Pediatria 2017 Flashcards
Criança, 2 anos de idade é trazida p/ rotina de puericultura. Apesar de não referir nenhuma queixa, a mãe se mostrou preocupada com a fala do filho. Relata que a criança começou a falar palavras isoladas aos 12 meses e atualmente já elabora frases simples, porém vem repetindo palavras enquanto fala, o que produz um padrão de fala irregular. A anamnese e o exame físico são normais. Com base nestas informações, conduta mais apropriada?
Tranquilizar a mãe e observar a criança durante as próximas consultas.
Sobre o desenvolvimento do pré-escolar:
- 12 meses: primeiras palavras
- 12-18 meses: aumento compreensão e expressão
- > 18 meses: combinação de 2 palavras, compreensão de ordens rotineiras e situacionais com duas ações
- 2 anos: primeiras frases, c/ 2 a 3 palavras, desenvolve gramática, identifica partes do corpo, nomeia figuras, compreende ordens, emite palavras com ordem irregular, repete o que se fala.
Bebê de 4 meses, com convulsões prolongadas e múltiplas equimoses antigas pelo corpo. Levantada a hipótese de maus tratos infantis e síndrome do bebê sacudido. É correta?
Na síndrome do bebê sacudido o agressor geralmente é o pai biológico, que se irrita com o choro da criança.
(por exclusão - estatisticamente está correta)
Criança de 5 anos de idade, é trazida ao ambulatorio pela avó materna, preocupada com uma irritação e corrimento vaginal da neta. Relata separação recente dos pais da criança e que há dez dias foi o primeiro final de semana com o pai. Para investigar a possibilidade de abuso sexual, inicialmente devemos:
Entrevistar separadamente a criança e os pais, para obter melhores informações em um retorno agendado o mais imediato possível ou em visita domiciliar pela assistente social do serviço.
*Questão anulada: a simples suspeita de maus-tratos determina a notificação do caso ao Conselho Tutelar; não há necessidade de cultura e swab, o exame físico do pediatra é suficiente.
Criança, 7 anos, há um dia urina cor de ‘‘coca-cola’’. Exame de urina evidenciou CILINDROS HEMÁTICOS. Há duas semanas amigdalite bacteriana. Para diagnosticar a glomerulonefrite aguda, melhor evidência é:
↓Complemento (C3 baixo).
- GNPE
- a comprovação de hipocomplementemia não só é importante para o diagnóstico, tb (principalmente) p/ acompanhamento evolutivo dç (TEM QUE normalizar em 8 semanas, se não: biópsia).
- aparece 1-3 semanas após amigdalite bacteriana (EBHGA) em cças entre 2-15 anos c/ hematúria de origem “glomerular” (dismorfismo e/ou cilindros hemáticos)
Bebê do sexo feminino de 8 meses de idade, ao exame físico uso assimétrico dos braços. O braço D é mantido em uma posição fletida com a mão cerrada. O exame neurológico revela aumento do tônus tornozelo D e hiper-reflexia do mesmo lado. Tem como história pregressa parto prematuro de 28 semanas de gestação. O diagnóstico mais provável:
PARALISIA CEREBRAL.
- SD MOTORA CRÔNICA PIRAMIDAL
Lactente de 8 meses, com hemiparesia bráquio-crural (sutil: “assimetria de uso MMSS”)
+ HIPERTONIA (tono flexor lado “fraco”: mão fechada e cotovelo fletido)
+ HIPERREFLEXIA (tono extensor MI: joelho e tornozelo estendidos). - Trata-se de um cérebro imaturo (<2a), por isso caracterizada como paralisia cerebral forma espástica.
Sobre Síndromes Motoras NÃO-Piramidais:
PARALISIA BRAQUIAL
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE
ATROFIA MEDULAR ESPINHAL
- HIPOtonia
- HIPOrreflexia/Arreflexia
RN de 12 horas de vida nascido de parto vaginal, está em AME de 3 em 3 horas. O bebê ainda não eliminou mecônio. A enfermeira solicita a sua avaliação devido ao bebê ter apresentado um vômito bilioso. No exame físico, o bebê está ativo, com abdome muito distendido e ruídos hidroaéreos diminuídos. Você suspeita de obstrução intestinal. Correlacione os achados (A-C) com a localização da obstrução intestinal (1-3): A - Sinal da dupla bolha; B - Radiografia abdominal com várias alças intestinais dilatadas; C - Vômitos biliosos; 1 - Obstrução intestinal alta (acima do íleo proximal) somente; 2 - Obstrução intestinal baixa (ileo distal e colon) somente; 3 - Tanto na obstrução intestinal alta também na baixa.
