Cirurgia Flashcards
Escala de coma de Glasgow
Abertura ocular:
- Espontânea
- Estímulo verbal
- Estímulo doloroso
- Ausente
Resposta Verbal:
- Orientado
- Confuso
- Palavras inapropriadas
- Palavras incompreensíveis
- Ausente
Resposta Motora:
- Obedece comandos
- Localiza estímulo doloroso
- Retira membro à dor
- Flexão anormal (decorticação)
- Extensão anormal (descerebração)
- Ausente
Check list do preparó pré operatório do paciente
- Avaliação do risco cirúrgico: com avaliação do risco CV pelos IRCR ou índice de Lee- coronariopatia, IC, DRC (creatinina >2), DM com insulina, doença cerebro vascular (AVC ou AIT), cirurgia que ele vai fazer (Tx, Abdominal, vascular ou supra inguinal)
Se tiver 2 ou mais- fazer METS - Capacidade funcional= METS: A cirurgia demanda 4 METS
- ASA:
ASA 1- saudável
ASA 2- doença sistêmica sem limitação: HAS controlada, DM controlada
ASA 3- doença limita mas não incapacita: HAS não controlada, DM não controlada, IAM prévio >3m, angina estável, IMC> 40
ASA 4- doença limita e incapacita: IC grave, angina instável
ASA 5- moribundo
ASA 6- morte cerebral
Se for Emergência, colocar o sufixo E - Exames pré operatórios: depende do paciente e do tipo de cirurgia
- <45a: nada
- 45-54a: ECG para homens
- 55-70a: ECG para todos + hemograma
- >70a: ECG + hemograma + eletrólitos + glicemia + Fx renal
- coagulograma: estimativa de perda >2L, neurocx, cx cardíaca e Tx
- Rx tórax: cx cardíaca e torácica - Medicação de uso crônico:
- Manter: corticoide (+ hidrocortisona IV adicional); Anti hipertensivo; insulina.
- Suspender: antidiabético oral no dia, aines 1-3 dias, antiagregante 7-10 dias, se usa AAS por coronariopatia manter até o dia, novos AÇO 1-2 dias, warfarin 4-5 dias e substitui por heparina e esta suspender 6-24 horas antes. - Profilaxia antibiótica: para cobrir S. Aureus
- Limpa: não penetra trato biliar, respiratória, GI e urinário
- Potencialmente contaminada: Penetra de forma controlada, ex: colecistectomia sem colecistite. Profilaxia
- Contaminada: “Ites” sem pus, trauma recente <6 horas, sem peritonite. Profilaxia
- Infectada: “Ites” supurada, trauma >6 horas, contaminação fecal com peritonite. Antibiótico terapia
Profilaxia com cefazolina 1G, 30-60 minutos antes da cirurgia, durante anestesia
Hernia de Richter
Pinçamento da borda antimesenterica, isquemia sem obstrução
Hernia de litre
Divertículo de Meckel
Hernia de Amyand
Apéndice na hernia inguinal
Hernia de Garengeot
Apéndice na hérnia femoral
Escala de como de Glasgow
Abertura ocular:
- Espontânea
- Estímulo verbal
- Estímulo doloroso
- Ausente
Resposta Verbal:
- Orientado
- Confuso
- Palavras inapropriadas
- Palavras incompreensíveis
- Ausente
Resposta Motora:
- Obedece comandos
- Localiza estímulo doloroso
- Retira membro à dor
- Flexão anormal (decorticação)
- Extensão anormal (descerebração)
- Ausente
Hipertensão maligna
Síndrome muscular, hereditária, fármaco induzida por exposição a anestésicos iña latoeiros e succionil. Ocorre aumento de cálcio muscular
Clinica: contrações intensas, febre e aumento C02
Tratamento: Dantrolene
Causa de febre pós operatória
24-72 horas: atelectasia
> 72 horas: infecção da ferida, ITU, pneumonia, TVP
Até quando se considera infecção de ferida operatória?
