PED 6 - ALIMENTAÇÃO E SÍNDROMES GASTROINTESTINAIS NA INFÂNCIA Flashcards
Fisiologia da lactação
Durante a gestação:
❯ Estrogênio:
❯ Progesterona:
Fases da lactogênese:
❯ Lactogênese fase I:
❯ Lactogênese fase II:
❯ Lactogênese fase III
Regulação hormonal da lactação:
❯ Prolactina:
❯ Ocitocina:
❯ Estrogênio: hiperplasia/ramificação dos ductos mamários;
❯ Progesterona: hiperplasia de alvéolos e túbulos.
❯ Lactogênese fase I: pode haver pequena secreção láctea na segunda metade da gestação;
❯ Lactogênese fase II: após o parto → apojadura. Cessa o efeito inibitório de hormônios placentários; produção láctea independe da sucção;
❯ Lactogênese fase III (galactopoiese): controle autócrino. Produção depende do estímulo e
esvaziamento regular da mama. Sem este esvaziamento, a produção/secreção de leite diminui
em função de fatores físicos e químicos (peptídeos supressores da lactação contidos no leite)
❯ Prolactina: estimula a secreção de leite pelos alvéolos mamários;
❯ Ocitocina: estimula a contração das células mioepiteliais, provocando a ejeção do leite;
também participa da contração uterina no período pós-parto, reduzindo o sangramento.
Definições
1. AM exclusivo:
2. AM predominante:
3. AM complementado:
4. AM misto ou parcial:
- AM exclusivo: leite materno (ou leite humano de outra fonte) e nenhum outro alimento ou líquido.
- AM predominante: leite materno ou leite humano e outros líquidos, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais.
- AM complementado: quando a criança recebe, além do leite materno, alimentos sólidos ou
semissólidos. - AM misto ou parcial: Leite materno + outros tipos de leite.
O cuidado com a saúde da criança exige dominar e utilizar as deånições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, em relação aos conceitos estabelecidos, assinale a alternativa CORRETA.
a) Aleitamento materno – termo usado quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado) e sem receber outros alimentos.
b) Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno direto da mama.
c) Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, outro tipo de leite
ou chás.
d) Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros alimentos sólidos como frutas e legumes.
e) Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (sucos de frutas e outros fluidos).
E
Uma criança que recebe aleitamento materno, água, chás e suco de frutas, é considerada como:
Aleitamento materno predominante
Uma criança que recebe, além do leite materno, alimentos sólidos e semissolidos, é considerada como:
Aleitamento materno complementado.
Como orientar a mãe que deseja continuar a amamentação, mas precisa retornar ao trabalho?
ORDENHA E ARMAZENAMENTO DO LEITE (orientações do Ministério da Saúde).
❯ Ordenha da mama e coleta do leite em utensílio esterilizado.II - ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
❯ Armazenamento:
- Leite cru (não pasteurizado): geladeira – QUANTO TEMPO? congelador/freezer (-3ºC) – QUANTO TEMPO?;
- Descongelar e reaquecer em banho-maria fora do fogo.
- Agitá-lo suavemente para homogeneizar a gordura e oferecer à criança em copinho ou em colher.
- Leite cru (não pasteurizado): geladeira – 12 horas; congelador/freezer (-3ºC) – 15 dias;
Se não for possível o aleitamento materno, qual alimento oferecer?
O substituto ideal é uma** fórmula infantil** (fórmula de partida, no primeiro semestre, e fórmula de seguimento, no segundo semestre).
QUAIS OS FATORES DE PROTEÇÃO PRESENTES NO LEITE MATERNO?
- IgA secretória: Principal Ig do leite humano. Proteção contra diversos agentes infecciosos. Outras Ig também podem ser encontradas
- Fator bífido: Glicoproteína (carboidrato nitrogenado) que serve de substrato para o crescimento de flora saprófita intestinal (Lactobacillus bifidus); leva à acidificação das fezes e dificulta a reprodução de enteropatógenos como a Shigella, Salmonella e Escherichia coli.
- Lactoferrina: Proteína bacteriostática. Inibe a adesão da E. coli às células e indisponibiliza o ferro necessário para a sobrevida de vários patógenos intestinais, especialmente E. coli e Candida albicans.
- Lisozima: Ação bactericida e anti-inflamatória; maior atividade após seis meses. Destrói E. coli e algumas cepas de Salmonella.
