Pediatria Flashcards

1
Q

Etiologia de meningite aguda 3 grupos?

A
  • Infecciosa: + provável, sendo a viral + frequente
  • Tumoral
  • Imunológica
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2
Q

Clínica de meningite conforme idade?

A

RN e pequeno lactente: pode ser subtil e inespecífica
- instabilidade térmica: febre vs hipotermia
- “sensação de doença”
- recusa alimentar
- gemido, irritabilidade, choro gritado
- intolerância ao ruído
- fotofobia
- letargia, hipotonia, convulsões
- fontanela anterior abaulada - tardio, só 30%
- vómitos, diarreia, icterícia
- olhar fixo, desvio dos olhos, nistagmo
- sinais meníngeos: PODEM ESTAR AUSENTES <12-18 meses

Criança + velha:
- febre, arrepio
- náuseas, vómitos
- cefaleias
- fotofobia
- exantema petequial ou purpúrica - sugere N. meningitidis
- rigidez da nuca, sinal de Kernig, sinal de Brudzinski
- convulsões
- sinais neurológicos focais
- parésia de pares cranianos
- edema da papila - sinal tardio, demora 24-48h a estabelecer-se
- confusão, alteração do estado de consciência
- letargia, irritabilidade

Não esquecer tríade de Cushing (sinal tardio de HIC): bradicardia, HTA, depressão respiratória.

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3
Q

Etiologia da meningite confrome idade e FR?

A

Viral: + frequente
- enterovírus: echovírus, coxsackie
- vírus da parotidite epidémica

RN:
- Step do grupo B (agalactiae)
- Bacilos gram negativos (E. coli, outras enterobacteriaceae)
- Listeria monocytogenes

1-3 meses:
- os acima do RN +
- N. meningitidis
- S. pneumoniae
- H. influenzae tipo b (muito raro nos vacinados e >5 anos)

> 5 anos:
- N. meningitidis
- S. pneumoniae

Neurocirurgia/shunt VP:
- S. aureus
- Staph coagulase negativos
- Gram -: pseudomonas, E. coli, Klebsiella

Fístula LCR:
- S. pneumoniae
- H. influenzae

Imunodeprimido:
- S. pneumoniae + N. meningitidis: défices de complemento
- H. influenzae: défices de anticorpos opsonizantes
- Listeria e meningite fúngica: grave, corticoterapia, HIV

Asplenia, drepanocitose: S. pneumoniae

Coisas que devem fazer pensar em S. pneumoniae:
- pós-trauma crânio-facial
- foco ORL - otogénio, seios perinasais
- coma, sinais focais
- asplenia funcional, ID

Coisas q devem fazer pensar em S. aureus:
- neurocirurgia, SDVP
- quisto dérmico
- osteomielite do crânio
- abcesso epidural/espinhal
- imunodeprimido
- rutura de abcesso cerebral

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4
Q

CI de PL?

A

Nunca atrasar tx por causa delas!
CI absolutas: fazer TC-CE previamente
- instabilidade hemodinâmica
- alteração do estado de consciência
- sinais neurológicos focais
- anisocoria
- pupilas pouco reativas
- convulsão prolongada
- HT intracraniana: edema papila, fundoscopia alterada, HTA com bradicárdia, parésia III, IV ou VI)
- púrpura extensa
- infeção cutânea local de punção
- trauma CE

CI relativas:
- trombocitopénia <50mil
- coagulopatia até correção

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5
Q

O que é que se pede no LCR na suspeita de meningite?

A
  • aspeto macroscópico
  • citoquímico: glicose, proteínas
  • contagem de células
  • Gram: exame bacteriológico direto
  • cultura + TSA
  • antigénios capsulares
  • PCR 16sRNA
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6
Q

MCDT na meningite?

A
  • hemograma
  • glicémia - pré-PL
  • ionograma
  • PCR
  • hemocultuas
  • coagulação
  • PL - ver se precisa de exame de imagem antes
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7
Q

Distinguir etiologia de meningite conforme resultado da análise do LCR?

A

Normal: células <5 linfócitos, proteínas <50, glicose >=50, >50% da glicémia

Sugere etiologia bacteriana:
- LCR turvo
- Proteínas >80
- Glicose <30mg/dL, <30% sérica
- Leucócitos >1000, predomínio PMN
- Exame direto +
- PCR sérica >5mg/dL

Sugere viral:
- Predomínio linfócitos - mas n esquecer que neutrofilia periférica e no LCR pode estar presente na fase inicial de meningites virais!
- 100-1000 céls
- proteínas com aumento ligeiro/moderado
- glicose normal
- deteção vírus em cultura
- PCR multiplex + rápido
- cefaleias melhoram após PL!!!!

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8
Q

Tx de meningite viral?

A

Internar 24-48h para vigilância!

Tx suporte:
- rehidratação EV até tolerar via oral
- antipiréticos/analgésicos

Síndrome pós-PL (+ comum se + velhas): vómitos e cefaleias ao levantar, cedem ao decúbito, dor na região lombar e MI -> passa em 2-3d

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9
Q

Tx de meningite bacteriana?

A

Iniciar ABT empírica logo após PL + hemocultura (ou só hemocultura se PL for protelada por CI):

RN: ampicilina + cefotaxima +/- gentamicina IV

<3 meses: ampicilina + cefotaxima +/- vancomicina (S. pneumoniae) IV

> 3 meses: ceftriaxone ou cefotaxima +/- vancomicina IV

Se neurocirurgia/shunt: meropenem + vancomicina

Duração conforme agente:
- S. pneumoniae: 10-14d
- H. influenzae: 10d
- Meningococco: 7d
- Gram negativos: 21d
- Listeria: 14-21d
- Strep B: 14-21d
Sem isolamento <3 meses: 14-21
Sem isolamento >3 meses: 10d

Corticoterapia: concomitante ou após 1h de ABT, se H. influenzae tipo b + no exame direto e possivelmente no Pneumococco

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10
Q

Como fazer profilaxia de contactos na meningite bacteriana?

A

Mandatória se: H. influenzae tipo b ou N. meningitidis

SE H. INFLUENZAE:
A quem?
- contactos íntimos, meio familiar ou onde exista criança:
- <12 meses com menos de 3 doses de vacina
- <4 anos não imunizada ou incompleta
- imunodepressão

Como?
- crianças: rifampicina PO 4d a cada 24h 20mg/kg
- adultos: rifampicina 600mg/d 4 dias

SE N.MENINGITIDIS:
A quem?
- contacto íntimo com doente ou suas secreções orais últimos 7d antes dos sintomas começarem
- conviventes domicílio, mesmo quarto
- mesmo infantário/escola >4h/d recinto fechado
- profissionais de saúde em contacto com secreções
- passageiros ao lado voo >8h

Como?
- rifampicina 2d
- ciprofloxacina dose única em adultos
- ceftriaxona
- espiramicina na GRÁVIDA

Resumido da TP:
- criança: rifampicina
- adulto: rifampicina ou ciprofloxacina
- grávida: ceftriaxone ou ampicilina

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11
Q

Etiologia da diarreia crónica <1 ano?

A
  • erros alimentares
  • intolerância/alergia alimentar - alergia às proteínas do leite de vaca
  • infeções
  • síndrome pós-gastroenterite
  • FQ
  • defeitos congénitos: enzimáticos, estruturais
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12
Q

Etiologia da diarreia crónica idade pré-escolar e escolar?

A
  • SII - só surge após o 1º ano
  • infeção entérica, giardíase
  • síndrome pós-gastroenterite
  • intolerância/alergia alimentar
  • doença celíaca - desde os 6m, quando ocorre introdução do glúten
  • DII
  • FQ
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13
Q

Etiologia da diarreia crónica idade escolar e adolescência?

A
  • DII idiopática
  • SII
  • intolerância à lactose
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14
Q

Doença celíaca - incidência?

A

Pico de incidência:
- 8-12 meses
- 2-3 meses após exposição ao glúten se ocorrer posteriormente aos 6 meses (geralmente quando começa a ser inserido na alimentação)

SINTOMATOLOGIA NUNCA É SOBREPONÍVEL À INTRODUÇÃO DO GLÚTEN - outro dx se for o caso!

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15
Q

Doença celíaca razão e clínica.

A

Inflamação crónica da mucosa intestinal, com atrofia vilositária: predomínio no duodeno-jejuno (proximal).

Cria sínd de má-absorção generalizada, com intolerância 2a às PLV e lactose.

-> Ter DQ2 e DQ8 é necessário mas não suficiente para ter doença celíaca.

Doença sintomática:
A - clássica, <2A:
- diarreia crónica de dejeções pastosas, volumosas, fétidas, pálidas, brilhantes
- distensão abdominal: sínd de má-absorção
- anorexia
- irritabilidade/nervosismo
- alterações da pele e faneras
- perda de massa muscular
- pregas glúteas verticalizadas
- atraso estatuto-ponderal: cruza percentis!!!
Mais tardiamente:
- diarreia intermitente
- náuseas e vómitos
- dor abdominal
- má progressão ponderal
- obstipação

Manifestação não-GI:
- dermatite herpetiforme (lesões maculo-papulo-vesiculares na sup extensora dos membros - IgA, não tem relação com herpes)
- anemia sideropénica refratária à tx com ferro oral
- osteopenia/osteoporose
- hipoplasia esmalte
- baixa estatura
- atraso pubertário
- epilepsia com calcificações occipitais
- hepatite
- artrite

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16
Q

Rastreio vs dx de doença celíaca?

A

Rastreio serológico: NÃO CHEGA PARA DX, SÓ RASTREIO
- doseamento IgA sérica total - excluir défice total de IgA, que é muito comum - 10% dos doentes com doença celíaca têm défice de IgA -> se for o caso tem de se pedir IgG anti-transglutaminase e não IgA!!!! Ou temos falso negativo!

Gold-standard → anticorpos IgA anti-transglutaminase tecidular → >2 ANOS DE IDADE - ANTES HÁ FALSOS NEGATIVOS!

Se < 2 anos:
- IgA sérica total
- IgA anti-gliadina (AGA)

Se > 2 anos:

  • IgA sérica total
  • IgA anti-transglutaminase tecidular

Anti-endomísio - exame mais caro, não se faz em lab de rotina, só especializados. Só se usam em casos duvidosos, para confirmação de diagnóstico final.

Classicamente o dx inclui endoscopia + biópsia duodenal (zona mais afetada)! - garantir q pessoa ainda está a consumir glúten!!!
- Apenas se considera dispensar biópsia se clínica for muito típica e estes marcadores de rastreio estiverem muito elevados.

→ Ter biópsia positiva sob exposição a glúten dá diagnóstico PROVISÓRIO, PRESUNTIVO!

→ Só se chega ao diagnóstico definitivo quando após a biópsia se remove o glúten → existe remissão clínica + negativação marcadores serológicos.

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17
Q

Tx doença celíaca 2 pilares e follow-up?

A

1 - Dieta sem glúten para o resto da vida, mesmo q assintomático - não cumprir lesa sempre a mucosa, mesmo que assintomático.
- Excluir trigo, centeio, cevada.
- Perante paragem de consumo de glúten o desconforto abdominal resolve em poucos dias.
- Diarreia pode demorar até 1 mês a resolver!!!

2 - Verificar se é necessário substituição para deficiências nutricionais - ferro, cálcio, vitamina D, folato, vitamina B12

Follow-up: serológico + nutricional
- 3 meses
- 6 meses
- anual

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18
Q

Causas de hematúria macroscópica? Que perguntas fazer na HC?

