Pediatria Flashcards

1
Q

Como ocorre a interação pirógena que gera a febre?

A

O agente pirógeno extrínseco (infeccioso ou não) entra em contato com os macrófagos locais, ativando o pirógeno intrínseco (geralmente interleucina), ativando a PgE2 através da COX

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2
Q

O que garantir no tratamento do paciente com febre antes do medicamentoso?

A

Recomendar repouso, hidratação, alimentação leve e banho quente

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3
Q

Quais as possibilidades medicamentosas para tratamento da febre?

A
  1. Dipirona
  2. Paracetamol
  3. Ibuprofeno
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4
Q

O que NÃO fazer no tratamento da febre?

A
  1. Não realizar interação medicamentosa entre os antitérmicos, possuem os mesmos priníipios de ação
  2. Não utilizar AAS
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5
Q

O que o uso de AAS pode causar no paciente com febre?

A

Síndrome de Reye

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6
Q

Defina Síndrome de Reye

A

Edema cerebral e hepatomegalia.

Gera diarreia, vômito, dispneia, fadiga intensa, confusão mental.

Ocorre secundariamente a uma infecção viral após uso de AAS.

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7
Q

Defina o mecanismo de ação do antitérmico

A

Inibição da COX (ciclooxigenase), impedindo a formação de PgE2

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8
Q

Cite as alterações ao exame físico que podem acompanhar a febre (sinais vitais)

A
  1. Frequência cardíaca
  2. Frequência respiratória
  3. Saturação
  4. Tempo de enchimento capilar
  5. Sinais de hidratação
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9
Q

Quando um paciente com febre deve procurar o serviço de saúde?

A
  1. Recém nascido (<3 meses)
  2. Febre acima de 39ºC
  3. Febre associada a alterações nos sinais vitais
  4. Febre associada a outros sintomas
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10
Q

Qual o risco da febre alta (acima de 39ºC)?

A

O mecanismo de hipertermia ocorre fisiologicamente para aumentar a defesa imunológica no local de inflamação, porém acima de 39ºC ocorre um desbalanço e acarreta diminuição de ação enzimática e leucocitária

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11
Q

Como caracterizar uma dor?

A
  1. Duração
  2. Etiologia (oncológica x não oncológica)
  3. Localização
  4. Intensidade (escala numérica, descritiva, avaliação facial)
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12
Q

Ao analisar a dor do paciente ao exame, o que observar?

A
  1. Sensorial > o que é dito pelo paciente, a partir dos 3 anos, valorizar seu sentimento
  2. Comportamental > avaliar o subjetivo do paciente
  3. Sinais vitais
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13
Q

Em dor leve, moderada e grave, qual tratamento farmacológico?

A

Dor leve
- Analgésico simples
- AINE

Dor moderada
- Analgésico simples
- AINE
- Opioide fraco

Dor intensa
- Analgésico simples
- AINE
- Opioide forte

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14
Q

Quais analgésicos simples são utilizados para dor pediátrica?

A

Dipirona (bastante utilizada no Brasil, porém proscrita em outros países) não há pesquisas suficientes em recém nascidos

Paracetamol, ineficiente para dor, porém fármaco de escolha para crianças muito pequenas

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15
Q

Quais AINEs são utilizados para dor pediátrica?

A
  • Ibuprofeno
  • Diclofenaco (cefaleia, infecção do trato respiratório, trauma, pós-operatório)
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16
Q

Quais opioides fracos são utilizados para dor pediátrica?

A
  • Codeína
  • Tramadol
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17
Q

Porque preferir codeína em detrimento de um AINE no tratamento da leucopenia?

A

Porque a codeína não mascara a febre, como os demais. É necessário utilizar a febre como marcador no tratamento da leucopenia

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18
Q

Quais opioides fortes são utilizados para dor pediátrica?

A
  • Morfina (dor oncológica, traumático grave)
  • Fentanil
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19
Q

Quais são os 3 principais efeitos adversos do opioide?

A
  • Constipação
  • Depressão da FR (não tende a gerar parada respiratória)
  • Retenção urinária (por liberação de ADH e diminuição do fluxo plasmático renal)
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20
Q

Qual opioide não gera depressão da FR como efeito adverso? Classifique

A

Coideína. Opioide fraco

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21
Q

Qual a droga mais eficiente para controle da dor hoje?

A

Morfina, porém possui alto risco de vício.

Além disso, paciente com doença neuromuscular, renal, cardíaca, hipertensão intracraniana, devem evitar o uso

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22
Q

Defina asma brônquica, como ocorre a fisiopatologia?

