAL
Bacteriana: S pyogenes, Streptococcus beta hemolítico grupo A
Como se suspeita de faringite aguda de causa bacteriana
Entre 5-15 anos Febre Dor de garganta Náuseas- vomitos Dor abdominal Exsudato purulento amigdalino Petequias no palato (dado que mais correlaciona com bactéria) Adenopatia cervical dolorosa
Quais os exames que se solicitam para comprovar que é uma faringite bacteriana? E qual a sequência diagnostica?
Sempre solicitar exame: 1) teste rápido: se positivo — atb Se negativo realizar cultura 2) cultura: positiva — atb Negativa— nada!
Teste rápido: alta especificidade
Cultura é padrão ouro
Se demorar até 9 dias para iniciar o tratamento, não tem problema para profilaxia 1 para FR
Tratamento: penicilina benzatinica DU, amoxicilina 10 dias
Complicações da faringite aguda
1) Abscesso periamigdaliano: amigdalite, disfagia, sialorreia (marcador de disfagia grave), trismos, desvio da úvula
Tratamento: punção e aspiração + atb: clindamicina
2) Abscesso retrofaringeo: febre alta, odinofagia, disfagia, sialorreia, dor à mobilização do pescoço- torcicolo.
Tratamento: interna + atb EV
Qual a suspeita de uma criança com: faringite + conjuntivite + adenomegalia pré auricular?
Faringite VIRAL, por adenovírus
Criança com úlceras orais
Herpangina- coxsachie A
Sem tratamento específico
Agente da epiglotite
Haemophilus influenzae B
Ver vacinação
Clinica da epiglotite
Início rápido Febre alta Toxemia Dor de garganta Disfagia Sialorreia Dificuldade respiratória Estridor- inspiratório Posição TRIPÉ
Tratamento da epiglotite
Intubar imediatamente + atb
Não tentar visualizar a orofaringe
Não solicitar exames
Agente da laringotraqueite viral aguda
Vírus parainfluenza, porque não para de tossir
Clinica da laringotraqueite viral aguda
Prodromos catarrais Tosse metálica Afonia Rouquidão Estridor
Qual o tratamento da laringotraqueite viral aguda?
Estridor em repouso =grave! Nebulizar com adrenalina + GCS oral ou IM
Deixar em observação por 2 horas pra fazer o efeito da dexa
Sem estridor em repouso: apenas GCS
Se não melhorou com a nebulização com adrenalina = complicação que é traqueíte bacteriana. Causada por S aureus, intubar e atb
Taquipneia
<2 meses: >=60 irpm
2-12 meses: >=50 irpm
1-5 anos: >=40 irpm
Qual a principal característica que define pneumonia?
Taquipneia
Agentes etiologicos da pneumonia bactéria
<1-2 meses: S. agalactiae, E coli
>1-2 meses: S pneumoniae e S aureus
Suspeita de pneumonia bacteriana
Taquipneia Febre alta Tosse constante Estertores crepitantes Fremito toracovocal Macicez local
Sinais de gravidades: tiragem subcostal (principal), batimento de aleta nasal, gemencia
Complicações da pneumonia
Derrame pleural: pneumo mais comum
Pneumatocele: estafilococo
Abscesso: considerar estafilococo e anaeróbio
Aspecto do timo no Rx Tx
Triangular
Barco à vela
Principalmente <1 ano
Tratamento da pneumonia
Indicação de hospitalização:
- <2 meses sempre
- Comprometimento respiratório: tiragem, sat <92%
- comprometimento do estado geral: letargia, torporosa, incapaz de ingerir líquido, vomita tudo que ingere
- doença de base
- complicações radiológicas
Ambulatorial: amoxicilina VO e reavaliação em 48h
Hospitalar: <2 meses— ampi + genta EV
>2 meses— penicilina cristalina EV
Pneumonias muito graves: oxacilina + ceftriaxona
Se meticilino resistente: clinda/vanco + ceftriaxona
Características que definem um exsudato de um empiema
Empiema: — pH<7,2 — glicose <40 — bactérias — purulenta
Drenar + manter antibiótico
Clinica da pneumonia atípica
Quadro insidioso
Tem manifestações extrapulmonares: conjuntivite, odinofagia
Não melhora com penicilina
Principal agente da pneumonia atípica
Micoplasma >5 anos
Agente da pneumonia afebril do lactente
Chlamydia trachomatis: conjuntivite aos 14 dias, diferente da gonorreia que gera conjuntivite mais precoce nos primeiros dias
Tem eosinofilia e infiltrado intersticial
Tratamento da pneumonia atipica
Macrolideo: eritromicina
Qual antibiótico que aumenta risco de estenose hipertrofica do piloro
Eritromicina
Agente etiológico da bronquiolite viral aguda
VSR
Qual a clínica da bronquiolite viral aguda
< 2 anos: se for maior é pneumonia viral Pródromo catarrais Febre Tosse Taquipneia SIBILOS EXPIRATORIOS
Como se faz o diagnóstico da bronquiolite viral aguda?
