Imunoalergologia Flashcards
Entre as imunodeficiências primárias e secundárias, quais as mais comuns?
Secundárias
Dentro das imunodeficiências primárias, qual o maior grupo?
Distúrbios dos anticorpos (57%)
Quais os critérios que definem uma infeção oportunista (3)
- Agente não patogénico em indivíduo imunocompetente
- Evolução crónica e não típica do agente microbiano
- Extensão e localização da infeção não habitual
Obriga a investigação do sistema imunitário)
Infecções bacterianas invasivas e por fungos apontam para que alteração do sistema imunitário?
Neutropenia ou defeitos qualitativos dos fagócitos
Infecções bacterianas recorrentes por bactérias encapsuladas extracelulares apontam para que alteração do sistema imunitário?
Défice de imunoglobulina ou proteínas do complemento
Infecções bacterianas invasivas
An ‘invasive bacterial infection’ was defined as the isolation of a bacterial organism from a normally sterile body fluid, such as blood, cerebrospinal fluid, pleural fluid, pericardial fluid, joint fluid, bone aspirate, or a deep tissue abscess.
Invasive bacteria are pathogens that can invade parts of the body where bacteria are not normally present, such as the bloodstream, soft tissues like muscle or fat, and the meninges (the tissues covering the brain and spinal cord).
Bactérias encapsuladas extracelulares
Yersinia pestis
Escherichia coli - meningeal strains only
Salmonella typhi
Streptococcus pneumoniae and Streptococcus pyogenes
Neisseria meningitidis
Klebsiella pneumoniae
Haemophilus influenzae type B
Pseudomonas aeruginosa
Bordetella pertussis and Bacillus anthracis (contains poly D-glutamate capsule)
Critérios que conferem um diagnóstico de imunodeficiência comum variável
Pelo menos um dos seguintes: Suscetibilidade aumentada para infeções | manifestações do foro autoimune | doença granulomatosa | linfoproliferação policlonal não explicada | familiar com défice de anticorpos
+
Todos os seguintes: IgG e IgA séricos, pelo menos, 2dp inferior ao valor esperado para idade e sexo com ou sem diminuição do valor de IgM | idade superior a 4 anos | resposta baixa a vacinação ou poucas células B de memória (<70% do esperado para a idade) | exclusão de outras causas de hipogamaglobulinemia | exclusão de défice de cel T
Manifestações clínicas da insuficiência comum variável
Aumento das infeções bacterianas respiratórias e gastrointestinais
Aumento das doenças autoimunes
Proliferação linfoide (esplenomegalia, infiltração llinfocitária difusa ou granulomatosa, aumento do risco de doença lifoproliferativa)
Terapêutica da insuficiência comum varivável
Terapêutica de substituição de IgG
Níveis basais IgG superiores a 650 mg/dl
Monitorização e terapêutica das complicações
Imunodeficiência primária sintomática mais frequente no adulto
Imunodeficiência comum variável
Qual o impacto da idade na fisiologia do sistema imunitário
Senescência imunológica das células T (involução do timo e perda gradual da produção de células T naive, aumento das células T de memória com expansóes oligoclonais, perda das respostas proliferativas)
Senescência imunológica das células B (aumento da apoptose das células pre-B devido â falta de rearranjos do receptor de células B, diminuição da produção de células B naive na medula óssea, “skewing” da produção de células B para células B CD5 + (gerando anticorpos, produção oligoclonar e monoclonar de Ig)
Mecanismos das imunodeficiências secundárias
Diminuição da produção (má nutrição, doenças linfoproliferativas, fármacos, infeções)
Aumento das perdas ou do catabolismo (síndrome nefrótica, enteropatia com perdas de proteínas, queimaduras)
Principais causas de imunodeficiências secundárias
Má nutrição calórico-proteica
Infeções
Doenças metabólicas/crónicas
Doenças linfoproliferativas
Neoplasias
Fármacos
Terapias biológicas de base imunológica
Transplantes de órgãos
Fármacos
Terapias biológicas de base imunológica
Transplantes de órgãos sólidos
Transplantes de órgãos só sólidos
Transplantação de medula óssea
Esplenomegalia
Prevalência HIV em Portugal
0,7%
Terapêutiva Antiretroviral
Inibidores da entrada viral
Inibidores da transcriptase reversa
Inibidores da protease
Inibidores da integrase
Principais causas de morte nas doenças alérgicas?
- Anafilaxia
- Asma
- Efeitos secundários de fármacos (sonolência -> acidentes)
Mas é relativamente reduzida.
Como se definem reações de hipersensibilidade
Reações exagerada, desajustadas e nocivas
Reações a um estímulo que pela sua natureza é relativamente inofensivo, sem significativo potencial replicativo ou invasivo
Reações que, em princípio, são reprodutíveis em exposições ulteriores
Aspetos importantes a avaliar na suspeita de reações de hipersensibilidade?
