PED 6 - ALIMENTAÇÃO E SÍNDROMES GASTROINTESTINAIS NA INFÂNCIA Flashcards
Fisiologia da lactação
Durante a gestação:
❯ Estrogênio:
❯ Progesterona:
Fases da lactogênese:
❯ Lactogênese fase I:
❯ Lactogênese fase II:
❯ Lactogênese fase III
Regulação hormonal da lactação:
❯ Prolactina:
❯ Ocitocina:
❯ Estrogênio: hiperplasia/ramificação dos ductos mamários;
❯ Progesterona: hiperplasia de alvéolos e túbulos.
❯ Lactogênese fase I: pode haver pequena secreção láctea na segunda metade da gestação;
❯ Lactogênese fase II: após o parto → apojadura. Cessa o efeito inibitório de hormônios placentários; produção láctea independe da sucção;
❯ Lactogênese fase III (galactopoiese): controle autócrino. Produção depende do estímulo e
esvaziamento regular da mama. Sem este esvaziamento, a produção/secreção de leite diminui
em função de fatores físicos e químicos (peptídeos supressores da lactação contidos no leite)
❯ Prolactina: estimula a secreção de leite pelos alvéolos mamários;
❯ Ocitocina: estimula a contração das células mioepiteliais, provocando a ejeção do leite;
também participa da contração uterina no período pós-parto, reduzindo o sangramento.
Definições
1. AM exclusivo:
2. AM predominante:
3. AM complementado:
4. AM misto ou parcial:
- AM exclusivo: leite materno (ou leite humano de outra fonte) e nenhum outro alimento ou líquido.
- AM predominante: leite materno ou leite humano e outros líquidos, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais.
- AM complementado: quando a criança recebe, além do leite materno, alimentos sólidos ou
semissólidos. - AM misto ou parcial: Leite materno + outros tipos de leite.
O cuidado com a saúde da criança exige dominar e utilizar as deånições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, em relação aos conceitos estabelecidos, assinale a alternativa CORRETA.
a) Aleitamento materno – termo usado quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado) e sem receber outros alimentos.
b) Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno direto da mama.
c) Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, outro tipo de leite
ou chás.
d) Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros alimentos sólidos como frutas e legumes.
e) Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (sucos de frutas e outros fluidos).
E
Uma criança que recebe aleitamento materno, água, chás e suco de frutas, é considerada como:
Aleitamento materno predominante
Uma criança que recebe, além do leite materno, alimentos sólidos e semissolidos, é considerada como:
Aleitamento materno complementado.
Como orientar a mãe que deseja continuar a amamentação, mas precisa retornar ao trabalho?
ORDENHA E ARMAZENAMENTO DO LEITE (orientações do Ministério da Saúde).
❯ Ordenha da mama e coleta do leite em utensílio esterilizado.II - ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
❯ Armazenamento:
- Leite cru (não pasteurizado): geladeira – QUANTO TEMPO? congelador/freezer (-3ºC) – QUANTO TEMPO?;
- Descongelar e reaquecer em banho-maria fora do fogo.
- Agitá-lo suavemente para homogeneizar a gordura e oferecer à criança em copinho ou em colher.
- Leite cru (não pasteurizado): geladeira – 12 horas; congelador/freezer (-3ºC) – 15 dias;
Se não for possível o aleitamento materno, qual alimento oferecer?
O substituto ideal é uma** fórmula infantil** (fórmula de partida, no primeiro semestre, e fórmula de seguimento, no segundo semestre).
QUAIS OS FATORES DE PROTEÇÃO PRESENTES NO LEITE MATERNO?
- IgA secretória: Principal Ig do leite humano. Proteção contra diversos agentes infecciosos. Outras Ig também podem ser encontradas
- Fator bífido: Glicoproteína (carboidrato nitrogenado) que serve de substrato para o crescimento de flora saprófita intestinal (Lactobacillus bifidus); leva à acidificação das fezes e dificulta a reprodução de enteropatógenos como a Shigella, Salmonella e Escherichia coli.
- Lactoferrina: Proteína bacteriostática. Inibe a adesão da E. coli às células e indisponibiliza o ferro necessário para a sobrevida de vários patógenos intestinais, especialmente E. coli e Candida albicans.
