Imagem Flashcards

1
Q

Como ocorre o exame radiológico para avaliar idade óssea do paciente?

A

São realizadas comparaçẽs enre o RX de mão e punho do paciente e o atlas avaliador de idade óssea. Nesse caso, se avalia o desenvolvimento da calcificação das cartilagens epifisárias

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2
Q

Quais estruturas são observadas no exame para avaliar idade óssea?

A

Falanges, metacarpos, carpo, epífise dital do rádio e ulna

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3
Q

Quais os objetivos de realizar o exame que avalia a idade óssea?

A
  1. Diagnosticar patologia associada ao mal crescimento na infância e adolescente
  2. Estimar altura final do paciente ao final da calcificação epifisária
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4
Q

Explique como ocorre o processo de crescimento ósseo

A

Ocorre estímulo de proliferação dos osteoclastos, assim gera-se calcificação das cartilagens epifisárias, qe ocorre gradualmente. A calcificação se torna visível à RX, pela sua maio densidade

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5
Q

Descreva as etapas de avaliação da idade óssea. 1- infância, 2- pré-escolar, 3-pré-puberdade, 4- puberdade precoce e média, 5-puberdade tardia e 6-pós-puberdade

A
    1. (infância): Inicia-se a ocificação dos ossos capitato e hamato, depois da epífise do rádio
    1. (pré-escolar) : Contando as epífises que vão surgindo nos metacarpos, falanges
    1. (pré-puberdade): Agora, avalia-se largura das epífises em relação às metáfases
    1. (puberdade precoce e média): A largura das epífises está um pouco mais simétrica
    1. (puberdade tardia) epífises e metáfases se encontram simétricas, porém separadas
    1. (pós-puberdade) Fusão das epífises e diáfises, não é possível perceber presença de cartilagem epifisária
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6
Q

O que marca o final do crescimento do adolescente?

A

A fusão da porção distal do rádio e ulna, que antes era composta de cartilagem.

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7
Q

Descreva as características observadas em uma lesão cervical na radiologia

A
  • Conteúdo interno (cístico ou sólido)
  • Localização (mediana ou lateral)
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8
Q

Qual o método radiológioc de escolha para avaliar lesão cervical?

A

USG.
- Barato, disponível, rápido, não exige sedação, não tem radiação ionizante
- Útil para analisar a densidade do pescoço, que é de partes moles

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9
Q

Além do padrão outro, qual a utilizade da TC, RM e PET/CT?

A

TC > avaliar presença de abcesso
RM > avaliar risco de infiltração em lesão extensa
PE/CT > avaliar estadiamento com risco de maligndade

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10
Q

Qual a primeira coisa ao observar uma lesão cervical a USG?

A

Avaliar a composição interna, se for anecoico e de aparência líquida, será uma lesão cística > então deve-se avaliar a localização

Se não, sera sólida.

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11
Q

Quais são as lesões císticas na região cervical?

A

Linha média
- Rânula
- Cisto do ducto tireoglosso
- Cisto dermóide

Lateral
- Cisto de fendas branquiais
- Linfangioma

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12
Q

Descreva rânula

A
  • Cisto (lesão cística) localizado na linha média, abaixo da mandíbula. Ocorre a partir das glândulas sublinguais
  • O diagnóstico pode ser a partir de exame físico se houver exteriorização do cisto
  • Se realizar USG, avalia cisto ovaloide anecoico
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13
Q

Descreva o cisto do ducto tireoglosso

A
  • Cisto na linha média, porção medial. Ocorre quando há remanescência do ducto tireoglosso, que é responsável por migrar a tireoide da região da boca no processo embriológico.
  • Na USG, só não será um cisto anecoico, se houver processo infeccioso secundário ao centro
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14
Q

Descreva o cisto dermóide (cisto de incisão)

A
  • Acomete a linha média acima da fúrcula. Ocorre por incisão de célula epitelial.
  • Imagem ovalar, porém hiperecogênica
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15
Q

Quais são as características na USG de um linfonodo normal?