Ate 30 dias ou 1 ano em caso de colocação de prótese
Superficial: retirar pontos, drenar, lavar. SEM ANTIBIÓTICO
Profunda: retirar, pontos, drenar, lavar + ATB
Qual a principal causa de hérnia na criança?
Congênita porque não ocorre o fechamento do conduto peritoneovaginal
Qual o tratamento da hérnia umbilical na infância?
O fechamento é espontâneo até os 2 anos
4 situação nas quais se faz cirurgia: hérnia inguinal concomitante, >2cm, associada a DVP, não fechamento aos 4-6 anos
Hérnia de Spiegel
Entre a borda lateral do músculo reto e a linha semilunar (linha de Spiegel)
Hérnia de Grynfelt
Triângulo lombar superior: abaixo da 12 costela
Hérnia de Petit
Triângulo lombar inferior: acima da cresta ilíaca
P- pinto
Estruturas abdominais de dentro para fora
Alças intestinal Peritoneo Gordura pré peritoneal Fascia transversalis Músculo transverso Musculo oblíquo interno Aponeurose do musculo oblíquo externo TCS Pele
Quem forma a parede anterior do canal inguinal?
Aponeurose do musculo oblíquo externo
Quem forma a parede posterior do canal inguinal?
Musculo oblíquo interno
Fascia transversalis
Músculo transverso
Qual caminho percorre o canal inguinal?
De superior para inferior
De lateral para medial
De posterior para anterior
Quais estruturas contém o canal inguinal?
Na mulher: ligamento redondo do útero
No homem: funículo espermático- músculo cremaster, vasos deferentes, plexo pampiniforme
Causa da hérnia inguinal direta
Defeito adquirido pelo enfraquecimento da parede posterior da fascia transversalis em sua porção de maior fragilidade que é o triângulo de Hesselbach
Como está formado o triângulo de Hesselbach?
Borda lateral dó músculo reto
Ligamento inguinal
Vasos epigastricos
Como diferenciar hérnia indireta da direta?
Vasos epigastricos:
- medial: direta
- lateral: indireta
Exame físico:
- Polpa: direta
- Ponta: indireta
Classificação de Nyhus
1) hérnia inguinal indireta com anel inguinal interno NORMAL
2) hérnia inguinal indireta com anel inguinal interno DILATADO
3) defeito na parede posterior:
A) direta
B) indireta
C) femoral
4) recidivante: A) direta B) indireta C) femoral D) mista
Qual tratamento da hérnia inguino-femoral?
Se redutível: cirurgia eletiva
Encarcerada: redução manual- manobra de taxe
Quando não reduzir? Sofrimento isquêmico: irritação peritoneal, hiperemia, hipotensão
>6/8 horas, obstrução —— realizar cirurgia
Estrangulada: isquemia- cirurgia de emergência: inguinotomia
Se houver redução espontânea na mesa cirúrgica pela anestesia, fazer laparotomia porque já não dá para saber o sabendo intestinal isquêmico
Técnicas operatórias para as hérnias
Abordagem anterior:
Shouldice- Sem tela, imbricação dos músculos + reforço posterior
Lichtenstein: PADRÃO OURO, tela livre de tensão, sutura ao longo do lig inguinal
McVay: Boa para hérnia femoral ( lig de cooper)
Abordagem posterior: acesso pré- peritoneal, para hérnias recidivada, bilaterais
Stoppa: Tela Bilateral gigante
Videolaparoscopia: cada vez mais usada, faz a prevenção da hérnia femoral junto
- TAPP: transabdominal pre-peritoneal (penetra a cavidade abdominal)
- TEP: totalmente extraperitoneal (não penetra a cav abdominal)
Quais alergias investigar antes de operar?
Betalactamicos, principalmente cefazolina e látex cirúrgico
Porque anestésico não funciona em abscesso?
Porque tem PH ÁCIDO, então o anestésico fica na sua forma solúvel- ionizada
Aplicar na pele ao redor do abscesso
Classificação de BIS
Avalia o quanto anestesiado está o paciente: ideal entre 40-60
Quanto menor mais sedado
<40 pode ocorrer dano cerebral
Anestésicos CI em hipotensão arterial
Propofol, tiopental
Midazolam
PODE: ETOMIDATO, fentanil, succinil, quetamina
O que fazer com uma fístula de alto débito?