A

Hiperestimulação do sistema imune. Ocorre reação inflamatória de vasodilatação brônquica > broncoconstricção.

A diminuição da luz brônquica leva perda importante de expiração, já que a inspiração ocorre por troca de pressão.

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23
Q

Quais são as duas vias principais da asma brônquica? (imunologia)

A
  1. Via eosinofílica (tente a responder bem aos agonistas B2 inalatórios)
  2. Via neutrofílica (responde mal a esses medicamentos)
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24
Q

Quais são os sintomas associados a asma brônquica?

A
  1. Dispneia
  2. Tosse
  3. Sibilo, tiragem intercostal
  4. Dor torácica
    OBS: sintomas pioram a noite
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25
Quais exames são importantes para avaliar asma brônquica?
1. Prick test (teste de alérgino) 2. Exames laboratoriais (eosinófilos, mastócitos, neutrófilos) 3. RX de tórax (afastar diagnósticos diferenciais)
26
Quais são os diagnósticos diferenciais da asma brônquica?
1. DPOC (peerfil do paciente diferente) 2. DRGE (só tosse) 3. Bronquiolite (avaliando RX de tórax) 4. Rinite / sinusite (não gera dispneia)
27
O que orientar para o paciente asmático atentar-se?
1. Não fumar 2. Conter exposição aos fatores alérginos (fumaça, poeira, alimento, medicamento) 3. Manter-se em movimento, alertar importância da natação 4. Controle de peso 5. Avaliar melhora/piora de demais comorbidades, como rinite e sinusite 6. Avaliar uso adequado dos medicamentos
28
Como avaliar se paciente está com asma controlada?
Avaliação dinâmica das últimas 4 semanas: - Menos de 2 episódios pela manhã por semana - Nenhum episódio pela noite - Menos de 2 aspirações de resgate por semana - Sem limitações de atividades rotineiras Todas estas: paciente controlado 1 ou 2: paciente parcialmente controlado Mais de 2: paciente descontrolado
29
Defina a idade delimitada para: 1. Neonato 2. Lactente 3. Pré-escola 4. Escolar 5. Adolescente
1. Neonato > 0 a 28 dias 2. Lactente > 28d a 2 anos 3. Pré-escola > 2 a 6 anos 4. Escolar > 7 a 10 anos 5. Adolescente > 11 a 19 anos
30
O que explicar para mãe com medo de convulsão febril?
- Nem toda criança pode ter convulsão febril, deve ter predisposição genética - Só acontece até os 6 anos - O mais importante é hidratar em caso de febre - O risco não está associado a febre alta, e sim a evolução com piora da febre
31
Quando medicar febre?
- Febre com piora do estado geral - Febre com história de convulsão febril
32
Defina rinite e diferencie-as
Inflamação da mucosa nasal, pode ocorrer por exposição a aeroalérginos (rinite alérgica) ou por exposição infecciosa (geralmente viral)
33
Sintomas da rinite alérgica
1. Rinorreia frequente 2. Espirros 3. Prurido nasal e ocular 4. Hiperemia de ponta de nariz e conjuntival 5. Pregas horizontais do nariz 6. Obstrução nasal (voz anasalada, edema de conchas nasais a rinoscopia)
34
Diagnóstico da rinite alérgica
1. Teste cutâneo de hipersensibilidade (prick test) 2. Dosagem de IgE específica 3. Avaliar IgE total e eosinófilos (inespecífico)
35
Diferencie rinite alérgica leve da moderada/grave
A moderada/grave gera: 1. Dificuldade de exercer funções e exercícios rotineiros 2. Atrapalham no colégio ou trabalho 3. Atrapalham o sono 4. Tem sintomas incomuns
36
Como tratar a rinite alérgica?
Rinite leve: 1. Lavagem nasal 2. Anti-histamínio Rinite moderada/grave Anti-histamínico não resolveu? Associar com corticoide inalatório
37
Defina bronquiolite aguda
Infecção comum no lactente e pré-escolar, geralmente causado pelo vírus sincicial respiratório
38
Agente causador da bronquiolite aguda
Vírus sincicial respiratório
39
Primeiro episódio de chiado na criança é considerada tipicamente de...
Bronquiolite aguda
40
Sintomatologia inicial da bronquiolite e como evolui
Inicialmente: - Rinorreia - Obstrução nasal - Tosse - Febre Evolui 48h depois com: - Esforço respiratório - Taquipneia - Sibilância
41
Sinônimo de sibilância recorrente do lactente e pré-escolar (SRLP)
Síndrome do bebê chiador
42
O que classifica a síndrome do bebê chiador (sibilância recorrente)
