Obstetrícia Flashcards

1
Q

As trocas materno-fetais da maioria dos medicamentos e outras substâncias ocorrem primariamente pela _________________

A

Difusão

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2
Q

Difusão dos medicamentos entre placenta e feto dependem de

A

Gradientes de concentração materno-fetal, ligação proteica materna, peso molecular da substância, solubilidade lipídica e grau de ionização dessa substância.

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3
Q

Alterações fisiológicas durante a gestação e o parto são secundárias a (3)

A

(1) alterações na atividade hormonal (P, E, HCG e prostaglandinas), (2) às demandas metabólicas maternas aumentadas e às alterações bioquímicas induzidas pela unidade feto placentária e (3) aos efeitos mecânicos do útero em expansão

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4
Q

Alterações cardiovasculares

A

(1) um aumento no volume intravascular (^40% volume intravascular e ^25% massa eritrocitária) e alterações na hematologia, (2) um aumento no débito cardíaco, (3) diminuição da resistência vascular e (4) presença de uma hipotensão supina

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5
Q

Definições de hemostasia primária e hemostasia secundária

A

Primária: lesão do endotélio vascular – mecânica ou bioquímica – induz a deposição de plaquetas no local da lesão.

Secundária: formação de um coágulo estável incorporando fibrina reticulada – um processo mediado pela ativação de fatores da coagulação do plasma.

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6
Q

Função endotélio vascular na hemostasia

A

ANTIPLAQUETÁRIO, ANTICOAGULANTE E PROFIBRINOLÍTICO

  • Tem carga negativa: repele plaquetas
  • Produz prostaciclina, óxido nítrico e adenosina difosfatase (adenosina difosfato (ADP)é potente ativador plaquetário)
  • Expressa trombomodulina (um inibidor indireto da trombina), glicosaminoglicanos semelhantes à heparina, inibidor da via do fator tecidual (IVFT).
  • Sintetiza o ativador tecidual de plasminogênio (t-PA), que ativa fibrinólise
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7
Q

Alterações Sistema Respiratório

A

Reduzem: volume residual (20%), volume de reserva expiratório (20%), capacidade residual funcional (20%)

Aumentam: volume corrente (45%), volume de reserva inspiratório (5 a 10%), capacidade inspiratória (12 a 15%), frequência respiratória (10%)

Inalterada: capacidade vital

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8
Q

Alterações vias aéreas superiores

A

Edema intersticial, Ingurgitamento capilar, Facilidade de sangramento e laceração

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9
Q

Alterações na dinâmica respiratória VAS e VAI

A

VÁS maior dilatação e relaxamento muscular (progesterona)
VAI inalterada.
Resistência total das vias aéreas é levemente aumentada

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10
Q

Alterações em O2 e CO2

E repercussões em bicarbonato e BEE

A

PaO2 tem aumento progressivo
E PaCO2, PACO2 e PETCO2 têm reduções progressivas
Bicarbonato e BEE têm diminuição compensatória

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11
Q

pH na gestante

A

Tendência a alcalose (redução de PaCO2)

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12
Q

Ventilação durante trabalho de parto

A

Aumento da hiperventilação (dor e ansiedade) especialmente durante as contrações e hipoventilação durante o relaxamento (queda PaO2 materna com hipoxemia e acidose fetal)

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13
Q

Consumo de O2 durante gestação e trabalho de parto

A

AUMENTADO
20 a 25% no término da gestação
E 60 a 75% durante o trabalho de parto

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14
Q

Volume total sanguíneo

A

Aumenta cerca de 45%
Início com 4 a 8 semanas gestacionais
Máximo 28 a 34 semanas (estável até o final)

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15
Q

Alterações na coagulação

A

Plaquetas: aumentam, mas há hemodiluição relativa
Fatores de coagulação: aumento (estrogênio)
Fibrinogênio: absoluto e relativo
Fatores VII, VIII, IX e X: aumento da concentração

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16
Q

TAP e TTPA

A

Redução de cerca de 20% na gestação

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17
Q

Fibrinólise na gestação

A

Atividade aumentada para compensar aumento de fatores de coagulação

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18
Q

Alterações na FC, ritmo, DC

A

FC basal elevada, maior incidência de arritmias (taquicardia sinusal, extrassístoles ventriculares, taquicardia supraventricular paroxística).
Débito cardíaco aumentado desde início (aumento máx de 50% 32 a 36sem)