- Lisozima: Ação bactericida e anti-inflamatória; maior atividade após seis meses. Destrói E. coli e algumas cepas de Salmonella.
- Lactoperoxidase: Efetiva contra Streptococcus
- Oligossacarídeos: Bloqueiam a adesão de alguns agentes ao epitélio intestinal
- Lipase: Efetiva contra vários parasitas (Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, Trichomonas vaginalis)
Comparando o leite materno com o leite de vaca, como está o teor de proteínas, eletrólitos, lactose, gordura e ferro?
LM:
- menos proteínas, menos caseína, menos eletrólitos (princ sódio), Mais lactose, Mais gordura.
O teor de Fé é semelhante nos dois, no entanto, a biodisponibilidade no LM é maior (lactoferrina)
Quando o Aleitamento materno é contraindicado, qual a principal medida farmacológica?
Cabergolina 0,5 mg 02 cp dose única
Nome dado à secreção láctea produzida nos primeiros dias pós parto, contém elevada concentração de proteínas, menos lipídeos, mais imunoglobulinas, especialmente IgA e rico em minerais e vitaminas lipossoluveis:
Colostro
O leite humano maduro, em relação ao leite de vaca, apresenta maior quantidade de:
Alfalactoalbumina.
Bioquimicamente, o leite de vaca apresenta menor concentração de ácidos graxos instaurados em relação ao leite materno. Consequentemente, crianças que fazer aleitamento com leite de vaca, têm maior risco de ter duas patologias :
- Atrasado na crescimento.
- Prejuízo na maturação neural e da retina.
A respeito da técnica de amamentação, cite os 4 itens do posicionamento correto:
- Criança apoiada
- Corpo alinhado mesmo eixo
- Criança próxima da mãe
- Rosto de frente para mama
A respeito da técnica de amamentação, cite os 4 itens da pega correta:
- Boca aberta
- Lábio inferior evertido
- Aréola acima da boca
- Queixo tocando mama
Sobre aleitamento materno, quais as condições são contraindicações absolutas?
HIV materno
HTLV materno
Galactosemia
Amiodarona
Imunossupressores e citotoxicos
Radiofarmacos
Linezolida e Ganciclovir
Sobre aleitamento materno, quais as condições são contraindicações relativas?
1. Infecção herpética
2. Varicela
3. Hepatite B
4. Citomegalovirose
5. Doença de Chagas
6. Tuberculose materna
6. Hanseniase
7. Sarampo (Rubéola e Caxumba nao tem CI).
8. Psicose puerperal
- Hepatite B (necessário RN fazer Vacina nas 1as 12h pós parto e fazer Ig específica)
- Herpesvírus (evitar contato direto com lesões na mama)
- CMV aguda (< 32 semanas)
- Varicela (cinco dias antes até dois dias após o parto).
- Doença de Chagas: o aleitamento deve ser evitado na fase aguda da doença ou na presença de lesões sangrantes no mamilo;
- Tuberculose materna: a doença pulmonar ativa NÃO É CI à amamentação. A mãe deve usar máscara durante o período bacilífero e a criança recebe isoniazida ou rifampicina (a BCG não é feita logo após o nascimento). Nos casos de mastite tuberculosa, o aleitamento é
contraindicado.
Hanseníase: pela Sociedade Brasileira de Pediatria, mães com hanseníase virchowiana não tratadas, ou tratadas com tempo inferior a três meses com dapsona ou clofazimina, ou três semanas com rifampicina, não devem amamentar seus bebês até que o tratamento tenha completado o período mínimo necessário para bloquear a infecção (o risco e o benefício devem ser pesados para a tomada dessa decisão). O Ministério da Saúde considera que a primeira dose de rifampicina já é suficiente para permitir a amamentação. - Outras doenças virais: rubéola e caxumba não contraindicam a amamentação. Em caso desarampo, contraindicar por quatro dias após o início do quadro (mãe e bebê são afastados,
mas pode ser oferecido o leite ordenhado) - Psicose puerperal: esta condição é considerada uma CI clássica para a amamentação (é o que mais comumente é cobrado nos concursos). Alguns consideram que, após análise cuidadosa e individualizada, a amamentação pode ser permitida como parte do
tratamento materno, sob supervisão
Sobre as Contraindicações à amamentação, dentre as Doenças da criança, a única Contraindicação absoluta é:
Galactosemia.