A
  • UTI
  • trauma
  • glomerulopatia: pós-infecciosa, púrpura Henoch Schonlein, Nefropatia IgA, nefrite lúpica
  • litíase renal
  • síndrome hemolítica-urémica
  • trombose
  • tumores
  • coagulopatias
  • drepanocitose

HC:
- se já teve episódios prévios
- sintomas acompanhantes: febre, dor, disúria, freq urinária, oligúria, anúria, peso variou, artralgias
- coloração da urina
- coágulos na urina?
- fase da micção em que surge hematúria
- trauma?
- fármacos que fez?
- infeção respiratória ou cutânea 2-3 semanas antes: sugere glomerulonefrite pós-infecciosa
- infeção resp ou cutânea simultânea: sugere nefropatia a IgA
- ex físico intenso recente? - pode ser mioglobinúria

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19
Q

Definição ITU recorrente?

A

Ter, durante 1 ano:
- >=2PNA
- 1 PNA + >=1 cistite
- >=3 cistites

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20
Q

Etiologia ITU?

A
  • E. coli - 75-80%
  • Klebsiella
  • Proteus mirabillis - 30% sexo masculino
  • Enterobacter
  • Pseudomonas
  • Serratia
  • H. influenzae
  • Strep B - RN!
  • Enterococcus
  • S. aureus
  • S. saprophyticus

Adenovírus - cistite hemorrágica

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21
Q

Clínica de ITU conforme idade?

A

Importância na criança devido a grande incidência e o poder sinalizar patologia estrutural/funcional do trato urinário.

Febre não é igual a pielonefrite, podemos ter cistites que cursam com febre!!!

RN/lactente:
- febre: sintoma + frequente
- prostração, irritabilidade
- vómitos
- recusa alimentar
- má progressão ponderal
- icterícia neonatal
- sépsis

Criança/adolescente:
- disúra
- polaquiúria
- febre - menos freq a menos que PNA
- calafrio
- náuseas/vómitos
- dor abdominal/lombar!!!
- enurese

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22
Q

Dx de ITU? Como colher urina?

A

Clínica conforme idade +
<2 anos têm quadro inespecífico que dificulta o dx.

Lab:
- urina II + sedimento
- urocultura
→ Termos uma análise sumária de urina normal, particularmente em lactentes, não exclui o dx de uma infeção urinária.

Se suspeita de PNA, casos de > gravidade ou com indicação para internamento: PCR, leucócitos contagem diferencial, procalcitonina, função renal (creatinina, ureia, ionograma).

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23
Q

AP e AF que importam nas ITU?

A
  • malformações genitourinárias conhecidas
  • controlo de esfíncteres
  • ITU de repetição
  • alteração do padrão miccional?
  • trauma
  • atividade sexual

AF:
- ITU
- anomalias urogenitais
- DRC

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24
Q

Como colher urina asséptica?

A

Controlo esfincteriano: jato médio

Sem controlo esfincteriano:
- algaliação
- punção vesical: invasivo, mas gold standard, melhor deles todos. Nunca se >2 anos.

Evitar saco coletor - se usado como triagem, trocado a cada 30min. Muitos falsos positivos.

Perante fraca suspeita clínica e/ou lab: saco coletor - se sugestivo obriga a confirmar por algaliação ou punção vesical - urocultura.