Alto débito = 500ml
Primeiro retirar a nutrição enteral
Quanto tempo após uma angio sem stent pode operar? E com stent?
E depois de IAM?
Sem- 14 dias
Com- 6 semanas
IAM- 4 semanas
Dose máxima de anestésico local
Lidocaína com epinefrina: 7mg/kg
Lidocaína sem epinefrina: 5mg/kg
Procaina: 7-10mg/kg
Bupivacaina: 2mg/kg
Cefaleia pós punção anestésica, como tratar?
Analgesia+ repouso no leito
Se não melhorar ou piorar, realizar tampão sanguineo epidural
Qual lâmina se usa para intubar uma criança?
Lâmina reta, sua extremidade deve abaixar a epiglote para expor as cordas vocais
Lâmina curva: posicionado na valécula
Manobra de Sellick pode ser usada com qualquer lâmina
Quais estruturas são usadas para a fixar a tela na cirurgia de hérnia inguinal?
Musculo oblíquo interno, músculo transverso abdominal e ligamento inguinal
Qual alteração eletrolítica é a mais comum no pós operatório?
Hiponatremia
Classificação de Mallampati
1) palato duro + palato mole + úvula + fauces + PILAR
2) palato duro + palato mole + úvula + FAUCES
3) palato duro + palato mole + BASE ÚVULA
4) palato duro
Quais são as vias aéreas definitivas?
IOT, INT, cricorireoidostomia cx e traqueostomia
Quais são as vias aéreas temporárias?
Mascara laringea, combi tubo, cricotireoidostomia por punção
Se não conseguir intubar, o que fazer?
Crico cx, CI em menores de <12 anos.
Em < 12 anos, o crico eu faço? Crico por punção com jelco 12-14, inspiração 1 segundo e expiração 4 segundos
O que pensar se acontecer uma queda da saturação inesperada?
DOPE: deslocamento do tubo, obstrução por sangue ou secreção, pneumotórax existente ou barotrauma, equipamento (dobra, tubo de 02 vazio)
Qual a clínica do Pneumotórax hipertensivo?
Desvio da traqueia contralateral Turgência jugular Hipertimpanismo MV abolido Hipotensão por choque obstrutivo
Diagnóstico de pneumotórax hipertensivo
Clínico
Qual a conduta frente ao pneumotórax hipertensivo
Imediata: toracocentese de alívio em criança no 2 EIC e no adulto 5 EIC
Definitiva: toracostomia com selo d’água no 5 EIC
Todo pneumotórax precisa ser drenado?
Não, se for simples e pequeno (20-30%) 300-500ml.
Mas se for fazer transporte aéreo ou VM- drenar
Drenei o pneumotórax e não melhorou, o que fazer?
1) checar a técnica
2) lesão de brônquio fonte: tratamento é IOT seletiva ou por 2 dreno 2 espaços à cima
Diagnóstico é por broncoscopia
Tratamento definitivo: toracotomia se >1/3
Se <1/3 fazer tratamento conservador
Indicação de toracotomia em hemotorax
Drenagem imediata de 1500ml
Drenagem de 200ml/hora durante 2-4 horas
Necessidade persistente de transfusão
Qual a causa de pneumotórax aberto?
Trauma penetrante, o tamanho do orifício é >2/3 da traqueia
Qual o tratamento do Pneumotórax aberto?
Curativo em 3 pontos
Tratamento definitivo: toracostomia com selo d’água (drena e depois sutura)
Clinica de Hemotorax
Desvio da traqueia Jugular colabada Macicez à percussão MV abolido Hipotensão por choque hipovolêmico
Tratamento do Hemotorax
Toracostomia em selo d’água
Se for maciço- pode fazer autotransfusão
Indicação de toracotomia em hemotorax
Drenagem imediata de 1500ml
Drenagem de 200ml/hora durante 2-4 horas
Necessidade persistente de transfusão
Classificação da perda volemica
1) PA, FC, Perda <15% <750 ml
2) PA- hipotensão postural, FC >=100, Perda >=15% >750ml
3) PA diminuída, FC >= 120, Perda >30% >1500ml
4) PA diminuída, FC >140, Perda >40% >2000ml
CI da colocação da sonda vesical
Sangue no meato, hematoma perineal ou escrotal, retenção urinária, Fx pelve
Realizar uma uretrografia retrógrada antes do cateterismo
Se tiver lesão da uretra= cistostomia
Conduta diante de uma fratura pélvica
Paciente instável- amarrar com lençol
Não melhorou? Tem ou não sangue no abdômen?