3 episódios de sibilância entre 1 mês e 5 anos
43
Diferencie e explique - Sibilante precoce - Sibilante tardio - SIbilante recorrente
- Antes dos 3 anos > por pulmões pequenos, calibres pequenos, exposição ao tabaco na gestação, IVA - Depois dos 3 anos > tem mais chance de desenvolver asma - Antes dos 3 e persistem as ocorrências
44
Quais são as 5 causas do sibilo recorrente no lactente ou pré-escolar?
- Redução no calibre > por obstrução interna ou compressão externa - Broncoespastomos - Obstruções dinâmicas > traqueomalácia, por ex - Edema de mucosa (inflamação) - Anormalia congênita
45
Fatores de risco da SRLP (sibilância recorrente)
- Baixo peso ao nascer - Prematuros - Sexo masculino - Exposição ao tabaco - DRGE
46
Critérios para identificar uma asma
1. Atopia familiar 2. Dermatite atópica 3. Alergia medicamentosa 4. Rinite alérgica 5. Exclusão de infecção
47
Sintomas da sibilância recorrente
- Sibilo - Tosse seca - Taquipneia e dispneia - Sinais de dermatite atópica (placas eritematosas, pele seca) - Sinais de esforço respiratório (mov de asa do nariz, tiragem intercostal e subcostal)
48
Como proceder com criança sibilando?
Se sabe a causa, tratar a CAUSA. Se não sabe, tratar asma: - Sibilos intermitentes > B2 agonista inalatório na crise - Sibilos persistentes > B2 inalatório na crise e corticoide inalatório longa duração (3 meses)
49
Paciente tem sibilos persistentes, não tem associação com IVA, como proceder?
Iniciar tratamento com corticoide inalatório em doses baixas diariamente por 3 meses. Em crise, complementar com B2 agonista inalatório de curta duração (sabutamol ou fenoterol)
50
O que orientar a conduta do paciente asmático/sibilante para diminuir danos?
1. Evitar aspirar e varrer a casa, preferir pano úmido 2. Trocar lençóis de cama 2x na semana 3. Vedar contato com fumaça, mofo, poeira 4. Forrar travesseiro e cama com protetor impermeável
51
Defina asma
Inflamação do músculo liso dos brônquios, gerando broncoespasmos e posterior bronconstricção. Reversível a depender da ausência de estímulos aeroalérginos ou medicação
52
Explique fisiopatologia da asma
IgE são produzidas pela exposição ao alérgino, gerando respostas dos linfócitos Th2. Nos pulmões, ocorre a degranulação de mastócitos e liberação de mediadores (histamina, PGs e leucotrienos) > gerando a contração muscular
53
Sintomas e sinais da asma
- Sibilos, pode haver também ronco com o excesso de muco - Tosse seca e não produtiva - Dispneia e taquipneia - Expiração prolongada - Sinais de atopia dérmica - Sinais de esforço respiratório - Pulso paradoxal
54
A perda de sibilos na asma indica o que?
Tórax silencioso, sinal que o ar está com grande dificuldade de passar, sinal de asma GRAVE. MV nesse caos estará reduzido ou ausente.
55
Classifique a asma LEVE, MODERADA E GRAVE nos seguintes padrões: - Sibilos - Esforço respiratório - FR e FC - Saturação - pO2 - Função cerebral - Fala
Asma leve - Sibilo ausente ou leve - Sem esforço respiratório - FR e FC regular - SO2 acima de 95% - pO2 regular - SNC normal - Fala normal Asma moderada - Sibilo moderado - C/ tiragem - Taquipneico - SO2 91-94% - pO2 >60mmHg (alcalose) - SNC agitado - Fala dificultosa Asma grave - Sibilo forte - C/ tiragem - Taqui ou bradipneico (cansa) - SO2 < 91% - pO2 <600mmHg (acidose) - SNC comatoso - Não consegue falar
56
Como tratar asma leve, moderada e grave?
Asma leve: - Agonista B2 inalatório se crise Asma moderada - B2 inalatório (Aerolin 1 jato a cada2-3kg) 3 ciclos 20' - Brometo de iprotrópio - Corticoide oral (prednislona) Reavaliar após 1 hora os parâmetros gerais, o ciclo pode se repetir mais 2x. Se ainda assim não regularizar, internar Asma grave - B2 inalatório 3 ciclos 20' - Metilprednisolona (predsim venoso) - Brometo de iprotrópio - Internamento na UTI - Fisioterapia respiratória - Suporte de O2 - Oximetria continuada - Gasometria arterial (avaliar pO2) - RX de tórax
57
Diagnóstico diferencial adenomegalia
Viral: mononucleose, citomegalovírus, HIV Bacteriano: tuberculose, adenite tuberculosa Fúngico: histoplasmose, paracoccidiomicose Atípico: Mycoplasma, doença da arranhadura do gato Parasitário: Toxoplasmose, toxocaríase, leishmaniose Calazar, esquistossomose Neoplasia: leucemia, linfoma