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25
O que é uma cultura dx de ITU?
Cultura pura = 1 agente. Nº de colónias necessárias para a positividade da urocultura depende do método de colheita de urina.: - PSP: >=1000 - Algaliação: >10mil - Jato médio >100mil
26
Critérios de internamento nas UTI?
- RN, <3 meses - Febre elevada, prostração, vómitos (clínica) - Patologia urenoferológica - Intolerância oral - não permite fazer ABT decentemente - Outra doença crónica com necessidade de > vigilância clínica - Incerteza de tx em ambulatório - Falência tx PO já feita - Incerteza seguimento clínico
27
Tx UTI duração e agente?
Sempre empírica! Assim que dx, tx, porque evita o risco de lesão renal. Agente só se sabe 48h depois, sensibilidade às 72h. Duração: - Cistite: 3-5d - PNA: 7-14d Reavaliar em 48-72h todos - ajustar com urocultura! 1-3 meses, EXCLUINDO período neonatal: - PO 1a linha - cefuroxime (cefalosporina 2G) - se internar IV - cefotaxima (cefalosporina 3G) >3 meses: - amoxiclav PO ou cefuroxime PO - internamento é = ao PO, mas IV Adolescentes, + nas raparigas: - fosfomicina 3g, dose única PO Se internar a tx pode passar a PO depois de 24h-48h de apirexia. Medidas gerais: - evitar nefrotóxicos: AINEs - otimizar paracetamol - hidratação - tx obstipação se existir - higiene comportamental para futuro
28
O que valorizar ao EO perante hematúria macroscópica?
- Edema? (doença glomerular) - Peso - PA - Exantemas (vasculites, coagulopatias) - Hematomas (coagulopatia) - Palidez (anemia falciforme, SHU) - Dor abdominal/lombar (PNA, nefrolitíase, hidronefrose, vasculite) - Massas (uropatia, tumor renal) - Globo vesical (obstrução na uretra, ITU) - Genital - balonite, vaginite?
29
Hematúria glomerular vs não glomerular?
Glomerular: - edema, oligúria, HTA - urina castanha, coca-cola, chá preto - sem coágulos - proteinúria freq, variável, >100-500 - eritrócitos dismórficos >30%, >5% acantócitos - cilindros eritrocitários patognomónicos Não glomerular: - dor abdominal/flanco, disúria - urina vermelha/rosada - coágulos por vezes presentes - proteinúria pouco freq, ligeira <100 - GV na urina normais - sem cilindros eritrocitários
30
Clínica de sarampo?
Agente: paramixovírus. Incubação 15d. - Vacina VASPR PNV: 12 meses e 5 anos. Pródromo: - 3-4d febre alta mantida - catarro respiratório intenso - conjuntivite - "ar doente" Patognomónico: manchas de Koplik - ponteado branco nacarado sobre fundo eritematoso na mucosa jugal, surge entre 3º-4ºd e desaparece em 24h-48h Exantema: - máculo-papular - inicia-se na região retroauricular e linha de inserção do cabelo - atinge de forma confluente toda a superfície corporal, de forma céfalo-caudal, em 3d - desaparece pela ordem de aparecimento ao dia 5-6 - descamação furfurácea, poupa mãos e pés Complicações: - pneumonia - convulsões febris - panecefalite esclerosante subaguda ISOLAR ATÉ AO 4º DIA DE EXANTEMA!!!
31
Dx de sarampo?
- clínico - leucopénia e neutropénia - isolar vírus pq é raro - serologia
32
Kawasaki? Idade?
Síndrome linfomucocutânea, vasculite aguda das artérias musculares de médio e pequeno calibre. + freq - 6 meses -5 anos Pico: 9-11 meses
33
Critérios de dx de Kawasaki?
Clássica: ≥5d de febre + ≥4 critérios dx Critérios: 1 - febre alta >5d e sem foco infeccioso reconhecido, que não cede a antipiréticos facilmente 2 - conjuntivite bilateral, bulbar, não purulenta 3 - alt lábios/boca (70%): queilite, fissuras labiais, língua vermelha, hiperemia orofaringe 4 - alteração das extremidades: edema duro do dorso das mãos e pés, eritema palmar e plantar, descamação dedos em luva no fim da primeira semana de doença 5 - 3º-5ºd de febre surge exantema polimorfo eritematoso do tronco, pode ser + acentuado no períneo - adenopatias cervicais não supuradas >1,5cm, unilaterais Outras alterações: - uretrite com piúria - artralgias, artrite - meningite asséptica - hidrópsia da vesícula - surdez neurossensorial Complicação + temida: - aneurisma das carótidas - fazer eco + ECG - 20-40% dos não tx tem complicação cardíaca
34
Tx Kawasaki?
Instituir em fase precoce: - Imunoglobulina - AAS - risco de aneurisma das coronárias e doença cardíaca. Pode ser suspenso quando houver normalização de parâmetros inflamatórios e plaquetas (~6-8 semanas) Mortalidade 3,7%.
35
Perguntas a fazer perante 1º episódio de cefaleias?
- Garantir que é mesmo o 1º episódio - onde - como é a dor - como evoluiu? - Pós-trauma? - síndrome febril? - outros sintomas neurológicos? - vómitos? - fotofobia/fonofobia? - desiquilíbrio? - sinais focais? - desencadeante óbvio? - trauma, febre, menstruação, ex físico, esforço visual, falta de sono, cansaço? - HF? - mt comum nas enxaquecas - sintomas prodrómicos? - alt visuais, de força, vertigem, parestesias, alt discurso? - palidez? - alt humor? - fatores de alívio? - dormir, analgésicos, gelo, exercício, brincar, escuridão, luz, ruído, massajar, valsalva
36
Cefaleias primárias vs secundárias?
Primárias: 40-75% SU - enxaqueca - tipo tensão - salvas Secundárias: processo orgânico que dá cefaleias como sintoma - trauma CE/pescoço - infeção - trombose - HIC - substância/privação - crânio, olhos, seios, dentes, boca, etc - psiquiatria - tumor
37
Clínica HIC?
- Cefaleia súbita - Alt estado consciência - Alt focais - défices motores - Convulsões - crises focais
38
Clínica trombose venosa cerebral?
- Cefaleia intensa e persistente - Alt estado consciência - Alt focais - défices motores só se enfarte associado - Convulsões - Edema papilar
39
Clínica de enxaqueca?
Local na criança: mais bifrontal ou holocraniana, sem a lateralização óbvia do adulto! Isso começa a acontecer no adolescente. Recorrente. - Dura <72h. - Dor tipo pulsátil, latejante, inicialmente contínua. - Desencadeante: stress, fadiga, ex, fome, viagens, doença, calor, menstruação, ACO, alimentos/aditivos, analgésicos em demasia, falta de sono Sintomas acompanhantes: - dor abdominal - náuseas/vómitos - anorexia - fotofobia - fonofobia - parestesias Pródromos visuais.
40
Etiologia da cefaleia conforme evolução?
Aguda: <5d - febre - infeção resp sup - meningite - HSA - enxaqueca - HTA - trauma - intoxicação - fármacos/drogas Recorrente: periódica com intervalo livre: - enxaqueca - variante enxaqueca - tensão - cluster - nevralgia - HTA - drogas - epilepsia - doenças metabólicas Crónicas progressivas (>15-30d, intensidade crescente, diária-semanal): - hidrocefalia - neoplasia - abcesso - hematoma subdural - pseudotumor cerebri - aneurisma, MAV - malf fossa post - HTA - fármacos
41
O que fazer no EO de cefaleia?
- Peso, altura e estadio pubertário: sugere patologia hipotálamo-hipófise - Perímetro cefálico nos lactentes - ORL: congestão nasal, dor à palpação dos seios perinasais - PA - AC + vasos - sopros? - Pulsos femorais Exame neurológico: - marcha - desiquilíbrio - dismetria - pares cranianos - fundoscopia - edema?
42
Quando se fazem MCDT na cefaleia?
- alteração ao exame neurológico - alt estado consciência - aumento progressivo da frequência e gravidade da cefaleia - despertar noturno sem se deitar com ela - alt da personalidade - alteração peso ou perímetro cefálico - < 4 anos: semiologia + difícil de valorizar!!! Que exame? - RM na neuropediatria se não urgente, mais detalhe, especialmente vasos - TC-CE no SU
43
Equivalentes migranosos?
- Enxaqueca abdominal - em vez de dor de cabeça temos queixas abdominais, mas com o mesmo padrão. Com o evoluir da idade a dor desaparece e surgem queixas de enxaqueca. - Vertigem paroxística - queixa de vertigem de forma paroxística, choram, querem colo e dps passa. HF de enxaqueca. Alívio com analgesia. Evoluem para enxaqueca mais tarde. - Torcicolo paroxístico - episódios de lateralização do pescoço, ataxia, irritáveis, melhora com analgesia e ficam bem ao fim de umas h, depois de dormirem. Precipitante é falta de sono. Tende a converter-se aos 4 anos em enxaqueca clássica.
44
Cefaleia de tensão?
Dor bilateral, frontal e occipital - em faixa. Dor diária que evolui durante anos. Crónica: >15d/mês. Dura 30min-7 dias Agrava ao longo do dia, não agrava com ex físico. Palpação dolorosa músculos cervicais posteriores e epicranianos. Fazer mapa de dor de cabeça - dx diferencial + monitorização de tx profilática.
45
Tx enxaqueca no SU?
- Repouso, tranquilidade - AINEs EV - mas CI SE SUSPEITA DE HEMORRAGIA!!! - Metocloperamida: antiemético e tem efeito direto na enxaqueca! - Adolescentes: triptanos, CI se doença CV Amitriptilina, cloropromazina, procloroperazina - 2a ou 3a linha
46
Tx proflático de cefaleia?
Raramente no SU. Enviar p consulta. Indicações: - 4 episódios incapacitantes/mês - tx sintomática ineficaz - 3-6 meses contínuos Cefaleias de tensão - respondem melhor a amitriptilina ou AE Enxaqueca - qq 1, escolher pelo perfil de efeitos 2os: - Obesa - flunarizina e amitriptilina potenciam o aumento de peso, evitar. Preferir topiramato, que é aroxenigeziante ou propanolol. - Ansiedade - propanolol - HTA - propanolol + BCC - Instabilidade de humor - AE 6 meses-1 ano - se melhora, devemos tentar retirar os fármacos de forma lenta. Só reintroduzir se existir agravamento do padrão de cefaleias mais tarde.
47
Critérios alta do SU de cefaleias?
- Após excluir causas 2as - Sem défice qq neurológico, mm de aura - Dor desapareceu ou reduziu consideravelmente - Verificar se necessita de ser referenciado a consulta
48
Doença cuja tx com ibuprofeno pode dar fasceíte necrotizante?
Varicela!
49
Febre sem foco - definição?
<7 dias, que após HC e EO adequado não permite estabelecer etiologia provável.
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MCDT na febre sem foco?
Depende da idade. RN: exame objetivo normal tem VPN baixo. - hemograma - hemocultura - leucograma diferencial - PCR: OBRIGATÓRIO FAZER PL no rn!!!! - urina tipo II - urocultura - LCR - coprocultura - raio x tórax 1-3 meses: - +/- similar ao de cima - se exame normal -> internar para vigilância ou se confiança cuidadores ambulatório e reobservar dia seguinte ou + cedo se necess 3-6 meses: febre + freq - se clínica ok, nem sempre é preciso fazer análises - lab se febre >39ºC até 2 anos - > probabilidade de bacteriémia oculta - exame sumário de urina e urocultura: idade com risco elevado de pielonefrite 6 meses - 3 anos: - clínica + sensível - lab decisão individual
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Abordagem febre sem foco no RN e 1-3 meses?
Internar no RN. Ponderar ambulatório só nos 1-3 meses que exames lab ok e com cuidadores de confiança, reavaliando no dia seguinte. MCDT noutra flashcard. AB empírica: - ampicilina + gentamicina ou - ampicilina + cefotaxima Se lab inicial ok: vigilância
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Abordagem febre sem foco 3-6 meses? E 6 meses - 3 anos?
> casa e reobservar 24-48h dps. MCDT se necessário. Se sugerir doença invasiva, ABT empírica com amoxicilina, amoxiclav, ceftriaxona ou cefuroxima. 6 meses-3 anos: - mm tx empírica se indicação - reobservar 24h dps se ambulatório
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Febre sem foco - critérios internamento?
- RN com febre - Lactente com suspeita de doença bacteriana invasiva - Criança com aspeto tóxico - Doença crónica
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DRC na criança - manifestações?
- Hx de UTI - Poliúria - Nictúria - Anemia - HTA - Má progressão ponderal - Rins pequenos - Osteodistrofia renal
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LRA definição e valores KDIGO?
Diminuição súbita do filtrado glomerular, o que leva a retenção de produtos azotados e alterações hidroeletrolíticas e ácido-base. Define-se por: - aumento Cr sérica >=0,3mg/dl em 48h ou - aumento Cr sérica >=1,5x basal em 7d e/ou - débito urinário <=0,5ml/kg/h em 6h Estadio 1: - 1,5x-1,9x basal ou aumento >=0,3mg/dl - <0,5 ml/kg/h 6-12h Estadio 2: - 2-2,9x valor basal Cr - <0,5 ml/kg/h >=12h Estadio 3: - >3x valor basal Cr - Cr >4 mg/dL - necessidade técnica de substituição renal - TFG <35 ml/min/1.73m2 - <0,3 ml/kg/h >=24h ou anúria >=12h
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Manifestações LRA?
Forma oligúrica ou não oligúrica. Oligúrica: - retenção hidrossalina - edema, HTA Lesão tubulo-intersticial pode ter poliúria, por incapacidade de concentrar urina.
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Etiologias LRA?
1. Pré-renal: 40-55% . hipovolémia - desidratação - hemorragia - cetoacidose - sind nefrótica .menor DC - IC - arritmias . vasodilatação periférica - sépsis - anafilaxia - antihipertensores . fármacos - diuréticos - iECA - AINEs 2. Renal: 20-40% - tubular: necrose tubular aguda por LRA pré-renal prolongada, isquémia, toxinas, fármacos, obstrução - intersticial: nefrite tubulo-intersticial, pielonefrite - glomerular: glomerulonefrite - arterial: SHU, vasculites - venose: trombose veia renal 3. Pós-renal: 1-10% - obstrução uretér em rim único - coágulos, cálculos - obstrução ureterica bilateral - obstrução uretra - bexiga neurogénica - retenção urinária iatrogénica