A1 B2 C3.
- SINAL DA DUPLA BOLHA: atresia duodenal altamente sugestivo.
- RX abd c/ alças intest. dilatadas: sugere Obstrução Int. Baixa.
- Vômitos Biliosos: tanto obstrução Baixa (estase de conteúdo intestinal) quanto Alta (refluxo delgado -> estômago).
Um bebê prematuro nascido de 28 semanas de idade gestacional, com peso de nascimento de 960g está agora recebendo alta para casa com 1950g e com 36 semanas e 4 dias de idade corrigida. Sobre a imunização dessa criança, é errado afirmar:
Os bebês prematuros devem receber uma dose menor de vacina do que os bebês nascidos a termo.
*FALSA: mesmo prematuros extremos e de baixo peso devem receber as doses inteiras das vacinas, permitindo resposta vacinal adequada.
Sobre imunizações:
- Os bebês de muito baixo peso ao nascer podem ter aumento de eventos cardiorrespiratórios pós-vacinais (como apnéia e/ou bradicardia).
- Em bebês prematuros prefere-se somente vacinas inativadas enquanto estão internados no hospital. (a VOP por ex. é excretada nas fezes vivas)
- A maioria dos bebês prematuros tem resposta imune pós-vacinal adequada para a prevenção de doença, exceto imunodeprimidas.
- A vacina de BCG é contraindicada em bebês com <2kg.
Lactente, 1 ano, é levado ao pediatra para consulta de rotina. Desde os 6 meses de idade frequenta creche e vem apresentando otites frequentes, com necessidade de uso de antibiótico em 6 ocasiões. Apresentou uma pneumonia lobar que evoluiu com derrame pleural necessitando drenagem torácica e uso de antibióticos de amplo espectro. Vem ganhando pouco peso (cerca de 100g ao mês). A criança tem um irmão mais velho portador de rinite e asma alérgicas. Diante disso, qual o raciocínio correto?
A principal hipótese é que se trate de caso suspeito de imunodeficiência primária, devendo ser realizada a investigação adequada.
- dentro dos 10 sinais possíveis Imunodeficiência primária:
2 ou + PNM último ano
4 ou + novas otites
Lactente, 7 meses de idade, previamente hígido, quadro cutâneo recorrente caracterizado por micropápulas eritematosas, acompanhadas de poucas crostas e descamação na face (poupando o maciço central), pescoço, tronco e superfícies extensoras dos membros. Foi levado à pediatria para avaliação. Qual a principal hipótese diagnóstica?
Dermatite atópica.
- eritema descamativo e pruriginoso que piora à noite, como outros quadros alérgicos
- em lactentes são + exsudativas com aspecto + agudo; ao passar dos anos vão se tornando mais secas e acompanhadas de xerodermia, pele liquenificada e espessa, sangramento em filete e com a formação de escamas.
Quais são as lesões mais comuns da escabiose e onde ocorrem mais frequentemente?
ESCABIOSE:
- pápulas, lesões urticariformes e pústulas;
- classicamente em: pregas interdigitais dos pés e mãos, face anterior do punho, prega axilar, prega cubital dos cotovelos, periumbilicais, nádegas, perianais, perimamilares etc.
- lactentes, idosos e imunocomprometidos: região palmoplantar, face, orelhas e couro cabeludo.
Brotoeja
Dermatite de calor muito comum nos bebês e causada por obstrução/ruptura do ducto das glândulas sudoríparas imaturas em vigência de calor e umidade.
Eritema Infeccioso
Doença exantemática da infância = parvovírus B19.
Exantema MACULOPAPULAR, rendilhado e pruriginoso que acomete face, com “bochechas avermelhadas” e palidez perioral.
Também acomete tronco, braços, nádegas e coxas.
Esvaece com resolução central, duração média de 11 dias e possibilidade de recrudescimento com exercícios físicos, banhos quentes ou transtornos emocionais.
Exantema súbito
HERPEVÍRUS 6
Cursa com febre alta (> 39,6 oC) que dura 3-7 dias, com manutenção do estado geral.
Logo após queda abrupta da temperatura surge rash maculopapular eritematoso não coalescente, que se inicia em tronco e estende-se p/ braços, pescoço, envolvendo levemente face e pernas.
Dura de horas a dias.
Pode ocorrer ↑linfonodos cervicais e leucopenia a partir do 2o dia de febre.
