Neuropatias hereditárias Flashcards
Neuropatia axonal gigante
- padrão de herança/mecanismo
- gene associado
- prognóstico
Autossômico recessivo Manifestação na infância GIGAXONINA - reticulação dos filamentos intermediários Gene NAG - Progressivo, óbito na adolescência
Neuropatia axonal gigante
- Manifestações clínicas
Neuropatia sensitivo-motora - predominio axonal
- trato corticoespinal, envolvimento NMS e atrofia optica
- Acometimento SNC e SNP
- Ataxia
- marcha: andar sobre a face interna dos pés
- Cabelos encaracolados
- neuropatologia: dilatação axonal com filamentos densamente dispostos (patognomônico)
Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF)
- Fisiopatologia
- Mutação associada
- Padrão de herança
- Tratamento disponível
- deposição de proteínas amiloides em n. periféricos e outros orgãos
- As mais comuns (I e II): mutação na proteina transtiretina (sintetizada no fígado, com função de carregar a tiroxina e outras ptn) –> gene TTR
- autossômico dominante
- Tafamidis, patisirana, inotersen
PAF tipo I
- Faixa etária de aparecimento
- Tipo de fibras acometidas
- Marcos clínicos
- Exame diagnóstico
- 3° e 4° década de vida
- Fibras finas e grossas, com PREDOMÍNIO para as finas !!
- Dores lancinantes, disestesias, disautonomia
pode ocorrer envolvimento cardíaco e renal - Bx nervo (reto ou coxim adiposo) e análise sob corante vermelho-congo –> depósito amiloide com birrefringência verde-maça em luz polarizada
PAF 2
- Faixa etária de início
- Marcos clínicos
- Mais tardio em relação a PAF1 (4° e 5° décadas)
- STC, PNP lentamente progressiva, SEM caracteristicas autonômicas
PAF 3
- Marcos clínicos
- Gene associado
- semelhante a PAF1, porém com envolvimento renal precoce, maior acometimento GI (úlceras duodenais), hipotiroidismo, insf. adrenal e disfunção sexual
- gene da apolipoproteína A1
PAF 4
- faixa etária
- marcos clínicos
- 3° década de vida
- Distrofia corneana precoce, neuropatia craniana (VII, VIII, XII)
neuropatia periférica sensitivo-motora e STC
SEM sintomas autonomicos
Charcot-Marie-Tooth (CMT)
- Formas desmielinizantes:
- Achados ENMG
- Achados biópsia
- CMT1, CMTX e CMT4
- Vel. condução difusa, uniformemente lenta, sem bloqueios ou dispersão temporal
Pode haver perda axonal secundária, principalmente quando de longa data - desmielinização em bulbo de cebola (profliferação cels. de schwan)
CMT1A
- Proporção das CMT
- Marcos clínicos, faixa etária
- Mutação associada
Neuropatia desmielinizante hereditária mais comum !! (50% das CMT e 60-80% das desmielinizantes)
- Sintomas nas duas primeiras décadas de vida:
Fraqueza lentamente progressiva, atrofia, cifose, perda sensitiva leve. MMII inicialmente
Dedo em martelo, pés cavos, aumento do arco plantar
Hipertrofia dos nervos periféricos - duplicação no gene da proteína 22 da mielina periférica (PMP22) - cromossomo 17
CMTX
- Marcos clínicos
Segundo tipo mais comum !
- Semelhante a CMT1A, porém com herança ligada ao X (pior em homens)
Charcot-Marie-Tooth (CMT)
- Formas Axonais
- Achados ENMG/ biópsia
- CMT2 e seus subtipos
- vel. condução normais !!
biópsia com perda axonal, sem sinais de desmielinização significativa.
CMT 2
- Marcos clínicos e sub-tipos: ▪︎Atrofia óptica ▪︎Ulceração e acromutilação nos pés ▪︎Paralisia pregas vocais, fraqueza intercostal e diafragmática precoce ▪︎Acometimento maior das mãos (MMSS)
1/3 das neuroparias hereditárias !