A
  • Distância curta de até 10mm
  • Forma ovaloide (laterais mais alargadas)
  • Bem delimitado
  • hilo ecogênio ao centro > bem perceptível com doppler
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16
Q

Defina um linfonodo reativo e explique seus achados na USG

A

É a reação de um linfonodo a um processo inflamatório, gerando hiperplasia à distância
Não perde a delimitação, forma ovalóide, nem o hilo central
Porém, tem um aumento da largura menor

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17
Q

Quais são as lesões sólidas de cervical?

A

Quase sempre linfonodo, mas pode gerar massa sólida não linfonodal, como pleomorfimo e por síndrome tireoidiana

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18
Q

Quais os tipos anormais de um linfonodo à imagem?

A

Linfonodo reativo (aumentado)
Linfadenite (infecção)
Linfoma (neoplasia)

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19
Q

Defina linfadenite e seus achados

A

É a inflamação por infecçao, geralmente associada a S. aureus, e costuma vir acompanado de febre e sinais flogísticos.

  • Não tem perda da delimitação
  • Não tem perda da forma ovaloide
  • Diâmetro aumentado
  • Vascularização aumentada > visível com doppler
  • Não tem perda hilar ecogênica central
  • Pode ter abcesso por consequência da infecção
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20
Q

Abcesso pode estar presente em que tumor sólido cervical? Qual exame ira identificar? Quais os seus achados?

A

Linfadenite.
TC com contraste endovenoo
Evidencia periferia hiperdensa com realce pelo contraste, já o centro hipodenso pela presença do pús.

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21
Q

Qual a principal função de avaliar um linfonodo ao exame físico?

A

Descartar linfoma

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22
Q

Quais os achados de um linfoma?

A
  • Espessamento da parede (periferia)
  • Perda do hilo hiperdenso central, a vascularização se instaura nas periferias (perda do padrão cortical)
  • Perda da forma ovalar > torna-se esférica
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23
Q

Defina Osgood-Schlatter

A

Fragmentação óssea na tuberosidade tibial anterior, geralmente acompanada de inflamação no ligamento patelar (visível edema à RM, com hipersinal na região)

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24
Q

Sintoma, diagnóstico e tratamento de Osgood-Schlatter

A

Sintoma: dor na região do joelho acometido

Diagnóstico: RX de joelho (já visualiza a fragmentação)

Tratamento: autoliitado, indicar alongamento e retornar com piora da dor

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25
Q

Sinônimo de apofisite do tubérculo tibial

A

Doença de Osgood-Schlatter

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26
Q

Sinônimo de Osteonecrose idiopática da epífise femoral

A

Doença de Legg-Calve-Perthes

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27
Q

Diagnostique:
Paciente, sexo masculino, 5 anos com anemia falciforme com anormalidade de cabeça óssea ao RX

A

Osteonecrose de epífise femoral

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28
Q

Descreva doença de Legg-Calve-Parthes

A

Doença que visualiza necrose (hipodensidade óssea) na cabeça femoral ao exame de RX do quadril.

Visualiza-se perda da esfericidade da região

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29
Q

Sintoma, diagnóstico e tratamento de Legg-Calve-Parthes

A

Sintoma: dor no quadril (muitas vezes bilateral), evolui com claudicação

Diagnóstico: RX de quadril, visualizando menor densidade ossea da epífise femoral. Preferir RX, porque precisa bater vários exames ao longo dos anos para avaliar evolução

Tratamento: Auto-limitado, tende a remissão espontânea, se necessário, operar

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30
Q

Qual a causa da doença de Legg-Calvé-Parthes?

A

É idiopática, quando se sabe a causa, chama-se osteonecrose mesmo

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31
Q

Descreva a sinovite transitória de quadril

A

Condição inflamatória da sinóvia (região que recobre a articulação de quadril do paciente

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32
Q

Sintomas, diagnóstico e tratamento da sinovite transitória

A

Sintomas: dor e claudicação (geralmente unilateral e transitória)

Diagnóstico:
Primeiro se faz RX para descartar Legg-Calvé-Parthes
Depois, USG para evidenciar derrame articular na sinovite pela inflamação da sinóvia (abaixo da cápsula)

