Obstetrícia Flashcards
Quais as diferenças (3) clínicas entre o abortamento completo e o incompleto?
Completo:
- Útero vazio e menor;
- Endométrio < 15mm;
- Colo fechado.
Incompleto:
- Útero menor com restos;
- Endométrio > 15mm;
- Colo aberto.
Qual a história clássica da incompetência istmo-cervical e qual a conduta?
Abortamento de segundo trimestre de repetição que evolui com um abortamento tardio. A conduta é a cerclagem do colo uterino, preferencialmente pela técnica de McDonald.
Quais as 3 possíveis hemorragias de primeira metade e de segunda?
Primeira: abortamento, DTG e gestação ectópica;
Segunda: DPP, placenta prévia e rotura uterina.
2ª metade da gravidez + sangramento genital benigno (indolor, sem sofrimento fetal agudo etc) =
Placenta prévia
Qual a conduta na placenta prévia?
A termo: interromper;
Pré-termo: sangramento INTenso INTerrompe, EScasso EXpectante.
Qual o exame para diagnóstico da placenta prévia?
USG abdominal complementada com TV.
Qual o quadro clínico da rotura de vasa prévia?
Hemorragia fetal com sangramento fetal pós-amniorrexe com evolução para sofrimento fetal agudo e óbito.
USG mostrando placenta recobrindo orifício interno do colo uterino < 28 semanas. Conduta:
Repetir com 28 semanas (migração placentária).
Quais os achados sugestivos de transformação maligna no seguimento da mola hidatiforme com o beta-hCG?
- Três semanas consecutivas com hormônio em aumento;
- Platô durante quatro semanas (+- 10%);
- Presença de metástase;
- Positividade do hormônio por mais de seis meses.
Quais as formas mais comuns de doença hemolítica perinatal, em ordem de prevalência?
Incompatibilidade AB0 > incompatibilidade RH > incompatibilidades incomuns (Duffy etc)
Quando usar tratamento expectante, farmacológico, cirúrgico conservador e cirúrgico radical na gravidez ectópica?
- Expectante: ectópica íntegra + b-hCG declinante;
- Farmacológico: ectópica íntegra + sem BCF + massa < 4cm + b-hCG < 5000;
- Cirúrgico conservador (salpingostomia): ectópica íntegra + desejo de gestar;
- Cirúrgico radical (salpingectomia): ectópica rota (ROTA ARRACA) por vídeo (estabilidade hemodinâmica) ou laparotômica (instável).
4 condições para imunização com imunoglobulina anti-D em paciente possivelmente exposta à possibilidade de fazer doença hemolítica perinatal em próxima gestação (mãe, pai, feto e coombs indireto):
- Paciente Rh - DU -;
- Pai Rh +;
- Feto Rh +;
- Coombs indireto - (não sensibilizou).
Mola hidatiforme completa e incompleta: quais as diferenças?
Completa: espermatozóide normal fecunda óvulo sem material, gerando ovo diploide -> não há embrião (“completa”mente mola) e com 20% de chance de malignização;
Parcial: 2 espermatozoides fecundam óvulo ao mesmo tempo, gerando ovo triploide -> tem tecido fetal. Risco de 5% de malignização.
Quais as diferenças clínicas entre os 3 possíveis diagnósticos de abortamento com colo aberto (“IN’s”)?
Incompleto: útero vazio e menor;
Inevitável: útero compatível com embrião;
Infectado: febre + leucocitose + odor fétido (incompleto que não esvaziou).
Qual o quadro clínico clássico do DPP?
Dor abdominal + taquissistolia + hipertonia + sofrimento fetal agudo + 20% sangramento escuro.
Como é feito o diagnóstico de DPP?
Clinicamente - não se deve pedir USG pois o hematoma não é visualizado e isso atrasa o tratamento.
Qual o principal fator de risco para o desenvolvimento de DPP?
HAS.
Quando se vê saco gestacional, vesícula vitelina e embrião com BCE + no USG-TV?
SG: 4 semanas;
Vesícula vitelina: 5 semanas;
Embrião: 6/7 semanas.
Primeira conduta na suspeita de gravidez ectópica?
Beta-hCG!
Quais as complicações da placenta prévia?
Acretismo placentário»_space; apresentação anômala e puerpério anormal com hemorragia e infecção.
Trauma automobilístico em grávida. Pensar em:
DPP e rotura uterina.
Qual a conduta no DPP?
Feto vivo: via mais rápida (se parto vaginal iminente - condições de aplicar fórceps ou vacuoextrator -, vaginal); feto morto: geralmente, via vaginal.
SEMPRE FAZER AMNIOTOMIA ANTES (descomprime e reduz a velocidade do sangramento).
“Sangramento que continua sangrando no primeiro trimestre” sugere:
Doença trofoblástica gestacional.
Quais os fatores de risco para rotura uterina?
Multiparidade, cicatriz uterina, parto obstruído.
O que são os sinais de Reaseus e Clarck da rotura uterina? O que mais ocorre clinicamente quando a rotura é consumada?
Reaseus: subida da apresentação fetal ao toque;
Clarck: enfisema subcutâneo (crepitação na palpação abdominal: “clarck”).
Consumada: dor lancinante, dinâmica uterina fica ausente, período de acalmia e óbito.
Quadro clínico de placenta prévia em < 34 semanas. Qual a conduta?
Internação para avaliação materna e fetal e corticoterapia para maturação pulmonar fetal.