58
Como diferenciar adenmegalia aguda e crônica?
Aguda - Consistência elástica - Não aderida - Progressão mais rápida Crônica - Consistência dura - Pode estar aderida - Progressão mais lenta, sintomas menos alarmantes
59
Diferencie adenoemgalia quando viral e quando bacteriana
Viral - Manutenção do estado geral - Adenomegalia bilateral - Febre mais branda Bacteriana - Unilateral - Presença de supuração - Sinais flogísticos (também pode ser viral) - Febre mais alta
60
Quando pensar em causa fúngica ou de agente atípico na adenomegalia?
Fúngica é pouco comum em pacientes saudáveis! Atípico, pensar em agentes atípicos quando o paciente não responde ao antibiótico! Nesse caso: Mycoplasma em caso de supuração com drenagem espontânea Doença da arranhadura do gato quando o paciente entrou/entra em contato com gatos
61
Quando pensar em parasitose?
- Locais endêmicos de infecção por parasita (zonas rurais ou sem saneamento) - Banho de rio > esquistossomose - Contato com cachorro doente > toxocaríase, leishmaniose visceral - Contato com gatos> toxoplasmose, toxocaríase - Sintomas comuns das parasitoses: hepatoesplenomegalia, fadiga, emagrecimento
62
Quando associar adenomegaia a neoplasia?
- Consistência pétrea - Indolor - Aderido à pele - Emagrecimento profundo (10% do peso) - USG típico de neoplasia (perda da forma oval, perda do hilo centralizado, perda das margens)
63
Por que é comum haver adenomegalia em região cervical?
Porque o linfonodo cervical é responsável pela drenagem da via aérea, por isso pode responder a distância a IVA (infecção de via aérea)
64
Quais parâmetros são importantes avaiar na asma brônquica?
- Saturação - FC e FR - Presença de sibilos - Uso de musculatura acessória (esforço respiratório) - pO2 - Funcionamento do SNC - Fal
65
Defina infecção de via aérea superior e cite-as
Superior é aquela que ocorre acima da epiglote, como: - Rinofaringite (resfriado comum) - Faringoamigdalite - Otite - Sinusite - Laringite
66
Qual a frequência de infecção de uma IVAS?
- 8 vezes ao ano no lactente (pode chegar a 14x se o paciente frequentar creche/escola) - 6 vezes ao ano a partir dos 2 anos de idade
67
Por que ocorre tanta infecção de via aérea na criança?
Imaturidade do sistema imune (até os 6 anos de idade), crianças mal alimentadas tendem a lentificar ainda mais a defesa imune. Além de outros fatores como o contato pé-mão-boca, o convívio entre crianças na creche.
68
O que é a rinofaringite aguda?
É conhecida como resfriado comum, é a inflamação da mucosa nasal e faringe.
69
Quadro clínico da rinofaringite aguda
- Rinorreia (inicialmente hialina) - Espirro - Febre baixa - Dor na garganta - BEG (bom estado geral) Evolui com: - Obstrução nasal - Cefaleia localizada - Dor muscular
70
Agentes possíveis da rinofaringite
- Rinovírus - Vírus sincicial respiratório - Adenovírus
71
Achados do exame físico no paciente com rinossinusite
- Secreção presente à rinoscopia anterior - Hiperemia à rinoscopia e oroscopia
72
O que a cor da secreção nasal pode indicar?
NÃO indica gravidade ou eitiologia da doença E SIM a duração: - Aguda > hialina - Crônica > exsudativa
73
Como tratar rinossinusite aguda?
- Dipirona/paracetamol (não alternar) > se febre ou dor muscular - Lavagem nasal com SF - Nebulização > interessante para umidificar via aérea - Ingerir muita água > dilui a secreção - ATENÇÃO AOS SINAIS DE ALERTA (piora do estado geral ou dificuldade respiratória)
74
O que NÃO fazer ao tratar rinofaringite?
- NÃO fazer uso de vitamina C/D, o corpo não vai absorver! - NÃO dar broncodilatador se não houver broncoespasmo, portanto não adianta no resfriado comum/gripe/bronquiolite - NÃO usar descongestionante nasal
75
Diagnóstico diferencial rinossinusite aguda
Se NÃO houver febre, somente rinorreia e espirro, pensar em RINITE. Se houver dificuldade respiratória, pensar em BRONQUIOLITE (entre os lactentes). Se houver diminuição do MV, sibilo ou coriza UNILATERAL, pensar em CORPO ESTRANHO EM VIA AÉREA
76
Por que é comum haver complicação por uma "simples" rinossinusite?
