PED 2 - SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS NA INFÂNCIA Flashcards
‘Ruído predominantemente inspiratório produzido pelo turbilhonamento de ar em uma via aérea estreitada (tipicamente laringe e traqueia). Indica obstrução nesse ponto da árvore respiratória.
Estridor
A TAQUIPNEIA, isoladamente, é o marcador de maior importância para a identificação das infecções das vias aéreas inferiores. É definida por frequência respiratória, nas faixas etárias:
a. < 2 meses
b. entre 2-11 meses
c. entre 1-5 anos
a. >/= 60 irpm
b. >/= 50 irpm
c. >/= 40 irpm
Criança com infecção respiratória aguda e Sem taquipneia e sem estridor, deve-se pensar em:
IVAS
Dentre as Infecções de Via aérea Superior (IVAS), quais as mais comuns?
- Resfriado Comum e suas Complicações (OMA ou Sinusite aguda)
- Faringite Aguda
Criança com infecção respiratória aguda e Com estridor (frequência respiratória variável), deve-se pensar em:
Infecção das vias aéreas intermediárias (epiglotite aguda, laringotraqueobronquite aguda).*
Criança com infecção respiratória aguda e Com taquipneia e sem estridor, deve-se pensar em:
Infecção das vias aéreas inferiores (pneumonia por microrganismos típicos, viral ou por microrganismos atípicos).
Na vigência de uma infecção respiratória aguda, é o principal marcador que utilizaremos para definir o acometimento das vias aéreas inferiores.
Taquipneia
O referencial para frequência respiratória decrianças de dois meses a um ano de idade,em IRPM, é de:
50 IRPM
Um menino de 1 ano e 2 meses apresenta quadro respiratório de evolução de 4 dias com tosse desde o primeiro dia, secreção clara nos primeiros 2 dias e purulenta daí em diante. Há um dia, está com febre, aferida na Unidade Básica de Saúde em 39°C, frequência respiratória de 59 irpm e sem tiragem no exame físico. Como se deve ser classificado o quadro do menino, seguindo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) adotados no Brasil pelo Ministério da Saúde?
Pneumonia.
Seguindo as novas recomendaçõesda OMS para pneumonia em criança de 2 a 59 meses, publicadas em 2014, assinalea alternativa CORRETA.
a) Frequência respiratória > 40 irpm no lactenteentre 2 meses e 11 meses e 29 dias e > 30irpm nas crianças entre 12 e 59 meses é critério diagnóstico para pneumonia, sendo queos menores de 6 meses têm indicação de internamento.
b) Na nova classificação, a radiografia de tóraxé essencial para confirmar o diagnóstico depneumonia devido à necessidade de se excluirderrame pleural, indicativo de pior prognóstico.
c) A nova classificação adotada pela OMS classifica a pneumonia em duas categorias: “pneumonia” caracterizada por taquipneia e/ou retrações torácicas e “pneumonia grave”, caracterizada pela presença de sinais de perigo e insuficiência respiratória.
d) Antibioticoterapia é indicada para a pneumoniagrave, já que atualmente se sabe que a maioria das pneumonias sem sinais de gravidade são de etiologia viral, devendo se evitar a resistência bacteriana.
e) As crianças que apresentam retrações torácicasdevem ser internadas para realizar antibiótico parenteral, mesmo que não apresentem os sinais de perigo, pois retrações torácicas são consideradas sinal de gravidade.
C
É um quadro benigno e autolimitado causado pela infecção viral e inflamação da mucosa do nariz, seios paranasais e faringe.
RESFRIADO COMUM OU RINOSSINUSITE
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
HOSPITAL ESCOLA DA UFPEL – UFPEL – RS
Qual o vírus mais frequentemente implicado na etiologia das rinofaringites agudas?
a) Metapneumovírus.
b) Rinovírus.
c) Vírus respiratório sincicial.
d) Adenovírus.
e) Vírus da inýuenza.