Clínico: 1 episódio de sibilos em um resfriado
Tratamento da bronquiolite viral aguda
Avaliar necessidade de internação: <3 meses, prematuros <32 semanas
Ambulatorial: lavagem nasal com SF 0,9% + antipirético
Hospitalar: oxigênio se saturação <90/92% com CNAF
Em quais crianças se faz a prevenção da bronquiolite viral aguda? E com que medicação?
Crianças de alto risco 1 vez por mês por 5 meses: prematuro <29 semanas, cardiopatia congênita ou doença pulmonar da prematuridade
Palivizumabe
Agente etiológico da coqueluche
Bordetella pertusis
Clinica da coqueluche
Fase catarral
Fase paroxística: acessos de tosse + guinchos
Fase de convalescência
Em menores de 3 meses: apneia + cianose
Tratamento da coqueluche
Azitromicina
Classificação da diarreia por tempo
Aguda: 14 dias
Persistente: 14-30 dias
Crónica: >30 días
Formas clinica da diarreia
Diarreia aguda aquosa
Disenteria
Quem causa diarreia aquosa não causa disenteria
Quem causa disenteria pode causar diarreia aquosa
Mecanismo de diarreia
Osmótica: acumulo intraluminal de solutos, melhora com jejum
Secretoria: secreção ativa de eletrólitos, quadro se mantém apesar do jejum
Invasiva: ocorre inflamação, uma colite, erosão da mucosa, que diminui a absorção levando a uma disenteria
Diarreia por rotavírus
Diarreia aquosa
Mecanismo osmótico: achatamento vilositario queque gera uma diminuição na produção de lactase (dissacaridase)
Mecanismo secretor: produz NSP4 como enterotoxina
Quadro autolimitado, ocorre quadro grave em <2 anos por isso a importância da vacina
Etiologia da diarreia aquosa
Rotavírus Norovirus E. Coli enterotoxigenica E. Coli enteropatogênica Vibrião colérico Parasita- Giardia
Diarreia por E coli enterotoxigênica e E coli enteropatogenica
E coli enterotoxigenica: Não ocorre em países desenvolvidos
Diarreia do viajante, EUA e Europa quando vem pro Brasil
E coli enteropatogenica
Diarreia por vibrião colérico
Diarreia aquosa
Libera toxina que gera diarreia por mecanismo secretor com grande perda de água e sódio
Muito perigosa
Diarreia em água de arroz
Etiologia da disenteria
Shigella Campylobacter E coli enteroinvasiva E coli enterohemorragica Salmonella Parasita- Entamoeba histolytica
Diarreia por Shigella
Principal causa de disenteria
Mecanismo invasor que gera febre, dor abdominal, tenesmo, disenteria
Pode ter sintomas extraintestinais: convulsões, síndrome hemolítica urêmica (tríade: IRA, trombocitopenia e anemia hemolítica)
Diarreia por campylobacter
Associada a síndrome de Guillain Barre- poliradiculopatia desmielinizante aguda
Diarreia por E coli enteroinvasiva e enterohemorragica
E coli enteroinvasiva: disenteria
E coli enterohemorragica: disenteria sem febre, principal agente que gera síndrome hemolítica urêmica.