Obs.: a fenilcetonúria não é uma contraindicação absoluta ao aleitamento materno. A criança deve receber pequenas quantidades de fenilalanina na dieta e os níveis séricos são monitorizados. De acordo com os níveis encontrados, os percentuais de fórmula isenta em fenilalanina e de leite humano que compõem a dieta vão sendo modificados
Sobre as Contraindicações à amamentação, dentre o Uso de medicações, as Principais contraindicações são:
Alguns fármacos contraindicados durante a amamentação (mais comuns nas provas)
❯ Amiodarona: risco de hipotireoidismo na criança.
❯ Antineoplásicos e imunossupressores (algumas substâncias dessa classe são de uso criterioso durante a amamentação).
❯ Bromocriptina: pode inibir a lactação.
❯ Isotretinoína.
❯ Compostos radioativos: pode ser necessário suspender temporariamente a amamentação,
conforme a meia-vida do fármaco administrado.
❯ Sais de ouro: risco de rash e reações de idiossincrasia.
❯ Alguns antimicrobianos: linezolida, ganciclovir.
❯ Fenindiona: risco de sangramento no bebê
Obs.: drogas de abuso (maconha, cocaína, LSD, heroína, anfetaminas) pode
Quais os 3 principais Problemas relacionados à amamentação
- Traumas Mamilares
- Engurgitamento Mamário
- Mastite
Traumas mamilares são lesões de continuidade lineares e concêntricas à pele do mamilo, geralmente decorrentes
do posicionamento e pega incorretos.
❯ Prevenção:
❯ Tratamento:
❯ Prevenção: técnica adequada; manter mamilos secos, não retirar proteção natural dos mamilos, evitar o ingurgitamento, ordenhar antes de amamentar (quando houveringurgitamento), não usar protetores de mamilos. No momento da interrupção da mamada, a mãe deve colocar seu dedo mínimo no canto da boca do bebê para desfazer o vedamento
labial.
❯ Tratamento: manter a amamentação, iniciar pela mama menos afetada, ordenhar antes da
mamada (estimular ejeção), variar posições para amamentação, analgesia sistêmica, usar conchas protetoras entre as mamadas (com orifício de ventilação). Não há evidências de que a aplicação do próprio leite ou de pomadas a base de lanolina acelerem a cicatrização.
O ingurgitamento mamário fisiológico corresponde à descida do leite (apojadura) e não demanda intervenção específica. O ingurgitamento patológico ocorre entre o 3º e o 5º dia após o parto e
é caracterizado por um aumento de volume, calor, dor e tensão nas mamas.
❯ Prevenção:
❯ Tratamento:
❯ Prevenção: início precoce da amamentação e amamentação em regime de livre demanda.
❯ Tratamento: manter a amamentação em livre demanda, ordenhar antes da mamada (para
facilitar a pega) e após a mamada (para permitir o esvaziamento da mama), massagear as regiões mais afetadas, usar sutiã de alças largas, que sustente bem as mamas, compressas frias nos intervalos entre as mamadas por até 20 minutos, para diminuir a produção láctea, e analgesia sistêmica.
- Processo inflamatório da mama, com ou sem infecção bacteriana, causado por estase do leite e lesões de continuidade na pele. Principal agente bacteriano é o Staphylococcus aureus. Mais comum entre a 2ª ou 3ª semana do pós-parto, causando dor, vermelhidão, calor e edema sobre a pele da mama acometida. Pode haver o acometimento de um ou mais segmentos da
mama (mais comum é o quadrante superior esquerdo) e é, geralmente, unilateral. Pode haver
febre, mal-estar, náuseas e vômitos. - Tratamento:
- Mastite
- Tratamento: manter o aleitamento, corrigir a técnica da amamentação, medicações como
analgésicos, antitérmicos e antibióticos sistêmicos. A antibioticoterapia está indicada quando há sintomas graves desde o início, fissura ou ausência de melhora mesmo com remoção do
leite acumulado. As opções incluem cefalexina, amoxicilina + clavulanato.