Porque a congestão nasal se torna meio de infecção de outro vírus ou bactéria. No resfriado comum, pode gerar otite, sinusite ou bronquite. Na gripe, pode agravar para pneumonia
77
Dierencie faringoamigdalite VIRAL e BACERIANA pelo quadro CLÍNICO
VIRAL - Início gradual - Pode apresentar sintomas nasais e tosse - Febre mais baixa (com excessão da mononuclose) - Geralmente não possui adenomegalia importante BACTERIANO - Início súbito com queda do estado geral - Geralmente não tem sintoma nasal - Febre tente a ser alta - Adenomegalia jugular (pode ser dolorosa)
78
Qual a faixa etária da farigoamigdaite VIRAL e da BACERIANA?
Viral - Tende a acometer mais de 80% dos casos das crianças menores de 3 anos. No lactente, chutar viral! Bacteriana - Pode ocorrer a partir dos 3-5 até a adolescência
79
Achados a oroscopia da faringoamigdalite VIRAL
- Hiperemia faríngea difusa - Pode haver hipertrofia de amígdala e úvula - Geralmente não há placa exsudativa
80
Achados a oroscopia da faringoamigdalite BACTERIANA
- Hiperemia e hipertrofia de amigdala e úvula - Petéquias no palato - Placas purulentas na toncila
81
Conduta na faringoamigdalite
Avaliar os aspectos clínicos - Clínica de causa bacteriana? NÃO > terapia sintomática SIM > STREPTOTEST - STREPTOTEST POSITIVO > antibióticoterapia - STREPTOTEST NEGATIVO > SWAB ORAL - SWAB NEGATIVO > terapia sintomática - SWAB POSIIVO > antibioticoterapia
82
Quando a clínca não for conclusiva para faringoamigdalite bacteriana, quais exames pode-se lançar mão?
Inicialmente o STREPTOTEST (teste rápido do antígeno Streptococo). Se negativo, realizar CULTURA OROFARÍNGEA (SWAB).
83
Quando não precisa de swab orofaríngeo para pesqisa de amigdalite bacteriana?
Quando o teste de antígeno para Streptococo der negativo e o paciente: - Tiver menos de 3 anos - For adulto Pois esse tem mais tendência a faringoamigdalite viral, diferente da criança maior e do adolescente
84
Antibioticoterapia para faringoamigdalite bacteriana / faringite aguda estreptocócica
- Penicilina benzeatina (Benzetacil) > dose única 600.000UI (<20kg) ou 1.200.000 (20kg) intramuscular OU - Amoxicilina 50mg/kg/dia de 8/8h por 10 dias OU - Azitromicina 1mg/kg/dia 1o dia e 5mg/kg/dia para os próximos 4 dias
85
Defina rinossinusite / sinusite
Inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasassis, causando obstrução nos seios da face > paranasal, frontal
86
Por que a sinusite não ocorre em criança abaixo de 6 anos?
Porque antes disso não há maturação dos seios nasais, ainda que existam > ainda não são aerados/irrigados. A complicação mais comum de uma IVAS é a otite média aguda na criança pequen.
87
Qual a principal causa da sinusite?
Complicação de rinofaringite
88
Quadro clínico da sinusite na criança
- Dor a palpaçao nos seios frontal e etmoidal No mais, é o típico de resfriado comum: - Coriza hialina > amarelada - Tosse - Febre ATENÇÃO! Na criança não há dor de cabeça, pelo seio frontal não ser aerado ainda
89
Diagnóstico diferencial sinusite
- DRGE > o refluo pode gerar ativação do nervo vago, causando crise de sibilância (broncoconstricção e vasodilatação). Se chegar nos níveis superiores, pode causar inflamação nos seios nasais - Hipertrofia de adenoide > pode impedir a drenagem, pela obstrução dos óstios dos seios da face
90
Tratamento sinusite
Amoxicilina 80mg/kg/dia
91
Diferencie otite externa e interna
A otite externa ocorre antes da membrana timpânica, atingindo o conduto auditivo e orelha externa. Geramente por: - Natação / exposição à umidade - Manipulação de cotonete ou o dedo Já a otite média ocorre depois da membrana timpânica. Muitas vezes por consequência de outra IVAS
92
Agente causador da otite externa
Staphlococcus epidermis
93
Explicação anatômica da alta prevalência de otite média aguda na infância
- Alta prevalência de IVAS > a otite ocorre como consequência. Mas por quê? Porque na infância o canal auditivo (que comunica a faringe ao ouvido) é mais horizontalizado, facilitando a disseminação do microorganismo
94
Achados clínicos e otoscópicos da otite média aguda (OMA)