- Sem sangue extraperitoneal: tamponamento PRÉ peritoneal e fixação externa.
Não melhorou? Angioembolização
- Com sangue intraperitoneal: Laparotomia
Clinica do Tamponamento cardíaco
Tríade de Beck: turgência jugular + hipotensão + hipofonese de bulhas
Pulso paradoxal: na hora que o paciente inspira, o pulso desaparece
Sinal de Kussmaul: aumento da TJ durante a inspiração
Como se faz o diagnóstico do tamponamento cardíaco?
Clinica + FAST
Qual tratamento do tamponamento cardíaco?
Tratamento imediato: pericardiocentese- retirar 10-30ml para estabilizar o paciente
Tratamento de escolha é a toracotomia
Tórax instável
Ocorre quando existe Fx de >= 2 arcos consecutivos e cada arco fx em 2 lugares
Clinica: Dor + respiração paradoxal
Tratamento: Analgesia + 02 + fisioterapia respiratória
Lesão da aorta
Ocorre laceração ao nível do ligamento arterioso, ocorrendo um hematoma- gerando pulso em MMSS normal com pulso em MMII diminuídos
Rx Tx: Alargamento do mediastino >8cm
Dx: AngioTC de tórax
Padrão ouro- aortografia, mas não se pede mais
Tratamento: se não morre na cena, morre após 24 horas- vai nas outras lesões primeiro
Iniciar beta bloqueador
Tratamento definitivo: toracotomia esquerda ou terapia endovascular
Quais são as 5 lesões com risco imediato a vida no trauma?
Pneumotórax hipertensivo Pneumotórax aberto Hemotorax maciço Tamponamento cardíaco Lesão da árvore traqueobronquica
Indicação de laparotomia
Choque, peritonite, evisceração, pneumoperitônio
Conduta diante um trauma abdominal fechado
Estável hemodinamicamente: FAST antes da TC com contraste
Instável: FAST positivo? LAPE
Trauma do Baço
Clinica: Sinal de Kehr (dor referida em ombro), por pneumohemoperitoneo
Conduta: TC com lesões Grau IV-V se faz cirurgia (ráfia ou esplenectomia parcial / total= vacinar: pneumo, meningo, H influenzae)
Trauma do fígado
Conduta: TC com lesão Grau IV e V
Cirurgia: compressão, ráfia, ressecção segmentar
Se tiver sangramento difuso: Manobra de Pringle- clampeamento do ligamento hepatoduodenal. Não melhorou?
Lesão gravíssima: retrohepatica ou veias hepáticas
Hemobilia
Sangue na via biliar
Clinica: melena + icterícia + palidez + hematemese
Dx e tratamento: arteriografia
Trauma do duodeno
Clinica: retropneumoperitoneo- escoliose antalgica, dor lombar até o escroto e crepitação ao toque retal = LAPE
Rx abdominal: Ar ao redor dos rins
- lesão pelo guidon gerando contusão duodenal: hematoma da parede duodenal com obstrução gástrica, N-V
Rx abdominal: empilhamento da moeda
Conduta: dieta zero por 14-21 dias, com nutrição parenteral total. Nao melhorou? LAPE
Trauma do intestino delgado ou mesentério
Sinal do cinto de segurança
Trauma do intestino grosso
O segmento mais afetado é o transverso
Conduta: ráfia primária <50%, estável
Ressecção + anastomose 1
Cx de Hartmann ou controle de danos: se instavel
Trauma renal
Grau IV- extravasamento de contraste: fazer embolização por arteriografia
Grau V: nefrectomía mais conservadora possível
Síndrome compartimental Abdominal
Conduta:
- 21-24 mmHg: posição supina, reposição volemica, paracentese se não tem lesão de órgão.