- Sintomas mais tardios, deformidades em pé e coluna menos graves em relação a CMT1 ▪︎CMT2A2 ▪︎CMT2B ▪︎CMT2C ▪︎CMT2D
CMT3 - Sd de Dejerine- Sottas
(neuropatia hipertrófica da infância)
- Marcos clínicos
Uma das formas mais graves de CMT desmielinizante
- Manifestação na infância: fraqueza proximal, arreflexia, hipertrofia nervos periféricos
Sintomas sensitivos proeminentes (dor, disestesia)
Alguns sub-tipos incluem perda de visão, escoliose severa e perda auditiva
Mutações associadas CMT1
- CMT1B
- CMT1C
- CMT1D
- CMT1E
- 5-10% das mutações em CMT -> gene MPZ
- gene LITAF
- gene EGR2 (herança recessiva, fenótipo grave)
- gene NEFL (associado também a CMT2)
Neuropatia hereditária com sensibilidade à compressão
- Gene envolvido
- Manifestação clínica e nervos mais acometidos
- PMP22
- Mononeuropatias recorrentes associadas a pequenos traumas. Parestesias e disestesias por algumas posturas.
Acometimento de locais sensíveis ao trauma: (como o ulnar no cotovelo, o mediano no punho, o peroneal na cabeça da fíbula e o tibial posterior no tornozelo)
Neuropatias Hereditárias Motoras Distais (NHMd)
Características:
- Tipo I
- Tipo II
- Tipo III
- Tipo IV
- Tipo V
- Tipo VI
- Tipo VII
1) fraqueza e atrofia distais, herança AD, início juvenil
2) herança AD, início adulto, fraqueza distal de MMSS e MMII, comprimento dependente, pés cavos, escoliose,
glaucoma, paresia das cordas vocais e comprometimento de nervos cranianos
3) Herança recessiva
4) Herança recessiva, com paralisia diafragmática
5) AR, Acomete mais MMSS
6) AR, grave, + comprometimento respiratório, também chamada de “spinal muscle atrophy with respiratory
distress”
7) paralisia das cordas vocais, mãos e pernas
Neuropatias Hereditárias Sensitivo-Autonômicas (NHSA)
- Úlceras indolores em pés
Qual a neuropatia mais característica e seus principais diagnósticos diferenciais
- Sugestovo de HSN1 (AD, gene SPTLC1, dores lancinantes, comprometimento motor tardio)
- CMT2B e HSN2 são diagnósticos diferenciais
Neuropatias Hereditárias Sensitivo-Autonômicas (NHSA)
Características:
- HSN 1
- HNS 2
- HSN 3
- HSN 4
- HSN 5
1) AD, gene SPTLC1, dores lancinantes, comprometimento motor tardio
2) AR, duas primeiras décadas, mutilações em pés e mãos
3) Riley-Day, início congênito, distúrbios autonômicos severos, com sudorese excessiva, alacrimia
4) AR, insensibilidade congênita à dor e anidrose, com febre episódica, retardo mental leve, diminuição ou ausência de resposta aos estímulos dolorosos
5) AR, início congênito, insensibilidade à dor, fraturas ósseas e destruição das articulações
Neuropatias hereditárias –> Suas subdivisões
- Sensitivo motoras (CMT) –> em relação ao padrão de herança e em ENMG
- Sensitivo autonômicas (HSAN)
- Outras
1) Tipo I (Dominante/Desmielinizante); Tipo II (Dominante/Axonal); Tipo X (ligada ao X/Mista); Outras mais raras (tipo 3 ao 7)
2) Tipos I ao VII, mais raras
3) HNPP, plexopatias hereditárias, axonal gigante e outras doenças multisistêmicas
80% das neuropatias hereditárias estão relacionadas e 4 genes:
1) PMP 22 –> CMT 1A
2) MPZ –> CMT 1B
3) MNF2 –> CMT 2A
4) GJB1 –> CMTX1
CMT
- Prognóstico
- Tratamento
- É raro que reduza a expectativa de vida !
Sem TMD. Evitar agravantes para PNP
Causas genéticas de PNP de fibras finas e genes associados para serem pesquisados (painel genético)
1) gene SCN9A e SCN10A
2) gene GLA
3) gene da transretinina
4) gene ABCA1
1) neuropatia de fibras finas hereditária
2) Doença de Fabry
3) Amiloidose familiar
4) Doença de Tangier
Neuropatia de fibras finas
- Pilares do Tratamento
- Prognóstico
1) Tratamento dor NEUROPÁTICA
2) Medidas para hipotensão postural (comportamentais e farmacológicas) e outras disautonomias
ex: fludrocortisona (Início 0,05mg pela manhã,ALVO:0,05-0,2mg)
- 13% dos pacientes evoluem para neuropatia de fibras grossas em 2 anos