GO 2013 Flashcards
24 anos, com 32 semanas de gestação (confirmada por ultrassonografia de 1º trimestre), chega ao Pronto-Socorro com queixa de perda líquida ativa por via vaginal há 8 horas. Exame clínico geral revela temperatura materna de 38,5°C e pulso periférico de 112 bpm. Ao exame se confirma a perda líquida ativa ao especular, colo uterino fechado ao toque e oligoâmnio à palpação com atividade uterina irregular. Batimentos cardíacos fetais de 174 bpm. A conduta imediata ao caso seria:
A) Corticoterapia e controle diário com hemograma.
B) Antibioticoterapia com ampicilina até resultado de cultura endocervical.
C) Antibióticos e corticoterapia por dois dias seguidos, com controle clínico após.
*D) Parto cesárea após dose de ataque de antibióticos.
E) Evolução espontânea do caso com controle clínico por cardiotocografia.
Temos um caso de uma gestante de 32 semanas (bem datada) com rotura prematura pré-termo de membranas ovulares confirmada pelo exame físico, ausência de trabalho de parto (colo fechado e atividade uterina irregular), com provável quadro de corioamnionite. Veja: Quadro clínico clássico da corioamnionite: Febre materna (> 38ºC) e pelo menos dois dos seguintes critérios: · Leucocitose materna (leucometria > 15.000 cels/mm3) · Taquicardia materna (> 100 bpm) · Sensibilidade uterina · Líquido amniótico com odor fétido. Que conduta devemos tomar de imediato? Primeiro destacamos que a questão apresenta uma frequência cardíaca fetal aumentada (> 160bpm), mas isto não é diagnóstico de taquicardia fetal, já que pode ser apenas um período de aceleração fisiológica dos batimentos fetais. Para o diagnóstico de taquicardia fetal deve ser realizada uma cardiotocografia em que a linha de base esteja acima de 160 por mais de 10 minutos, e neste caso haveria suspeita de sofrimento fetal, sendo assim a cesariana não está indicada apenas pela presença de corioamnionite, havendo ainda um maior risco de infecção intra-abdominal pela sua presença. A tocólise está contraindicada pela presença de corioamnionite. E considerando-se que o mais correto neste caso é a indução do parto, pode ser iniciada a corticoterapia já que o feto tem 32 semanas (> 24 e < 34 semanas, há indicação de corticoterapia), mas esta não deve ser um fator impeditivo que retarde a realização do parto. Sabe-se que 6 horas após a aplicação do corticoide já são suficientes para que haja algum benefício para o feto. Por outro lado, há autores que já advogam que o ponto de corte para o uso de corticoide visando aceleração da maturidade pulmonar deve baixar para 32 semanas, e neste caso não estaria indicado o seu uso. Questão polêmica, em que os itens A, B, C e E, estão completamente errados, pois adotam condutas expectantes que protelam a resolução da gravidez. Porém, o gabarito dado (item D) também não está de acordo com os principais autores da área, descrevem que a via preferencial é a vaginal.
Paciente 17 anos com sangramento moderado por via vaginal, associado a fortes dores em abdome inferior, vômitos e tonturas. Ao exame apresenta palidez intensa e dor à descompressão brusca em fossa ilíaca esquerda. Não usa método contraceptivo regularmente e refere início de atividade sexual aos 12 anos de idade. “Acha” que a última menstruação ocorreu há 2 ou 3 meses. Nunca consultou um ginecologista. Assinale a alternativa que melhor corresponde ao possível diagnóstico e seu fator de risco:
*A) Gravidez ectópica - infecção por clamídia.
B) Abortamento evitável - deficiência de corpo lúteo.
C) Mola hidatiforme - risco familiar.
D) Abortamento incompleto - tabagismo.
E) Tumoração colo uterino - HPV.
Uma paciente sexualmente ativa com atraso menstrual e sangramento vaginal devemos sempre pensar em gestação e suas complicações. No caso da questão, a paciente tem dor abdominal com sinais de irritação peritoneal, o que sugere um quadro de gestação ectópica rota. A gestação ectópica possui diversos fatores de risco, mas um dos principais fatores predisponentes é a Doença Inflamatória Pélvica (DIP). A DIP é um conjunto de sinais e sintomas secundário à ascensão e à disseminação de microorganismos provenientes da vagina e/ou da endocérvice no trato genital feminino superior, em que pode haver lesão das trompas ou formação de aderências abdominais. Tem como principais agentes etiológicos a clamídia e o gonococo. As outras opções (abortamento evitável, mola hidatiforme, abortamento incompleto e tumoração de colo uterino) não se apresentam com dor em fossa ilíaca e não são causas frequentes de abdome agudo.
Gestante com 38 semanas e 4 dias, em trabalho de parto há 6 horas, com boa evolução com descida apropriada até plano +1 de De Lee. Apresentava ao início da dilatação a variedade de posição occipício esquerda posterior, tendo evoluído até occipício transversa esquerda nível -1, que se manteve em plano 0 e agora está mantido em transição de plano +1 para +2, com assinclitismo posterior associado e início de formação de bossa. Após 1 (uma) hora de acompanhamento, com dilatação cervical completa, não houve progressão na descida nem na variação de posição do feto e começam a ocorrer DIPs tipo I moderados e eventualmente alguns profundos. Qual a conduta?
A) Cesárea de urgência.