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HC e EO LRA?
Sugere LRA pré-renal? - Perda de fluidos: diarreia, vómitos, queimaduras, choque - Sinais de desidratação - Má perfusão periférica - Taquicardia - Hipotensão/HTA - perda de peso Sugere LRA renal? - hx recente de amigdalite/infeção cutânea? - exposição a nefrotóxicos: AINEs, aminoglicosídeos, contrastes - diarreia sanguinolenta - febre, artralgias, exantema - hematúria - proteinúria - HTA Pós-renal: - anomalia renal conhecida - anomalia medula espinhal conhecida - UTI - cálculo - jato urinário fraco - hematúria - anúria
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Avaliação analítica na LRA?
- Ureia, creatinina - Ionograma, cálcio, fósforo: hipercaliémia, hiponatrémia, hiperfosfatémia - pH e gases: acidose metabólica - urina II com análise do sedimento urinário - sódio urinário - osmolalidade urinária - albumina se proteinúria - urocultura - hemocultura - hemograma completo - doseamento se fármacos nefrotóxicos - eco renal e vesical!
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LRA pré-renal vs renal por lab?
- Densidade urinária: >1020 na pré, < renal - Osmolalidade urinária: >400 na pré, < 350 na renal - Na+ urinário <20 na pré, >40 na renal - Fração excreção de Na+ <1% na pré, >2% na renal - Cr urinária/Cr plasmática >40 na pré, <20 na renal
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Tx da LRA?
- tx dirigido à causa - ajuste dos aportes - hipercaliémia: >6 com alt do ECG ou >7 mm com ECG normal - gluconato de cálcio 10% IV em 5-10min: estabilizar membrana cardíaca - salbutamol nebulizado, insulina IV 0,1Ul7kg em 5-10min: para entrar nas céls - furosemida IV: espoliação de K+ - resina permutadora - restringir K+ na dieta e suspensão nos fluidos IV Hipocalcémia sintomática ou alt cardíacas: gluconato de cálcio 10% IV Hiperfosforemia: - restrição dieta - quelantes do fósforo às refeições (carbonato de cálcio) Acidose metabólica: bicarbonato de Na+ só dps de avaliar calcémia e esta ser corrigida!, IV apenas se acidose grave PA: antihipertensores consoante etiologia da LRA. Evitar iECAs, que agravam LRA. Limitar uso de nefrotóxicos ou ajustar doses Suporte nutricional Indicações para técnica de substituição renal: - síndrome urémica - acidose refratária - eletrólitos alterados refratários - overload de volume - intoxicação
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Sépsis precoce = <72h de vida? Etiologia?
Sugere transmissão vertical intraparto. Mortalidade pode ir até 10%. Agentes: - Strepto grupo b - E. coli - Listeria - Outros Gram - Mais frequente - sépsis e meningites no período NN precoce → streptococcus do grupo B
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Abordagem de suspeita clínica de infeção RN?
Imediatamente: - hemograma e hemocultura - PCR - contagem de neutrófilos imaturos - tx empírica imediata: ampicilina + gentamicina IV - associar cefalosporina de 3G se suspeita de meningite - enviar para unidade de neonatologia Tudo acima se faz independentemente dos resultados das análises. Se lab normal: repetir análises 12-24h Se clínica + lab ok às 48-72h: interromper ABT empírica.
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Sinais e sintomas sugestivos de sépsis neonatal?
- instabilidade térmica: febre vs hipotermia - taquicardia ou bradicardia - aumento TRC - sinais de má perfusão - hipotensão - dificuldade respiratória: polipneia, gemido, tiragem, adejo nasal - apneia - hipoxemia mantida - palidez - hipotonia - letargia
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Como abordar criança com risco infeccioso mas assintomática à nascença?
Rastreio lab séptico às 6-18h de vida. Indicação para começar tx se pelo menos 1: - PCR >2 - Se PCR 1-2: sem alta até pelo menos 48h e ponderada reavaliação laboratorial - Relação neutrófilos imaturos/totais >=0,2 - PL se forte suspeita de sépsis
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FR de infeção neonatal?
A. Corioamionite: febre materna >38 associado a >=2 dos seguintes: - leucocitose materna >15000 - PCR materna >2g - taquicardia materna >100 - taquicardia fetal >160 - dor uterina - líquido amniótico com cheiro fétido ou purulento (não se LA meconial) B. isolamento de strep B na ausência de profilaxia adequada = iniciada <4h antes do nascimento ou que não tenha sido com ampicilina sem antibiograma se qq uma: - colonização por strep b no 3ºT - bacteriúria a strep B em qq momento da gravidez - filho anterior com infeção a strep b C. rotura prolongada >=18h ou pré-termo espontânea (<37S) de membranas
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Sépsis - definição? qSOFA?
Disfunção de órgão potencialmente letal causada pela resposta desregulada do hospedeiro à infeção. qSOFA - >=2: - hipotensão - alt estado neurológico - taquipneia
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Choque séptico - definição?
Sépsis com necessidade de aminas vasoativas para manter MAP adequada ou sépsis e lactato >18mg/dL após ressuscitação com fluidos.
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Choque séptico - etiologia?
- Meningococco: + freq - Pneumococco: 2º RN e <2 meses: - Strep B - E. coli - Enterobacteriaceae Adolescente: - S. aureus - Strep grupo A
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Choque - clínica? Conforme idade?
A taquicardia é o 1º sinal de choque! Hipotensão é + tardia e frequentemente pré-terminal. Febre ou hipotermia. Aparência de doença grave. Irritabilidade vs prostração. Diminuição da diurese. Acidose metabólica, hiperlactacidémia. Crianças: + choque frio - vasoconstrição periférica - extremidades frias - aumento TRC - pulsos fracos e filiformes Adolescentes: + choque quente - vasodilatação periférica - extremidades quentes - TRC <1s - pulsos amplos ou saltões CID - petéquais e sufusões.
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Invaginação intestinal - incidência?
Após infeção respiratória ou GI - hipertrofia das placas de Peyer. Mais freq: 5-9 meses - 50% < 1ano! - MUITO RARA <3 MESES! 10-25% >1 ano. FQ mais tarde, associada a 1a vacina contra o rotavírus.
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Invaginação intestinal clínica?
- Dor abdominal súbita, tipo cólica, espaçamento de 15-20min entre episódios de dor - Letárgico entre os períodos de dor - Vómitos alimentares inicialmente - Dejeções de pequeno volume - Retorragias: em fase avançada, já houve compromisso da componente vascular intestinal - Geleia de framboesa: aspeto das fezes com muco e sangue, indica compromisso vascular, não necessariamente necrose → patognomónico Tríade clínica: - cólica abdominal - massa abdominal palpável no hipocôndrio direito (+ fácil de palpar sem cólica) - fezes em geleia de framboesa (sangue e muco) EO: - sinais vitais ok - aumento dos ruídos peristálticos nos momentos de cólica - massa abdominal: fixação do mesentério, forma curva - toque retal com muco e sangue, pode palpar-se por vezes cabeça invaginante - sinal de Dance: sem ruídos peristálticos audíveis na FID e "vazia"
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MCDT na invaginação intestinal?
- Eco abdominal VPN 100% . sinal de alvo/donut - transversal . sinal de pseudo-rim - longitudinal Rx abdominal - se suspeitar de perfuração, mas nunca para excluir dx
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Tx da invaginação intestinal? Excepção? Indicações de cada tipo de tx?
Monitorizar por eco. - fluidoterapia IV Ideal - MÉDICO: - desinvaginação com controlo ecográfico - redução hidrostática ou redução pneumática → considerada bem sucedida quando existe fluxo franco de líquido para o íleon terminal. - vigiar 24h, restabelecer via oral e trânsito intestinal Tx médico pode ser repetido, mas nunca mais de 3x → preferir cirurgia nesses casos. CI a redução hidrostática: - perfuração intestinal - peritonite - invaginação crónica - compromisso grave do estado geral - >48h de evolução do quadro -- As reduções ileo-ileais têm elevada taxa de resolução espontânea, especialmente se <3cm, pelo que têm tx ligeiramente diferente: - internamento - dieta zero com fluidoterapia IV - reavaliação com método de imagem 6-12h para ver se resolveu espontaneamente* -- Tx CIRÚRGICO: - se médico falha - se evolução >24h - se recorrente - se >2 anos - se ileo-ileal Como se faz: - laparotomia pequena FID - laparoscopia
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Estigmas de alergia ao EO?
- Saudação alérgica - Prega transversal do nariz - Olheiras alérgicas (congestão vascular) - Prega de Dennie-Morgan - Queratose pilar - Xerose
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Asma - definição?
Doença inflamatória crónica das vias aéreas. Heterogénea. Definida por episódios recorrentes de sibilância, tosse, dispneia e opressão torácica de intensidade variável, com limitação variável do fluxo aéreo. - Hiperreatividade brônquica: broncoespasmo induzido por alergénios, irritantes, vírus, exercício - Remodeling - pela inflamação crónica, alt estruturais das vias aéreas e perda progressiva da função respiratória, persiste nos períodos assintomáticos.
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Apresentação clínica de asma e seu EO?
- Tosse - Sibilância/pieira/respiração sibilante - Dispneia (bradipneia expiratória) - Opressão torácica - Variável na freq e intensidade - Agravamento noturno: perguntar sempre por despertares noturnos! - Perguntar se tem asma com o exercício Pródromos: coriza, crises espirros, obstrução, prurido nasal, prurido conjuntival, tosse espasmódica. EO: pode ser ok entre agudizações - Taquicardia - Taquipneia - Sibilos: achado + freq - Aumento tempo expiratório - Tiragem - Tórax em posição expiratória - Abaixamento do diafragma - Hipersonoridade - Estigmas de alergia: pele atópica, fácies adenoideu, hipertrofia dos cornetos, alt membrana timpânica/otite serosa Infeção viral é a principal causa de exacerbação de asma na criança!
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Dx de asma? Clínico!
- HC + EO: sintomas sugestivos + AP atopia + AF atopia Para confirmação e reforço dx e seguimento: - Estudar função pulmonar (se >6-7 anos) - IgE específicas - Testes cutâneos - Raio x tórax no 1º episódio para dx diferencial ou nas dúvidas dx na evolução
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Dx diferencial de asma? Sinais sugestivos?
- Bronquite - Pneumonia - Tosse convulsa - DRGE - Corpo estranho (2-3 anos + comum) - FQ - IC - Doença broncopulmonar - ID - Ansiedade Coisas que sugerem < prob de asma: - tosse isolada - tosse produtiva crónica - infeção de repetição com necessidade de ABT - má progressão estatuto-ponderal!!!!! - hipocratismo digital - sibilos localização fixa: corpo estranho - ausência de resposta aos broncodilatadores - relação com refeições - dispneia associada a lipotímia ou parestesias - dor torácica
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Espirometria na asma? Broncodilatação? Esforço?
Evidência de reversibilidade de obstrução do fluxo aéreo? Prova de broncodilatação: - Diminuição FEV1>12% nas crianças - Diminuição FEV1>12% basal + >200ml no adolescente (= ao adulto) Prova de esforço: - Diminuição FEV1>12% previsto nas crianças - Diminuição FEV1>10% basal!!!! + >200ml no adolescente (= ao adulto)
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Estudo alergológico na asma?
Serve para reforçar dx de asma, identificar desencadeantes evitáveis e tem valor prognóstico. In vivo: - prick test: a + útil - intradérmicos - epicutâneos (patch) In vitro: - PHADIATOP: mistura de alergénios, rastreio - IgE específicas: se n puder fazer cutâneos por patologia dermato, menos sensível e mais caro - Estudo componentes moleculares
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Tx da asma objetivos: 2 pilares.
Preventivo: - controlar doença - prevenir agudizações - salvaguardar função pulmonar - qualidade de vida Tratar crises: - reverter obstrução - reverter hipoxémia - evitar efeitos 2os tx - prevenir mortalidade (+ nos adolescentes) Como? - educação - monitorização - evicção trigger - tx farmacológico - imunoterapia
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Medidas gerais no tx da asma?
- Evitar alergénios e precipitantes - Melhorar ambiente - Fatores psicogénicos - Treinar técnica inalatória - Encorajar adesão tx mesmo com sintomas ocasionais só - Ensinar identificar exacerbação e seu controlo - Plano tx escrito - Avaliar após 3 meses de tx: step up ou down
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Step-up tx da asma 6-11 anos? GINA 2022
