CIPE GQ Flashcards

1
Q

Defina fimose

A

Enrijecimento da porção distal do prepúcio

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2
Q

Na maioria dos casos a fimose fisiológica ocorre. Explique como se desfaz naturalmente e o que deixaria de ser fisiológico

A

A criança nasce com o prepúcio aderido à glande por uma camada de tecido escamoso, que descama ao longo dos primeiros 5 anos de vida.

Se aos 2/3 anos não se visualiza a uretra e aos 6 anos não exterioriza a glande, deixa de ser fisiológica, tendo um estreitamento do prepúcio que impossibilita sua extrusão

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3
Q

Diferencie fimose primária e secundária

A

A fimose primária é aquela qe ocorre naturalmente por não exposição da glande.
A secundária ocorre em decorrência de algo, como:
- Postite
- Dermatite amonical
- “exercícios” de tentativa de retração > gerando a fibrose do tecido e impossibilitando a descida

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4
Q

Há alterações fisiológicas no AGU do menino, cite-as

A
  • Excesso de prepúcio
  • Aderência balanoprepucial > prepúcio aderido ao corpo do pênis
  • Retenção de esmegma > sinal que a descamação está ocorrendo
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5
Q

Quando preferir tratamento conservador na criança com fimose?

A
  • Aderência balanoprepucial> resolve bem com pomada, descola o tecido do prepúcio com o corpo do pênis
  • Questões morais, religiosas ou culturais da família
  • Tentativa de resolver a fimose antes de partir para cirurgia
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6
Q

Clínica e complicaçoes da fimose

A
  • Infecções (balanopostites)
  • Sangramento
  • Retenção urinária
  • Disúria

Complicações:
- Parafimose > exposição da glande, porém o anel fibroso é estreitado, gerando compressão do corpo do pênis, o qual edemacia e impossibilita que o prepúcio retorne
- Infecções de repetição

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7
Q

Diagnóstico diferencia da fimose

A
  • Aderência balanoprepucial > aderência entre o prepúcio e o corpo de pênis, condição fisiológica
  • Balonamento prepucial > diâmetro diminuido do anel fibroso, de forma que a criança, quando vai urinar, seu prepúcio forma um balão, porque o anel do prepúcio não permite a passagem distal do xixi
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8
Q

Tratamento cirúrgico da fimose, quando preferir?

A
  • Com a ineficiência da pomada corticoide na fimose primária
  • Infecções recorrentes e complicadas
  • Complicação do AGU e disúria
  • Formação de fimose secundária
  • Formação de parafimose
  • Formação de baloneamento prepucial complicado
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9
Q

Conduta da parafimose

A

Primeiro: marcar cirurgia e aplicar corticoide tópico na glande e região exposta para diminuir edema
Segundo: procedimento cirúrgico (postectomia)

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10
Q

Como orientar os pais em caso de fimose fisiológica?

A
  • Higienizar da melhor forma possível
  • Estar atento a afecções > mais chance de infecção no local e urinária
  • NÃO realizar os “exercícios” > pode gerar fimose secundária (por fibrose do tecido) e até complicar para uma parafimose
  • Estar atento a evolução cronológica: a exposição da uretra deve ocorrer até os 2 anos e da glande até os 5/6
  • Epxlicar que a descamação do tecido entre a glande e o prepúcio é normal > o esmegma é fisológico
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11
Q

Explique tratamento conservador fimose

A

Pomada corticoide 2x ao dia

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12
Q

Explique tratamento cirúrgico fimose

A

Postectomia
- Anestésico geral inalatório
- Bloqueio de nervo peniano principal
- Retirada da porção do prepúcio que impede a exposição da glande
- Curativo cicatricial

Plastibell
- Inclusão do plastibel na região da glande > o aparelho irá realizar isquemia do prepúcio acima da glande, de forma que ele caia naturalmente
- Procedimento cirúrgico simples e rápido
- Resultado mais estético
- Pós-operatório BEM mais desafiador

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13
Q

Complicações cirurgia fimose

A
  • Recidiva da fimose
  • Estenose de uretra > em neonatos
  • Infecção
  • Sangramento
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14
Q

Qual a hérnia mais predominante na criança? Explique como ela se forma

A

Inguinal indireta, ocorre pelo fechamento inadequado do conduto peritônio vaginal, que é um canal de passagem que permite a migração testicular do embrião. Ocorre a passagem de pequena porção de peritônio, localizada acima do testículo, chamada de túnica vaginal. Por isso o ome, conduto peritônio vaginal

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15
Q

Afecções do conduto peritônio vaginal

A
  • Hérnia inguinal indireta > não fechamento da porção proximal do CPV, permitindo passagem de alça para a região inguinal
  • Hérnia inguinoescrotal > o fechamento se estende ao conduto todo da criança, formando um abaulamento da região inguinal ao saco escrotal
  • Cisto de cordão espermático > cisto formado por fechamento da porção média o cordão, não se comunica com peritonio ou testículo
  • Hidrocele > falha do fechamento formando um filamento, nele passa o líquido abdominal, acumulando-se na região escrotal
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16
Q