Abscesso mamário, geralmente, é complicação da mastite e se caracteriza por intensa dor, febre e acúmulo de pus.
❯ Tratamento:
❯ Tratamento: drenagem cirúrgica e antibioticoterapia. De acordo com o Ministério da Saúde, a
amamentação pode ser mantida mesmo na mama comprometida
- Infecção fúngica dos mamilos causada pela Candida albicans. Clinicamente, são observados
dor e sensação de prurido, pele hiperemiada, brilhante e com fina descamação. Raramente, ocorrem placas esbranquiçadas.
❯ Tratamento:
- Candidíase
- Tratamento: uso tópico de miconazol ou clotrimazol nas mamas, ou uso sistêmico de
cetoconazol. Manter mamilos secos; expô-los à luz alguns minutos por dia; retirar chupetas emamadeiras (ou ferver se a retirada não for possível). O tratamento da criança também
sempre deve ser feito, mesmo sem sinais evidentes de candidíase.
Puérpera no 5o dia pós parto, relata saída de pouco leite, mal estar geral e febricula (37°C). Ao exame físico, mamas doloridas, edemaciadas, com pele brilhante e eritema difuso, mamilos íntegros. Quais as 2 medidas terapêuticas?
- Esvaziar mamas pós amamentação
- Crioterapia
Puérpera no 5o dia pós parto, relata saída de pouco leite, mal estar geral e febricula (37°C). Ao exame físico, mamas doloridas, edemaciadas, com pele brilhante e eritema difuso, mamilos íntegros. Qual medida profilática nesse caso?
- Ordenhar mamas antes, para facilitar a pega.
Puérpera no 5o dia pós parto, relata saída de pouco leite, mal estar geral e febricula (37°C). Ao exame físico, mamas doloridas, edemaciadas, com pele brilhante e eritema difuso, mamilos íntegros. Qual principal hipótese diagnóstica?
Ingurgitamento mamário
Julgue V ou F
- Lactoalbumina é a principal proteína do leite humano. Caseína é a do leite de vaca. Tal característica confere ao leite materno maior digestibilidade.
- Água é o componente mais abundante do leite humano, até 90% total. Dessa forma, é dispensável utilização de água ou chás nos primeiros 6 meses de vida do lactente em aleitamento materno exclusivo.
- O leite materno, muito rico em ferro, tem grande disponibilidade desse, o que determina que crianças que recebam tal leite e alimentos ricos em ferro, não necessitem de suplementação de sulfato ferroso nos primeiros anos de vida.
- A concentração de gordura do leite materno se reduz ao longo das mamadas do dia.
- V
- V
- F
- F
Quais os dois medicamentos galactagogos mais comuns?
Metoclopramida
Domperidona
Sobre armazenamento do leite materno ordenhado, julgue V ou F:
- Pode ser guardado no congelador, freezer ou geladeira, em posição vertical.
- No freezer, pode ser usado em até 7 dias.
- Utilizar o mesmo frasco quando coletas no mesmo dia.
- Retirar o leite de uma das mamas primeiro para, em seguida, retirar de outra mama.
- V
- F - 15 dias
- V
- F
Uma mãe está amamentando seu filho de 18 meses, quando foi surpreendida por uma gravidez não planejada. Qual a orientação quanto à amamentação?
Se não houver contraindicação (risco de prematuridade), ela pode amamentar os dois filhos pelo tempo que quiser.
Primíparas, com RN de 18 dias, vem à consulta com queixa de mastite a direita e relata ainda que filho está ictérico. Qual orientação quanto à amamentação?
As mamas devem ser esvaziadas após cada mamada.
Primíparas, com RN de 18 dias, vem à consulta com queixa de mastite a direita e relata ainda que filho está ictérico. Caso iniciado antibiótico, qual orientação quanto à amamentação na mama afetada?
Manter aleitamento materno
Lactante procura PS por dificuldade em amamentação. Ao exame, nota-se fissura mamilar bilateral. Visando manter a continuidade do aporte energético correto ao seu filho, quais as orientações para essa mãe?