Libera SHU 0157:H7
Não dar antibiótico porque piora o quadro, só dar se tem grave compromisso sistêmico, porque o antibiótico aumenta o risco de ter SHU
Diarreia por salmonela
No geral não é grave, mas em crianças com doença falciforme pode gerar osteomielite por salmonella, ou imunodeprimido, <3 meses
Solicitar coprocultura— indicação de atb
Alergia ao leite de vaca
Reação alérgica a componentes proteicos (betalactoglobulinas, caseína, etc.) presentes no leite de vaca (LV).
O mecanismo de alergia pode envolver a imunidade humoral (mediada por IgE), responsável pelas manifestações agudas e mais graves, e/ou a imunidade celular (mediada por linfócitos T e macrófagos), responsável pelas manifestações subagudas e crônicas.
Quando suspeitar intolerância ao leite de vaca
Anorexia, náuseas, cólicas, diarreia, hematoquezia, anemia, perda de peso.
Proctite e proctocolite eosinofílica: causam sangramento retal (fezes com estrias de sangue)
Enterocolite: cólicas abdominais, diarreia profusa com muco e/ou sangue, vômitos incoercíveis, hipotonia e palidez, podendo evoluir com desidratação e acidose metabólica. Pode ocorrer enterocolite necrosante com pneumatose intestinal ao exame de imagem.
Enteropatia alergica: desnutrição proteico-calórica e déficit pôndero-estatural. Pode haver anemia e hipoalbuminemia
Manifestações cutâneas:
- Urticária aguda: placas maculopapulares pruriginosas de caráter migratório que surgem minutos a horas após a exposição ao alérgeno;
- Dermatite atópica eczematosa: lesões ertitemato-descamativas muito pruriginosas, geralmente escarificadas, localizadas principalmente em locais de dobras.
Manifestações respiratórias: Reação respiratória da anafilaxia, rinite/rinoconjuntivite (controverso) e asma persistente.
A alergia ao leite de vaca pode ocorrer em crianças que não tomam leite?
Sim, porque pode passar pelo leite materno
Como se faz diagnóstico da alergia ao leite de vaca?
Dieta de exclusão: Retira-se completamente o LV e seus derivados da dieta da criança e/ou da mãe em aleitamento materno
Havendo resolução dos sintomas, as crianças são submetidas a exposições progressivas ao LV, aplicando-se inicialmente pequenas quantidades sobre a pele íntegra, progredindo para região perioral e, em seguida, para via oral, com alíquotas gradativamente maiores, até o surgimento de sintomas;
Qual o tratamento da alergia ao leite de vaca
O tratamento baseia-se na exclusão total do leite de vaca e seus derivados da dieta.
Fórmulas parcialmente hidrolisadas, fórmulas poliméricas isentas de lactose: Não devem ser indicadas para crianças com APLV.
Leite de outros mamíferos (cabra, ovelha): Pode haver reação cruzada por homologia com proteínas do LV. Não está indicado.
Preparados e bebidas a base de soja ou arroz: Não devem ser oferecidos para crianças abaixo de 1 ano de vida.
Fórmulas infantis à base de proteína isolada de soja: Não são consideradas como primeira opção, mas podem ser utilizadas em crianças acima de 6 meses de vida
Fórmulas infantis à base de proteínas extensamente hidrolisadas: Consideradas como primeira opção para lactentes com idade inferior a 6 meses
Soro caseiro serve para reidratar?