Achados da hérnia inguial indireta

A
  • Inspeção: abaulamento MOVEL que surge/se intensifica com Valsalva
  • Sinal da seda (espessamento do cordão espermático a palpação)
  • Palpação do cordão (com mão de apoio empurrando a região inguinal em direção ao escroto) permite diferenciar um cisto de cordão, hidrocele e hérnia inguinal/inguinoescrotal
  • Transiluminação negativa > ausência de líquidos (hidrocele)
  • Possível individualizar o testículo > ausência de hidrocele
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17
Q

Tratamento hérnia inguinal indireta

A

Avaliar se está encarcerado (redutível) ou não
Redutível > cirurgia eletiva
Não redutível > cirurgia de urgência (risco de estrangular > causando sofrimento vascular

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18
Q

Diagnóstico diferencial hérnia inguinal indireta

A
  • Cisto de cordão espermático > não é móvel, possível perceber na palpação
  • Hidrocele > transiluminação positiva, não consegue separar o testículo do abaulamento
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19
Q

Defina hérnia umbilical e como ela se forma

A

Defeito do músculo reto abdominal, qu epermte a extrusãod e alça intestinal pela cicatriz umbilical formando um saco herniário, ocorre no local por ser a região mais frágil

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20
Q

Exame físico da hérnia umbilical

A

Inspeção: abaulamento que piora/surge ao choro e esforços
Palpação: massa de origem intestinal, facilmente retrátil e indolor

21
Q

Oportunidade cirúrgica da hérnia umbilical

A
  • Saco herniáro maior que 1,5cm (em qualquer idade)
  • A partir dos 6 anos (saco herniário em qualquer tamanho)
  • Saco herniário maior que 1cm se a criança já tiver 2-3 anos
  • Se tiver estrangulamento > URGENTE
22
Q

Explique cirurgia de correção de hérnia umbilical

A

Ressecção de saco herniário e sutura da região exposta

23
Q

3 possíveis complicações da hérnia umbilical

A
  • Infecção
  • Granulona
  • Hematoma
24
Q

Quais fatores observar ao decidir operar ou não hérnia umbilical?

A

Raça: Criança negra tende a fechar o saco herniário mais tardiamente > até os 6 anos
Tamanho do saco herniário:
- 0,5 cm tende a fechar espontaneamente
- 0,5-1,5 tende a fechar até os 2-3 anos
- 1,5> depende de cirurgia

25
Q

Como é formada a hérnia epigástrica

A

Por falha da aponeurose anterior (comunicando mal os músculos reto abdominal). Gera extrusão de gordura pré-peritoneal (antes do músculo)

26
Q

Exame físico hernia epigástrica

A

Hérnia pequena, geralmente irredutível, localizada acima da cicatriz umbilical

27
Q

Operar hérnia epigástrica?

A

Só em caso de pacientes sintomáticos, assintomáticos há prós e contras

28
Q

Hérnia diafragmática, como se forma?

A

Pelo não fechamento do forame pleuro-peritoneal ou por falha na formação do músculo diafragmático.

29
Q

Explique dificuldade respiratória da hérnia diafragmática

A

Hipoplasia pulmonar (diminuição das estruturas pulmonares) e hipertensão pulmonar > pela compressão do conteúdo herniário e shunt D-E intensificado.

Esses achados geram diminuição da mecânica ventilatória, pela diminuição da complacência. Menos oxigênio entra, menos CO2 sai, resultado: hipóxia, hipercapnia, acidose

30
Q

Achados no RX de tórax da hérnia diafragmática

A
  • Conteúdo intestinal em tórax
  • Diminuição do gás abdominal
  • Diminuição de hemidiafragma na região afetada
  • Hipoplasia pulmonar e atelectasia copressiva
  • Se o paciente estiver com sonda gástrica, evidenciará o caminho da sonda até o local do conteúdo intestinal
  • Desvio do mediastino
31
Q

Métodos para descobrir hérnia diafragática

A
  • USG (geralmente normal em um pré-natal)
  • Encaminhar para RNM
32
Q

Critérios para operar hérnia diafragmática ANTENATAL

A
  • Fígado acima do diafragma (porção herniada)
  • LHR < 1 (LHR é a fração área do pulmão afetado x circunferência craniana
  • Estar entre 26 e 28 semanais gestacionais
33
Q

Explique a cirurgia antenatal o paciente com hérnia diafragmática

A

Laparoscopia fetal guiada por USG.
Ocorre o acoplamento de um balonete na traqueia da criança via oral, esse balonete deve permanecer insuflado. Não precisa ser teriado, pois se destrói na 34 semana gestacional.

O balonete estimula o desenvolvimento respiratório “empurrando” a herniação

34
Q

Como descobrir hérnia diafragmática no recém nascido?