- Amamentar em diferentes posições
- Corrigir a técnica
- Manter mamilos secos
- Manter aleitamento materno e ordenhar entre mamadas (evitar ingurgitamento)
- Não fazer analgesia sistêmica
- Nao aplicar cremes ou pomadas
- Nao expor mamas ao sol
RN a termo é levado pela mãe ao PS devido apresentar pele e olhos amarelados, vômitos, irritabilidade e dificuldade alimentar. O resultados do teste do pezinho veio indicando galactosemia. Qual melhor conduta ?
Suspender aleitamento materno e substituir por leite de soja.
Primigesta, deu entrada na maternidade em trabalho de parto, com história de ter iniciado tratamento para tuberculose há 04 dias. Exames indicaram paciente ainda bacilífera. RN nasceu bem, e foi afastada tuberculose congênita. Nesse caso, qual a conduta com o RN?
- Manter aleitamento materno com uso de máscara cirúrgica.
- Não vacinar contra a BCG
- Fazer quimioprofilaxia RN por 3 meses.
Julgue V ou F
- O leite de vaca, apresenta 3x mais proteína que o leite humano.
- O leite humano inibe o crescimento do lactobacillus bifidus
- O leite humano possui maior concentração de sódio e cálcio
- O leite de vaca têm menos concentração de caseína.
- O colostro apresenta maiores quantidades de IgA que o leite maduro.
- O leite de mães desnutridas tem menos quantidade de gordura que leite de mãe eutrófica.
- O aleitamento materno, no caso de gemelares, deve ser complementado com fórmulas.
1 V 2 F 3 F 4 F 5. V 6. F 7. F
A alimentação das crianças deve seguir os 12 passos para uma alimentação saudável, são eles:
- Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses.
- Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses.
- Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas.
- Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite materno.
- Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade.
- Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança.
- Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família.
- Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família.
- Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição.
- Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família.
- Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa.
- Proteger a criança da publicidade de alimentos.
Introdução da alimentação complementar
● A partir dos seis meses, iniciar alimentação complementar, mantendo aleitamento até dois anos ou mais.
● A alimentação deve ser variada, contendo um alimento de cada um dos seguintes grupos: tubérculos ou cereais, hortaliças, alimentos de origem animal, leguminosas.
● A alimentação deve ser espessa desde o início; não liquidiåcar os alimentos.
● Ao final do primeiro ano de vida, a criança deve receber os alimentos que compõem o cardápio familiar.
Diante de uma mãe que viajará para área endêmica de febre amarela em 15 dias e tenha necessidade de fazer uso de vacina, tem um lactente de 3 meses, que até então teve Aleitamento materno exclusivo. Qual orientação deve ser dada a essa mãe em relação ao Aleitamento materno?
Suspender aleitamento materno por 28 dias, realizar a ordenha manual do leite e desprezá-lo nesse período.
Qual o percentual de ferro elementar na composição do sulfato ferroso?
Em torno de 20%
O principal alimento contraindicado nos menores de 1 ano é o:
MEL
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que o ________ não seja adicionado às papas, sendo
suficiente o conteúdo de ____________ dos alimentos
SAL
SÓDIO
Quando recomendar o “leite de soja”?
Pode ser usada para a
alimentação das crianças com galactosemia ou deficiência congênita de lactase.
A Sociedade Brasileira de Pediatria: recomenda a suplementação a partir de 3 meses de vida para crianças nascidas a termo e com mais do 2.500 g, salvo se estiverem em uso de > 500 ml/dia de fórmula infantil.
Assim, como fazer a profilaxia para Anemia ferropriva pela Sociedade Brasileira de Pediatria ?
1) IG > 37s E PESO NASCIMENTO > 2,5 kg
1. 1. SE < 3 meses: manter Aleitamento materno exclusivo (AME) ou Fórmula infantil (FI)- não receber ferro.
1. 2. SE > 3 meses: fazer 1mg/kg/dia de Fe elementar até os 02 anos - EXCETO SE TIVER RECEBIDO >500ml de FI)
2) IG < 37 se OU PESO NASCIMENTO < 2,5kg
RECEBER Fe++ de 30 dias até 2 anos.
