Orbitopatia de Graves Flashcards

1
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Prevalência?

A

90 a 155 a cada 100.000 pessoas.

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2
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

A Orbitopatia de Graves (OG) pode se apresentar ao diagnóstico ou surgir durante o curso da Doença de Graves.

A

Verdadeiro.

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3
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Padrão clássico de acometimento da OG?

A

Bilateral.

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4
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Prevalência do acometimento assimétrico na OG?

A

4 a 14%.

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Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Prevalência do acometimento unilateral na OG?

A

9 a 34%.

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6
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

Em paciente com acometimento assimétrico ou unilateral não é necessário realizar diagnósticos diferenciais.

A

Falso.

Em paciente com acometimento assimétrico ou unilateral é necessário realizar diagnósticos diferenciais.

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7
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Principal diagnóstico diferencial de acometimento unilateral ou assimétrico da OG?

A

Tumor de região retro-orbital.

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8
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Fatores de risco para OG? (6)

A
  1. Tabagismo;
  2. Radioiodo;
  3. Disfunção tireoidiana;
  4. Estresse oxidativo;
  5. LDL;
  6. TRAB.
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9
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Principal fator de risco modificável da OG? Justificativa?

A
  1. Tabagismo.
  2. Relacionado à atividade e gravidade de doença e falha de tratamento.
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10
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Disfunção tireoidiana x OG

Relação?

A

Tanto o hiper quanto o hipotireoidismo podem agravar a OG.

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11
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Relação do uso de selênio (em regiões com déficit) e OG forma leve?

A

Selênio é agente anti-oxidante e pode contribuir para minimizar o estresse oxidativo, que é fator de risco para OG.

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12
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

TRAB x OG

Relação?

A

Altos títulos de TRAB estão relacionados à maior atividade e gravidade da OG.

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13
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Hipercolesterolemia x OG

Relação?

A

LDL-c elevado está relacionado à maior ocorrência de OG.

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14
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

“Protagonistas” da fisiopatologia da OG? (6)

A
  1. Linfócitos B e T-helper;
  2. TRAB;
  3. Fibroblastos retro-orbitários;
  4. Glicosaminoglicanos/ác hialurônico (hidrofílico);
  5. IGF-1R;
  6. IL-6.
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15
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Principais mecanismos patogênicos pós-ligação do TRAB em seu receptor nos fibroblastos retro-orbitários?

A

Produção de glicosaminoglicanos (acúmulo de líquido) e diferenciação de fibroblastos em adipócitos (adipogênese).

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16
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Apresentação clínica do acúmulo de gordura retro-ocular?

A

Proptose.

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17
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Etiologias do aumento de volume da musculatura ocular na OG?

A

Mediação por fatores imunológicos e também por meio de processo da expansão da matriz.

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18
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

A musculatura ocular __________ (extrínseca/intrínseca) é a mais acometida.

A

Extrínseca.

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19
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Repercussões clínicas do acometimento da musculatura extrínseca?

A

Estrabismo e diplopia.

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20
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Principais músculos oculares acometidos?

A

Reto inferior e reto medial.

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21
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

Existem receptores de IGF-1 (“IGF-1R”) presentes nos tecidos retro-orbitários.

A

Verdadeiro.

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22
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

IGF-1R x receptor do TRAB

Relação?

A

Existe ativação dos IGF1R secundária á ativação dos receptores do TRAB (“Cross-talk”).

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23
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Resultado do “Cross-talk” entre os receptores do TRAB e IGF-1?

A

Potencialização do processo inflamatório retro-orbitário.

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24
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

Não existe tratamento específico para bloquear os IGF-1R.

A

Falso.

Existe tratamento específico para bloquear os IGF-1R.

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25
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

“Fases” da OG? (3)

A
  1. “Atividade”;
  2. “Platô”;
  3. “Melhora”.
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26
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Duração da fase inicial ou de atividade?

A

6 a 12 meses.

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27
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Importância da fase inicial ou de atividade (entre 6-12 meses) em relação às intervenções terapêuticas?

A

Principal “janela” com vistas a evitar sequelas tardias.

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28
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Sinais e sintomas da fase de atividade da OG? (8)

A
  1. Sensação de corpo estranho;
  2. Fotofobia;
  3. Lacrimejamento;
  4. Dor e vermelhidão;
  5. Proptose;
  6. Diplopia;
  7. Cegueira;
  8. Discromatopsia (perda da capacidade de perceber cores).
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29
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

A fase de atividade é seguida pelo platô e, após, fase de melhora.