Step 1 (sintomas <2x/mês): ICS baixa dose sempre que fizer SABA + SABA reliever Step 2 (>2x/mês, mas < diariamente) - ICS inalados baixa dose + SABA reliever OU - antagonistas dos leucotrienos + SABA reliever Step 3: > dos dias ou acorda com asma >=1x/semana - baixa dose ICS-LABA - ICS média dose - ICS-formoterol muito baixa dose ou - ICS baixa dose + LTRA + SABA reliever Step 4: > dos dias, acorda c asma 1x/semana e função resp diminuída - ICS-LABA média dose - ICS-formoterol baixa dose manutenção e reliever - consulta de especialidade Step 5: - especialidade - ICS-LABA alta dose - anti-IgE (omalizumab) - anti-ILR4 última linha: corticoterapia oral baixa dose, efeitos 2os
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Step-up tx da asma >12 anos? GINA 2022
ICS-formoterol como reliever e controlo logo no step 1!!! Deixa de incluir SABA.
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Classificar gravidade de asma na criança?
4 tipos: episódica ocasional, episódica frequente, persistente moderada, persistente grave Como avaliar? - nº episódios e sua duração - sintomas intercrise - sibilâncias - sintomas noturnos - medicação de SOS - função pulmonar
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Avaliar grau de controlo da asma na criança?
Critérios de controlo: - sintomas diários - sintomas noturnos - limitação da atividade - medicação SOS - função pulmonar - crises/exacerbações que requerem corticoides sistémicos
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Abordagem 4 pilares crise de asma no SU?
4 objetivos: - avaliar gravidade - melhorar oxigenação - intervir rapidamente de forma a diminuir o broncoespasmo - orientar a terapêutica na alta → rever esquema e o que falhou Focos no exame objetivo: - FR - FC - Estado de consciência - Capacidade de falar - Tolerância alimentar - Esforço respiratório - SpO2 - Tempo expiratório na auscultação pulmonar
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Crise asma no SU: primeiros passos e avaliação de gravidade?
- Caracterizar episódio agudo - Caracterizar doença e seu controlo - FR? - Precipitante - infeção, alergénios, stress - EO - MCDT não são necess se ligeiro-moderado - Gasimetria: se > gravidade, sem resposta tx - Raio x tórax: se enfisema subcutâneo, penumotórax suspeito, febre, pneumonia suspeita, crise grave q ñ responde à tx Avaliar gravidade: 1- Ligeira: - dispneia com marcha - sibilância, tosse - uso discreto m acessórios - FR sem aumento significativo - prolongamento do tempo expiratório - sibilos no final da expiração - FC <100bpm - SpO2>=95% 2 - Moderada: - dispneia ao falar: frases curtas - agitação - tiragem - prefere estar sentado - FR aumentada - AP com prolongamento do TE - sibilos em toda a expiração - FC 100-120bpm - Sp90-94% 3 - Grave: - dispneia em repouso - discurso/choro entrecortado - dispneia acentuada - tiragem global - cianose - recusa alimentar - FR>30 - prolongamento TE e sibilos na inspiração e expiração ou tórax silencioso - FC >120 - Sp<90% Sinais de alarme: - cianose - sonolência (hipóxia) - agitação (hipercapnia) - tórax silencioso - não consegue falar, brincar ou alimentar-se
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Tx crise de asma fármacos?
- oxigénio suplementar - salbutamol + brometo de ipatrópio em câmara expansora (broncoconstrição) (Peça bucal >5 anos, máscara <5 anos.) -> Pode repetir a cada 10-20min na primeira hora. - corticóides PO (inflamação) 3-5d
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Critérios de alta crise de asma?
- SpO2 >94% sem necessidade de O2 suplementar - Clinicamente estável com broncodilatadores intervalo mín 4/4h - Tx ou remover desencadeante - Plano tx escrito - Referenciar p consulta especialidade se crise moderada-grave Plano para a alta: - Rever técnica inalatória - Tx a cumprir após alta - Rever tx e atitudes em crises futuras - Ensinar evicção de desencadeantes/alergénios
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Critérios internamento crise de asma? UCIP?
- Moderada-grave - SpO2<92% apesar de broncodilatadores e corticóide sistémico - Intolerância alimentar - Motivos sociais UCIP: - cianose - tórax silencioso - exaustão - alt estado consciência - hipoxemia não reversivel com O2 suplementar - hipercapnia com necess de suporte ventilatório
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Follow-up crise asma no SU após 1a tx?
- Vigilância FR; FC, SpO2 - B2 agonista h/h conforme clínica - Se estável após 4h e critérios: alta - Se má respostas: internar
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Tx da rinite alérgica?
- Evitar alergénios - Anti-histamínicos não sedativos (desloratadinia, cetirizina, bilatina, ebastina, levocetirizina) Pode aumentar até 4x a dose. - Corticóides nasais (budesonido, fluticasona, mometasona): única que atua na obstrução!!!!! - Imunoterapia pode ser feita de forma sublingual, de eficácia = a vacina injetável → tx demora 3-4 anos.
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Locais eczema conforme idade?
Lactente: - pele seca - prurido intenso - pert sono - exantema eritematoso descamativo na face, courco cebulodo, retroauricular, sup extensoras membros, tronco - sem escoriação pq criança não se sabe coçar Infância: - áreas de flexão (antecubitais e popliteias) - pescoço - retroauriculasr - punhos e tornozelos - escoriações - liquenificação Adolescência: - + difuso, com liquenificação e xerose - discromias (pescoço) - associação a querato-conjuntivite vernal, com fotofobia e prurido ocular - pitiríase alba - eczema desidrótico das mãos e pés
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Tx eczema?
- banhos rápidos, pouco quentes - agentes limpeza ph neutro - emolientes, cremes - roupas 100% algodão - evitar agressão da pele - corticóides tópicos 2-3x/semana na manutenção, 1-2x/d na agudização 3-6d Se moderada-grave: - investigação alergológica - corticoterapia tópica + potente - imunomoduladores tópicos (tacrolimus e pimecrolimus) - pode ser necessária corticoterpia sistémica - antihistamínicos: prurido - imunoterapia específica - evicção alimentar - se alergia alimentar
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Clínica de bronquiolite aguda?
+ comum 3-6 meses. Novembro-Março. Pode ter + do que 1x na mesma época! 3-7 dias, autolimitada. Doença viral sazonal, caracterizada por febre, coriza nasal e tosse seca, sibilante, sobretudo no 1º ano de vida. Fervores inspiratórios finos e/ou sibilos expiratórios de tonalidade alta. Ver flashcard sobre dx.
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Dx de bronquiolite aguda?
Clínico: - rinorreia, tosse e febrícula 1-3d (pródromo), recusa alimentar - fase aguda: progressão para dificuldade respiratória de agravamento progressivo, perturbação alimentar e sono: pico de gravidade 3º-5º dia Pode ter tosse seca, que pode ser persistente. Questionar sempre impacto da doença na alimentação, hidratação e estado de consciência! EO: - taquipneia - tiragem costal - AP com fervores dispersos pelo tórax/sibilos Suspeitar de outro dx: - temperatura >=40 - sinais de toxicidade sistémica: sonolento, irritável, pálido, pele marmoreada, taquicárdico
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Dx diferencial bronquiolite?
- asma em idade pré-escolar - sibilância associada a vírus - pneumonia - malformação pulmonar congénita - fibrose quística - aspiração de corpo estranho
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Etiologia bronquiolite?
- VSR 75% - Metapneumovírus humano - Parainfluenza - Influenza - Adenovírus - Coronavírus - Rinovírus Muito comum, na gravidade, existirem duas infeções concomitantes → 2 vírus, ou vírus + bactéria.
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FR bronquiolite grave?
- prematuridade <37S - <6-12 semanas, <3 meses nos protocolos SU - doença pulmonar crónica - doença cardíaca congénita - ID - doença neuromuscular - tabaco: PERGUNTAR SEMPRE
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MCDT na bronquiolite?
NÃO POR ROTINA. - Raio x tórax: arrastada, dx diferencial - GSA: hipoxémia - Lab: critérios de gravidade ou complicações - Pesquisar vírus nas secreções: para isolar no serviço
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Abordagem da bronquiolite no SU?
- FR de gravidade? - Estimar gravidade: . FR . FC . SpO2 . Sinais de dificuldade respiratória . Dificuldade alimentar . Hidratação . Estado consciência MCDT - ver se tem indicação. - Monitorizar SpO2 nas fases iniciais para perceber se necess oxigenoterapia e se doente grave, comorbilidades ou a fazer O2 de alto fluxo/ventilação Critérios de internamento?
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Critérios de internamento na bronquiolite aguda?
- <6 semanas - SpO2 <=92% - dificuldade resp moderada a grave ou a agravar e hipoxémia - ar doente - incapacidade alimentar - FR para > gravidade!!! - social
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Tx bronquiolite no SU?
Medidas gerais: - hidratação - desobstrução nasal - elevar cabeceira do leito - redução e fraccionamento das refeições - antipiréticos - mas febre pouco freq No internamento: - alimentação e hidratação SNG - oxigenoterapia se SpO2 <=92%, óculos/cânulas nasais ou máscara facial - suportes resp adicional se necess Prematuros podem fazer profilaxia VSR: palivizumab 1x7mês
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Critérios de alta na bronquiolite aguda?
- FR ok para idade - SpO2>=92% em ar ambiente - Sem dificuldade alimentar para 75% da ingesta habitual - Família capacitada - Dar folheto informativo aos pais - Dizer que tosse pode persistir até 3 semanas
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Varicela - clínica?
2-8 anos - + comum. Transmissão 1-2d antes do exantema até lesões em fase de crosta, sem novas vesículas (9 dias). MUITO CONTAGIOSO - isolamento até tudo em crosta! Incubação: 14-16d (10-21d) Exantema cujas lesões evoluem rapidamente: - máculas-pápulas-vesículas-pústulas-crostas - vesícula ocupa quase td área da lesão, halo eritematoso mt reduzido - centrípeto - lesões em diferentes fases na mesma área - envolvimento couro cabeludo E MUCOSAS - prurido sobretudo na fase de crosta Evolução: - benigna na criança - começa com exantema - febre baixa ou asuente - prurido varia
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Maior risco de complicações: na varicela? Quais são as complicações?
- grande nº lesões - febre alta - mal-estar geral - anorexia - 2os casos intrafamiliares - adolescentes - adultos Complicações: - infeção da pele e tecidos poles: celulite, piodermite, impétigo, s. pele escaldada - cerebelite - encefalite - pneumonia - Reye se aspirina - fasceíte necrotizante se AINE!!!1
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Prevenção varicela na suspeita de risco de infeção?
A quem? - RN mãe com varicela no período neonatal - prematuro <28S ou <1kg, >28S com mãe não imune - grávida - imunocomprometido ou seu familiar Toma única de gamaglobulina hiperimune até 96h após exposição! Efeito: 3 semanas
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Vacina da varicela?
Vírus vivo atenuado! Não pode ser dada a imunocompromemtidos, grávidas, <1 ano, tx com salicilatos até 6 semanas após vacinação. Quem? - adolescentes e adultos susceptíveis - crianças medicadas com salicilatos ou corticóides de forma crónica - dermatoses extensas - contactos de doentes com imunossupressão grave - pós-exposição nas 1as 72h Como? - 1 dose aos 15 meses + reforço 4-6 anos Adolescentes/adultos: 1a dose + reforço em 4-8 semanas.
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Tx varicela?
Sintomático: se criança saudável - banho diário com água tépida - não esfregar e não romper vesículas - cortar unhas rentes - antipirético SÓ paracetamol, AINEs CI - antihistamínicos p prurido Quando se faz aciclovir oral - risco de varicela moderada-grave: - susceptíveis >12 anos - doença pulmonar ou cutânea crónica - AAS ou corticóides prolongados - casos 2os no domícilio, graves desde o início do quadro Quando aciclovir EV: - imunodeprimidos - manif graves se imunocompotente
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Encefalopatia neonatal hipóximo-isquémica?
Alt estado consciência, tónus, reflexos, freq com convulsões. - Principal causa de paralisia cerebral distónica.
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Encefalopatia neonatal hipóximo-isquémica - abordagem?