- Otalgia - Prurido - Sensação de ouvido cheio Exame físico (otoscopia): - Otorreia (extravasamento de secreção) - Edema e hiperemia de conduto auditivo - Perda do triângulo luminoso (reflexo da luz do otoscópio) - Abaulamento da membrana timpânica
95
Complicações mais comuns para: 1. Faringite (rinofaringite) 2. Faringoamigdalite 3. Sinusite 4. Otite média aguda
1. Otite (criança menor), sinusite (criança maior) 2. Abcesso periamigdaliano ou palativo 3. Celulite periorbitária ou retroorbitária 4. Mastoidite
96
Tratamento para otite média aguda
OMA viral: terapia sintomática OMA bacteriana: amoxicilina - Menores de 6 meses antibiótico sempre - Entre 6m e 2 anos - Antibiótico se certeza - Estratégia wait and watch se não houver certeza - Maiores de 2 anos só entrar c/ antibiótico se otite GRAVE (febre alta, otalgia forte/duradoura)
97
Laringite, na criança < de 3 anos, se manifesta pela síndrome de crupe. Qual a etiologia e quadro clínico?
Etiologia viral (influenza, parainfluenza ou VSR) - Estridor > pedir RX por isso - Rouquidão - Febre baixa - Do na darganta - Tosse ladrante - Rinorreia hialina
98
Tratamento da síndrome de crupe. 1-Leve 2-Moderada 3-Grave
1- Dexametasona oral e alta médica 2- Dexametasona (oral ou IM), epinefrina inalatória e observação por 3/4h para avaliar 3- Neubulização c/ epinefrina, dezametasona IM e admissão na UTI
99
A classificaão da síndrome de crupe em leve, moderado e grave segue um socre com base em quais critérios?
- Há estridor? - Há retração? - Murmúrio vesicular > normal/diminuído/ausente - Há cianose? - Nível de consciência > normal/agitado/letárgico
100
Defina traqueíte exsudativa
É uma infecção bacteriana que causa acúmulo de placas purulentas na traqueia, causando inflamação local e dificuldade respiratória. É associda a crupe, por isso pode ser chamada de crupe membranosa. Acomete crianças mais velhas (> 3anos)! Gera febre ALTA, estridor, tosse seca.
101
Sintomas típicos nas IVAIs
- Taquidispneia - Tosse > a cor defina o tempo de duração - Febre > alta indica bacteria, baixa indica viral
102
Agentes mais comuns da pneumonia
Virais - Virus sincicial respiratório (VSR) - Adenovírus - Influenza 1e 2 Bactéria - Strepto - Staphylo - Haemophilus - Mycoplasma
103
Como diagnosticar pneumonia?
- Clínica > sinais e sintomas/excluindo diagnóstico diferencial - Swab nasal - Testes imunológicos - Hemograma > neutrofilia com desvio a esquerda - RX de tórax
104
Quadro clínico da pneumonia viral x bacteriana
Pneumonia viral - Evolução incidiosa - Rinorreia e demais sintomas nasais - Febre baixa - Tosse Pneumonia bacteriana - Evolução rápida - Tosse seca - Febre alta
105
Achados do RX de tórax da penumonia viral e bacteriana
Bacteriana - Consolidação lobar ou redonda - Broncograma aéreo - Pode evoluir com derrame pleural Viral - Infiltrado intersticial - Hiperextensão pulmonar
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Antibióticos utilizados para tratar pneumonia
- Amoxicilina - Amoxicilina + clavulanato > para resistentes à amxicilina - Penicilina cristalina > utilizada no paciente complicado (hospitalar) - Ampicilina EV > paciente complicado - Cefuroxima, ceftriaxona (cefalosporina 2a e 3a geração) > hipersensíveis a penicilina não IgE - Azitromicina, claritromicina, eritromicina (macrolídeo) > bactéria atípica, hipersensíveis via IgE
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Conduta para diagnosticar pneumonia
- TEM sibilo? Tratar com BDL de rápida duração e reavaliar - TEM sinais de resfriado comum (ausência de esforço respiratório, presença de sintomas nasais)? Tratar com sintomáticos - TEM sinais de pneumonia viral + swab NEGATIVO? Tratar com sintomáticos Se não tem nada disso, nem evidencia dos demais diagnóstico diferenciais: - Amoxicilina 50mg/kg/dia por 7 dias - Reavaliar em 48-72h - Tratar sintomáticos (febre) - Manter os pais atentos aos sinais de alerta (dificuldade respiratória ou hipoxemia)
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Tratamento do paciente NÃO complicado na pneumonia
- Alta hospitalar Hidrataçao - Antitérmicos - Antibiótico oral >Iniciar com Amoxicilina 50mg/kg/dia via oral por 7 dia - Orientar os pais sobre os sinais de piora (dispneia, hipóxia)Garantir volta em 48-72h para reavaliar