Não, serve para manter
Composição da solução reidratante oral- SRO
Padrão: 311 mOsm/L, 90 de sódio e 111 de glicose
Osmolaridade reduzida: recomendada pela OMS. 245 mOsm/L Sodio 75 Glicose 75 Cloro 65 Potássio 20 Citrato
Avaliação da desidratação e classificação
Grave: 2+
- Letargico
- incapaz de beber
- muito fundo os olhos
- sinal da prega muito lentificada >2seg (na barriga)
- pulso fraco ou ausente
- lágrimas ausentes
- enchimento capilar >5seg
- perda de peso >9%
- tratamento: plano C
Desidratação: 2+
- irritada
- sedenta
- olhos fundos
- sinal da prega lento
- pulso rápido e fraco
- lágrimas ausentes
- enchimento capilar 3-5seg
- perda de peso: 3-9%
- tratamento: plano B
Sem desidratação: não tem sinais suficientes
Plano A de tratamento da diarreia
Aumentar ingestão hídrica (soluções caseiras), após cada evacuação diarreia
<1 ano: 50-100 ml
>1 ano: 100-200 ml
Manter dieta habitual, aps que melhorou dar 1 comida a mais ao dia por 2 semanas
Orientar sinais de gravidade
Zinco (10 dias): evita recorrência e progressão
Plano B de tratamento da diarreia
TRO- unidade de saúde: solucao de reidratação oral
Volume: 75ml/kg em 4 horas/ 50-100 ml/kg em 4-6 horas
Manter aleitamento materno, fora isso não recebe comida porque pode piorar
Reavaliação frequente
Hidratou? Plano A, tem que ser SRO, não pode ser caseiro
Plano C de tratamento da diarreia
Hidratação venosa: SF 0,9% 100ml/kg em >1 ano em 3 horas, em <1 ano em 6 horas
- 2 etapas: >1 ano: 30ml/kg nos primeiros 30 minutos e 70ml/kg nas outras 2h e 30 minutos
<1 anos: 30ml/kg em 1 hora e 70ml/kg nas outras 5h
TRO tão logo seja possível
Reavaliação após 3-6 horas
CDC: 20 ml/kg o mais rápido possível
Tratamento antibiótico na diarreia
- Shigelose: ceftriaxona 1 escolha IM; ciprofloxacino
- Salmonella con FR: imunodeprimido, anemia falciforme, <3 meses. Tratamento: ceftriaxona IM
- Cólera: azitromicina
Pode dar antiemético na diarreia?
Não se prescreve antiemético, exceto se o paciente tem plano B e tem vomito, dar ondasetrona 1 dose
Probiótico serve na diarreia?
Nao é esclarecido
Racecadotrila na diarreia
Inibe as encefalinase que degrada encefalina que acelera eliminação de água e sódio
Anafilaxia
reação alérgica grave multissistêmica de início rápido e com risco de morte.
Manifestações clínicas que ocorrem de minutos a horas após a exposição, podendo ser bastante variadas: congestão nasal, rinorreia, espirros, lacrimejamento, eritema conjuntival, tosse seca, dor torácica, dor em aperto no peito, broncoespasmo, dispneia, estridor, rouquidão, náuseas, dor abdominal, vômitos, diarreia, disfagia, taquicardia, hipotensão, cefaleia, tonteira, letargia, angioedema, urticária, prurido e exantema maculopapular.
Conduta na anafilaxia
- Administração imediata de adrenalina (1 mg/mL solução injetável) 0,01 mg/kg/dose IM (dose máxima para crianças 0,3 mg e para adultos 0,5 mg) no músculo vasto lateral da coxa. A dose da adrenalina pode ser repetida a cada 5 a 15 minutos via IM;
- Colocar o paciente em decúbito dorsal com membros inferiores elevados (para aumentar o retorno venoso);
- Expansão volêmica com 10 a 20 mL/kg de SF 0,9% nos primeiros 5 minutos, na ausência de sinais de insuficiência cardíaca;
- Suplementação de oxigênio com colocação de máscara não reinalante de oxigênio com reservatório com 10 a 15 L/minuto de oxigênio;
- Anti-histamínico: difenidramina 1 mg/kg/dose EV;
- Metilprednisolona ataque de 2 mg/kg/dose com manutenção de 1-2 mg/kg/dia EV (máximo de 60 mg/dia).