Tratamento: auto-limitado

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33
Q

Defina artrite idiopática juvenil

A

Doença reumatóide, sintomático até os 16 anos e comum em meninas

Oligoarticular ou poliarticular > articulações doem, principalmente ao começo do dia (ombro, quadril)… com o passar do dia, dor melhora

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34
Q

Sintomas e diagnóstico da artrite idiopátia juvenil

A

Sintomas: dor intensa ao acordar nas articulações, evoluindo com melhora ao longo do dia

Diagnóstio: RX avaliando sinais indiretos da destruição articular (espaço articular perdido)
Exemplo: perda do espaço entre acetábulo e cabeça de fêmur, dificuldade de diferenciar os ossos do carpo

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35
Q

Paciente evolui com claudicação (dor ao movimento) localizada, o que pode ser?

A

Doença de Legg-Calvé-Parthes e sinovite idiopática juvenil

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36
Q

Quando solicitar exame de imagem em infecção de via aérea superior?

A

Quando houver ESTRIDOR (som anormal inspiratório). Sinal de obstrução importante ao inspirar

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37
Q

Quais são os 4 principais dignósticos de IVAS no diagóstico por imagem?

A
  1. Epiglotite
  2. Crupe
  3. Traqueíte exsudativa
  4. Abcesso retrofaringeo
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38
Q

Defina os achados clínicos do paciente com epiglotite

A
  • Posição do tripé > inclinado para frente, pescoço estendido
  • Febre alta
  • ESTRIDOR > som anormal inspiratório
  • Dor na garganta
  • Salivação excessiva > paciente não consegue deglutir
  • Voz de batata quente
39
Q

Qual o paciente típico hoje de epiglotite? Qual foi a mudança epidemiológica dos ultimos anos?

A

Paciente com 14,5 anos
Cartão vacinal desatualizado > não tomou nova dose de Haemophilus influenza

Houve essa mudança epidemiolǵica, pois anos atrás era típico de paciente com 3,5 anos > porém a vacina mudou esse panorama, mais comum lactente e pré-escolar ter cartão vacina atualizado

40
Q

Qual a conduta da epiglotite?

A
  • Intubar o mais rápido possível
  • Acompanhar de perto a evolução desse paciente
  • Quando possível, realizar RX cervical
41
Q

Qual exame de imagem realizar na suspeita de epiglotite? Quais são os achados evidenciados?

A

RX cervical em perfil
- O saudável é não ver a epiglote (camada bem fina de partes moles)
- Na epiglotite, se consegue visualizar a epiglote espessada e inflamada, o mesmo ocorre nas pregas ariepiglóticas (sinal do polegar)
- Traqueia se encontra fechada > ar sem passagem

42
Q

Quais as rcomendações do RX em suspeita de epiglotite

A
  • Ter consciência que é um paciente grave
  • Mínimo de radiação, mais rápido possível
  • Manter o paciente em uma posição confortável para o paciente (posição do tripé)
  • Não precisa de outro RX, só em perfil é suficiente
  • Acompanhar esse paciente!
  • Ter o material de intubação logo na sequência do exame
43
Q

Defina achados clínicos da crupe

A
  • Estrdor > som anormal a espiração
  • Rinorreia
  • Febre baixa
  • Tosse “de cachorro” e piora a noite
44
Q

Diferencie crupe e epiglotite

A

Crupe é uma infecção leve, viral, causada pelo vírus da Influenza tipo 1 e 2. Comum em lactentes, não em crianças maiores. Não tem associação com posição de melhora (como a epiglotite que tem a posição de tripé), não tem dificuldade da fala ou salivação excessiva (não há dificuldade respiratória excessiva ou de deglutição).

Epiglotite é causada pelo Haemophilus, doença graves qe causa inflamação e edema da epiglote e pregas ariepiglóticas. Causa salivação excessiva, febre alta, difculdade na fala, tem achado imprtante no RX em perfil (sinal do polegar) e tem posição do ripé que melhora os sintomas

45
Q

No RX, o que avaliar no crupe?

