Oncologia I Flashcards
Qual tamanho discriminatório entre massa pulmonar e nódulo pulmonar solitário?
< 3cm (6, segundo algumas literaturas) é Nódulo pulmonar solitário.
Ao achar um nódulo pulmonar à radiografia, quais características clinicorradiológicas falam a favor de malignidade?
- Tabagismo
- ≥ 35 anos
- > 2cm ou >0,8cm (segundo bibliografias mais recentes)
- Crescimento em 2 anos de seguimento.
- Ausência de calcificação e formato do nódulo (padrão salpicado ou excêntrico falam a favor de malignidade)
Qual tipo mais comum de carcinoma broncogênico?
Por que sua incidência aumentou recentemente e quais suas principais características?
Adenocarcinoma. Acomete mais pacientes atípicos (mulher, jovem e não fumante), como a prevalência de tabagismo diminuiu, ganhou mais espaço que o epidermoide.
Ele acomete mais a periferia do pulmão.
Quais características do carcinoma broncogênico epidermoide?
- 2º mais comum
- Vem diminuindo incidência, pois relaciona-se com tabagismo.
- Acomete o paciente típico (homem, idoso, tabagista)
- Localização mais central que cavita com mais frequência.
Quais características do carcinoma broncogênico de pequenas células?
- É o mais agressivo dentre todos os tipos.
- Apresenta localização central
- Apresenta propriedades neuroendócrinas.
O que é a variante bronquioloalveolar do CA broncogênico?
- É uma variante do adenocarcinoma. É a que MENOS se relaciona com tabagismo
- Apresenta um bom prognóstico pois é bem diferenciado.
- Apresenta um crescimento diferente e a TC evidencia achado de vidro fosco.
Qual o sintoma mais comum de paciente com CA broncogênico? Quais sintomas são mais comuns em pacientes com CA de localização mais central?
- Tosse.
- Hemoptise e obstrução são mais comuns nos tumores centrais.
O que é a síndrome de PANCOAST?
É uma síndrome compressiva que ocorre em tumores localizados em ápice pulmonar.
Cursa com dor torácica, compressão do plexo braquial e estruturas adjacentes.
O que é a síndrome de Horner? Qual quadro clínico?
Compressão da cadeia simpática cervicotorácica Cursa com: - Ptose - Miose - Enoftalmia - Anidrose.
Síndrome de PANCOAST e Horner é mais comum em que tipo histológico de CA broncogênico?
Epidermoide
Paciente com pletora facial, varizes em membros superiores e tórax, edema de face e turgência jugular. Qual o diagnóstico provável? Devemos pensar em que doença de base?
- Síndrome da veia cava superior.
- Mais comumente associada com CA Oat cell em pulmão direito.
Quais as síndromes paraneoplásicas mais comumente associadas com o tumor Oat Cell?
- SIADH e Síndrome de Cushing.
Quais as síndromes paraneoplásicas mais comumente associadas com o CA broncogênico epidermoide?
- Hipercalcemia
Como diagnosticar um CA broncogênico?
Através de exame histopatológico. Se tumor periférico: - Biópsia percutânea (core) - Toracotomia ou videotoracoscopia Se tumor central: - Broncoscopia - Escarro - USG endoscópica
Quando indicar rastreio de CA de pulmão e como deve ser feito segundo o MS?
Segundo o MS ele não deve ser feito.
Segundo algumas instituições ele pode ser feito em pacientes com carga tabágica >30maços/ano entre 55-80 anos.
Quando é possível tratar o CA broncogênico apenas com ressecação cirúrgica?
Nos casos com estadio IA (Nódulo pulmonar solitário) e IB < 4cm
Como deve ser o tratamento de CA oat cell?
Limitado - QT + RT
Extenso - QT paliativa.
Qual tipo mais comum de CA de tireoide?
Papilifero.
Qual o único CA de tireoide que não pode ser dado diagnóstico através da PAAF?
Folicular. A PAAF apenas identifica a presença de ‘tumor folicular’ sem distinção entre benigno ou maligno.
Corpos Psamomatosos são característicos de qual tipo de CA de tireoide?
CA papilifero.
Qual o principal fator de risco para CA papilífero de tireoide?
Irradiação prévia à tireoide.
O acometimento linfonodal no CA papilífero piora o prognóstico?