Tipos de hemoglobina e qual a que se encontra na anemia falciforme
Na pessoa normal: HbA 97%, HbA2 2%, HbF 1%
A anemia falciforme não tem B tem S, HbS
O traço falcenico HbAS
Qual o nome da hemácia na anemia falciforme
Hemácia drepanocito
Clinica da anemia falciforme
Clinica só aparece após 6 meses de vida porque tem proteção da HbF
1. Crises vaso-oclusivas agudas:
- síndrome mão pé: primeira manifestação em 2-3 anos, dor com dactilite
- crise óssea: crise alguma >3 anos, dor sem dactilite
- sequestro esplênico: anemia + esplenomegalia até 5 anos porque após tem autoesplenomegalia por fibroses progressivas.
>5 anos com esplenomegalia, em 5% porque criança mantém HbF
- síndrome torácica aguda: infiltrado novo + 1 dos seguintes: febre, tosse, dor Tx, expectoração purulenta, dispneia que evolui com SDRA em 36-48 horas
Transfusão para manter Hb >11 e HbS <30%
Anemia falciforme + febre = interna sempre
- AVE: em criança é isquêmico e em adulto é hemorrágico
- Priapismo: ereção dolorosa
- Disfunções crônicas:
- lesão óssea: osteonecrose, osteomielite por Salmonella e artrite séptica por pneumococo
- lesão renal: necrose de papila, GEFS, ca medular
Qual a principal causa de morte em pacientes com anemia falciforme
Em países subdesenvolvidos é por infecção porque não é tratado com penicilina todos os dias e ácido fólico/dia
Em paises desenvolvidos é por síndrome torácica aguda
Qual o tratamento da anemia falciforme
Tratamento agudo para crises vaso oclusivas: hidratação, não hiper hidratar, 02 se sat <92%, analgesia com opioides, atb beta lactamicos, se febre >= 38,5, PA diminuída, Hb <5, leuco >30.000
Tratamento crônico: ácido fólico, vacinação e penicilina VÓ até 5 anos
Tem febre? Internar
Hidroxiureia para aumentar HbF: para todos, principalmente crise algica >=2/3 anos, prevenção de STA, AVE, anemia grave sintomática
Transplante MO melhor <16 anos
Tratamento transfusional: anemia sintomática ou Hb <5,5 em criança e <6 em adultos
Exanguineo transfusão: quadros graves AVE/STA, para manter Hb 9-10 e HbS <30%
Fazer de forma crônica se não funciona hidroxiureia e para prevenção 2 de AVE e STA
Qual diagnóstico diferencial de traço falciforme e anemia falciforme ?
Traço falciforme: produz HbA
Anemia falciforme: não produz HbA
Leucemia aguda, características
Mutação com bloqueio precoce na maturação e estímulo à proliferação: BLASTOS EM EXCESSO >20% em MO, seja na LLA ou LMA
Clinica: blasto + pancitopenia + infiltração tecidual
- proliferação de blastos: febre, ocupação da medula e gera pancitopenia. Dor óssea
- leucemização (blastos no sangue): alto % de blastos, risco de leucostase que gera cefaleia, dispneia
- infiltração tecidual: hepatoesplenomegalia, pele, SNC, gengiva, órbita, linfonodo, testiculo
LLA, causa e clinica
Mais comum na infância Mais comum ser da linhagem B Variantes: - L1: cura em 85% - L2: adulto - L3: Burkett like
Clinica: clinica geral + clinica específica: dor óssea, linfonodomegalia, infiltração SNC e testiculo
Diagnóstico de LLA
Dx: >=20% blastos na MO pelo aspirado (mielograma)
- citoquimica: PAS- ácido periódico de Schiff
- imunofenotipagem: CD10-19-20 (linhagem B), CD3-7 (linhagem T)
- citogenética: t (12-21) bom px e fazer QT; t (9-22), cromossoma Philadelphia- px ruim
Tratamento de LLA
Específico: QT
Tratamento de suporte (pancitopenia):
- anemia: manter Hb >=6-7, no cardiopata >=8-9