B
Nos primeiros anos de vida das crianças, quantos episódios por ano de Resfriado Comum são esperados?
6 a 8 casos
Qual o principal agente etiológico do RESFRIADO COMUM e a forma de transmissão?
Rinovírus;
Transmitido pelo contato direto.
A clínica principal do RESFRIADO COMUM:
A coriza e obstrução nasal são os marcadores cardinais. Pode haver tosse, irritação na garganta efebre.
Qual o tratamento do RESFRIADO COMUM?
Lavagem nasal com solução fisiológica; medicações antipiréticas. Não usar antitussígenos, mucolíticos e descongestionantes.
Quais as 2 principais complicações do RESFRIADO COMUM?
Otite média aguda (PRINCIPAL)Sinusite aguda
Qual o vírus mais frequentemente implicado naetiologia das rinofaringites agudas?
Rinovírus.
A duração do resfriado comum é de +/-
7 a 10 dias.
Seu uso deve ser evitado na suspeita de RESFRIADO COMUM, pois pode precipitar síndrome de Reye se for usado em pacientes com infecção pelo vírus influenza (vimos que, embora incomum, esse é um possível agente etiológico dos quadros de resfriado).
AAS
Lactente de oito meses é trazido ao PS por apresentar febre e coriza há três dias. Ao exame está em bom estado geral, eupneica, corada, hidratada, FC = 88 bpm, FR = 38 irpm, murmúrio vesicular presente e simétrico com presença de roncos difusos. A radiografia do tórax revela hipotransparência triangular na região paratraqueal direita do tipo “vela de barco’’. Qual a conduta?
Expectante.
Menino de quatro anos com história de febre há3 dias, congestão nasal e dor de garganta. Está em bom estado geral, seu exame físico é normal e sua irmã de seis anos tem quadro clínico semelhante. O tratamento MAIS ADEQUADO a ser prescrito é
Soro fisiológico nasal.
Menino 3 anos, com febre 38,5, otalgia a esquerda há 3 dias. EF: membrana timpânica abaulada esquerda, hiperemiada, sendo feito diagnóstico de OMA e prescrito amoxicilina dose de 50mg/kg/dia. Após 72h, menino retorna com febre baixa 37,8. EF: abaulamento em regiões retroauricular esquerda, hiperemiada e dolorosa à percussão, além de deslocamento do pavilhão auricular para frente. Qual suspeita diagnóstica? Qual conduta?
Mastoidite aguda
Internação e antibioticoterapia venosa
Uma criança com uma infecção das vias aéreas superiores e inflamação da orelha média provocadapor agentes bacterianos que, agudamente, desenvolve febre, otalgia e hipoacusia, tem dg de:
Otite Média Aguda (OMA)
Qual é o dado mais importante na otoscopia na OMA ?
abaulamento da membrana timpânica
Qual é o antimicrobiano de escolha para tratar a OMA ?
Amoxiclina
Quais as possíveis complicações da OMA?
- Perfuração timpânica,
- otite média secretora,
- otite média crônica,
- mastoidite,
- infecção do SNC,
Qual a principal faixa etária de acometimento da OMA?
< 2 anos
A OMA é mais comum em qual sexo?
Masculino
E quais seriam os principais fatores de proteção contra a OMA?
- Alimentação com aleitamento materno
- Vacinação antipneumocócica e a Vacinação contra influenza
Qual a patogênese resumida da OMA?
Infecção viral das VAS → disfunção tubária → acúmulo de secreção na orelha média → refluxo de bactérias patogênicas → otite média aguda.
Quais os agentes etiológicos mais comuns da OMA?
- Streptococcus pneumoniae (pneumococo),
- Haemophilus influenzae não tipável e
- Moraxella catarrhalis
A principal etiologia para Otite Externa é
Pseudomonas aeruginosa
A membrana timpânica normal é uma estrutura que se apresenta:
• Transparente (cabo do martelo bem visualizado)e com coloração perolácea;• Brilhante (reflexo luminoso presente, chamadode “triângulo luminoso”);• Levemente côncava;• Móvel à insuflação pneumática.