A

Clínica:
- Sinais de dificuldade respiratória > tiragem, MV abolido
- Ictus cordis desviado
- Pectus escavatum

RX de tórax

35
Q

Conduta pós-natal do paciente com hérnia diagfragmática

A
  • Intubação orotraqueal urgente
  • Ventilação lenta
  • Surfactante > para melhorar a dinâmica ventilatória
  • Cirurgia posterior > puxando a hérnia, depois sutura da região aberta
36
Q

O que são distopias testiculares? Quais são?

A

São afecções em que o testículo não se encontra na bolsa escrotal > havendo falha na migração testicular dessa criança (ocorre a partir do 7o mes de gravidez, por isso a alta incidência na criança pré-termo)

  • Criptorquidia > testículo fora da bolsa escrotal, porém na regiãode migração testicular (parou no abdome próximo a iliaca, canal inguinal ou no anel inguinal externo)
  • Testículo ectópico > testículo em qualquer outra região, incluindo abdome ou região inguinal contralateral
  • Testículo retrátil > possui reflexo cremastérico aumentado (gordinho risonho)
37
Q

Causas possíveis da distopia testicular

A
  • Displasia de célula de Leydig ou de Sertoli
  • Alteraão genética
  • Alteração no eixo hipotálamo-hipófise
  • Alteração mecânica (como tamanho do canal inguinal)
    Etc
38
Q

Comum encotrar hérnia inguinal indireta e criptorquidia no mesmo lado, explique

A

Ocorre hérnia indireta por falha no fechamento do CPV, mesmo pode afetar a migração testicular, causando criptorquidia. Nesse caso, deve-se aprovetar a hernorrafia para fixar o testículo na bolsa escrotal

39
Q

Malefícios associados a distopia testicular

A
  • Infertilidade
  • Torção testicular > mais sucetível a traumas mecânicos
  • Alterar espermatogênese, causando malignização testicular > e a correção não diminui a incidência
  • Acometimentos psicológicos, bullying
40
Q

História clínica e exame físico das distopias testiculares

A

Criptorquidia
- Escroto “vazio”
- Pregas testiculares aumentadas
- Abaulamento naregião inguinal ou abdome inferior isolateral

Testículo ectópico
- Abaulamento ausente ou em local fora de “rota” da migração testicular

Testículo retrátil
- Testículo fora do saco escrotal com riso, choro (aumento da pressão intraabdominal)
- Reflexo cremastérico aumentado
- Evidencia que é retrátil e não criptorquidia, porque retorna ao saco escrotal com bem mais facilidade

41
Q

Tratamento das distopias testiculares

A
  • Testículo retrátil > não há tratamento, tende a se manter no saco escrotal na adolescência pelo estímulo hormonal

Orquidopexia > cada vez mais se faz o mapeamento diagnóstico e mobilização via laparoscopia
- Na criptorquidia se o testiculo estiver mais afastado, precisa-se fazer reparo em duas etapas. Se o testículo estiver na regiao inguial, reparo em apenas uma etapa
- Testículo ectópico > pelo alto desenvolvimento dos vasos nos testículos ectópicos, muitas vezes não há necessidade de grande reparo vascular

42
Q

Procedimento cirúrgico em cada um dos procedimentos 1-fimose, 2-hérnia inguina, 3-distopia testicular

A

1- Postectomia ou incisão com Plastibell
2- Herniorrafia
3- Orquidopexia

43
Q

Tipos de atresia de esôfago

A
  • Atresia isolada
  • Atresia com fístula traqueoesofágica proximal
  • Atresia com fístula traqueoesofágica distal
  • Atresia com dupla fístula
  • Atresia em H (fístula única)
44
Q

Manifestações associadas a atresia de esôfago

A

V > acometimento de corpo vertebral
A > ânus imperfurado
C > cardiopatia congênita
TE > fístula traqueoesofágica
R > ageusia renal / hipoplasia de rádio

45
Q

Quadro clínico da atresia de esôfago

A
  • Salivação excessiva > impossibilidade de deglutir
  • Dificuldade respiratória
  • Impossibilidade de passar uma sonda gástrica
46
Q

Métodos diagnósticos da atresia de esôfago

A
  • RX de tórax em PA, AP (RX de cervical em perfil avalia epiglotite > diagnóstico diferencial pela clínica)
  • USG
  • Ecocardiograma
47
Q

Como identificar 1-se há fístula distal na atresia de esôfago 2-se há acometimento pulmonar importante 3- se há fístula proximal

A

1- há fístula distal se houver gás no estômago (passando o ar da traqueia para esôfago)
2- há acometimento pulmonar importante se os campos pulmonares estiverem densos, sinal de broncoaspiração importante
3- há fístula proximal PROVAVELMENTE se for idntificado o coto esofágico proximal muito curto

48
Q

Tratamento da atresia esofágica

A
  • Posição: decúbito lateral direito
  • Suporte de O2
  • Sonda aspirativa > aspira conteúdo esofágico (sonda em contato com o coto proximal
  • Aquecer
  • Suspender alimentação

Cirurgia é indicada ou não? Complexo, pois se sabe que o prognóstico é muito ruim