Não. A principal forma de disseminação é linfática, então espera-se que ele acometa cadeias linfáticas, sem significar pior prognóstico
Qual principal fator de risco identificável nos pacientes com CA folicular de tireoide? Qual as principais características deste tipo histológico?
- Carência de iodo.
Acomete mulheres com > 40 a.
Apresenta disseminação hematogênica
Histopatológico identifica apenas AUMENTO de células foliculares.
Paciente com CA papilífero de tireoide, como decidir a conduta?
< 1cm – Tireoidectomia parcial (lobectomia + istmectomia)
≥ 1cm – Tireoidectomia total.
Se < 15anos ou radiação prévia sempre fazer total, independentemente do tamanho
Paciente com CA folicular de tireoide. Como tratar?
≤ 2cm – Tireoidectomia Parcial e manda para análise.
Se adenoma – está ok.
Se carcinoma – totalizar.
Não pode ser congelamento. Tem que ser histopatológico.
≥ 2cm – Tireoidectomia Total.
Como dever ser feito o seguimento de pacientes que realizaram tireoidectomia por CA papilífero ou folicular?
- Suprimir TSH com levotiroxina
- Dosar tireglobulina para acompanhamento
- USG a cada 6 meses para avaliar crescimento residual
- Cintilografia de corpo inteiro, para avaliar crescimento residual ou implantes difusos.
O Carcinoma Medular de Tireoide se origina de que células? Qual peculiaridade teremos por causa disso?
- Originado nas células C ou parafoliculares, por este motivo ele é produtor de Calcitonina.
A Calcitonina inibe a reabsorção óssea pelos osteoclastos, por isso os pacientes geralmente cursam com diarreia.
O CMT pode se associar com que síndromes? Dito isso, como devemos fazer o rastreio em familiares do paciente?
- NEM 2A: CMT, feocromocitoma e hiperpArAtireodismo
- NEM 2B: CMT, feocromocitoma e neuromas.
Devemos rastrear parentes de 1º grau através do gene RET. Se (+) fazer tireodectomia profilática.
Como tratar o CMT e fazer o seguimento?
- Tireoidectomia total + linfadenectomia
Seguimento através da dosagem de Calcitonina
Qual peculiaridade do CMT em relação a tratamento e seguimento?
Ele não responde bem a radioterapia, radioablação ou hormonioterapia com levotiroxina.
Tratamento do CA de tireoide anaplásico?
Apenas paliativo. Traqueostomia + QT/RT paliativa.
O que é o CA de células Hurthle?
É uma variante mais agressiva do CA folicular de tireoide, que apresenta pior prognóstico. Não responde à radioablação
Como conduzir nódulo de tireoide?
1º) Dosar TSH. Se suprimido: investigar através de cintilografia. Se vier negativo, passar para o 2º passo. 2º) Realizar USG - Se <1cm: apenas acompanhar - Se >1cm e/ou suspeita: PAAF - Se cisto >1,5cm: aspirar conteúdo.
Quais características clinicorradiológicas de malignidade em um nódulo de tireoide?
- <30 ou >60 anos
- Irradiação prévia
- História familiar (+)
- Rouquidão
- Crescimento
- USG – Chammas IV e V (vascularização central)
Qual a classificação de Bethesda para PAAF de tireoide e a conduta que devemos tomar para cada uma delas?
1 - Insatisfatório: Repetir PAAF 2 - Benigno: Segmento 3 - Atipia indeterminada: Repetir PAAF 4 - Folicular: Cirurgia 5 - Suspeito: Cirurgia 6 - Maligno: Cirurgia
Qual tumor maligno mais comum do brasil?
Câncer de Próstata
Fatores de risco do CA de próstata e o tipo mais comum.
Adenocarcinoma
- Idade avançada
- História familiar
- Raça negra
- Dieta ocidental
Qual a zona de aparecimento do CA de próstata? O que isso acarreta?
Zona periférica.
Isso faz com que a maioria do casos curse de forma assintomática.
Como diagnosticar o CA de próstata?
Biópsia prostática transrretal guiada por USG
Quais canceres rastriáveis segundo o MS, para a população geral?
- Mama
- CA de colo do útero.
- CA de cólon
Existe indicação de rastreio do CA de próstata?
Não, segundo o MS.
Se for realizado, deve ser decisão conjunta entre médico e paciente.
Quando realizado, como deve ser o rastreio de CA de próstata?
Toque retal + PSA a partir de 50 anos.
Quando indicar biópsia transrretal de próstata?
o Toque alterado OU
o PSA > 4ng/ml OU >2,5ng/ml se <60 anos.