Na OMA, temos uma membrana timpânica:
• Hiperemiada e opaca (eritematosa e congesta, sem brilho, com áreas esbranquiçadas e cabo do martelo não visível);• Convexa ou abaulada (é o dado de maior especificidade para o diagnóstico de OMA);• Sem mobilidade à insuflação pneumática;• Raro: bolhas no tímpano (miringite bolhosa).
A otite média aguda, especialmente a recorrente,é a principal causa de déficit auditivo adquirido na infância, o que pode levar a atraso no desenvolvimento e dificuldade escolar. Além disso, existe o risco de complicações graves, apesar de raras, como mastoidite. Qual é o sinal clínico do exame físico mais importante de uma otite média aguda?
Abaulamento timpânico.
O tratamento da OMA envolve:
- Analgesia (com paracetamol, dipirona ou ibuprofeno)
- Antimicrobianos de forma seletiva
Quais os 3 critérios de gravidade da OMA?
- Dor moderada a grave
- Febre > 39°C
- Dor dura > 48h
Na OMA, quais as 3 situações em que as crianças serão tratadas com antibióticos?
- < 6 meses
- 6 meses – 2 anos: abaulamento de MT bilateral
- Qualquer idade: se doença grave e otorreia.
A duração do tratamento da OMA é
7 a 10 dias
Se recorrência no tto da OMA com amoxicilina, usar:
amoxicilina-clavulanato
Nos casos de alergia às penicilinas, as alternativas incluem uso de:
cefalosporinas (ceftriaxona)
O tratamento da otite média aguda é empírico e devem ser utilizados antibióticos eficazes e com cobertura para as bactérias mais comuns.Se há a suspeita de Streptococcus pneumoniae resistente em razão de uso recente de antibiótico ou em criança frequentadora de creche, recomenda-se utilizar:
Amoxicilina em dose dobrada.
Lactente de 11 meses, sexo feminino, é atendido na Unidade de Saúde com relato de febre e rinorreia há 24h. A mãe levou para a consulta hoje, por achar que estava mais prostrado naquele momento, embora com boa aceitação de dieta oral. Ao exame físico, foi observado: hiperemia de orofaringe, secreção nasal espessa e amarelada, abaulamento de membranas timpânicas e presença de efusão purulenta da orelha média à direita. A ausculta cardíaca e pulmonar estava normal e não apresentava outras alterações ao exame físico além das descritas acima.A conduta indicada seria a prescrição de:
Amoxicilina durante sete dias.
Criança de 3 anos, é trazida à consulta com febre, tosse seca e coriza há 48 horas. Mostra–se chorosa e com recusa alimentar. Na otoscopia,visualiza-se membrana timpânica hiperemiada, abaulada e com líquido no ouvido médio.Qual a conduta MAIS APROPRIADA?
Analgésicos e higiene nasal com solução fisiológica e reavaliação em 24 - 48 horas.
Observações: É bem verdade que, atualmente, a AAP recomenda o início de antibioticoterapia quando a otalgia persiste por mais do que 48 horas, mas isso não é dito no enunciado (parece que havia um resfriado há 48 horas e que agora há OMA).
Menina, 2a, em tratamento para otite média aguda com amoxicilina há 3 dias. Retorna ao serviço médico com febre alta, irritabilidade e queda do estado geral. Exame físico: desvio anterior do pavilhão auricular direito, edema e hiperemia retroauricular. Otoscopia: abaulamento e hiperemia de membrana timpânica direita. A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA É:
Mastoidite.
Lactente com 18 meses de idade tem diagnóstico de otite média aguda esquerda, que vem sendo tratada com amoxicilina há três dias. Nas últimas oito horas, começou a apresentar piora do quadro febril, hiperemia e dor na região retroauricular esquerda. A conduta indicada é:
Internar, solicitar TC de mastoide e iniciar antibioticoterapia endovenosa.