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19
Q

Alterações RVS

A

Redução de cerca de 20%

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20
Q

Compensação da compressão venosa

A

Aumento da FC
Aumento da resistência periférica
Circulação colateral (vv paravertebrais e plexo venoso vertebral)

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21
Q

Alt sistema digestório

A

Estômago mais cefálico e horizontal (diminuição da motilidade)
Esvaziamento gástrico retardado e irregular (dor e tp)
Secreção gástrica mais ácida (produção elevada de gastrina pela placenta)
Maior volume residual
Incidência elevada de hérnia hiatal
A PARTIR DE 13a SEMANA SEMPRE CONSIDERAR ESTÔMAGO CHEIO

22
Q

Alterações fígado e vias biliares

A

Aumento de bilirrubinas, TGO, TGP, HDL
Redução colinesterase plasmática
Esteatose hepática- 35a semana

23
Q

Alterações sistema urinário

A

Dilatação pelve, cálices e ureteres
Aumento TFG 50%
Diminuição níveis de creatinina

24
Q

1) Tireoide e Paratireoides
2) Glicemia
3) Adrenais

A

1) Hiperplasia e aumento de função
2) Hormônio lactogênio placentário provoca estado diabetogênico. Risco de hipoglicemia no pós parto
3) Aumento secreção de aldosterona e aumento da atividade cortical

25
Q

Sistema Imunológico

Causas

A

Imunossupressão por aumento da progesterona e do cortisol. Aumento da alfafetoproteína e aumento da gonadotrofina coriônica

26
Q

Alterações no SNC

A

Diminuição da CAM (25 a 40%)
Progesterona e endorfinas - menor necessidade de agentes endovenosos e anestésicos locais.
Diminuição dos níveis plasmáticos de ptns (maior fração livre)

27
Q

Alterações posturais

A

Maior cifose cervical e maior lordose lombar

28
Q

Circulação fetal

A

V umbilical (ducto venoso) > veia cava inferior
Veia cava inferior > Átrio direito
AD (forame oval) > Átrio esquerdo > Veias pulmonares
V pulmonares > Aorta (recebe sangue da artéria pulmonar) pelo DA > Artérias umbilicais > Placenta

29
Q

Determinantes da transferência de fármacos

A
Maior com:
Alta lipossolubilidade 
Baixa taxa de ionização (pKa/pH)
Baixa ligação às proteínas 
Baixo peso molecular (<600 Da)
Área placentária disponível
30
Q

Jejum na gestant

A

A mesma para procedimentos eletivos ou não esteja em trabalho de parto
Se TP, dieta sem resíduos

31
Q

Antibiótico profilático

Benefícios e qual escolha

A

Reduz 60% endometrite e 25 a 65% infecção na ferida
Largo espectro:
2g de cefazolina (3g em IMC > 30 ou >120kg)

Se alérgicos: clinda + genta

32
Q

Situações em que a peridural é preferência

A

Quando já há um cateter peridural in situ

Quando é necessário um bloqueio simpático mais gradual, titulação do nível de bloqueio sensitivo, analgesia contínua pós-cesárea

33
Q

Raquianestesia: vantagens e desvantagens

A

Fácil execução, rápida, confiável, sem risco de toxicidade pelo anestésico local

Risco de cefaleia pós raqui
Alta incidência de hipotensão

34
Q

Nível sensitivo necessário para a raquianestesia

A

T4 a T6

35
Q

Por que gestante tem menor necessidade de anestésico?

A

Menor volume de LCR lombar na gravidez

Maior sensibilidade aos anestésicos na gravidez

36
Q

Opioides na raquianestesia

A

Melhoram a qualidade (diminuem a latência, permite usar doses menores). Aumentam a duração do bloqueio.
Efeito modulado por fibras A delta e C

Diminuem a incidência de náuseas e vômitos intraoperatórios (toleram mais a estimulação visceral que gera esses sintomas)

37
Q

Fatores de risco para depressão respiratória tardia

A

Obesidade, AOS, uso crônico de opioides, hipertensão, Adm de magnésio

50 a 150mcg intratecal ou 1 a 3mg via peridural. Avaliação de ritmo e FR a cada 2/2h nas primeiras 12h.
Se doses maiores com fatores de risco, é prudente observação em UTI

38
Q

Fisiopatologia da hipotensão após raquianestesia em gestante

A
Bloqueios espinhais mais extensos
Maior sensibilidade ao anestésico local. 
Compressão aortocaval
Menor resistência vascular periférica
Manutenção ou aumento do DC
39
Q

Indicações/benefícios Ocitocina

A

Inicia e mantém a contratilidade uterina após a saída da placenta.
Minimiza a perda de sangue
Causa atonia uterina: etiologia mais comum de hemorragia obstétrica
Fármaco de primeira escolha para restaurar o tônus uterino pós-cesárea

40
Q

Efeitos colaterais da Ocitocina

A
Arritmia materna
Hipotensão 
Hiponatremia 
Taquicardia 
Rubor periférico
Náuseas e vômitos 
Isquemia miocárdica
41
Q

Como usar ocitocina

?