Se moderada-grave: hipotermia induzida em RN de termo. Dura 72h, 33.5 ºC. Como? - fato ou colchão cuja temperatura varia de forma. a manter uma det temp no RN - ao fim das 72h faz-se reaquecimento gradual e individualiado no RN até normotermia - prognóstico avalia-se com RM cerebral aos 5-10d de vida Quem? - dx diferencial com outra causas de encefalopatia (infeções, drogas, fármacos, malformações SNC, AVC, hemorragia intracraniana) 1a abordagem: - monitorização com EEG de amplitude integrada - tx convulsões, hipotensão, alt coagulação e IRA Critérios de inclusão e exclusão? 1 A, 1 B e nenhum C -> Se sim, iniciar imediatamente hipotermia passiva e contacto com centro de tx! CRITÉRIOS: A: >=36S completas e pelo menos +1: - Apgar <=5 aos 10min - necessidade mantida de reanimação aos 10min - acidose pH <7 pior no cordão ou arterial 60min - piro défice d ebases >-16 no cordão ou arterial 60min B: convulsões ou encefalopatia moderada-grave: - alt estado consciência - hipotonia generalizada/focal - reflexos primitivos menores ou ausentes: preensão, sucção, Moro C: exclusão, nenhum: - >6h vida quando feito contacto com centro tx, excepto se já em hipotermia passiva! - >12h até chegar ao centro de tx - malformações congénitas major Como? Manter 34-35ºC - incubadora fechada desligada - monitorizar temperatura axilar ou retal contínua ou a cada <15min Se >35ºC: sacos ou luvas com H20 fria dentro da incubadora, sem contacto direto com RN Se <34ºC: cobertores, sacos ou luvas H20 quente, eventualmente ligar incubadora no mínimo
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Estenose hipertrófica do piloro - idade e definição?
Causa cirúrgica + freq de vómitos do RN e do lactente. Quando nascem o piloro é normal, a hiperplasia e hipertrofia ocorre APÓS o nascimento. Raro se >5 meses Mais freq: 3-6 semanas de vida Sexo masculino.
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Clínica de estenose hipertrófica do piloro
- vómitos não biliosos em jato, pós-prandiais precoces - fome mantida - hematemeses - pseudo-obstipação - desidratação - alcalose metabólica - hipoclorémia - hipocaliémia - hiponatrémia - hipocalcémia - icterícia!! - deficiente atividade transitória da glucoronil transferase hepática, provocada pela desnutrição - resolve 5-10d após cirurgia - hipotonia - letargia - oliva pilórica à palpaçãp abd - ondas de Kussmaul: peristaltismo visível a nível do epigastro
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Abordagem de estenose hipertrófica do piloro e seu dx?
Lab SEMPRE - desidratação, eq hidroeletrolítico: - hemograma - ionograma - GSA Dx: ecografia abdominal - espessamento parede muscular piloro >4mm - alongamento canal piloro >16mm - distensão gástrica
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Tx da estenose hipertrófica do piloro?
Pré-op: estabilizar! Não é emergência cirúrgica. - SNG - fluidoterapia IV solução salina bólus 10-20ml7kg - corrigir desiq hidroeletrolíticos Cirurgia: pilorotomia extramucosa de Fredet-Ramstedt - Iniciar alimentação de forma precoce: 3h pós-op, aumento progressivo de volume conforme tolerância alimentar Alta 2º-3ºd pós-op Dizer aos pais: - sinais de alarme - 1 semana até obter esvaziamento gástrico normal após cirurgia, pode manter vómitos - deve deixar de ter distensão gástrica em 1 semana - bom prognóstico
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Dx diferencial estenose hipertrófica do piloro?
- RGE - hérnia do hiato - acalásia - espasmo do piloro - estenose duodenal - gastroenterite - malformações trato GI - HT craniana
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Laringite aguda - idade e epidemio? Etiologia?
Causa + freq de obstrução da via aérea aguda infecciosa na criança. Inflamação da laringe e da via aérea subglótica. 6-36 meses Pico: 1-2 anos RARO >6 ANOS Parainfluenza 1 + comum.
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Laringite aguda - clínica? Dx?
- Bem estar da criança? - Estado consciência - FR - Sinais de esforço respiratório - Estridor - Cianose - Pulso paradoxal - QUEIXAS SURGEM À NOITE - MELHORA COM EXPOSIÇÃO A AR FRIO - PIORA COM AGITAÇÃO E MANIPULAÇÃO DA CRIANÇA: nunca usar espátula!!! Dx: CLÍNICO - coriza - sinais de obstrução resp alta - febre baixa - progressão para tosse rouca (latido) e disfonia - estridor inspiratório (edema subglótico) - auto-limitada 3-5d Sinais de alarme: - estridor bifásico - adejo nasal - polipneia - tiragem - má entrada de ar na AP - menor SpO2 - alt estado consciência
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Tx laringite aguda?
Se ligeira (tosse rouca, estridor ligeiro, sem tiragem/cianose/compromisso consciência): - sintomático no domicílio - hidratação - cabeceira elevada - ambiente tranquilo - ar frio da noite - cosiderar dexametasona PO Moderado (estridor em repouso, tiragem, mas interessado no ambiente): - dexametasona dose única PO - prednisoloa dose única - adrenalina pode ser considerada Adrenalina: - laringite moderada a grave - faz vasconstrição subglótica, reduzindo edema e relaxando m liso - início efeito 10min - dura efeito 2h - cuidado com rebound - se repetição: monitorizar criança 2-4h
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Critérios de internamento na laringite aguda?
- severa - moderada que não melhora após 4h da corticoterapia ou 2h de adrenalina nebulizada - O2 necessário - desidratação grave - sem tolerância oral - aspeto tóxico que sugira inf bact 2a - <6 meses - social
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Critérios de alta na laringite aguda?
- sem estridor em repouso - SpO2 >92% em ar ambiente - boa ventilação pulmonar - boa tolerância pral - cuidadores competentes Indicar que é auto-limitada e resolve em 48h-72h.
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Dx diferencial laringite aguda?
- amigdlite aguda - abcesso retrofaríngeo - epiglotite (raro) - angioedema - corpo estranho - traqueíte bacteriana - laringomalácia - tumor
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Anafilaxia definição?
Emergência médica. Reação de hiperssensibilidade sistémica grave e potencialmente fatal de início súbito com compromisso de DOIS OU MAIS SISTEMAS Pode ocorrer após ingestão, inalação, injeção ou contacto direto com o agente. + freq na idade pediátrica: - alimentos - medicamentos (antibióticos e AINEs)
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Clínica de anafilaxia?
Súbito: <15-30min da exposição alergénica. Se alimentar: pode ser >1h até iniciar quadro clínico NÃO ESQUECER QUE 20% BIFÁSICAS: 4-12h depois dos primeiros sintomas Pele e mucosas: 84% - eritema - urticária - angioedema - exantema morbiliforme - ereção pilosa - prurido palmar, plantar e dos genitais (patognomónico) - edema dos lábios, língua, úvula - edema periorbitário, eritema conjuntival, lacrimejo - prurido labial, ouvido externo, língua, palato Respiratórios (68%): - prurido/congestão nasal - rinorreia, espirros - prurido e sensação aperto orofaringe - disfonia, estridor - tosse seca - taquipneia, dificuldade resp, opressão torácica, sibilância - cianose, paragem respiratória GI (comuns na pediatria): - dor abdominal - diarreia - disfagia - náusea, vómitos CV (72%): - dor retroesternal - taquicardia/bradicardia - hipotensão, lipotímia, choque - paragem SNC: - agitação - sensação morte iminente - alt mentais - tonturas - confusão - visão em túnel - cefaleias Outros: - sabor metálico - hemorragia uterina - perda controlo esfíncteres
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HC de anafilaxia?
- Caracterizar todos os sintomas, ordem e h de aparecimento após exposição na HC! - Doenças concomitantes q possam ter > gravidade: asma não controlada, CV, mastocitose
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Dx de anafilaxia?
Clínico, podendo ser apoiado pelo doseamento de triptase sérica. Pelo menos 1 de 3 critérios clínicos: 1 - início súbito com envolvimento da pele/mucosas e pelo menos 1 dos seguintes: . compromisso respiratório . hipotensão ou outros sinais de disfunção de órgão terminal - hipotonia, síncope, incontinência 2 - 2 ou + dos seguintes de forma súbita, após exposição: - envolvimento pele/mucosas - compromisso respiratório - hipotensão e sintomas associados - sintomas GI súbitos 3 - hipotensão após exposição a um alergénio CONHECIDO PARA AQUELE DOENTE, min-h!!!!!!! (n precisa de sintomas para dx)
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Tx da anafilaxia?
- ABCDE: estabilidade CV e respiratória assegurar - Monitorizar FC, PA; FR, SpO2 - O2 suplementar - Acesso venoso periférico - Remover alergénio - Adrenalina IM o + rapidamente possível 1:1000 1mg/ml -> pode ser repetida máx 3x a cada 5-10min Se não responde a 3x adrenalina IM: adrenalina IV e aumento em UCIP Adicionais: - oxigénio 15L7min, máscara de alto débito - bólus de volume 20mL/kg soro fisiológico se hipotenso - adrenalina nebulizada se estridor - beta2 agonista curta ação inalado/nebulizado: se broncoespasmo - corticoterapia sistémica: prednisolona oral ou IV - antihistamínico H1 IM ou oral - glicagina IV: se choque anafilático resistente à adrenalina (por medicação com beta-blocker ou iECA) TODOS INTERNADOS - reação bifásica pode acontecer, mesmo que tenham feito epipen em ambulatório com boa resposta!!!!! Vigilância hospitalar mín 6-8h. Se tiver compromisso cardiocirculatório: mín 12-24h
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Que dizer na alta de anafilaxia?
- prescrever autoinjetor de adrenalina a todos os doentes - corticoterapia sistémica mantida 3-5d - antihistamínico sedativo 3-5d - ensinar evicção e epipen como usar - ensinar a reconhecer anafilaxia - plano de ação escrito - referenciar p consulta de alergologia pediátrica
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Classificar diarreia?
Aguda vs crónica (2 semanas) Orgânica vs funcional.
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Síndrome de má-absorção?
- doença celíaca - giardíase - sind intestino curto - intolerância às proteínas do leite de vaca (lesão das microvilosidades) Dejeções volumosas, pastosas, fétidas. - Ferro + ácido fólico são absorvidos no duodeno. - Ácidos biliares + vitB12 são absorvidos no íleon. - Doença celíaca (duodeno proximal): anemia ferropénica. - Crohn - íleon distal - défice vitamina B12.
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Má-digestão intraluminal?
Problema: faltam enzimas no lúmen intestinal. Todos os nutrientes: insuf pancreática: - FQ - malnutrição grave Deficiência sais biliares: - colestase - sínd ansa cega Fezes: esteatorreia, volumosas, gordurosas, fétidas. 20-30g gorduras fecais/d.
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Diarreias fermentação/osmóticas?
Açúcares, chamam água para lúmen intestinal. Dão diarreia osmótica, líquida/aquosa, ácida, com gases. Eritema anal/perianal. - Intolerância à lactose - défice de dissacaradisas da mucosa: . congénita . PÓS GEA, pós lesão mucosa - muito comum, evitar lactose 2-4 semanas após.
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Diarreia secretória?
Líquidas, aquosas, profusas. NÃO MELHORAM COM PAUSA ORAL! - Inflamação: DII, infeção: pequeno volume, fétidas, muco, sangue e/pus - enterotoxinas bacterianas: cólera - tumores funcionantes: vipomas, gastrinomas
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SII - clínica e tx?
- Criança hiperativa e com bom estado geral e de nutrição - Diarreia crónica 6 meses - 3 anos: . 3-4 dejeções pastosas/líquidas diurnas, restos alimentares, muco - dor abdominal: 5-13 anos, alivia com emissão de gases - flatulência - alternância diarreia com dejeções moldadas e obstipação Ação do médico: - tranquilizar pais e dizer que é variante do normal - sem repercussão orgânica, não implica investigações major (primum non nocere) - perceber se há triggers
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Intolerância aos dissacáridos - 3 tipos?
Primária/genética: deficiência de lactase primária precoce/tardia Secundária: - pós-GEA: + rotavírus - alergia proteínas leite de vaca - doença celíaca - SIDA Fisiológica: !!!!!! gomas, bebidas com gás - frutose - sorbitol
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Intolerância aos dissacáridos - clínica? Dx?
Diarreia osmótica, aquosa, cheiro ácido. Distensão abdominal Cólicas e flatulência Desidratação Eritema perianal Dx CLÍNICO Exame das fezes: - substâncias redutoras ++ - pH fecal <5 - ácido láctico elevado - teste de hidrogénio expirado: produto da fermentação da lactose no cólon
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Intolerância aos dissacáridos - tx?
Eliminar dissacárido específico da dieta: - formulas lactentes > diluição - formulas isentas de lactose - iogurte - lactase exógena
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DII clínica?
Digestiva: - diarreia contínua ou recidivante: volume variável/PEQUENAS, com sangue, muco, pus (colite) - dor abdominal - perda de peso Crohn - habitualmente sem sangue, mais volumosas (afeta mais delgado) CU - sangue, mais pequenas Extra-digestivas: - febre - artrite - uveíte - eritema nodoso
141
Dx DII?
- Clínica - Imagiologia - Endoscopia
142
Tx DII?
Anti-inflamatória - derivados 5ASA Imunossupressora Biológica anti-TNF alfa.
143
HC diarreia crónica?
- AF: doença autoimune? - Hx alimentar - Repercussão estuto-ponderal - Viagens recentes - Infeções - Ama/creche? - Atopia - alergia proteínas leit de vaca - Stress? - Idade - orientar HD - Caract diarreia - Data início - Padrão persistente vs intermitente - Horário: funcional vs orgânico - Relação com ingestão alimentar - Fatores agravamento - Fatores de alívio - Febre - Perda de peso