- plaquetopenia: transfundir 1U/10kg se- <10.000 sempre; <20.000 se febre ou infecção; <50.000 se sangramento ativo
- leucopenia (risco de neutropenia febril): Neutrófilo <500 + 1 pico >=38,3 por mais de 1h
Realizar 1 cultura + cefepime
Se tiver clinica para infecção de pele, cateter, diminuição PA- vancomicina
Síndrome da lise tumoral
Síndrome da lise tumoral
HIPERCALEMIA (alt mais grave)
HIPERFOSFATEMIA
HIPERURICEMIA (risco de nefropatia, prevenção é com alopurinol, rasburicase e hidratação)
HIPOCALCEMIA (risco de nefropatia, prevenção é hidratação)
PTI
Problema na quantidade de plaquetas
Principal causa de plaquetopenia isolada
Opsonizadas com IgG que gera lise esplênica
Clinica da PTI
Após 1 mês pós infecção que se manifesta com Plaquetopenia e mais nada
Diagnóstico de PTI
Clínico e de exclusão = plaquetopenia e mais nada
Tratamento da PTI
Observação à maioria
Prednisona +- imunoglobulina IV +- trombopoietina +- esplenectomia
Só dar plaquetas se já está com as outras medicações e tem sangramento grave
PTI classificação por causa
Primária os secundária por heparina
Quando suspeitar de PTI por heparina
Diagnósticos através das 4T: Trombocitopenia Tempo de plaquetopenia após início da heparina Trombose presente: TVP e TEP Sem outra causa de plaquetopenia
Geralmente na segunda exposição, com qualquer dose, mais frequente HPNF, entre 5-10 dias após o início
Anticorpos contra heparina que se une as plaquetas e gera lise no baço
Tratamento: suspender heparina e trocar pelo inibidor da Trombina- DabigaTran ou inibidor do fator Xa- RibaroXabana
Quais as sequelas de uma infecção urinária na infância
HAS e doença renal crônica
Qual o mecanismo principal da infecção urinária?
Vida ascendente, exceto RN que tem tbm a vida hematológica
Quais os fatores de risco para infecção do trato urinário
Sexo feminino Ausência de circuncisão Obstrução urinária- calcula uretral posterior, só em homem, desde o nascimento tem hidronefrose fetal bilateral, distensão vesical, não fraco/entrecortado Disfunção vesical Constipação Refluxo vesicoureteral
Quais os picos de incidência da infecção urinária
1 pico no primeiro ano: tem 5 homens pra 1 mulher, principal causa são as anomalias
2 pico: 10 mulheres pra 1 homem, coincide com controle esfincteriano
3 pico: mulher em atividade sexual
Causa de cistite hemorrágica
Adenovirus- cultura negativa
Principal agente etiológico de infecção urinária quando ocorre manipulação do trato urinário
Pseudomonas
Principal agente etiológico de ITU relacionada a cálculo de estruvita
Proteus
Clinica de cistite
Disuria Polaciúria Estrangúria Dor supra púbica Incontinência urinária em criança que já tinha controle de esfíncter
Clinica de pielonefrite
Com ou sem sintomas de cistite Calafrio Dor lombar N-V Dor abdominal Febre >39•, principal causa sem localização em lactente
Diagnóstico de ITÚ
1) EAS: bioquímica com tiras reativas
Esterase leucocitária: marcador de inflamação mais sensível
Nitrito: marcador mais específico por bactéria gram -
2) Sedimento: leucócitos >=5p/c ou 10.000/ml
Bacterioscopia com coloração de GRAM
3) Urinocultura: com bacteriuria significativa
- jato médio: >= 100.000 UFC/ml
- saco coletor: só se negativo que serve, porque tem muita contaminação
- cateterismo: >=50.000
- punção supra púbica: PADRÃO OURO! Qualquer crescimento é positivo, só desconsiderar gram + em pouca quantidade
Tratamento da ITU
Sempre coletar urinocultura antes!!!