Se tem lesão de órgão: descompressão + bolsa de Bogotá
- > 25 mmHg: descompressão
Tríade da morte
Hipotermia + coagulopatia + acidose metabólica
Diferença entre choque neurogênico x choque medular
Choque neurogênico: diminuição PA, diminuição da FC e vasodilatação
Choque medular: flacidez e arreflexia
Fratura de base de crânio
Sinal de Battle Sinal do guaxinim Hemotimpano Rinorreia Otorreia
Fratura de face
Fratura de face não é urgência, não é prioridade
Indicação de TC de crânio
> 65 anos, usam ACO, cefaleia lancinante, perda de liquor pelo nariz ou ouvido, convulsão, >2 vomitos, amnésia retrógrada >30 minutos, glasgow <15 em 2 horas de lesão, perda da consciência >5 minutos
Hematoma subdural
Subdural= Venoso
Imagem em Semilua
Hematoma Extradural/Epidural
Artéria meningea
Imagem biconvexa
Hematoma subaracnóideo
Pelo surcos e ventrículos
Hipertensão Intracraniana
Tríade de Cushing: Bradicardia + Bradipneia + HTA
Se suspeita de PIC aumentada e PÁ reduzida
Tratamento com solução salina 3% para aumentar PÁ e reduzir PIC
O manitol reduz PIC, mas reduz PÁ
Morte encefálica diagnóstico
1) 2 exames clínicos que confirmem a existência de coma não responsivo e ausência de fx do tronco, com intervalo mínimo que varia com a idade. Se >2 anos= 1 hora
2) teste de apneia que confirme ausência de resp mesmo após estimulação maxima
3) exame complementar que comprove ausência de atividade encefálica
Nao é necessário da autorização de familiar, nem atestado de óbito para que seja aberto o protocolo de ME
Clínica da obstrução intestinal
Parada da eliminação de gases e fezes Dor tipo cólica Distensão antes da obstrução Vômitos Diarreia paradoxal Timbre metálico
Toque retal na obstrução intestinal
OBRIGATÓRIO!!!!
- ampola retal vazia: obstrução total
- ampola retal cheia: funcional
Laboratório da obstrução intestinal
Alcalose metabólica hipocloremica e hipocalemica
Exame de imagem para obstrução intestinal
Rotina de abdômen agudo: tórax AP + abdômen em pé e deitado
Delgado: pregas coniventes- empilhamento de moedas- distensão central
Cólon: haustrações - distensão periférica
Tratamento da obstrução intestinal
Suporte: dieta zero + hidratação venosa + SNG + distúrbios H-E e ácido base
Causas de obstrução intestinal
- Delgado: sítio mais comum de obstrução, por bridas ou aderências
- Colon: mais frequente câncer colorretal, volvo
- Infância: mais frequentes intussucepção
Qual a causa mais comum da obstrução intestinal?