A

Constatar que não há inflamação da epiglote.
Evidenciar mudança de calibre a via aérea infraglótica e acima da traqueia (sinal da torre de igreja ou sinal de ponta de lápis)
Há também acúmulo de ar na região da hipofaringe (distensão já que o ar passa com dificuldade logo abaixo)

46
Q

Qual o sinal típico da epiglotite no RX? E da doença de crupe?

A

Epiglotite:
- Sinal do polegar

Crupe:
- Sinal de ponta de lápis / sinal de torre de igreja / sinal do V invertido > estreitamento simétrico da região subglótica

47
Q

Defina o crupe membranoso ou traqueíte exsudativa

A

Infecção bacteriana que causa acúmulo de placas de pú (exsudato) na região traqueal, causando irregularidades ao exame de imagem

48
Q

Achados clínicos da traqueíte exsudativa

A
  • Febre alta
  • Tosse de resgate
  • Estridor
  • Dificuldade respiratória

NÃO piora com decúbito
Paciente foge da faixa etária do crupe (pode ser mais velho, na fase pé-escolar ou escolar)

49
Q

Principal agente infeccioso da traqueíte exsudativa

A

Staphylococcos

50
Q

Qual o método de imagem? Qual achado de imagem na traqueíte exsudativa?

A

RX em perfil e PA

Encotra-se iregularidades na traqueia que não melhoram com a tosse, pois não é muco e sim placa de pús

51
Q

Paciente apresenta estridor e é lactente. Quais são as hipóteses?

A
  • Epiglotite se o cartão vacinal não estiver atualizado
  • Crupe
  • Abcesso retrofaríngeo
52
Q

Paciente apresenta estridor, febre alta e possui entre 8 e 14 anos. Quais as hipóteses?

A
  • Epiglotite
  • Traqueíte exsudativa
53
Q

Defina a celulite

A

Inflamação/infecção do tecido subcutâneo. Processo não se organizou ainda, processo difuso

54
Q

A celulite evolui para ……

A

Um abcesso > infecção organizada, ordenada

55
Q

Explique achados clínicos do abcesso retrofaríngeo

A
  • Febre súbita e alta
  • Rigidez da nuca
  • Disfagia
  • Estridor
  • Episódio anterior de otite média
  • Bebês lactentes
56
Q

Como diagnosticar abcesso retrofaríngeo?

A

RX em perfil
- Avalia espesamento do espaço retrofaríngeo (entre a faringe e as vértebras)
- Pode encontrar focos gasosos > identficando a etiologia (bactéria anaeróbica)

TC
- Para evidenciar se há celulite ou se a infecção já se organizou para formar abcesso (região hiperdena nas margens, hipodensa ao centro)
- Bolhas de gas são bem visíveis no corte da TC

57
Q

Como identificar bactéria anaeróbica ou aeróbica causadora do abcesso retrofaríngeo?

A

Através da percepção das bolhas de gás, focos hipodensos de gás que mostram que houve infecção anaeróbica

58
Q

Como sabr se deve drenar ou não o paciente que evidenciou espessamento do espaço retrofaríngeo?

A

Solicitar TC para avaliar se a celulite (agloerado infeccioso) se ordenou. Se houver abcesso terá margem hiperdensa e centro hipodenso. Só drenar se houver abcesso. Em ambos os casos, iniciar antibiótico

59
Q

Defina as principais infecções de via aérea inferior (IVAI)

A
  • Bronquiolite
  • Pneumonia
  • Pneumatocele
  • Derrame pleural x empiema
60
Q

Qual a importância de avaliar o timo da criança?

A

Ao se pensar que uma estrutura é timo, pode-se deixar de lado patologias importantes, como:
- Linfoma > avaliar se não há compressão da cava superior causando turgência jugular
- Teratoma > tumor heterogênio e anaplásico, que pode conter qualquer substância
- Timoma > cisto presente no timo

61
Q

Até que idade é comum visualizar o timo no exame de imagem?

A

5-6 anos. Depois o timo atrofia, quando o sistema imune se encontra maduro.

62
Q

Em caso de suspeita de alteração no timo, o que avaliar no RX e qual conduta seguir?