——— Se PSA 2,5 – 4, devemos realizar refinamento:
• Velocidade >0,75 ng/ml/ano
• Densidade (PSA/Peso prostático) >15 – afasta HPB.
• Fração livre < 25%.
Como podemos classificar o CA de próstata segundo o escore de Gleason?
≤ 6: diferenciado (baixo risco);
7: intermediário;
≥ 8: indiferenciado (alto risco
Quais possibilidades terapêuticas do CA de próstata ressecável?
- Prostatectomia Radical
o Indicada em pacientes com >10 anos de expectativa de vida. - Radioterapia
- Vigilância ativa – PSA <10ng/ml e Gleason ≤ 6 (lesão de baixo risco)
Quais possibilidades terapêuticas do CA de próstata irressecável?
Privação androgênica (castração)
o Cirúrgica – orquiectomia bilateral
o Química – análogos de GnRH
Fatores de risco do CA de bexiga?
- Tabagismo
- Sexo masculino
- > 40 anos
- Exposição a hidrocarbonetos – ocupacional: pintor, frentista, sapateiro, indústria de borracha
- Infecção por Schistosoma hematobium
Qual a clínica do CA de bexiga?
Hematúria macroscópica INDOLOR.
Como pesquisar o CA de bexiga?
Cistoscopia com biópsia + citologia oncótica
O que devemos atentar SEMPRE no exame histopatológico do CA de bexiga?
Invasão da camada muscular da bexiga.
Tratamento do CA de bexiga:
Superficial (não invade muscular):
o RTU-B + seguimento de 3/3 meses com citologia + cistoscopia.
- Avaliar adjuvância com BCG intravesical.
Muscular-invasivo: Cistectomia + Linfadenectomia.
Fatores de risco do Adenocarcinoma de Esôfago?
São fatores INTERNOS:
- DRGE
- Barret
- Obesidade
Fatores de risco do Carcinoma escamoso de esôfago?
São fatores EXTERNOS:
o Tabagismo e etilismo.
o Alimentação com nitrosaminas (conservantes e defumados)
o Acalásia – doença que vem de fora pelo barbeiro.
o Qualquer lesão cáustica, que leve a estenose cáustica.
o Tilose palmo-plantar
Clínica do CA de esôfago?
- Disfagia progressiva.
- Perda de peso em MESES.
Diagnóstico confirmatório do CA de esôfago?
EDA com biópsia.
Estadiamento do CA de esôfago?
T1a – mucosa T1b – submucosa CA de esôfago precoce se refere ao tipo T1N0. T2 – muscular T3 – adventícia T4a – adjacentes ressecáveis T4b – adjacentes irressecáveis.
Qual particularidade em relação à disseminação do CA de esôfago?
Ele apresenta facilidade de disseminação por não possuir SEROSA.
Quais exames necessários para realizar o estadiamento do CA de esôfago?
- TC de tórax + abdome
- USG endoscópico + PAAF de linfonodos
- Broncoscopia
Qual melhor exame para avaliar o T do CA de esôfago?
- USG endoscópica.
Tratamento padrão do CA de esôfago? Especifique particularidades
Esofagectomia + Linfadenectomia com QT/RT neo.
Pode ser transtorácica (visualização direta) ou Trans-hiatal (às cegas).
A 1ª se associa com mais morbidade (toracotomia)
A 2ª se associa com mais recidiva.
Paciente com CA de esôfago que acomete apenas mucosa. Qual estadiamento e possibilidade terapêutica?
T1a - Mucosectomia via EDA.
Fatores de risco do CA gástrico
- Dieta – alimentos defumados, nitrogenados, em conserva.
- H. pylori – gastrite atrófica (condição mais comum) e gastrectomia prévia.
- Tabagismo
- Anemia perniciosa e história familiar.
Quando levantar a suspeita de adenocarcinoma gástrico através da clínica?
Síndrome dispéptica + sinais de alarme (perda de peso, sangramentos, disfagia, saciedade precoce…)
Por quê o exame físico do paciente com Adenocarcinoma gástrico deve ser minucioso?
Porque existem inúmeros sinais que podem estar presentes no exame físico que indicam a presença de doença metastática.
O que é o linfonodo de Virchow?
Linfonodo localizado em região supraclavicular esquerdo
O que é o Linfonodo de Irish?
Linfonodo localizado em região axilar esquerda