2.1. NO 1º ANO:
- < 1KG: 4mg/kg/dia Fe++
- < 1,5KG: 3mg/kg/dia Fe++
- < 2,5KG: 2mg/kg/dia Fe++
2.2. NO 2º ANO:
- 1 mg/kg/dia Fe++.
Sobre a reposição de Ferro recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (2021), a situação em que há um Recém-nascidos a termo, peso adequado para a idade gestacional, em aleitamento materno exclusivo até o 6º mês SEM FATORES DE RISCO
1 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando no 90º dia de vida até o 24º mês de vidar
Sobre a reposição de Ferro recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (2021), a situação em que há Recém-nascidos a termo, peso adequado para a idade gestacional, independentemente do tipo de alimentação COM FATORES DE RISCO
1 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando no 90º dia de vida até o 24º mês de vida
Sobre a reposição de Ferro recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (2021), a situação em que há Recém-nascidos a termo com peso inferior a 2.500 g COM FATORES DE RISCO
2 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando no 30º dia de vida, durante um ano. De um ano em diante, 1 mg/kg/dia até o 24º mês de vida
Sobre a reposição de Ferro recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (2021), a situação em que há Recém-nascidos prematuros com peso superior a 1.500 g COM FATORES DE RISCO
2 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando no 30º dia de vida, durante um ano. De um ano em diante, 1 mg/kg/dia até o 24º mês de vida
Sobre a reposição de Ferro recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (2021), a situação em que há Recém-nascidos prematuros com peso entre 1.500 e 1.000 g COM FATORES DE RISCO
3 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando no 30º dia de vida, durante um ano. De um ano em diante, 1 mg/kg/dia até o 24º mês de vida
Sobre a reposição de Ferro recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (2021), a situação em que há Recém-nascidos prematuros com peso inferior a 1.000 g COM FATORES DE RISCO
4 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando no 30º dia de vida, durante um ano. De um ano em diante, 1 mg/kg/dia até o 24º mês de vida
Sobre a reposição de Ferro recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (2021), a situação em que há Recém-nascidos prematuros que receberam mais de 100 mL de concentrado de hemácias durante a internação
A conduta deve ser individualizada, uma vez que pode não haver necessidade de suplementação de ferro com 30 dias de vida, apenas posteriormente
Fatores de risco para anemia ferropriva na pediatria:
Baixa reserva materna
Aumento da demanda metabólica
Diminuição do fornecimento
Perda sanguínea
Má absorção do ferro:
Sobre as condições de profilaxia para anemia ferropriva na criança, qual a recomendação para paciente com 2 meses, nascido de IG ≥ 37s e Peso > 2,5kg ?
Recomenda Aleitamento materno exclusivo ou Fórmula infantil. Não usar ferro.
Lactente 7 meses, amamentado por 2 meses apenas, vem sendo alimentado com leite em pó integral com adição de açúcar e farinha, e sopa de legumes batida no liquidificador. Nunca recebeu suplemento vitamínico. Ao exame, apresenta palidez, anorexia e sonolência excessiva. O diagnóstico provável é:
Anemia ferropriva
O Ministério da Saúde fornece cápsulas de vitamina A para crianças residentes em áreas de
risco para a hipovitaminose. Em municípios de alta prevalência dessa hipovitaminose, contemplados pelo Programa de Suplementação de Vitamina A, o seguinte esquema de suplementação é preconizado e deve ser administrado a cada 4 a 6 meses:
* Crianças de 6 a 11 meses:
* Crianças de 12 a 59 meses:
- Crianças de 6 a 11 meses: 100.000 unidades em uma dose VO;
- Crianças de 12 a 59 meses: 200.000 unidades uma vez a cada 6 meses VO.
Sobre a suplementação de vitamina D em pediatria, descreva o esquema:
Iniciar após primeira semana de vida
- 400 UI Vit D até 12 meses
- 600 UI Vit D de 12-24 meses.
observação: Cabe ressaltar que não há definição acerca da duração exata da suplementação com vitamina D. Na presença de fatores de risco, a suplementação deve ser mantida.