Menina de 4 anos tem infecção de vias aéreas de repetição e encontra-se com peso abaixo de 3 desvios padrões na curva da Organização Mundial de Saúde. O médico detectou líquido na orelha média, sem sinais de alterações no restante do exame físico. Qual o diagnóstico e a conduta recomendada?
Otite média com efusão e avaliação por otorrinolaringologista.
A OMA recorrente (OMAR) é definida pela presença de
3 ou + episódios nos últimos seis meses
ou
4 ou + episódios no último ano.
Julgue V ou F sobre OMA recorrente (OMAR):
a) Em crianças que tiveram Otite Média Aguda (OMA), aproximadamente 15 a 20%, terão Otite Média Aguda Recorrente (OMAR), sendo o diagnóstico, em média, confirmado aos 15 meses.
b) Definimos OMAR pela presença de três ou mais episódios de OMA em um período de seis meses, ou quatro ou mais episódios em um período de um ano.
c) A profilaxia antimicrobiana com amoxicilina ou sulfametoxazol-trimetropim é utilizada, somente excepcionalmente, em casos de OMAR.
d) OMA antes dos seis meses, tabagismo passivo e ausência de aleitamento materno são fatoresde risco para OMAR.
e) Nas crianças com OMAR, a persistência de efusão no ouvido médio entre as crises é a causa das agudizações.
a. V
b. V
c. V
d. V
e. F
Infecção e inflamação da mucosa de um ou mais seios paranasais, provocadas por vírus ou bactérias, define
SINUSITE AGUDA
As Sinusites virais são consequencia direta dos resfriados comuns (resolução espontânea), quanto ao tratamento:
NÃO PRECISA DE TRATAMENTO ESPECÍFICO.
As Sinusites bacterianas são causadas pelos mesmos agentes da OMA, que são:
pneumococo,
hemófilos e
moraxela.
Como é a clínica do SINUSITE AGUDA?
- “Resfriado arrastado”; quadro de resfriado comum que dura 10 dias ou mais.
- Quadro grave → sintomas respiratórios mais graves, incluindo febre alta e rinorreia mucopurulenta por mais de 3 dias consecutivos.
- Quadro que piora → recorrência dos sintomas após melhora inicial ou novos sintomas de febre, secreção nasal e tosse diurna.
Qual é a droga de escolha para o tratamento da Sinusite bacteriana aguda?
Amoxicilina
A melhor forma de fazer o diagnóstico de sinusite em crianças é:
Observação clínica!
OBSERVAÇÃO :Não há indicação de se solicitar Radiografia de seios da face e tomografia computadorizada de seios da face em crianças (< 6anos) com suspeita de sinusite!
Lembre-se: o diagnóstico é meramente clínico!
É um quadro caracterizado pela presença de sintomas respiratórios, incluindo tosse, secreção ou obstrução nasal com duração superior a 90 dias.
Sinusite Crônica
Quais os critérios Radiológicos de Sinusite (radiografia simples e tomografia):
- Espessamento mucoso (≥ 4 mm).
- Opacificação (velamento) do seio (comparar com o seio contralateral).
- Nível hidroaéreo.
Quais as 3 incidências da Radiografia para avaliar Sinusite?
- • Incidência de Waters (mento-naso)
- • Incidência de Caldwell (fronto-naso)
- • Incidência lateral (perfil)
É considerado o único método realmente acurado para o diagnóstico de Sinusite Bacteriana Aguda (SBA), porém, não é indicado na avaliação rotineira de crianças imunocompetentes.
Cultura de aspirado dos seios da face
Quais as 2 complicações mais comuns da Sinusite Bacteriana Aguda (SBA)?