B) Aumentar ocitocina (ou iniciar se não estivesse em uso).
*C) Fórcipe de Kielland.
D) Manobra de Kristeller.
E) Deixar a paciente deambular para auxiliar a descida fetal.
Já que temos um trabalho de parto a termo em que houve dilatação total porém a apresentação desceu até a altura de +1/+2 de DeLee, e parou. Temos o diagnóstico de parada secundária da descida. Neste caso, provavelmente devido a apresentação transversa (OET) associada ao assinclitismo posterior (onde a sutura sagital está mais próxima da sínfise púbica e o osso parietal posterior se apresenta ao canal de parto. Sendo assim, o fórcipe de Kielland estaria bem indicado, pois, apesar de ser mais utilizado para rotação, ele também pode ser aplicado para correção de assinclitismos, sendo capaz de corrigir os dois problemas e possibilitar o parto vaginal. Não há urgência neste caso, pois não há sofrimento fetal agudo; o aumento da ocitocina ou a deambulação da paciente não irão auxiliar na correção do assinclitismo ou melhora da variedade de posição. E a manobra de Kristeller, como você já sabe, é proscrita na obstetrícia.
Gestante a termo, 3 partos normais. US há 3 dias: placenta prévia marginal. TP inicial com 2 contrações de 40’’, 4cm de dilatação cervical e bolsa integra. Feto em -2, sg moderado, sem repercussão na FC fetal. CD?
Amniotomia precoce (p/ que o polo fetal se apresente na pelve, desça e comprima a parte inferior do útero, p/ impedir o sangramento: método Pizos) e estimulação do parto.
Encravamento de ombro que não se resolve à manobra de abaixamento do polo cefálico mesmo com ampla episiotomia. Quais as CD iniciais?
Hiperflexão dos MMII da mãe e compressão suprapúbica (McRoberts).
38, G7P5(2C)A1, fase final gest. c/ PP provavelmente percreta + miomas múltiplos útero. São fatores de risco p/ ACRETISMO PLACENTÁRIO, exceto:
UM (01) ABORTO PRÉVIO.
FR: Cesáreas prévias. Placenta Prévia. Idade > 35 anos. Miomas uterinos.
- > 2 cesárias anteriores e é diagnosticada com PP ➡️ RNM! Há 50% de chance de ser acretismo.
Toxoplasmose na gestante. IgM + IgG -; 2 sem. depois: IgM + IgG +. Amniocentese com PCR+.
CD imediata?
Espiramicina, Sulfadiazina, Pirimetamina.
HAC 1o trimestre;
Pré-eclampsia sobreposta no 2o;
Possíveis complicações, exceto:
Hemodiluição severa.
(Ocorre hemoconcentração.
Lesão endotelial e ⬆️permeabilidade vascular: ⬇️volume intravascular + vasoespasmos)
Corretas: DPP normalmente inserida; HELLP; Eclâmpsia; Hematoma e ruptura hepática.
G1P0A1 - mola hidatiforme em produto de abortamento curetado há 1 mês. Beta em queda p/ 15 dias p/ 50.000 (190 mil no dia do esvaziamento). No 2o retorno pós-esvaziamento (1 mês) houve aumento p/ 275 mil. CD adequada?
Monoquimioterapia com Metotrexato.
18, IG 39sem, HIV+ (2 mil cópias/mL), contrações, elimina tampão mucoso, bolsa integra. CD?
Césarea e AZT venoso contínuo por 3 horas.
18a, virgem, nunca menstruou. Caracteres sexuais 2os normais M4P5. FSH LH normais. Iniciar propedêutica com:
US abdominal.
- amenorreia 1a, eugonadismo ok.
Não há relatos se tem ou não útero, não fez toque, não passou especulo … genitália interna?
Pedir USG pélvico p avaliar possível Rokitansky (46XX, agenesia de útero e 2/3 sup vagina e trompas), porém ovários normais (genitália ext e carácteres 2os ok).
*TC SNC estaria indicado p/ visualizar sela túrcica em suspeita de prolactinoma (⬇️FSH⬇️LH + galactorreia +- alterações visuais)
*SOP e Morris: pedir testosterona livre.
Leucorreia amarelo-acizentada, sem odor característico, sem prurido ou outras características. Exame?
Teste das aminas em KOH 10%.
*só acizentada: penso em vaginose bacteriana, mas tem odor.
VB: critérios de Amsel (3 de 4): branco-acizentado, homogêneo, fino; pH vaginal > 4,5; teste das aminas ou Whiff test + ; clue cells no MO.
*clamidia e gonococo: secreção cervical purulenta.
Questão mal elaborada (só 2 critérios p/ VB), contestada mas não anulada.
25, sem história pessoal DST, relações desprotegidas, com lesão vulvar ulcerada e fortemente dolorosa; ⬇️estado geral com mialgia e cefaleia. Adenomegalia inguinal dolorosa. Diagnóstico + provável e terapêutica:
Primoinfecção herpética - Aciclovir oral.
(Mal elaborada: fala de lesão dolorosa ÚNICA, o que nos leva a pensar em Cancro Mole; os sintomas sistêmicos tb falam a favor de HSV)
Como é a úlcera na Sífilis primária?
Indolor, bordos bem delimitados, limpa, única.
Condilomatose uterina:
Lesões vegetantes em vulva sem sintomas sistêmicos. Idade avançada.