Criança de 12 anos de idade é portador de asma brônquica, em uso apenas de broncodilatador de curta duração quando necessário. Refere tosse seca durante a prática de exercícios físicos, às vezes com dor torácica, necessitando de broncodilatador de curta ação quase diariamente. Relata ainda que acorda às vezes durante a noite com dor torácica e dispnéia, duas vezes ao mês. Refere também que apresenta tosse seca emetizante durante a manhã, frequentemente. Qual conduta?
Deve ser iniciado corticóide inalatório em baixas doses e reavaliar em 30 dias.
*ASMA NÃO CONTROLADA
Criança, sexo masculino, 8 anos, com curva de crescimento entre o escore-Z -1 e o escore-Z -2. O pai mede 163 cm e a mãe 155 cm. Idade óssea compatível com idade cronológica. Neste caso, o mais apropriado é:
Tranquilizar os pais, pois a criança está crescendo dentro do esperado.
*BAIXA ESTATURA: ABAIXO ESCORE Z -2 NO GRÁFICO ESTATURA x IDADE.
Lactente, 2 meses, com hipotonia, hiporresponsivo, livedo reticular, palidez e cianose de extremidades. A mãe informou que a criança havia recebido a vacina pentavalente há aproximadamente 6 horas. Considerando a suspeita de evento adverso pós-vacinação, as manifestações clínicas desta criança sugerem reação secundária a qual componentes vacinal?
Suspensão celular de bordetella pertussis.
*Raríssimo a ocorrência de SD HIPOTÔNICA-HIPORRESPONSIVA por DTP.
Ocorre c/ ep. de instalação súbita, nas 1as 48h de aplicação da vacina, durando de alguns min. a horas.
Tem bom prognóstico e sua ocorrência indica uso de DTP acelular nas próximas doses.
30 dias de vida, primeiro filho, nascido a termo, com bom peso e sem intercorrências. Recebeu alta hospitalar conjuntamente à mãe e está em aleitamento materno exclusivo com ganho de 30 g/dia. Em consulta de rotina, a mãe está sem queixas. Observa-se fezes amarelas-claras e urina abundante. Ao exame: paciente em bom estado geral, acianótico, afebril, hidratado, sem edemas e sem adenomegalias ictérico zona 2 para 3. Exame segmentar normal. Diante do quadro acima descrito, a melhor conduta é:
Encaminhar urgente ao centro de saúde para coleta de bilirrubinas e transaminases.
- síndrome colestática: atresia biliar? hepatite neonatal idiopática? INVESTIGAÇÃO.
25 dias de vida, nascida a termo, com peso 2.960 gramas. Pai com antecedentes de asma e mãe com rinite. Mãe apresentou dificuldade na apojadura sendo oferecido para a criança no berçário fórmula de leite de vaca até estabelecimento do aleitamento materno. Atualmente criança em aleitamento materno exclusivo. Os pais no momento muito ansiosos procuram o pediatra pelo fato do bebê apresentar evacuações com RAIAS de sangue vivo nos últimos dois dias. Negam febre e vômitos. Relatam cólicas no final da tarde. Peso atual 3.760 gramas e exame físico sem alterações. A conduta mais adequada é:
Suspender o leite de vaca da dieta materna com supervisão nutricional, estimular o aleitamento materno e observar a criança.
Ele quis dizer que ela tem colite, mas RAIAS de sangue fala a favor de fissura anal e não de proctite por alergia ao LV.
Criança 11 anos de idade, dor abdominal recorrente, fezes amolecidas e explosivas + distensão abdominal há 6 meses, relacionada a ingestão de leite de vaca. Já foi tratado de parasitose intestinal sem melhora. Peso e altura adequados para a idade. O exame ideal para melhor elucidação:
Teste do hidrogênio expirado.
(Intolerância à lactose: carboidrato não digerido chega ao cólon e fermentado por bactérias anaeróbias formam gases H2, CH4, CO2, ác graxos, acético, propiônico, butírico).
RN nasceu de parto normal com IG calculada 36 semanas. Logo após o desprendimento, iniciou choro forte e movimentos ativos. Qual é o tempo recomendado entre a extração do concepto e o clampeamento do cordão umbilical?
60 a 180 segundos (1 a 3 minutos).
*AT (> 34 semanas)
Recém-nascido a termo, 39 sem gestação, filho de mãe 22 anos G1P1A0. Grupo sanguíneo da mãe: O Rh -, Coombs indireto NEGATIVO. RN recebeu alta com 48 horas de vida em boas condições em aleitamento materno exclusivo e icterícia zona I. Retornou ao ambulatório de puericultura com 5 dias de vida, ictérico zona IV e com perda ponderal de 15% em relação ao peso de nascimento. Permanecia em aleitamento materno exclusivo, grupo sanguíneo do RN: A Rh +, com Coombs direto NEGATIVO. Em relação à icterícia, a principal hipótese diagnóstica:
Icterícia (hiperbilirrubinemia indireta e ↑ciclo entero-hepático) associada à diminuição da ingesta por dificuldade no aleitamento materno com perda ponderal acentuada.