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Quando internar paciente com pneumonia?
- Sinais de esforço respiratório importante > batimento de asa de nariz, retração de fúrcula, tiragem - Saturação <92% - Desidratação - Não evolução do tratamento ambulatorial > mesmo com mudança da amoxicilina - Taquipneia importante (>70rpm aos<1ano, e >60rpm aos >1 ano)
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Tratamento complicado do paciente com pneumonia
- Hidratação mais diluída possível - Oxigenação por máscara nasal se necessário - Ampicilina EV ou penicilina cristalina EV
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Quando dar alta ao paciente com pneumonia?
- Eupneico - Saturação acima de 92% - 48h sem febre - Aceitado medicação oral
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Complicações da pneumonia
Derrame pleural - Associado a penumonia bacteriana - Pode evoluir para empiema (acúmulo de exsudato) - Tratar com antibiótico e se necessário drenar Pneumatocele - Geralmente secundário a pneumonia por Staphylococos - Acúmulo de ar em bronquíolos > hiperinsuflado localizado Abcesso pulmonar - Precisa ser drenado
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Provas de atividade inflamatória
- Procalcitonina (PCT) - Proteína C reativa (PCR)
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Por que o paciente NÃO complicado d apneumonia pode não ter a evolução esperada?
- Não adesão ao tratamento - Agente inesperado: vírus, bactéria atípica - Diagnóstico inesperado: tuberculose, aspiração de corpo estranho - Complicação da pneumonia - Má formação com afecção respiratória
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Por que a regurgitação no lactente tende a cessar com 12 meses?
Porque os estímulos contra-refluxo se refinam até o primeiro ano de idade, como por exemplo a contratura do esfíncter esofágico inferior, permitindo que o conteúdo gástrico não suba ao esôfago pós deglutição
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Defina síndrome da ruminação
Regurgitação do conteúdo gástrico para cavidade oral com comportamento de autoestimulação, seguido de deglutição do conteúdo depois. Geralmente associada a privação social prolongada
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Critérios de Roma IV ao diagnosticar síndrome da ruminação
1. Contração repetida do músculo abdominal, língua e diafragma (caráter de autoestimulação) 2. Regurgitação sem esforço do conteúdo gástrico, podendo ser expulso pela boca ou deglutido 3. AO MENOS TRÊS DOS 4 ABAIXO: - Início entre os 3-8 meses - Irresponsivo ao tratamento de DRGE - Ausência de desconforto - Ausência de episódios durante o sono ou durante interação social
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Tratamento da síndrome da ruminação
Terapia comportamental da criança e estimular estreitamento dos laços dos cuidadores com a criança, já que a criança tende a regurgitar forçadamente na ausência de atenção
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Defina síndrome dos vômitos cíclicos na criança
Ocorre episódios de vômitos paroxísticos no início do sono, declinando logo em seguida. Se não tiver desequilíbro hidroeletrolítico, a criança retorna ao seu estado habitual logo depois. Lembrar: vômitos exigem ativação do eixo cérebro-intestino, havendo conexão e estímulo muscular para que ocorra
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Sinais e sintomas que acompanham a síndrme dos vômitos cíclicos (5)
- Fotossensibilidade - Sensibilidade sonora - Diarreia - Febre - Leucocitose
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Critérios de Roma IV para a síndrome dos vômitos cíclicos (3)
1. Dois ou mais paroxismos de vômito incessante, com ou sem esforço em um período de 6 meses 2. Episódios estereotipados de cada paciente 3. Intervalos de semanas ou meses entre os episódios, com retorno a saúde normal
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Tratamento nas crises e entre as crises da síndrome dos vômitos cíclicos