A
  • Avaliar parênquima pulmonar
  • Avaliar desvio de traqueia
  • Avaliar se o timo se encontra homogêneo e com sinal da vela presente
  • Avaliar HDA do paciente, se ele tem histórico de doença pulmonar, pericárdica ou pleural associada

Refazer RX em 6 semanas (tempo de mudança na imagem)

63
Q

Descreva o sinal da vela

A

Sinal triangular do timo saudável no RX

64
Q

Na pediatria, IVAIs costumam estar associados de 3 achados clínicos, quais?

A
  • Dispneia
  • Taquipneia
  • Febre
65
Q

Qual a utilidade do RX de tórax para avaliar IVA inferior?

A
  • Diagnosticar pneumonia quando os sintomas são inespecíficos
  • Decidir sobre fazer uso ou não de antibiótico (alto valor preditivo negativo > bom em indicar que NÃO é bactéria)
66
Q

Por que a bronquiolite, pneumonia redonda e pneumatocele acometem crianças menores com maior incidência?

A

Porque não possuem circulação colateral, por isso dificulta o alastramento da infecção pelo lobo pulmonar

67
Q

Achados clínicos associados a bronquiolite

A
  • Tosse
  • Rinorreia
  • Sibilo (inicialmente expiratório)
  • Pode ter febre
68
Q

Etiologia e fisiopatologia da bronquiolite

A

Infecção viral de via aérea inferior.

  • Causa edema peribrônquico e acúmulo de material inflamatório, dificultando a saída do ar > hiperinsuflação
  • Posteriormente o sibilo vai piorando e se tornando também inspiratório, porque o edema e o acúmulo de material gera dificuldade do ar passar > gerando atelectasia (os alvéolos murcham)
69
Q

Quais os achados no RX de tórax da bronquiolite?

A

Hiperinsuflação na fase inicial da doença
- Hipodensidade > dificuldade até de observar a trama vascular
- Retificação dos arcos costais
- Aumento do espaço intercostal
- Retificação do diafragma (perda da curva)

Atelectasia
- Aumento do espaço livre > o pulmão é espremido
- Aumento da densidade gerando opacidades geométrica > nos locais não oxigenados

70
Q

Na bronquiolite pode haver consolidação?

A

NÃO. Na infecção viral não se tem consolidação, só em algumas bacterianas

70
Q

Em dado momento pode haver aumento da opacidade na bronquiolite, por quê?

A

Porque ocorre atelectasia pela dificuldade de entrada do ar > evidenciando focos de densidade pela má passagem do ar

71
Q

Principal agente da pneumonia redonda

A

Pneumococos

72
Q

Porque só se evidencia pneumonia redonda em criança?

A

Pela ausência de circulação colateral, um bronquíolo dificilmente transmite ao outro > gerando focos específicos de consolidação.

No adulto, quando há opacidade localizada, pensar em tumor de pulmão

73
Q

Defina achado de imagem na pneumonia redonda

A

Opacidade em formato redondo caracterizando consolidação hiperdensa, impossibilitando a visualização do hilo pulmonar no local

74
Q

Achados clínicos da pneumonia redonda

A
  • Tosse
  • Febre
  • Taquipneia e dispneia
75
Q

Defina e diferencie derrame pleural e empiema

A

Ambos são o acúmulo de líquido no espaço pleural (entre a pleura visceral e parietal) > ambos empurram as demais estruturas

Derrame pleural é a presença de transudato
Enquanto empiema é o acúmulo de exsudato (infecção purulenta, com grande material inflamatório)

76
Q

Achados do derrame pleural/empiema no RX de tórax

A
  • Velamento do seio costofrênico
  • Sinal do menisco
77
Q

Como diferenciar empiema e derrame pleural na imagem?

A

Pelo USG da região torácica.
No derrame pleural, haverá acúmulo de líquido homogêneo, enquanto no empiema haverá líquido com septações (fendas marcadas pelo acúmulo de pús)

78
Q

Como diferenciar as imagens hiperdensas: consolidação, atelectasia e derrame pleural/empiema avaliando as demais estruturas?