A

Verdadeiro.

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30
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

A severidade das sequelas na fase de melhora independe do grau inflamatório da fase inicial ou de atividade.

A

Falso.

A severidade das sequelas na fase de melhora depende do grau inflamatório da fase inicial ou de atividade.

31
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Sequelas possíveis da OG? (3)

A
  1. Fibrose;
  2. Retração;
  3. Proptose.
32
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Escore utilizado na avaliação da atividade da OG?

A

CAS (“Clinical Activity Score”).

33
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Condições avaliadas no “CAS”?

A
  1. Dor;
  2. Eritema;
  3. Edema.
34
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Apresentações da dor consideradas na avaliação da atividade da OG pelo CAS? (2)

A

Dor retrobulbar espontânea e à movimentação ocular.

(“2Dor 2Eritema 3Edema”)

35
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Apresentações do eritema consideradas na avaliação da atividade da OG pelo CAS? (2)

A

Eritema palpebral e conjuntival.

(“2Dor 2Eritema 3Edema”)

36
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Apresentações do edema consideradas na avaliação da atividade da OG pelo CAS? (3)

A

Edema palpebral, de carúncula e conjuntival.

(“2Dor 2Eritema 3Edema”)

37
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

Lacrimejamento e fotofobia fazem parte do CAS.

A

Falso.

Lacrimejamento e fotofobia não fazem parte do CAS.

38
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Interpretação se resultado do escore de CAS for < 3?

A

Doença inativa.

39
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Interpretação se resultado do escore de CAS for ≥ 3?

A

Doença ativa.

40
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

É possível que o paciente esteja sintomático leve ou grave a partir de um CAS ≥ 3, uma vez que o escore não avalia gravidade e sim atividade de doença.

A

Verdadeiro.

41
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

Em 12/2022 foi publicada uma declaração de consenso conjunta da “American Thyroid Association” e “European Thyroid Association” sobre o manejo da OG, com a denominação “thyroid ocular disease” para se referir à esta.

A

Verdadeiro.

42
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Condições que justificam OG ativa segundo uma declaração de consenso conjunta da “American Thyroid Association” e “European Thyroid Association”, independentemente do CAS?

A
  1. História ou documentação de progressão da doença ocular baseada em piora subjetiva ou objetiva da visão;
  2. Inflamação dos tecidos moles;
  3. Motilidade ou proptose.
43
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Manifestações de gravidade da OG?

A
  1. Acometimento do nervo óptico, córnea ou partes moles;
  2. Diplopia;
  3. Proptose > 3 mm acima do limite da referência;
  4. Retração palpebral.
44
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Apresentações clínicas usuais da OG leve? (3)

A
  1. Diplopia ausente/intermitente;
  2. Pequena exposição corneana que melhora ao uso de colírios;
  3. Proptose < 3 mm acima do limite da referência.
45
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Apresentações clínicas usuais da OG moderada/grave? (3)

A
  1. Diplopia constante;
  2. Retração palpebral > 2 mm;
  3. Proptose > 3 mm acima limite da referência.
46
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Apresentações clínicas usuais da OG grave/ameaça à visão? (2)

A

Neuropatia óptica e acometimento da córnea (ceratopatia intensa).

47
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Indicações de imagem (TC ou RNM) de órbitas na OG?

A
  1. Casos atípicos: proptose unilateral ou doença eutireoidiana;
  2. Suspeita de compressão do nervo óptico;
  3. Se a cirurgia for indicada.
48
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

A ___ (RNM/TC) sem contraste é a modalidade preferida em pacientes que estão sendo considerados para cirurgia.

A

TC.

49
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

A ___ (RNM/TC) de órbitas é o melhor exame de imagem para avaliação de possível comprometimento do nervo óptico na OG.

A

RNM.

50
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Principal diagnóstico diferencial de proptose unilateral?

A

Tumor retro-orbital.

51
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Recomendações complementares ao tratamento específico da OG? (4)

A
  1. Cessar tabagismo;
  2. Resolver o hipertireoidismo;
  3. Evitar hipotireoidismo;
  4. Proteção ocular (pode-se usar óculos escuros).
52
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Tratamento da OG leve?

A

Uso de lágrimas artificiais ou colírios para lubrificação ocular e suplementação com selênio (em áreas sabidamente deficientes do mineral por, no máximo, 6 meses).