- Celulite orbitária e periorbitária
- Complicações intracranianas (meningite, abscesso (epidural, subdural, cerebral parenquimatoso) e trombose do seio cavernoso.)
O diagnóstico de Celulite Orbitária é feito com as apresentações clínicas de :
Inflamação da pálpebra
Proptose
Dor à movimentação ocular
Edema na conjuntiva (quemose)
O manejo de casos de Celulite Orbitária é feito com
Internação
Antibioticoterapia venosa
Tomografia computadorizada de órbita
A Celulite Orbitária e a Celulite Periorbitária, quanto à localização anatômica do acometimento, respectivamente:
- Pós-septal
- Pré-septal
Algumas condições devem ser lembradas no diagnóstico diferencial das rinossinusites bacterianas. Esses diagnósticos também devem ser considerados na avaliação dos quadros de resfriado comum. Os principais são:
Rinite alérgica
Corpo estranho nasal
Rinite sifilítica
Num paciente em que predominam sintomas de espirros e prurido nasal, a mucosa nasal é pálida e encontram-se eosinófilos na secreção nasal, devemos pensar em
Rinite alérgica
Numa criança cujos sintomas iniciais são obstrução unilateral, espirros e, por vezes, dor e a secreção nasal pode ser mucopurulenta, fétida e sanguinolenta. Deve-se pensar em
Obstrução por Corpo estranho nasal
Se caracteriza por rinorreia serosanguinolenta persistente com início entre um e três meses de vida, devido à necrose da cartilagem causada pelo Treponema pallidum.
Rinite sifilítica
Paula tem 3 anos de idade e há 5 dias vem apresentando secreção purulenta com raios de sangue e odor fétido na narina direita. O diagnóstico provável é de:
Corpo estranho.
Menino, 2a, vem à consulta trazido pela mãe com história de febre não tem 3 dias, obstrução nasal e secreção fétida à direita. Frequenta creche desde os 4 meses e, exceto pelos vários episódios de gripe, resfriado e 2 infecções de ouvido (última há 6 meses) encontrava-se bem. Exame físico: bom estado geral, corado, hidratado, afebril, anictérico, acianótico, rinorreia esverdeada à direita.
O DIAGNÓSTICO E A CONDUTA SÃO:
Presença de corpo estranho e retirada sob visualização.
Mãe chega ao pronto atendimento com sua filha de 10 anos que iniciou quadro de congestão nasal, tosse e coriza há duas semanas. Informa que evoluiu com surgimento de febre de 39°C, piora da tosse e queda do estado geral nas últimas 48h. O exame físico foi normal, exceto por TAX 38°C. Com base no caso clínico acima responda: apresente o diagnóstico mais provável.
Sinusite aguda
Mãe chega ao pronto atendimento com sua filha de dez anos que iniciou quadro de congestão nasal, tosse e coriza há duas semanas. Informa que evoluiu com surgimento de febre de 39°C, piora da tosse e queda do estado geral nas últimas 48h. O exame físico foi normal, exceto por TAX 38°C. Com base no caso clínico acima responda: Indique 3 agentes etiológicos mais comuns.
Estreptococo pneumoniae,
moraxella catarrhalis,
hemófilo influenzae.
JULGUE V OU F sobre Rinossinusite
a) Presença de febre e secreção purulenta nas fossas nasais confirmam a etiologia bacteriana.
b) Crianças entre 8 e 14 anos são as mais susceptíveis.
c) É necessário utilizar antibiótico com ação contra germes anaeróbios no tratamento.
d) Os exames de imagens não são necessários para a confirmação diagnóstica.
A. F
B. F
C. F
D. V
Escolar de 9 anos apresenta tosse produtiva diurna e noturna, secreção nasal amarelada e cefaleia há 14 dias sem febre. Baseado no quadro clínico responda: Qual é o diagnóstico deste doente?
Sinusite bacteriana.