- Lactoperoxidase: Efetiva contra Streptococcus
- Oligossacarídeos: Bloqueiam a adesão de alguns agentes ao epitélio intestinal
- Lipase: Efetiva contra vários parasitas (Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, Trichomonas vaginalis)
Comparando o leite materno com o leite de vaca, como está o teor de proteínas, eletrólitos, lactose, gordura e ferro?
LM:
- menos proteínas, menos caseína, menos eletrólitos (princ sódio), Mais lactose, Mais gordura.
O teor de Fé é semelhante nos dois, no entanto, a biodisponibilidade no LM é maior (lactoferrina)
Quando o Aleitamento materno é contraindicado, qual a principal medida farmacológica?
Cabergolina 0,5 mg 02 cp dose única
Nome dado à secreção láctea produzida nos primeiros dias pós parto, contém elevada concentração de proteínas, menos lipídeos, mais imunoglobulinas, especialmente IgA e rico em minerais e vitaminas lipossoluveis:
Colostro
O leite humano maduro, em relação ao leite de vaca, apresenta maior quantidade de:
Alfalactoalbumina.
Bioquimicamente, o leite de vaca apresenta menor concentração de ácidos graxos instaurados em relação ao leite materno. Consequentemente, crianças que fazer aleitamento com leite de vaca, têm maior risco de ter duas patologias :
- Atrasado na crescimento.
- Prejuízo na maturação neural e da retina.
A respeito da técnica de amamentação, cite os 4 itens do posicionamento correto:
- Criança apoiada
- Corpo alinhado mesmo eixo
- Criança próxima da mãe
- Rosto de frente para mama
A respeito da técnica de amamentação, cite os 4 itens da pega correta:
- Boca aberta
- Lábio inferior evertido
- Aréola acima da boca
- Queixo tocando mama
Sobre aleitamento materno, quais as condições são contraindicações absolutas?
HIV materno
HTLV materno
Galactosemia
Amiodarona
Imunossupressores e citotoxicos
Radiofarmacos
Linezolida e Ganciclovir
Sobre aleitamento materno, quais as condições são contraindicações relativas?
1. Infecção herpética
2. Varicela
3. Hepatite B
4. Citomegalovirose
5. Doença de Chagas
6. Tuberculose materna
6. Hanseniase
7. Sarampo (Rubéola e Caxumba nao tem CI).
8. Psicose puerperal
- Hepatite B (necessário RN fazer Vacina nas 1as 12h pós parto e fazer Ig específica)
- Herpesvírus (evitar contato direto com lesões na mama)
- CMV aguda (< 32 semanas)
- Varicela (cinco dias antes até dois dias após o parto).
- Doença de Chagas: o aleitamento deve ser evitado na fase aguda da doença ou na presença de lesões sangrantes no mamilo;
- Tuberculose materna: a doença pulmonar ativa NÃO É CI à amamentação. A mãe deve usar máscara durante o período bacilífero e a criança recebe isoniazida ou rifampicina (a BCG não é feita logo após o nascimento). Nos casos de mastite tuberculosa, o aleitamento é
contraindicado.
Hanseníase: pela Sociedade Brasileira de Pediatria, mães com hanseníase virchowiana não tratadas, ou tratadas com tempo inferior a três meses com dapsona ou clofazimina, ou três semanas com rifampicina, não devem amamentar seus bebês até que o tratamento tenha completado o período mínimo necessário para bloquear a infecção (o risco e o benefício devem ser pesados para a tomada dessa decisão). O Ministério da Saúde considera que a primeira dose de rifampicina já é suficiente para permitir a amamentação. - Outras doenças virais: rubéola e caxumba não contraindicam a amamentação. Em caso desarampo, contraindicar por quatro dias após o início do quadro (mãe e bebê são afastados,
mas pode ser oferecido o leite ordenhado) - Psicose puerperal: esta condição é considerada uma CI clássica para a amamentação (é o que mais comumente é cobrado nos concursos). Alguns consideram que, após análise cuidadosa e individualizada, a amamentação pode ser permitida como parte do
tratamento materno, sob supervisão
Sobre as Contraindicações à amamentação, dentre as Doenças da criança, a única Contraindicação absoluta é:
Galactosemia.