53
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Tratamento da OG moderada ou grave na primeira fase (atividade) na ausência de proptose significativa ou diplopia?

A

Metilprednisolona EV 500 mg/semana por 6 semanas e, após, 250 mg/semana por mais 6 semanas.

(dose cumulativa de 4,5 g ao longo de 3 meses)

54
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

A declaração de consenso conjunta da “American Thyroid Association” e “European Thyroid Association” publicada em 12/2022 não considera o micofenolato como 1ª linha de tratamento (outrora considerado pela EUGOGO em combinação com a metilprednisolona).

A

Verdadeiro.

55
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Dose cumulativa de metilprednisolona que dever ser evitada em contexto do tratamento da OG?

A

> 8,0 g.

56
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Tratamento da OG moderada ou grave com apresentação de proptose significativa e/ou diplopia?

A
  1. Metilprednisolona EV 750 mg/semana por 6 semanas e, após, realizar metilprednisolona EV 500 mg/semana por mais 6 semanas.
  2. Teprotumumabe (estabelecido como 1ª linha pela declaração de consenso conjunta da “American Thyroid Association” e “European Thyroid Association” em 12/2022).
57
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Mecanismo de ação do Teprotumumabe?

A

Bloqueia o receptor do IGF-1R nos tecidos retro-orbitários.

58
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

O Teprotumumabe foi a única droga eficaz na melhora da proptose.

A

Verdadeiro.

59
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Principal indicação do Teprotumumabe? Posologia?

A
  1. OG ativa moderada a grave com proptose significativa e/ou diplopia.
  2. Via IV em oito etapas com intervalos de 3 semanas entre cada uma, sendo a 1ª dose de 10 mg/Kg e as demais de 20 mg/Kg.

(a droga encontra-se disponível apenas nos EUA)

60
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Conduta em caso de boa resposta ao tratamento?

A

Interromper tratamento e avaliar se há necessidade de cirurgia plástica ocular.

61
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Conduta em caso de pacientes que não responderam ao tratamento?

A

Indicar tratamentos de “segunda linha”.

62
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Tratamentos possíveis de segunda linha da OG? (5)

A
  1. Prednisona + Azatioprina ou Cilosporina;
  2. Radioterapia + glicocorticoide;
  3. Rituximabe;
  4. Tocilizumabe.

(a EUGOGO em 2021 colocava o Teprotumumabe como 2ª linha de tratamento)

63
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Mecanismo de ação do Tocilizumabe?

A

Bloqueia o receptor da IL-6.

(a IL-6 é produzida pelos linfócitos T)

64
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Mecanismo de ação do Rituximabe (anticorpo monoclonal contra a proteína de superfície celular CD20)?

A

Depleção/redução da função dos linfócitos B, os quais produzem o TRAB.

65
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Mecanismo de ação do Micofenolato, ciclosporina e metotrexato?

A

Imunomodulação.

66
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Tratamento da OG que apresenta ameaça à visão com neuropatia óptica compressiva? Indicação cirúrgica?

A
  1. Metilprednisolona IV com monitoramento rigoroso da resposta.
  2. Considerar de forma precoce (após 2 semanas) a cirurgia de descompressão se a função visual basal não for restaurada.
67
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Realização da pulsoterapia para OG com ameaça à visão?

A

Metilprednisolona 500 a 1000 mg/dia por 3 dias seguidos ou alternados.

68
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Precauções necessárias antes do início do uso de corticoides?

A

Realizar sorologias virais e avaliar contraindicações do início de pulsoterapia.

69
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Avaliação laboratorial a ser realizada durante o uso de corticoides? Justificativa?

A
  1. Função hepática.
  2. Risco de hepatite fulminante.
70
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Conduta em caso de paciente que não “respondeu” ou “respondeu” parcialmente à corticoterapia em contexto de OG com ameaça à visão?

A

Encaminhar para descompressão orbitária.

71
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

V ou F?

A cirurgia orbital/oftálmica pode ser indicada tanto na fase ativa quanto na fase inativa da OG.

A

Verdadeiro.

72
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Indicação da cirurgia orbital na fase ativa da OG? Justificativa?

A
  1. Descompressão.
  2. Ausência de resposta à pulsoterapia em dias seguidos ou alternados.
73
Q

Tireoide: Orbitopatia de Graves

Indicações da cirurgia orbital na fase inativa (ou “crônica”) da OG?

A
  1. Descompressão;
  2. Plástica;
  3. Correção de estrabismo.