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EO diarreia crónica?
- somatométrica - índices nutricionais - pregas cutâneas - estado geral - desidratação - eritema nodoso - eczema atópico - panículo adiposo - massas musculares - olhos - uveíte - distensão abdominal - flatulência - palpação abd dolorsa - massas abd? - edema? - artrite? - eritema perianal? - fístulas: DC
145
MCDT diarreia crónica?
1a linha: exames fecais: - coprocultura - exame parasitológico: quistos de Giardia nas fezes ou antigénio de Giardia - leucócitos - calprotectina fecal: marca inflamação se aumentada - subst redutores - pH - ácido lático - dosear alfa1antitripsina: enteropatia exsudativa - esteatócrito - FQ - elastase - muito baixa no caso da FQ, enzima pancreática Se síndrome de má-absorção com repercussão intestinal, avança-se para a 2a linha - 2a linha: lab, funcionais - marcadores serológicos: anti-TTG - testes alérgicos: alergia PLV - prova H2 expirado: intolerância dissacáridos - evicção lactose prova - prova do suor: FQ 3a linha: suspeita doença celíaca ou DII - endoscopia alta e baixa - c biópsias
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Avaliar criança com diarreia crónica - 3 focos?
- Etiologia - Repercussão funcional/nutricional - Impacto estaturo-ponderal: cruza percentis?
147
Tx diarreia crónica?
Etiologia: - evicção dietética: gluten, PLV, açúcares - fármacos: DII, giardíase - suplementos enzimáticos: FQ Reabilitação e suporte nutricional: - nutrição entérica - nutrição parentérica - suplementar nutrientes micro e macro
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Timing diarreia aguda? Nº de vezes conforme idade?
<7d, nunca passa 14d. Acontece mais <3 meses.
149
Diarreia aguda clínica?
Súbita. Diarreia, podendo ter vómitos, febre, dor abdominal. Inf bacteriana: - febre >40ºC - sangue nas fezes - dor abdominal - envolvimento SNC Inf viral: - vómitos - sintomas respiratórios
150
Etiologia diarreia aguda?
- Infeções entéricas - Infeções não entéricas: OMA, UTI - Alergia alimentar/intolerância: PLV, soja, alergia alimentar, glúten, lactose - Perturbação absorção/digestão: défice de lactose, sacarose-isomaltose - Cirúrgicas: AA; invaginação - Fármacos: laxante, ABT, descontinuação opiáceos - Intoxicação por metais pesados: cobre, zinco - Introdução inadequada de novos alimentos - DII - FQ - Hipertiroidismo - ID - Tumores - QT ou enterite por radiação
151
Etiologia infecciosa de diarreia aguda?
+ comum: vírus: - rotavírus: + comum - norovírus: a aumentar pq vacina rotavírus - sapovírus - adenovírus - astrovírus Bactérias: - Salmonella - Campylobacter - Shigella - Aeromonas - Yersinia - E. coli Parasitas: giardia lamblia
152
Mecanismo da diarreia aguda conforme agente?
Invasão e lesão da mucosa (ulceração, sangue): dejeções numerosas com muco e por x sangue, início súbito, febre alta: - Shigella - Yersinia - Campylobacter - E. coli estirpes invasoras Osmótico: vírus - diarreia aquosa por menor abs de água - menor atividade dissacaridases com diarreia osmótica Secreção ativa H20 + Na+: libertação de enterotoxina - Vibrio cholerae - E. coli estirpes enterotóxicas Lesões parciais da mucosa: - Rotavírus (destrói dissacaridases, infeção não contínua, com partes da mucosa ok) - Giardia lamblia - adesão - E. coli enteropatogénica - adesão Citotoxinas: - C. difficille - pseudomembranas - E. coli enterohemorrágica EHEC O157:H7 - verotoxina. SHU
153
Etiologia infecciosa de diarreia aguda POR IDADE?
<5 anos: VIRAIS < 1 ano: - rotavírus - norovírus - adenovírus - Salmonella - Shigella - E. coli 1-4 anos: - rotavírus - norovírus - adenovírus - Salmonella - Campylobacter - Shigella - Aeromona - Yersinia >5 anos: BACTÉRIAS - Salmonella - Campylobacter - Rotavírus
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Toxinfeções alimentares - etiologia? Alimentos?
Vírus: norovírus Bactérias: salmonella, S. aureus, Clostridium Outros: sapovírus astrovírus adenovírus rotavírus Alimentos: - carne aves, vaca e porco mal cozinhadas - lácteos não pasteurizados - ovos e ovoprodutos - marisco: + comum - legumes - fruta - água
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HC na diarreia aguda?
- viagens últimas 2 semanas - consumo produtos lacteos n pasteurizados, carna ou peixe mal cozinhados, ovos - contacto pessoas doentes 2 semanas anteriores? - creche? - ABT recente? - comorbilidades - como são as fezes - freq, sangue, pus, muco - sintomas associados - peso anterior - duração diarreia - nº vómitos - febre - micção? - ingestão líquidos e alimentos? - medicação já efetuada - SRO, antipiréticos?
156
Complicações diarreia aguda?
- Invaginação intestinal - Choque tóxico - Hipovolemia com IRA pré-renal na desidratação severa - Convulsões por alt eletrolíticas ou de hipoglicémia
157
Gravidade da diarreia aguda?
Depende da desidratação, em si é autolimitada!
158
Avaliar desidratação?
Melhor forma: % peso corporal perdida - ligeira 3-5% - moderada 5-9% - grave se >9% Anamnese: - peso recente - débito urinário!!!!! - vómitos quant e freq - dejeções quant e freq - temperatura - olhos encovados - ingestão oral em casa - estado geral, atividade - estado de consciência - doenças associadas - alimentos contaminados/novos? - pessoas doentes contacto? EO: - peso corporal - sede - temperatura - FC, PA - estado geral e de alerta - FR - turgor cutâneo - TRC - extremidades frias - pulso fraco - lágrima ausente? - mucosas - fontanela deprimida - olhos encovados - taquicardia - DIURESE
159
Classificar desidratação Na+?
Têm terapêutica distinta - é importante saber! Isonatrémica: Na+ 130-150 >80% Hipernatrémica >150: sintomas neurológicos com < hipovolémia, desidratação intracelular Hiponatrémica <130: > risco de choque - Iso e hiponatrémica - diminuição do líquido extra-celular. - Hipernatrémica - diminuição do líquido intra-celular. Padrão mais neurológico, sede intensa, irritabilidade e convulsões, oligúria.
160
Indicadores de gravidade na diarreia aguda?
- abundante com muco e freq >8 episódios/d - vómitos persistentes incoercíveis - recusa alimentar - febre elevada - desidratação moderada-grave na apresentação - doença crónica - <2 meses - hospitalização prévia - social - alguns agentes: rotavírus, norovírus, astrovírus, E.coli
161
Diarreia aguda por rotavírus?
- mais freq causa de diarreia no inverno - incubação 1-3d - dura 3-7d, mas pode chegar a 2-3 semanas - mais freq causa de internamento por vírus diarreia - febre e vómitos resolvem em 24-48h, até 3-4d máx - diarreia aquosa, explosiva, sem sangue ou muco - NN: distensão abdominal com dejeções com muco e sangue
162
Norovírus diarreia?
- A aumentar pq vacina rotavírus - 10-15% internadas - 50% expostos têm sintomas - principal causa de surtos de GEA e diarreia do viajante! - 12-24h sintomas após exposição - diarreia aquosa, vómitos - dor abd tipo cólica
163
GEA bacteriana Salmonella n. typhi?
Invasão da mucosa. 6-72h incubação, comum <24h Febre e diarreia aquosa, com sangue e muco. Bacteriémia. Pneumonia, meningite, osteomielite. Excreção nas fezes 3-7 semanas!!!!
164
GEA bacteriana S. aureus?
Enterotoxina, resiste a altas temperaturas dos alimentos. Procutos lácteos, casrnes de aves, ovos, atum, macarrão. 30min-6h deps ingestão sintomas. Dura ~2d.
165
GEA E. coli?
- Enteropatogénica - Enterotoxigénica: 40-60% diarreia do viajante - Enteroinvasiva - Enterohemorrágica O157:H7: SHU: insuf renal, anemia hemolítica microangiopática, trombocitopénia.
166
Disenteria?
Enterite q envolve cólon e reto. Diarreia com muco e sangue, cheiro fétido e febre. Agentes: - Shigella - E. coli - Camoylobacter - Yersinia - Salmonella ntifóide - E. histolytica
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MCDT na diarreia aguda?
Se ligeira, não é mt necess. Em geral não é necess dx etiológico. GLICOSE MEDIR SEMPRE QUE <5 ANOS Considerar coprocultura quando: - doenças crónicas subjacentes - grave - suspeita desidratação hipernatrémica: sede intensa, irritabilidade, taquipneia, fraqueza muscular em contraste com quase ausência de sinais de desidratação! - internamento - persiste - viagem a países de risco - sanguinolente severa - surtos epidémicos - convulsões O quê? - ionograma sérico - glicose - ureia - cr - gasimetria venosa e lactato - urina II - hemograma
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Critérios internamento de diarreia aguda?
- choque - desidratação grave: >9% perda peso - alt neurológicas: letargia, convulsões - vómitos persistentes - vómitos biliosos - falência hidratação com SRO - problemas sociais - suspeita de situação cirúrgica subjacente
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Tx diarreia aguda conforme desidratação e FR?
Rehidratação oral: 1a linha, solução com baixa osmolaridade - soro de rehidratação oral (Na+ e glicose). Sem desidratação, sem fatores de risco: SUPLEMENTAR - 10ml/kg por dejeção - 2ml/kg por vómito - manter alimentação apropriada Sem desidratação mas com FR: - mesma atitude que anterior - manter em observação Desidratação ligeira: . Se vómitos: comprovar tolerância SRO em peq quant 5ml cada 5min 1h . Vómitos persistentes: ondansetron . Não tolera: SNG ou ev soro . Se tolera: SRO correspondente a défice estimado: 30-50 ml/kg a cada 4h -> dps alimentação e SRO para as perdas mantidas NÃO SE DÁ ALTA A NINGUÉM SE NÃO PARAR DE VOMITAR! Desidratação moderada: . Vómitos: comprovar tolerância SRO em peq quant 5ml cada 5min 1h . Vómitos persistentes: ondansetron Não tolera: SNG ou ev soro . Se tolera: SRO correspondente a défice estimado: 60-80 ml/kg a cada 4h -> dps alimentação e SRO para as perdas mantidas COMEÇAR NUTRIÇÃO MÁX 4-6H APÓS INÍCIO DA REHIDRATAÇÃO. TIMING: A. Iso/hiponatrémica (fluidos pobres em sódio ingerido: H20, fórmulas rehidratação diluídas): - repercurssão hemodinâmica e diminuição turgor precoce - 24h correção B. hipernatrémica (fórmulas adaptadas hiperconcentradas, diarreia abundante, aportes orais diminuídos por vómitos ou anorexia): - risco lesões neurológicas graves: hemorragia SNC e/pu trombose - manifestações mais tardias por preservação do espaço intravascular - sede intensa - letargia, grande irratibilidade - hipertonicidade - hiperreflexia - febre possível Corrigir em 48h - risco de edema cerebral e pulmonar, se baixamos rapidamente a natrémia, com H2O a entrar p cels Em cada 24h soro de manutenção + metade da correção. - não permitir que Na+ baixe >0,5mEq/L/h
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Quando é que se faz rehidratação IV na diarreia aguda?
- choque - alt consciência - acidose grave - falência da rehidratação entérica - persistência de vómitos - distensão abdominal grave e íleo
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ABT na diarreia aguda?
- < 3 meses!!!! - doença crónica - grave e invasiva - muco, sangue e febre elevada - isolamento de bactérias Shigella, E. coli enterotoxigénica, Vibrio cholarea, Yersinia, Entamoeba histolytica - Campylobacter só se primeiros 2d de sintomas Shigella: azitromicina ou ceftriaxone Salmonella: ceftriaxone Campylobacter jejuni: SÓ SE PRIMEIROS 3d DE SINTOMAS: azitromicina, eritromicina Diarreia do viajante confrome destino: ciprofloxacina, TMP-SMX, doxiciclina
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Critérios de alta na diarreia aguda?
- rehidratação suficiente: avaliada por aumento de peso e/ou estado clínico - sen necess de fluidos ev ou entéricos - ingestão liq orais = ou excedentários às perdas - pais capazes de tx manutenção - reavaliação por médico assistente
173
Cálculo de perdas na diarreia auda?
10x % desidratação estimada x peso da criança 3-4h
174
CI para hidratação oral?
- alt estado consciência - falência por vómitos persistentes ou biliosos - desidratação moderada ou grave (>5% perda peso) - suspeitamos de causa que não GEA
175
Cálculo do volume de soro a administrar?
Saber: - PESO - % desidratação O que precisa? - perdas + necessidades 24h MÁXIMO 2000cc A - Necessidades: - 1ºs 10kg → 0-10kg → 100ml/kg até ao máximo de 1000cc - 2ºs 10 → 11-20kg → 1000 anteriores + 50ml/kg até máximo de 1500cc - 3ºs 10 → 21-39 kg → 1500 anteriores + 20ml/kg máximo de 2000cc - ≥40kg → 2000cc = adultos B - Cálculo do que perdeu: - 10 x % desidratação x peso da criança C - Velocidade de administração: - iso/hiponatrémica: 24h - hipernatrémica: 48h
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Exantemas que afetem palmas e plantas?
Febre escaro-nodular. Kawasaki. Mão-pé-boca. Meningococcemia
177
Convulsões febris - definição, HC, EO?
Generalizadas, breves, bilaterais, tónico-clónicas ou clónicas. Ocorrem associadas a febre, sobretudo na subida térmica. Causa + freq de convulsão em pediatria - 2-5%. 6 MESES A 5 ANOS! HF? comum EO: - objetivar febre durante ou imediatamente após episódio convulsivo - excluir patologia primária do SNC - HF reforça hx dx