Obs.: a fenilcetonúria não é uma contraindicação absoluta ao aleitamento materno. A criança deve receber pequenas quantidades de fenilalanina na dieta e os níveis séricos são monitorizados. De acordo com os níveis encontrados, os percentuais de fórmula isenta em fenilalanina e de leite humano que compõem a dieta vão sendo modificados
Sobre as Contraindicações à amamentação, dentre o Uso de medicações, as Principais contraindicações são:
Alguns fármacos contraindicados durante a amamentação (mais comuns nas provas)
❯ Amiodarona: risco de hipotireoidismo na criança.
❯ Antineoplásicos e imunossupressores (algumas substâncias dessa classe são de uso criterioso durante a amamentação).
❯ Bromocriptina: pode inibir a lactação.
❯ Isotretinoína.
❯ Compostos radioativos: pode ser necessário suspender temporariamente a amamentação,
conforme a meia-vida do fármaco administrado.
❯ Sais de ouro: risco de rash e reações de idiossincrasia.
❯ Alguns antimicrobianos: linezolida, ganciclovir.
❯ Fenindiona: risco de sangramento no bebê
Obs.: drogas de abuso (maconha, cocaína, LSD, heroína, anfetaminas) pode
Quais os 3 principais Problemas relacionados à amamentação
- Traumas Mamilares
- Engurgitamento Mamário
- Mastite
Traumas mamilares são lesões de continuidade lineares e concêntricas à pele do mamilo, geralmente decorrentes
do posicionamento e pega incorretos.
❯ Prevenção:
❯ Tratamento:
❯ Prevenção: técnica adequada; manter mamilos secos, não retirar proteção natural dos mamilos, evitar o ingurgitamento, ordenhar antes de amamentar (quando houveringurgitamento), não usar protetores de mamilos. No momento da interrupção da mamada, a mãe deve colocar seu dedo mínimo no canto da boca do bebê para desfazer o vedamento
labial.
❯ Tratamento: manter a amamentação, iniciar pela mama menos afetada, ordenhar antes da
mamada (estimular ejeção), variar posições para amamentação, analgesia sistêmica, usar conchas protetoras entre as mamadas (com orifício de ventilação). Não há evidências de que a aplicação do próprio leite ou de pomadas a base de lanolina acelerem a cicatrização.
O ingurgitamento mamário fisiológico corresponde à descida do leite (apojadura) e não demanda intervenção específica. O ingurgitamento patológico ocorre entre o 3º e o 5º dia após o parto e
é caracterizado por um aumento de volume, calor, dor e tensão nas mamas.
❯ Prevenção:
❯ Tratamento:
❯ Prevenção: início precoce da amamentação e amamentação em regime de livre demanda.
❯ Tratamento: manter a amamentação em livre demanda, ordenhar antes da mamada (para
facilitar a pega) e após a mamada (para permitir o esvaziamento da mama), massagear as regiões mais afetadas, usar sutiã de alças largas, que sustente bem as mamas, compressas frias nos intervalos entre as mamadas por até 20 minutos, para diminuir a produção láctea, e analgesia sistêmica.
- Processo inflamatório da mama, com ou sem infecção bacteriana, causado por estase do leite e lesões de continuidade na pele. Principal agente bacteriano é o Staphylococcus aureus. Mais comum entre a 2ª ou 3ª semana do pós-parto, causando dor, vermelhidão, calor e edema sobre a pele da mama acometida. Pode haver o acometimento de um ou mais segmentos da
mama (mais comum é o quadrante superior esquerdo) e é, geralmente, unilateral. Pode haver
febre, mal-estar, náuseas e vômitos. - Tratamento:
- Mastite
- Tratamento: manter o aleitamento, corrigir a técnica da amamentação, medicações como
analgésicos, antitérmicos e antibióticos sistêmicos. A antibioticoterapia está indicada quando há sintomas graves desde o início, fissura ou ausência de melhora mesmo com remoção do
leite acumulado. As opções incluem cefalexina, amoxicilina + clavulanato.
Abscesso mamário, geralmente, é complicação da mastite e se caracteriza por intensa dor, febre e acúmulo de pus.
❯ Tratamento:
❯ Tratamento: drenagem cirúrgica e antibioticoterapia. De acordo com o Ministério da Saúde, a
amamentação pode ser mantida mesmo na mama comprometida