A sinusite aguda ocorre como complicação das infecções virais do trato respiratório superior, com alta incidência na população infantil. Devemos suspeitar de infecção bacteriana principalmente quando:
Não há melhora dos sintomas de uma infecção de via aérea superior após 10 dias.
São infecções das vias aéreas superiores que têm como manifestação principal a presença de dor de garganta.
faringites agudas
O principal agente bacteriano das faringites agudas é
Estreptococo beta-hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes).
Qual a faixa etária de acometimento da Faringite Aguda?
5 a 15 anos
Como alterações mais comuns no exame físico de Faringite bacteriana Aguda são:
Petéquias palato
Exsudato peritonsilar
Adenomegalia cervical
Quais os 3 principais diagnósticos diferenciais da faringite estreptocócica?
Mononucleose infecciosa
Herpangina
Adenovirose (Febre faringoconjuntival)
Adolescente, 12 anos, iniciou quadro de tosse produtiva e descarga nasal amarelada há 2 semanas, evoluindo há 24 horas com febre, cefaleia intensa, vômitos, proptose, dor e edema periorbitário à direita, associado a oftalmoparesia ipsilateral. Qual é a principal hipótese diagnóstica?
Trombose de seio cavernoso.
A Herpangina é diagnosticada com a presença de úlceras na cavidade oral, envoltas com halo hiperemiado. Ela é causada por qual agente etiológico:
Coxsackie A
Quais são as principais complicações da faringiteestreptocócica?
Não supurativas: febre reumática e GNPE
Supurativas: abscesso retrofaríngeo e abscesso periamigdaliano.
Doença também conhecida como Síndrome de Marshal, faz parte do diagnóstico diferencial das Faringites Agudas, cuja apresentação clínica tem FEBRE PERIÓDICA + ESTOMATITE AFTOSA + FARINGITE + ADENITE
PFAPA
Qual o tratamento farmacológico para PFAPA?
Corticoide
Qual, dentre os sinais e sintomas abaixo, NÃO sugere o diagnóstico de faringoamigdalite estreptocócica?
a) Gânglios cervicais palpáveis e dolorosos.
b) Hiperemia e edema de orofaringe.
c) Petéquias no palato.
d) Tosse e/ou rouquidão.
D
A faringotonsilite estreptocócica deve ser adequadamente diagnosticada e o tratamento antibiótico específico deve ser empregado. Sabendo que 50% das faringotonsilites são de etiologia viral, correlacione os sinais e sintomas sugestivos de cada hipótese diagnóstica, numerando a coluna da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda.
- Faringotonsilite viral.
- Faringotonsilite estreptocócica.
( ) Coriza clara abundante.
( ) Febre alta persistente.
( ) Tosse produtiva
.( ) Dor abdominal de moderada intensidade.
( ) Diarreia.
1
2
1
2
1
Criança de 2 anos veio ao CSF com história de febre alta há 48 horas, dor de garganta e tosse rouca. Ao exame da orofaringe, havia uma hiperemia intensa das amígdalas. Esse quadro é mais sugestivo de:
Amigdalite viral.
Em relação às tonsilites bacterianas na infância, são feitas as assertivas seguintes:
I. Seu agente etiológico mais frequente é o Streptococcus pneumoniae, causador das complicações supurativas e não supurativas.
II. Ocorrem principalmente após os cinco anos de vida.
III. Cursam com tosse seca, rinorreia e febre alta.
Está/ão correta(s) a(s) afirmativas(s):
APENAS II
Qual exame padrão ouro para identificar a infecção estreptocócica?