Deve-se fazer a suplementação de Vitaminda D com 400 UI/dia (< 1 ano) e 600 UI/dia (> 1 ano), nas seguintes 4 condições:
❯ Crianças em aleitamento materno exclusivo, iniciando logo após o nascimento. Para os
prematuros, a suplementação deve ser iniciada quando o peso for superior a 1.500 g e houver
tolerância à ingestão oral;
❯ Crianças em uso de fórmula infantil fortificada com vitamina D que ingerem um volume <
1.000 ml/dia;
❯ Crianças e adolescentes que não ingerem pelo menos 600 UI de vitamina D/dia na dieta;
❯ Crianças e adolescentes que não se exponham ao sol regularmente.
Lactente 4 meses, nascido parto normal a termo, gestação sem intercorrências, peso 3,2 kg, está em aleitamento materno exclusivo, DNPM normal, sem queixas. Não faz uso de nenhuma medicação. Exame físico: peso 6kg, sem demais alterações. Com base nas recomendações da SBP, qual a conduta quanto a uso de Vitamina D?
- Iniciar 400 mg/dia até 12 meses
- Iniciar profilaxia com sulfato ferroso 1mg/kg/dia até 2 anos (pois é nascido a termo, peso > 2,5kg, idade > 3m)
Perda anormal de água e eletrólitos pelas fezes, produzindo fezes amolecidas e evacuações mais frequentes.
❯ Diarreia aguda:
❯ Diarreia persistente:
❯ Diarreia crônica:
❯ Diarreia aguda: < 14 dias.
❯ Diarreia persistente: 14 dias ou mais.
❯ Diarreia crônica: > 30 dias (tenha cuidado, pois alguns consideram que um quadro com duração superior a 2 ou 3 semanas já deva ser considerado diarreia crônica).
É a diarreia com sangue e pus. Costuma ser associada com tenesmo e urgência fecal, pela inflamação do cólon. Documentos do Ministério da Saúde apontam que a Shigella é a principal causa de disenteria em nosso meio
Disenteria
Diarreia causada pelo Acúmulo de substâncias na luz intestinal que exercem uma pressão osmótica capaz de reter líquido no lúmen da alça, com Gap osmolar fecal alto e Volume fecal menor; melhora com o jejum. Causas principais:
❯ Infecção pelo rotavírus
❯ Ingestão de solutos não absorvidos (lactulose, sorbitol).
Diarreia Osmótica
Diarreia que se deve ao aumento da secreção intestinal de água e eletrólitos, por aumento na concentração intracelular de nucleotídeos cíclicos ou de cálcio iônico.
❯ Gap osmolar fecal baixo.
❯ Diarreia volumosa; persiste mesmo durante o jejum.
Causas principais:
❯ Infecções: E. coli enterotoxigênica cólera, Salmonella, Shigella, Yersinia, Campylobacter eoutras;
❯ Outras: tumores, drogas, venenos, síndromes congênitas.
Diarreia Secretora
Diarreia que se deve à lesão direta do epitélio intestinal ou à ação de citotoxinas com inflamação, diminuição da reabsorção colônica e aumento da motilidade. Sangue, muco e leucócitos (≥ 5/campo de grande aumento) nas fezes. Causas:
❯ Infecção: Salmonella, Shigella, amebíase, E. coli enteroinvasiva, E. coli êntero-hemorrágica, Yersinia e Campylobacter.
Diarreia Invasiva
Diarreia causada por vírus que é
❯ Principal causa de diarreia grave nos menores de 2 anos.
❯ Idade: mais grave entre 3 e 24 meses; infecção é assintomática nos menores de 3 meses.
❯ Mecanismos: mecanismo osmótico (pela destruição de enterócitos apicais) e secretor (pela proteína NSP4).
❯ Maior incidência nos meses de inverno, em países temperados, e durante todo o ano, em países em desenvolvimento.
❯ Período de incubação: < 48 horas (varia de 1 a 7 dias).
❯ Clínica: vômitos e febre, seguidos de diarreia líquida, volumosa e explosiva. Duração média dos sintomas de 4 a 8 dias.
❯ Avaliação complementar: isolamento nas fezes pelo método ELISA.
Rotavírus