Bridas e aderências
Tratamento da obstrução intestinal por bridas e aderências
Suporte 48 horas + gastrografin (contraste hidrossolúvel hiperosmolar que diminui edema e inflamação)
Se não melhorou após 48 horas ou é complicado: lise das aderências por cirurgia aberta ou vídeo
Volvo
Torção sobre o próprio eixo, mais comum no sigmoide
Obstrução em alça fechada em 2 pontos que evolui para isquemia rapidamente
A principal causa é a obstrução colonica com válvula íleo cecal competente
Raio x: grão de café, U invertido
Enema baritado: afilamento- sinal do bico de pássaro
Tratamento: suporte +
Se não complicado: descompressão endoscópica + sigmoidectomia eletiva para evitar recidiva
Complicado: cirurgia de urgência- reconstrução a Hartman
Íleo biliar
Obstrução intestinal por cálculo biliar
Paciente apresenta colecistite aguda + fístula entre vesícula e duodeno + obstrução no íleo distal
Rx ou Tc: Pneumobilia, cálculo ectopico e distensão do delgado = Tríade de Rigler
Tratamento: suporte + cirurgia para retirada do cálculo + colecistectomia
Intussuscepção intestinal
Invaginação de uma alça dentro da outra
Ocorre principalmente entre 3 meses e 6 anos, mais frequente <1 ano
Na válvula ileocecal mais frequente
Causa: Na criança é idiopática, no adulto é por pólipo, divertículo, tumor
Clinica: dor abdominal, choro incontrolável, massa palpável em salsicha, fezes em geleia de framboesa
Diagnostico: Enema é padrão ouro
Tratamento: redução com enema retal com bário, HIDROSSOLÚVEL (gastrografin) e ar
Se for refratário ou no adulto: cirurgia
Causas de obstrução intestinal funcional
1) íleo paralítico: principal causa é o pós operatório (se espera 72 horas), drogas- opioides, DHE, pancreatite
Clinica: parada, dor, distensão do intestino tudo, peristalse diminuída, AMPOLA RETAL CHEIA
Tratamento: suporte
2) Pseudo obstrução colonica aguda (Síndrome de Ogilve): só o cólon fica paralisado
Em paciente mais grave: CTI, sepse
Clinica: dor, distensão colonica, peristalse normal
Tratamento: suporte com sonda descompressiva
Neostigmina 2,5 mg EV: em 3-5 minutos começa a funcionar.
É uma dose de parasimpatico- EA: bradicardia sinusal. Tratamento: atropina
Descompressão colonoscópica: se ceco > 11/13 cm
Cirurgia se refratário
Qual artéria irriga o intestino delgado?
Artéria mesentérica superior
Isquemia mesentérica aguda
Causa: Embolia (50%) devido a FA
- outros: vasoconstrição (20%) em paciente com choque, vasoconstritor, cocaina, trombose arterial pela aterosclerose- doença vascular periférica, trombose venosa
Clinica: dor abdominal DESPROPORCIONAL ao exame físico
Temperatura retal < temperatura axilar
ACIDOSE METABÓLICA + taquipneia
Irritação peritoneal é tardio
Qual o exame para o diagnóstico de isquemia mesentérica intestinal?
Angio TC de abdômen: mais usado, falha no enchimento de contraste
Angiografia mesentérica seletiva: PADRÃO OURO
Se não aparecer nenhuma das duas é TC de abdômen
Tratamento da isquemia mesentérica
Suporte inicial= HV + ATB + DHE e Ácido base
Específica:
- Embolia ou Trombose: Heparinização para evitar progressão + Laparotomia para embolectomia/ trombectomia e avaliar alça + Papaverina pós operatória para evitar vasoespasmo
Cirurgia se refratário ou irritação peritoneal
Isquemia mesentérica crónica
Causa principal: aterosclerose
Clinica: comeu-doeu
Emagrecimento
Doença aterosclerótica- claudicação intermitente/ angina estável
Dx: angiografia mesentérica
Tto: revascularização- cx: jovens; stent: idoso ou comorbidades
Colite isquemica- isquemia do cólon
Causa: idoso + hipoperfusao (cx de correção do AAA)
Clinica: dor, diarreia mucossanguinolenta, febre, distensão
Dx: clister opaco- sinal da impressão digital (thumbprinting)
Tto: suporte clínico
Cirurgia- colectomia parcial ou total, se peritonite, hemorragia, colite fulminante, refratário
Pólipos intestinal de risco para câncer
Adenoma
Viloso
>2cm
Displasia grave
Quais os pólipos não neoplasicos?
Não virará câncer
São a maioria
Hiperplasicos
Hamartomatosos
Inflamatório
Quais os pólipos neoplasicos?
Do bem que pode virar câncer
Adenoma
Adenocarcinoma
Polipose Adenomatosa familiar= PAF
Presença do gene APC mutante
Pólipos adenomatosos em todos o TGI >100
Tratamento: protocolectomia profilática total
Variantes:
- Gardner: dentes extranumerários, OSTEOMA, lipoma
- Turcot: tumores do SNC