Cultura de orofaringe: sensibilidadede 90-95%
Além de saber reconhecer o quadro sugestivo de faringite estreptocócica, é importante que você consiga identificar outras condições que também terão como uma das queixas principais a presença de dor de garganta. Quais são elas?
a. Mononucleose infecciosa
b. Febre faringoconjuntival (Adenovirose)
c. Herpangina (coxsackie A)
d. Difteria (Corynebacterium diphtheriae.)
e. Angina de Vincent (Borrelia vincenti e Bacillus fusiformis)
O tratamento medicamentoso da faringotonsilite estreptocócica é
Penicilina G benzatina IM dose única
Amoxicilina VO por 10 dias
Penicilina V VO por 10 dias
Se alergia à penicilina: clindamicina, eritromicina, azitromicina ou cefalexina
É uma complicação da Faringite bacteriana aguda típica em adolescentes e adultos, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária. O mecanismo é a ruptura da cápsula da tonsila palatina infectada, lançando bactérias no espaço periamigdaliano, que é habitualmente preenchido por tecido frouxo.
Abscesso periagmigdaliano
O quadro clínico dessa complicação é clássico: intensificação da odinofagia, surgindo intensa disfagia, sialorreia e trismo em grau variado, por espasmo do músculo pterigoide.
Abscesso periagmigdaliano
É uma complicação menos comum da Faringite bacteriana aguda, predominando em crianças entre três e quatro anos, geralmente do sexo masculino. Os principais sintomas clínicos são a febre, irritabilidade, dificuldade de engolir, rigidez cervical ou até torcicolo por contratura da musculatura paravertebral.
Abscesso Retrofaríngeo
A etiologia do Abscesso Retrofaríngeo costuma ser polimicrobiana e inclui
estreptococo do grupo A,
anaeróbios da cavidade oral e
S.aureus
O Abscesso Retrofaríngeo acomete a faixa etária de
< 5 anos com disfagia e torcicolo.
O Abscesso periagmigdaliano acomete a faixa etária de
Adolescentes e adultos jovens com disfagia, trismo e sialorreia
Caracteriza-se pelo início agudo de hálito fétido, odinofagia, achatamento da papila interdental e
aparecimento de lesões ulceradas superficiais e necróticas com formação de pseudomembranas.
Qualquer área da cavidade oral pode ser acometida. Os pacientes tipicamente têm má higiene bucal e trazem como queixa principal a presença de dor
ANGINA DE VINCENT
Um menino de 14 anos, com vacinações completas, queixa-se de febre e rigidez de nuca há dois dias. Queixa-se também de dor de garganta e não consegue ingerir nada há um dia, devido à dor. Ao exame físico, ele está alerta e orientado, mas tem rigidez de nuca e preenchimento da linha média na orofaringe posterior. Ele está salivando para evitar a dor associada à deglutição. O próximo passo no manejo desse paciente é:
Solicitar uma tomografia computadorizada da região cervical com contraste.
Entre as complicações NÃO INFECCIOSAS da Faringite bacteriana Aguda, a mais comum é:
PFAPA
É um diagnóstico menos comum nos dias atuais em função da imunização universal. Porém,
isso ainda pode aparecer em provas. A doença pode ter acometimento mucoso ou de pele e
cursa com o acometimento de tonsilas e laringe em 94% dos casos. Após um período de
incubação de dois a quatro dias, surgem dor de garganta, febre, rouquidão, disfagia, mal-estar e
cefaleia. As tonsilas estão aumentadas de tamanho, hiperemiadas e recobertas por uma
membrana aderente branco-acinzentada. A tentativa de remoção dessa membrana provoca
sangramento local. Há linfonodos cervicais grandes, que causam um aspecto de “pescoço de
touro”. Um dado que pode sugerir o diagnóstico é a intensa disfagia na quase ausência de febre
ou febre pouco relevante. A medida terapêutica eficaz é a administração do soro específico
- DIFTERIA
- SORO ANTIDIFTÉRICO
Menina de 10 anos vinha com diminuição do apetite, aumento de gânglios cervicais, mialgias e febrícula esporádica. Iniciou com amoxicilina por faringite aguda, mas, após 72 horas, não apresentava melhora clínica. Além do mal-estar, surgiram dores abdominais, edema palpebral, erupções maculares em tórax e face e petéquias no palato. Qual a suspeita diagnóstica nesse caso?