A
  • Consolidação não empurra as demais estruturas > porque é material dentro dos bronquíolos
  • Na atelectasia as demais estruturas são puxadas para o lado da atelectasia, pelo aumento do espaço torácico livre, já que o pulmão atelectasiado é puxado
  • No derrame ou empiema, as demais estruturas são empurradas, comprimidas no sentido contrário?
79
Q

Defina pneumatocele

A

Patologia da infância, porque não há circulação colateral. Nessa caso geralmente um único bronquíolo hiperinsufla por não conseguir tirar o ar de dentro, formando uma cavidade

80
Q

Geralmente qual a causa da pneumatocele?

A

Pneumonia por Staphylococcus

81
Q

Qual um bom exemplo de paciente com indicação para controle radiológico?

A

Aquele que precisa confirmar que há pneumatocele (cavidade hiperinsuflada).

Evidenciando desobstrução do ar ao redor, mostrando que os focos de densidade próximo a cavidade eram focos de obstrução desse bronquíolo e não cavitações (áreas de necrose)

82
Q

O que é o controle radiológico?
Quando indicar e quando não indicar?

A

É a avaliação de progressão da doença pela repetição do exame de imagem.

Tem indicação em caso de incerteza do diagnóstico ou má evolução da doença.

Em pacientes com doença sem clínica indicativa não são boas indicações de controle radiológico, porque costuma-se demorar cerca de 6 semanas para a imagem evidenciar a melhora radiológica

83
Q

Quais são as duas principais afecções respiratórias que podem ser identificadas no pré-natal da criança?

A
  • Atresia de esôfago
  • Hérnia diafragmática
84
Q

Como perceber atresia de esôfago?

A

Passando uma sonda gástrica e percebendo a impossibilidade de continuar. Avaliar densidade pulmonar, se não houver ar é sinal de gravidade > broncoaspiração importante (passagem para via aérea de conteúdo gástrico) > gerando impossibilidade de entrar ar (densidade aumentada no RX)

85
Q

Qual o quadro clínico do paciente com atresia de esôfago?

A
  • Impossibilidade de digerir alimento
  • broncoaspiração com dificuldade respiratória importante
  • Cianose
  • Abafamento do MV no lobo superior (broncoaspiração próximo a bifurcação da carina)
86
Q

Como saber se há fístula ou não pela imagem radiográfica?

A

Se NÃO há bolha gástrica é sinal que não há ar no estômago, portanto NÃO tem fístula que passe o ar da traqueia para o esôfago

Se TEM bolha gástrica, é sinal de que HÁ fístula

87
Q

Quais são os tipos de atresia de esôfago?

A
  • Atresia isolada (sem fístula)
  • Atresia proximal e fístula esofágo-traqueia distal
  • Fístula proximal e atresia distal
  • Fístula proximal e distal
  • Atresia em H > fístula única mediana
88
Q

Como avaliar atresia em H na imagem?

A

Exame com contraste de iodo (preferir bário quando não tem risco de fístula com a traqueia, risco de atingir a via aérea), permitindo a passagem de líquido durante o exame para avaliar passagem desse líquido pela fístula

89
Q

Quais os 5 fatores associados a atresia de esôfago? (VACTER)

A

V > defeito do corpo Vertebral
A > ânus imperfurado
C > cardiopatia congênita
TE > fístula TraqueoEsofágica
R > atresia do Rádio ou agesia Renal

90
Q

Defina hérnia diafragmática

A

Defeito congênito da parede do músculo diafragmático, permitindo herniação de conteúdo intestinal para a caixa torácica > comprime pulmões, coração, traqueia, etc.

91
Q

Qual patologia associada a hérnia diafragmática

A

Insuficiência respiratória GRAVE pela compressão de estruturas da via aérea pelo conteúdo no tórax

92
Q

Achados do RX de tórax na hérnia diafragmática

A
  • Hipoplasia pulmonar
  • Desvio da traqueia
  • Presença de hipodensidade no formato de alça intestinal
  • Ausência de hemidiafragma afetado
93
Q

Qual contraste pode ajudar no diagnóstico de hérnia diafragmática?

A

Com bário, já que geralmente se utiliza ele para avaliar translado de conteúdo boca > esôfago > estômago > intestino.

Evidenciando assim a alça intestinal em caixa torácica