- cistite: STM por 3-5 dias ou nitrofurantoina
- pielonefrite: por 7-14 dias.
Hospitalizar <3 meses, grave- tratamento com ceftriaxona ou ampi + genta
Ambulatorial: ceftriaxona, ciprofloxacino
Não pode nitrofurantoina
O que fazer após o tratamento da ITÚ?
Ver e corrigir os FR
Causas do Refluxo vesicoureteral
Refluxo vesicoureteral:
- 1: alteração na inserção. Idiopático mais comum, se resolve com a idade
- 2: aumento pressão vesical. Problema neurológico, válvula uretral posterior
Classificação do refluxo vesicoureteral e tratamento
1) resolve espontaneamente
2) resolve espontaneamente
3-4-5) quimioprofilaxia: amoxi, cefalexina, SMT e nitrofurantoina
Exames de imagem para ITÚ
USG de rim e vias urinárias: mostra alterações grosseiras, não faz diagnóstico
Cintilografia renal com DMSA: serve para identificar pielonefrite na fase aguda (alteração da captação de contraste)
Fase crônica: identifica cicatrizes.
PADRÃO OURO PARA DIAGNÓSTICO DE PIELONEFRITE
Uretrocistografia miccional: é o que faz diagnóstico de refluxo vesicoureteral e classifica o grau
Quando solicitar exames de imagem para ITU?
Nelson: 1 episódio de pielonefrite entre 2-24 meses.
Solicitar USG- se alterado, UCM
Após 2 episódio de pielonefrite: UCM sempre
SBP: ITU confirmada em <2 anos- USG e UCM
>2 anos- USG, se alterado- UCM
Sequência do controle da função miccional
1) incontinência urinária: 1 ocorre controle diurno (2 anos) e 2 noturno (5 anos)
Enurese
Perda de urina a noite após 5 anos
Classificação da enurese
1) nunca teve controle
2) teve controle e após 6 meses, deixou de ter. Ex: DM, ITU, abuso
Monossintomatica- única é enurese
Não monossintomatica- alteração da micção durante o dia e noite
1 + monossintomatica: atraso da maturação, mas se resolve
1 + monossintomatica: bexiga hiperativa (frequência urinária aumentada, urgência, manobras de contenção)
Sempre avaliar constipação
Tratamento: oxibutinina
HAS na infância
Classificação 1- 13 anos:
PA normal: PÁS e PAD = P90 e = 95 e = p95 + 12 ou 140/90
Doença celíaca
Intolerância permanente induzida pelo glúten, principal fração proteica presente nos cereais (trigo, cevada, centeio e aveia), que leva a uma enteropatia mediada por linfócitos T em indivíduos com predisposição genética-HLA DQ
Esses linfócitos iniciam uma reação inflamatória baseada nas respostas celulares Th1 e Th2; a resposta Th1 estaria relacionada a liberação de TNF-alfa, com indução de fibroblastos e produção de metaloproteinases, que são responsáveis pela atrofia vilositária e hiperplasia de criptas intestinais. A resposta Th2 relaciona-se a formação de imunidade humoral, sendo responsável pela produção de anticorpos específicos (anticorpo antigliadina, anticorpo antiendomísio e anticorpo antitransglutaminase tecidual) associados a doença.
Clinica da doença celíaca
1) Forma clássica: Sintomas iniciam-se em geral entre o 6 o e o 12 o mês de vida. Presença de diarreia crônica, com fezes volumosas de aspecto pálido e gordurosas, associado a distensão abdominal e perda de peso. Diminuição do tecido subcutâneo, atrofia da musculatura glútea, falta de apetite, alterações de humor (irritabilidade ou apatia), vômitos e anemia.
2) Forma atípica: Quadro mono ou oligossintomático, com poucos ou nenhum sintoma digestivo. Pode ocorrer baixa estatura, anemia por deficiência de ferro refratária à reposição oral, anemia por deficiência de folato ou vitamina B12, osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário, atraso puberal, irregularidade do ciclo menstrual.