Mononucleose infecciosa
Menina de 10 anos vinha com diminuição do apetite, aumento de gânglios cervicais, mialgias e febrícula esporádica. Iniciou com amoxicilina por faringite aguda, mas, após 72 horas, não apresentava melhora clínica. Além do mal-estar, surgiram dores abdominais, edema palpebral, erupções maculares em tórax e face e petéquias no palato. A melhor conduta, nesse caso, é suspender a amoxicilina e indicar
Apenas medidas sintomáticas.
Criança, 5 anos de idade, iniciou, há 4 dias, quadro de febre elevada, até 40ºC, dor de garganta e dor à deglutição, queixou-se ainda de cefaleia e vômitos nos primeiros dois dias. Ao exame, evidenciado a presença de pequenas vesículas e úlceras dolorosas, 2 a 4 mm de diâmetro, circundadas por halo eritematoso na porção posterior da faringe. Qual a suspeita diagnóstica nesse caso?
Herpangina
Criança, 5 anos de idade, iniciou, há 4 dias, quadro de febre elevada, até 40ºC, dor de garganta e dor à deglutição, queixou-se ainda de cefaleia e vômitos nos primeiros dois dias. Ao exame, evidenciado a presença de pequenas vesículas e úlceras dolorosas, 2 a 4 mm de diâmetro, circundadas por halo eritematoso na porção posterior da faringe. O tratamento indicado é:
Analgésico/antitérmico
Pré-escolar de 3 anos apresenta febre por 5 dias, acompanhada de fraqueza, mal-estar, dor de garganta, lacrimejamento, eritema das conjuntivas e linfadenopatia cervical e pré-auricular. Qual a suspeita diagnóstica nesse caso? Qual o provável agente etiológico desse quadro clínico?
Febre faringoconjuntival (Adenovirose)
Adenovírus do tipo 3.
Menina de 4 anos é levada ao pronto-socorro por uma mãe muito ansiosa que segurava uma grande quantidade de receitas médicas. Segundo a mãe, há 4 meses a criança vem apresentando episódios repetidos de febre alta associada a aftas na boca, o que prejudica de forma importante a alimentação, e “caroços”dolorosos no pescoço, sem apresentar durante esses episódios qualquer sintoma respiratório como coriza, tosse ou espirros. Em todos os atendimentos médicos por onde a menina passou foram prescritos antibióticos, porém mensalmente o quadro ressurge. Ao exame, a menina estava com uma temperatura axilar de 39°C, você palpa a adenomegalia cervical anterior bastante dolorosa além de lesões ulcerosas na língua e gengivas. Trata-se de um caso de:
PFAPA.
Uma jovem de 14 anos procura o pronto-socorro com queixa de dor de garganta, mal-estar geral e febre há 7 dias. Há 3 dias, ela foi atendida em outro serviço e iniciou o uso de amoxicilina por indicação médica. Hoje notou o aparecimento de manchas vermelhas no corpo. Está febril, com faringe e tonsilas palatinas hiperemiadas. Há aumento de gânglios cervicais, principalmente na cadeia cervical anterior e linfadenopatia epitroclear. O exantema é maculopapuloso, localizado em tronco, face e membros superiores. Fígado e baço são palpáveis a 2 cm do rebordo costal. O restante do exame físico é normal. O diagnóstico mais provável é de:
Mononucleose infecciosa
Diante de quadro de Faringoamgdalite Bacteriana aguda, a profilaxia para Febre Reumática com Penicilina G Benzatina, pode ser feita em.
Até 9 dias do início do quadro, pois, nesse período, pode-se pedir Teste rápido de antígeno e/ou Cultura do orofaringe (padrão-ouro)
Em relação ao TR e Cultura para diagnóstico de Faringoamigdalite Bacteriana aguda, a sensibilidade e especificidade são;
TR e Cultura: especificidades semelhantes
Cultura: mais sensível.