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Convulsões febris complexas?
>15min início focal repetidas no mm episódio febril Significa: > risco de epilepsia a longo prazo
179
Sinais e sintomas sugestivos de patologia primária do SNC perante convulsão?
- alt estado consciência mantida, sem recuperação ou agravamento 2h pós-crise - prostração marcada/mau estado geral - sinais meníngeos - sinais de HT intracraniana - convulsão inaugural prolongada >15min - início focal da convulsão - repetição crises convulsivas em 24h
180
MCDT nas convulsões febris?
Apenas para determinar etiologia da febre + excluir infeção do SNC, se tal suspeita existir. Se recupera rápido, sem qq sinal ou sintoma sugestivo de patologia 1a do SNC - nem PL se faz! 1o ano de vida, se sem foco infeccioso - vigilância redobrada, menor limiar para fazer PL. NUNCA PEDIR EEG
181
Tx convulsão febril?
>3min: diazepam retal ou midazolam IV/nasal/jugal Repetir se mantiver em 5min. Se ao fim de 5min não resolver - hospital. Medicação precoce com antipiréticos + arrefecimento. Tranquilizar familiares quanto à benignidade do quadro: - explicar circunstâncias - possibilidade de recorrência - ausência de relação direta com epilepsia ou sequelas
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Doença mão-pé-boca?
Coxsackie A16. Incubação 2-6d. Muito contagiosa. Mais verão e início do outono. Pródromo: febrícula, mal-estar, odinofagia, anorexia 1-2d dps surgem lesões orais e cutâneas: - pequenas aftas nacaradas, vesículas na mucosa labial e oral, gengivas, língua, palate mole, úvula, pilares anteriores - úlceras amareladas com halo eritematoso - enantema moderadamente doloroso - vesículas amarelas peq na s mãos e pés - máculas e vesículas de base eritematosa na PALMAS E PLANTAS, zonas interdigitais, POR X ENVOLVE REGIÃO GLÚTEA TX: sintomático
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Agentes de pneumonia conforme idade?
Até 5 anos - vírus são os mais frequentes!!!! S. pneumoniae é bactéria + frequente em todos os grupos etários. 1-3 meses: - Chlamydia - Bordetella pertussis - VSR, parainfluenza, adenovírus, influenzae, rinovírus 3 meses-5 anos: . Pneumoccococ - H influenzae não tipáveis - Moraxella - S. aureus - Mycoplasma pneumoniae - Chlamydophila pneumoniae - S. pyogenes - VSR, parainfluenza, adenovírus, influenzae, rinovírus, metapneumovírus >5 anos: - S. pneumoniae - Mycoplasma - Chlamydophila - S. pyogenes - S. aureus Hx recente de varicela ou infeção cutânea: S. pyogenes e S. aureus Gripe: S. aureus co-infeção
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Critérios de gravidade de pneumonia?
- polipneia >60 <2m, >50 12 meses - 5 anos >40, >20 acima dos 5 anos - tiragem moderada-grave - dispneia - adejo nasal - cianose - SpO2 <=92% - apneia intermitente nos lactentes - gemido - dificuldade alimentar - desidratação
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MCDT na pneumonia?
- Raio x se complicaões ou necess de internamento - Eco tórax: derrame - Lab: doentes graves, NÃO p distinguir se bacteriano vs viral!!!! - Gasimetria: casos graves qnd se pondera ventilação! - Microbiologia: internamento antes de ABT ou se evolução atípica
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Tx pneumonia?
- analgésicos - antipiréticos - hidratação - oxigénio Sp>=92% ABT: 2-4 semanas Se saudável e PNV em dia: - amoxicilina - ampicilina Se suspeita de atípicos: macrólidos Gripe: amoxiclav (S. aureus) Pneumococco: 7-10d S. aureus: 14d Se não tiver complicações e criança saudável ñ precisa de raio x tórax no follow-up!
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Critérios de internamento de pneumonia?
- <4 meses - social - doença crónica pulmonar, genética, neurológica, metabólica, ID, drepanocitose - aparência "tóxica" - pneumonia extensa no raio x - complicações - hipoxémia a<92% ar ambiente - dificuldade resp moderada a grave: FR>70 se <12 meses e >50 se >12 meses - intolerância oral - desidratação - sem resposta a ABT oral após 48-72h
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Etiologia amigdalite aguda? Distinção clínica?
> viral: - adenovírus - enterovírus - EBV - CMV - HSV - influenza Bacteriana: - S. pyogenes - 15-30% RARO <3 ANOS Bacteriana: - febre - hiperemia orofaringe vermelha viva, exsudado adenoamigdalino punctiforme - petéquias no palato - edema e eritema da úvula - adenite cervical ANTERIOR - vómitos, dor abd - escarlatina - cefaleia - exposição conhecida Viral: - conjuntivite - coriza - diarreia - tosse - estomatite anterior - lesões ulcerativas - exantema viral
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MCDT na amigdalite aguda?
Clínica não permite dx etiológico excepto escarlatina. - TDAR antigénio rápido - >3 anos Se negativo mas forte suspeita - cultura exsudado nasofaríngeo Não se faz hemograma e gasimetria se não complicada, excepto se ssuspeita de mononucleose.
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Tx amigdalite estreptocóccica?
Encurta sintomas, impede contágio >24h, reduz ocorrência de complicações supurativas! Mas pode esperar-se até 9d para começar tx sem aumentar risco. 10 dias. 1a linha: amoxicilina PO Alternativa: 1 dose penicilina G benzatínica
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Complicações amigdalite estreptocóccica?
Supurativas: - abcesso periamigdalino, para e retrofaríngeo - linfadenite cervical - otite média aguda - otomastoidite - sinusite - bacteriémia - endocardite - meningite - pneumonia - fasceíte necrotizante Não supurativas: - febre reumática - glomerulonefrite pós-strep - coreia de Sydenham - artrite reativa - PANDAS - eritema nodoso - psoríase gutata Mediadas por toxinas: escarlatina, sind choque tóxico
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Escarlatina?
Strep Beta hemolítico grupo A = pyogenes. Toxina eritrogénica de algumas estirpes - pode ter-se mais que 1x na vida! Associada a amigdalite aguda. RARA <3 ANOS. incubação 2-4d Início brusco: Tríade: febre + dor de garganta exsudativa + erupção eritematosa punctiforme - febre alta - vómitos - dor de gargante - cefaleias - mal estar geral - calafrios - dores abdominais - prostração - amígdalas hiperemiadas, hipertrofiadas, exsudadopurulento, faringe edemaciada, vermelha, petéquias úvula e véu do paladar - adenopatias cervicais ANTERIORES dolorosas - exantema 12-72h após início do sintomas ÁSPERO AO TATO - língua framboesa - face vermelha, sem exantema, palidezs circunoral - hiperpigmentação em pregas: sinal de pastia - descamação em farrapos entre o 3º-7ºd
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Dx escarlatina?
Clínica, TASO Esperar 9d pela confirmação até tx. Se o teste rápido do exsudado é negativo mas suspeitamos, fazemos outra zaragatoa e mandamos para cultura → resposta em 24-48h.
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tx escarlatina?
Penicilina G benzatínica IM 1 dose Amoxicilina 12 em 12, 10d Se alergia: eritro ou azitromicina ISOLAMENTO 24H CUMPRIMENTO TX
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Mononucleose epidemio?
Tríade: febre + faringite + linfoadenomegalias cervicais e/ou generalizadas EBV. 10% CMV, Toxoplasma, adenovírus, HIV, vírus hepatite. Excreção vírus dura até 6 meses! Incubação 4-8 semanas adolescentes, pode ser + se mais novos. Pico 15-24 anos.
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Dx mononucleose?
Tríade + monoteste + basta para dx. Tríade: febre + faringite + linfoadenomegalias cervicais e/ou generalizadas 1-2 semanas: mal estar geral, fadiga, cefaleia, náusea, dor abdominal, mialgias, febre, odinofagia Astenia mt típica. Linfadenomegalias: submandibulares, posterior cervicais e/ou generalizadas! Petéquias na transição palato duro-mole! Faringite. Esplenomegália, hepatomegália. Exantema maculopapular generalizado por vasculite cutânea - APÓS AMOXICILINA/AMPICILINA.
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MCDT em mononucleose?
- Monotest - Heterófilos - não específicos para EBV → surgem após a 1a-2a semana de infeção e podem persistir 1 ano ou + - falsos negativos: <4 ANOS, pedidos na 1a semana (demasiado cedo) - falsos positivos: - infeções - CMV, HIV, hepatites virais, VHS, toxoplasmose, rubéola, malária - neoplasias - linfomas, leucemias, pâncreas - doenças do tecido conjuntivo - AR, LES - Hemograma com leucocitose e linfocitose - Trombocitopénia 50% - Linfócitos atípicos >10% - AST e ALT podem ter ligeira elevação, mas com FA e GGT ok - teste strep A negativo - o dx, se necessário, pode ser confirmado por pesquisa de anticorpos específicos para EBV
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Dx diferencial mononucleose?
Dx diferencial principais: - faringite estreptocóccica grupo A- fazer teste rápido, + , sem fadiga ou esplenomegália -hepatite viral anictérica - pode ter fadiga, anorexia, adenopatias, mas geralmente transaminases + elevadas - infeções - CMV - clínica =, menos rash a amoxicilina - VIH - infeção 1a idêntica, mas com linfopenia - HHV-6 - exantema surge após resolução da febre - herpes simplex - lesões vesiculares - coxsackie A - herpangina - influenza - epidemia sazonal
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Tx mononucleose?
Tratamento: sintomático - **repouso de ex físico com impacto ou desporto de contacto** - risco de rotura do baço → até 3-4 semanas, recuperação ou enquanto mantiver esplenomegália - hidratação - corticoterapia - só se obstrução da via aérea ou outras complicações Sintomas desaparecem em 2-4 semanas, mas fadiga e mialgias podem persistir por mais semanas a meses!
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Complicações da mononucleose?
Tx com corticoterapia. - locais/agudas - obstrução via aérea; abcesso periamigdalino - hematológicas (25-50%) - anemia hemolítica, anemia aplásica, trombocitopenia, neutropenia, PTT, SHU, sind hemofagocítica, rotura/hemorragia esplénica subcapsular - neurológicas (1-5%) - cefaleias, Guillian-Barré, paralisia facial, meningoencefalite, meningite assética, mielite transversa, nevrite ótica, cerebrite
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Sinais de abcesso profundo do pescoço?
- trismus (inflamação músculos da mastigação) - assimetria e sinais inflamatórios da orofaringe - sialorreia - assimetria pescoço - tumefação dolorosa - torcicolo e menor mobilidade do pescoço - estridor e taquipneia por compressão da via aérea - disfonia e síndrome de Horner - hot potato voice
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Abcesso periamigdalino?
Complicação supurativa de amigdalite aguda. DX CLÍNICO!!!! Clínica: - febre alta - odinofagia - otalgia unilateral - sialorreia - voz hot potato - trismus - desvio unilateral da úvula - abaulamento do palato com edema Etiologia: - polimicrobiana a > - predomínio SGA e anaeróbios Complicações: - obstrução via aérea - envolvimento feixe carotídeo - pneumonia de aspiração - sépsis
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Abcesso parafaríngeo?
Clínica: - febre - trismus - tumefação ABAIXO DO ANGULO DA MANDIBULA - abaulamento parede faríngea Complicações: - envolver feixe carotídeo - sépsis - sindrome de Memiréere: tromboflebite jugular supurativa - compressão via aérea
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Abcesso retrofaríngeo?
Mais grave. Pode ir ant ou post para mediastino. 2-4 anos. Febre, prostração, disfagia, torcicolo, tumefação cervical, linfadenopatias, osbtrução via aérea e digestiva.
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MCDT no abcesso do pescoço?
- hemograma com leucocitose e neutrofilia - hemoculturas - cultura exsudado da drenagem - teste rápido SGA se periamigdalino para ou retrofaríngeo TC do pescoço: eleição, localizar e ver extensão.
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Tx abcesso pescoço?
Precoce - ABT + drenagem. ABT empírica: Periamigdalino: amoxiclav 10-14d PAra ou retrofaríngeo: amoxiclav +/- clindamicina se não drenado 48-72h 2-3 semanas Se obstrução via aérea - corticoterapia.
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Quando tx ABT na OMA?
80% resolve espontaneamente. Se >6 meses, previamente saudavel e sem quadro grave: 48h seguintes reavaliar se mantiver sintomas + tx sintomática. Se à observação já tem 48h de evolução sob tx sintomática, ABT logo. ABT: - <6 meses - 6 meses a 2 anos se OMA bilateral - otorreia - recorrente - grupos de > risco Duração: - 5d nos >2 anos sem FR - 7-10d em <2anos, recorrente, FR; falência tx inicial OTORREIA NORMAL 3-4 DIAS E N SIGNIFICA FALENCIA TX. Amoxicilina.
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Profilaxia da hemorragia no RN? | E nome do fármaco
Vitamina K (fitomenadiona)
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