3) Forma assintomática ou silenciosa: Caracterizada por alterações sorológicas e histológicas da mucosa intestinal, porém sem sintomas associados.
4) Forma latente: Presença de anticorpos positivos ou HLA compatível com DC, mas sem lesões histológicas da mucosa intestinal ou sintomas.
5) Crise celíaca: Evolução grave da forma clássica da DC, caracterizada por diarreia com desidratação hipotônica grave, distensão abdominal importante por hipopotassemia, desnutrição grave, hemorragias cutâneas, gastrointestinais ou de outras localizações, tetania hipocalcêmica e edema generalizado por hipoalbuminemia.
Diagnóstico da doença celíaca
1) Marcadores sorológicos (anticorpo antigliadina IgA e IgG, anticorpo antiendomísio IgA e anticorpo antitransglutaminase IgA).
São considerados testes de rastreio para a doença, mas não confirmam a mesma. Úteis principalmente para pacientes com ausência de sintomas gastrointestinais, com doenças associadas e rastreamento de familiares de 1° grau com DC.
Os anticorpos antiendomísio e antitransglutaminase da classe IgA são superiores em termos de sensibilidade e especificidade quando comparados com o anticorpo antigliadina, portanto, devem ser preferidos.
Lembrar que em pacientes com deficiência de IgA os marcadores sorológicos podem ser falso-negativos.
2) Biópsia do intestino delgado: É o exame confirmatório da doença. Pode ser realizado mediante cápsula perioral ou pinça de biópsia de endoscopia gastrointestinal.
Lesão histopatológica clássica: Mucosa intestinal plana ou quase plana, com criptas alongadas, borda estriada borrada, aumento do número de linfócitos intraepiteliais e lâmina própria com denso infiltrado de linfócitos e plasmócitos.
Tratamento da doença celíaca
O único tratamento disponível para a doença celíaca é a exclusão total e permanente do glúten da dieta.
Paciente 23 dias apresentando cansaço as mamadas e suando muito, taquipneia e pressão arterial divergente, precórdio hiperdinamico e sopro continuo com irradiação ao dorso
Persistência do canal arterial
Características da convulsão que indicam risco aumentado de epilepsia
Crise focal
>15 minutos
Atraso do desenvolvimento neuropsicomotor
Qual os principais locais que afeta a dermatite atópica na criança?
Face, joelho e região extensora do cotovelo
Quais as características de uma icterícia fisiológica?
Após 24-48 horas de vida Pico entre 3-5 dia Zona 3: até 12 mg/dl Bom estado geral Coombs direto negativo Reticulocitos baixos ou normais
Icterícia do aleitamento materno
Nos primeiros dias
Perda de peso
Problema na amamentação
Icterícia do leite materno
A partir da segunda semana de vida
Criança se alimentando bem, não perde peso
A conduta é manter o aleitamento e monitorizar os níveis de bilirrubina, somente se os níveis forem muito altos que suspender por um curto período de tempo (24-48 horas)
Quadro clínico da Atresia das vias biliares
Colestase- icterícia, colúria e acolia
Hepatomegalia
Fatores de risco para hiperbilirrubinemia
1) Cefalo- hematoma
2) RN pré termo
3) Dificuldade no aleitamento materno
4) Perda de peso >7%
5) Incompatibilidade ABO ou RH
6) irmão icterícia tratado com fototerapia
Icterícia neonatal persistente
Quando os níveis de BD representam >20% do valor de BT, deve sempre nos remeter a Atresia de vias biliares extrahepaticas
Até quando pode ser feita a cirurgia de Kasai? E após esse tempo o que fazer?
Até as 8 semanas, após a opção é o transplante hepático
PCR com 1 ou 2 socorristas
2 socorristas divide tudo:
- 15:2 e 2 polegares
1 socorrista:
- 30:30 e 2 dedos