A

Ocitocina 3UI EV bolus acima de 30s
Se adequado, manter infusão de 3U ocitocina por hora durante 6h
Se inadequado, repetir 3UI EV bolus acima de 30s
Se adequado, manter infusão de 3U ocitocina por hora
Se inadequado, 3UI EV bolus acima de 30 e chega.
Se adequado, manter infusão de 3U ocitocina por hora
Se permanecer inadequado, escolher metergim IM, hemebate IM ou cytotec 600mg

42
Q

Metergim

Dose máxima

A
Metilergonovina 0,2mg IM
Derivado do Ergot 
Início de ação em 10min (duração de 3 a 6h)
Intervalo de 20min. Repetir até 1mg
Evitar se hipertensão/eclampsia 
Eu colateral: náuseas
43
Q

Cirurgia em gestante

Como prevenir trabalho de parto prematuro

A

Tocolíticos - MgSO4, nitroglicerina
Evitar manipulação uterina durante cirurgia intra-abdominal
Empregar agente inalatorios potentes para inibir as contrações uterinas

44
Q

Indicações de cesárea de urgência

A

Mãe estável e feto viável em sofrimento
Ruptura uterina
Útero dificultando o acesso cirúrgico
Gestante sem condições vitais co feto viável

45
Q

Fatores de coagulação diminuídos e aumentados?

E as plaquetas?

A

Diminuídos: XI, XIII, anti-trombina III e tPA
Aumentados: I, VII, VIII, IX, X, XII e fator de von Willebrand

Plaquetas: diminuídas 0 a 10%

46
Q

Vantagens técnicas regionais para cesariana

A

Menor risco de morte materna (17 vezes) - vias aéreas
Menor depressão central do feto (fármacos)
Menor risco de aspiração materna
Interação precoce entre mãe e feto
Melhor analgesia pós operatória (opioides espinhais)
Menor perda sanguínea

47
Q

Complicações anestesia espinhal

A
Hipotensão 
Retenção urinária 
Náuseas e vômitos 
Shivering 
Depressão respiratória ou sedação (em caso de uso de opioides intratecais)
Bloqueio alto ou espinhal total 
Toxicidade sistêmica por anestésico local
CPPR
Neuropatia permanente ou transitória
Abscesso ou hematomas epidural/espinhal 
Meningite
Aracnoidite
48
Q

Contraindicações a anestesia espinhal

A
Distúrbios de coagulação (pré eclâmpsia ou sd HELLP)
Trombocitopenia 
Hipovolemia por sangramento ativo 
Sepse sistêmica 
Infecção local no local de punção 
Recusa da paciente
49
Q

Mecanismos que levam a hipotensão pós raquianestesia em obstetrícia

A

Simpatectomia: vasodilatação venosa e arterial (redução da resistência vascular periférica)
Bloqueios mais altos: bradicardia e redução do volume sistólico
Volume sistólico diminuído no VD: reflexo Bezold-Jarisch
Compressão da veia cava pelo útero
Maior suscetibilidade a hipotensão

50
Q

Fisiopatologia reflexo de Bezold Jarisch

A

Hipovolemia ou aumento da tensão da parede ativa os receptores subendocárdicoa do VE.
Aferência pelas fibras C não mielinizadas (vago) aumentam o tônus vagal e reduzem o tônus adrenérgico que suplanta a ativação inicial com redução dos níveis de NE
BRADICARDIA/ASSISTOLIA, HIPOTENSÃO E VASODILATAÇÃO CORONÁRIA

51
Q

Manejo da hipotensão na cesárea

A

1) Antagonista 5HT3 (mecanorreceptores responsáveis pelo reflexo de Bezold Jarisch têm mediação por serotonina)
2) Baixas doses de anestésicos locais e opioides
3) Coadministração de cristalóides
4) Vasopressores (profiláticos ou de resgate)
5) Aumento do Tilt

52
Q

Volume sanguíneo total de um feto a termo

A

0,5L