- Ter em conta limiares de sensibilidade
- Garantir a reprodutibilidade:
- excluindo se já existiram várias exposições que não originaram reação
- utilizando testes de provocação (confirmam diagnóstico)
- Averiguar presença de cofatores (febre, exercício) ou fatores confundentes
O que são e tipos de provas de provocação?
Definição: re-exposição do doente, em condições mais controladas, ao estímulo suspeito, em dose considerada standard ou em dose igual à que o doente esteve exposto na reação anterior.
Gold standard do dx de reações de hipersensibilidade.
Tipos de provas de provocação:
-
Orais (fármacos, alimentos) - mais frequentes
- A maior parte das provas de provocação a fármacos é negativa - oermite reutilizar o fármaco
- Parentéricas ou injetáveis (fármacos q só têm apresentações injetáveis - alguns anestésicos e antibióticos)
- Nasais ou conjuntivais (aeroalergénios para documentar alergia respiratória)
- Tópicas epicutâneas (para alergénios de contacto - ex: gelo, luvas de latex)
Idealmente duplamente cegas e controladas com placebo:
- 2 dias de provocação separados 1-2 semanas: 1 dia com placebo, 1 dia com produto a testar mascarado de forma semelhante à do placebo
- nem sempre possível: ambas no mm dia, a 1a toma com placebo
- permitem a valorização de alguns sintomas subjetivos (por exemplo apenas mal-estar ou prurido sem alterações objetiváveis) se só surgirem com o produto a testar e não com o placebo.
Limitações:
- segurança do doente
- possível efeito amplificador de cofatores na reação inicial - faslos negativos
- possível valorização excessiva de sintomas pelo doente - falsos positivos
Vantagens:
- afirmação inequívoca de dx de hipersensibilidade se feito adequadamente e valorizado bem
- identificar limiares de reatividade
- identificar alternativas tx seguras
O que fazer quando se observa uma alteração significativa nas provas de provocação?
- Suspender a prova e tratar reação
- Emitir relatório afirmando a hipersensibilidade ao produto testado (incluir reatividades cruzadas)
- No caso de fármacos, se possível testar fármacos alternativos para a mesma indicação terapêutica, confirmando ou não a sua segurança, escolhendo tb em função da reatividade cruzada
Tipos de reações de hipersensibilidade?
Tipos de reações de hipersensibilidade:
-
Alérgicas - mediadas pelo sistema imunitário
- atópicas: mediadas por IgE
- não atópicas: mediadas por outras Ig ou por células
-
Não alérgicas - não mediadas pelo sistema imunitário:
- défices enzimáticos: défice de lactase
- tosse induzida por IECAs
- outros…
Definição de alergia: reação de hipersensibilidade iniciada por mecanismos imunológicos.
Definição de atopia: tendência pessoal/familiar, usualmente na infância e adolescência, para ficar sensibilidade e produzir anticorpos IgE em resposta a exposição a alergénios banais, geralmente proteínas.
As reações de hipersensibilidade alérgicas dividem-se em que subtipos?
Atópicas (IgE-mediadas) :
- a > das respiratórias
- 50% das alimentares
- menos freq se fármacos
- muito raro se de contacto
- Ags dos venenos de insetos
Não atópicas (mediadas por outras Igs ou por células):
- menor % nas respiratórias
- 50% das alimentares
- maior % se fármacos ou de contacto
- Ags da saliva de insetos
Alergia a:
- alergénios inalados
- alimentares
- fármacos
- alergénios de contacto
- insetos
- venenos (abelhas, vespas) - atópicas
- saliva (mosquitos, pulga) - não atópicas
Imunofisiopatologia das reações alérgicas IgE mediadas (atópicas):
-
Fase de exposição
- assintomática, os alergénios, se atravessarem as barreiras não geram resposta imune de ativação - respostas tolerogénicas de céls apresentadoras de antigénios (APC)
- Fase de sensibilização
- assintomática
- os alergénios são captados por APCs e iniciam uma resposta imune com proliferação linfocitária e com estimualação eventual de produção de anticorpos
- esta resposta intensifica-se com as exposições e ao longo do tempo
- existe mecanismo de retrocontrolo eficaz - sem clínica
- Fase clínica inicial (intermitente):
- insuficiência de mecanismos de retrocontrolo - sintomas surgem
- IgE mediado: ativação mastocitária, desgranulação e libertação de:
- histamina (sintomas logo - vasos, terminações nervosas, fibras musculares lisas)
- citocinas e quimiocinas - recrutamento de infiltrado inflamatório local, o que pode, por si, dar sintomatologia adicional
4. Fase clínica crónica
- ativação significativa imunitária ou infiltrado inflamatório nos tecidos
- sintomatologia crónica de gravidade varíavel e ao longo do tempo, pode ter períodos menos e mais sintomáticos, e mesmo assintomáticos
- Fase avançada (irreversível):
- dano estrutural, remodelling e fibrose
- sintomatologia quase diária
- resposta incompleta a várias das tx anteriormente eficazes