*PRIMEIRO FILHO: apesar da incompatibilidade Rh entra mãe + e bebê -, NÃO há chances de aloimunização; a icterícia seria nas primeiras 24 horas; haveria palidez e principalmente Coombs +.
7 anos de idade. Mãe refere que a menina está “magrinha” com dificuldade de ganho de peso e que a criança não está aceitando a variedade de alimentos que costumava aceitar, mas para guloseimas está sempre receptiva. Segundo a avaliação do crescimento pondero-estatural e da orientação alimentar marque a alternativa correta (Gráfico com curvas de peso e estatura nos escores Z -2):
O cálculo do IMC oferecerá uma interpretação mais apropriada da relação do peso com a altura e nesta situação pode estar adequado para a idade.
- gráfico normal, sem desvios pra baixo.
- crianças “eutróficas” são aquelas cujo IMC encontra-se entre o escore Z-2 e escore Z+1.
Menino de 3 anos apresenta progressiva redução de apetite, reação de choro e medo antes das evacuações, eliminação de fezes amolecidas e fétidas diariamente nas roupas íntimas (escape fecal) e reação de recusa a sugestão de usar o “troninho” para evacuar. Elimina fezes CALIBROSAS com intervalo de 3 a 5 dias e solicita que seja colocada fralda antes da evacuação. Quanto à abordagem diagnóstica e de tratamento:
A inapetência e a irritabilidade podem ser sintomas da constipação intestinal crônica na criança.
- o treinamento esfincteriano deve ser iniciado quando a criança alcança desenv. neurológico e motor apropriado, com percepção da chegada das fezes à ampola retal e o entendimento adequado e a realização dos movimentos p/ finalizar a adequação. Não existe idade fixada p/ retirada de fraldas.
- A incotinência fecal retentiva, apesar de se assemelhar a fezes diarréicas, ocorre em fases avançadas da constipação intestinal crônica, quando fezes amolecidas são eliminadas sem a percepção da criança devido à presença de um fecaloma no reto que mantém o relaxamento do esfíncter anal INTERNO.
Mãe de um bebê de 4 meses retornou ao trabalho e refere que a quantidade de leite diminuiu muito e que não está conseguindo ordenhar o leite materno para deixar para seu filho no período em que esta fora. Durante a consulta quer saber se pode introduzir o leite de vaca integral para seu filho, por ter baixa condição financeira. Até qual idade orienta usar fórmula láctea, sendo o leite de vaca integral contraindicado?
12 meses
LEITE INTEGRAL SÓ DEPOIS DE 1 ANO DE VIDA
Sueli vem para consulta com sua filha Amanda que acaba de completar 6 meses de vida. Deseja receber orientações em relação à introdução de novos alimentos. A criança esteve em aleitamento materno exclusivo até o presente momento e não apresentou nenhuma intercorrência desde o nascimento. Sobre a introdução de novos alimentos aos 6 meses de vida, assinale a alternativa correta:
Orienta-se introduzir duas papas de frutas e uma papa salgada e manter o aleitamento materno em livre demanda;
Sueli vem para consulta com sua filha Amanda que acaba de completar 6 meses de vida. Deseja receber orientações em relação à introdução de novos alimentos. A criança esteve em aleitamento materno exclusivo até o presente momento e não apresentou nenhuma intercorrência desde o nascimento. Em relação às orientações sobre a introdução de alimentos, assinale a alternativa correta:
A papa salgada deve conter um alimento de cada grupo desde a primeira oferta, principalmente carne, para prevenir anemia.
Amália traz a filha de 3 anos para avaliação médica na demanda espontânea pois encontrou a criança brincando com a planta Diaffenbachia (comigo-ninguém-pode) há cerca de 30 minutos e está preocupada se pode ter algum problema. Em relação ao caso apresentado, de acordo com o Caderno de Acolhimento à Demanda Espontânea da Atenção Básica, assinale a alternativa correta:
A preocupação de Amália é válida, pois as espécies de Diaffenbachia (comigo-ninguém-pode) ocupa o primeiro lugar nas intoxicações provocadas por plantas;
- cristais de oxalato de cálcio -> irritação pele.
- saponinas, glicosídeos CIANOGÊNICOS e alcaloides.