Nas crises: - Ansiolítico - Inibidor da bomba de prótons - Correção de DHE Entre as crises: Tratamento profilático utilizado nas enxaquecas: Propanolol ou pizotifeno/cipoheptadina
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Defina disquesia do lactente e tratamento
Manifestações de dor e desconforto antes de evacuar, sintomas duram cerca de 20min e persistem até os 9 meses. Quando a criança aprende a evacuar, relaxando o esfíncter anal, relaxa e os sintomas cessam naturalmente. Não exige tratamento
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Criterios de Roma IV na disquezia do lactente (2)
1. Pelo menos 10 minde esforço ou choro pré evacuação 2. Ausência de outros problemas de saúde
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Defina a cólica do lactente
Episódios de choro, irritabilidade e inquietação, durando horas e sem causa definida. Ocorre por instabilidade da microbiota intestinal, depende também da qualidade de vida da família, podendo ter origem psicogênica.
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Critérios de Roma IV para cólica do lactente
Para diagnóstico clínico: 1. Início e fim dos sintomas até os 5 meses de vida 2. Períodos prolongados de choro, desconforto e irrtabilidade sem causa vidente 3. Ganho de peso normal, ausência de sintomas Para critério acadêmico: 1. Relto de choro/irritabilidade por mais de 3h e 3 ou mais dias, nos últimos 7 dias 2. Episódio de desconforto, choro em um período de 24h
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Tratamento para cólica do lactente
1. Orientar os pais a passar pela situação 2. Se não melhorar, pesquisar APLV com fórmula altamente hidrolizada e mudança da dieta da mãe 3. Probióticos podem ser utilizados
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Defina constipação intestinal funcional na criança e sua faixa etária prevalente
Retenção de fezes por período prolongado, levando a retenção da água (por passar mais tempo em contato com as vilosidades intestinais, tornando as fezes mais secas. Podendo causar defecação cada vez mais dolorosa, por isso a criança tende a fazer quadro vicioso de controle do cocô para não sentir dor. Em lactentes, não costuma ocorrer. Tende a iniciar com a amametação complementar, mas ocorre principalmente a partir dos 4 anos
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Critérios de Roma IV na constipação intestinal, sem controle e com controle fecal
AO MENOS DOIS DOS CRITÉRIOS POR 1 MÊS: 1. Duas ou menos evacuações por semana 2. História de comportamento de retenção 3. Evacuações com dor ou dificuldade 4. Presença de grande quantidade de fezes no reto 5. ELimitação de fezes muito grossas PARA MENORES DE 4 ANOS COM CONTROLE FECAL: 1. Pelo menos um episódiopor semana de incontinência fecal 2. Elimitação de fezes de grande diâmetro
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Apresentação clínica da constipação
1. Menor número de evacuações 2. Fezes endurecidas 3. Comportamento de retenção e incontinência fecal (grande resíduo fecal) 4. Podem apresentar fissura anal
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Sinais de alarme na constipação intestinal
1. Antecedentes de megacólon congênitos 2. Fezes em fita 3. Febre 4. Perda de peso ou difiuldade de ganho 5. Vômitos biliosos 6. Anormalidades na tireoide 7. Fístula perianal 8. Ditenção abdominal intensa
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Tratamento da constipação intestinal
1. Uso de leite de magnésio, lactulose e polietilenoglicol 2. Evitar óleo mineral pelo risco de aspiração 3. Se necessário, encaminhar para um gastroenterologista
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Defina a dirreia funcional do lactente
Evacuações recorrentes, indolores, sem sintomas associados e com fezes mal formadas. 3x ou mais por dia, durante 4 semanas consecutivas.
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Critérios de roma IV na diarreia funcional do lactente (4)
DEVE INCLUIR TODOS OS ITENS 1. Evacuação diaria, indolor e recorrente, com fezes mal formadas e em grande volume 2. Sintomas contínuos por mais de 4 semanas 3. Início entre os 6-60 meses de vda 4. Sem déficit de crescimento