Nefrologia Flashcards
quais as 3 estruturas da barreira glomerular?
- podócito
- endotélio
- membrana basal
quais as principais características da Síndrome nefrótica?
proteinúria >3,5 g/dia
albumina <3 g/dL
edema importante
qual o cilindro celular característimo da síndrome nefrótica?
cilindro lipídico ou graxo
quais as complicações da síndrome nefrótica?
- dislipidemia
- trombose: perde anti-trombina III pela urina
- infecção: perde imunoglobubilas e opsoninas pela urina
quais são as doenças que cursam com síndrome nefrótica?
- lesão mínima
- GESF
- nefropatia (glomerulonefrite) membranosa
- amiloidose
- membranoproliferativa
- Lupus classe V
quais doenças causadoras de síndrome nefrótica cursam com consumo de complemento?
- glomerulopatia membrano proliferativa
- Lupus classe V
qual a principal causa de síndrome nefrótica na criança?
glomerulopatia por lesões mínimas
Glomerulopatia por lesões mínimas: características
síndrome nefrótica pura
criança: 1-8 anos
causa: idiopática ou associada a AINEs ou linfoma
curso flutuante: vai e volta
qual a causa mais comum de síndrome nefrótica no adulto?
GESF: glomeruloesclerose segmentar e focal
GESF: características
Sd. nefrótica + HAS
causa: idiopática ou secundária a HIV, HAS, DM, obesidade, uso de heroína, uso de interferon
glomerulonefrite membranosa: carcterísticas
- causa primária: receptor da fosfolipase A2
defeito da trombospondina
tto: rituximab - causa secundária: neoplasia, intoxicações por said de ouro ou mercúrio, hepatite B, esquistossomose, sífilis, malária
tto: tratar a doença de base
como que é o comprometimento renal por hepatite C?
- glomerulonefrite membranoproliferativa
- hematúria
- proteinúria, doença renal progressiva
- crioglobulinemia
- consumo de complemento
glomerulonefrite membranoproliferativa: causas
hepatite C
LES
gamopatias
doenças do complemento
glomerulonefrite membranoproliferativa: classificação
depende da imunoflurescência
- depósito de imunocomplexo: depóstio denso
- defeitos no complemento: c3
como é a afecção renal por amiloidose?
- tipo AL: associada a paraproteinemias
ex: mieloma múltiplo - tipo AA: associado a doenças inflamatórias crônicas
ex: artrite reumatóide, espondiloartropatias, osteomielite
DX: biópsia terá vermelho do congo positivo
Síndrome nefrítica: características
proteinúria <3,5
HAS
hematúria glomerular (hemácias dismórficas, cilindros hemáticos)
edema (menos importante)
Síndrome nefrítica: causas
nefropatia por IgA GNDA: pós infecciosa (strepto, edocardite) Crioglobulinemia nefrite lúpica mempranoprolifeativa anti- membrana basal glomerular vasculites pauciimunes
quais doenças com Síndrome nefrítica NÃO consomem complemento?
nefropatia por IgA
anti- membrana basal glomerular
vasculites pauciimunes
Nefropatia por IgA: qual a manifestação
- hematúria microscópica assintomática persistente com dismorfismo eritrocitário e cilindros hemáticos
- hematúria macroscópica recorrente logo após ou concomitante a episódios de IVAS (faringite)
nefrítica, nefrótica ou rapidamente proliferativa
não consome complemento
qual a fisiopatologia da nefropatia por IgA?
defeito na glicosilação de IgA- IgA defeituosa deposita no mesângio e em túblo-interstício
quais as causas secundárias de nefropatia por IgA?
púrpura de Henoch-Schonlein cirrose doença celíaca: dermopatia hepetiforme doenças inflamatórias intestinais artrite soronegativas
glomerulonefrite aguda pós-estreptocóccica: características
1-2 semanas após faringite estreptocóccica
3-6 semanas após piodermite estreptocóccica
strepto beta-hemolítico grupo A
crianças 4-12 a
tem consumo de complemento
quando biopsiar na glomerulonefrite pós-infecciosa? (6 coisas)
anúria
oligúria por mais de 1 semana
complemento baixo > 8 semanas
proteinúria nefrótica persistente por mais de 4 semanas
hematúria macroscópica >6 semanas
evidência (suspeita) de doença sistêmica
OBS: hematúria microscópica pode persistir por 1-2 anos e proteinúria subnefrótica pode persistir por 2-5 anos
classificação da nefrite lúpica
I: mesangial mínima II: mesangial proliferativa III: proliferativa focal IV: proliferativa difusa V: membranosa VI: esclerose
como tratar nefrite lúpica?
I e II: tratar manifestações sistêmicas
III e IV: pulso com prednisolona, ciclofosfamida
V: corticoide em baixa dose + iECA ou BRA
VI: transplante
quais as classificações de glomerulonefrite rapidamente progressiva (crescêntica) de acordo com a imunofluorescência?
- tipo 1: padrão linear - depósito de anticorpo anti-membrana basal glomerular
x: síndrome de Goodpasture - tipo 2: padrão granular- depósito de imunocomplexos
ex: LES, hepatites, crioglobulinemia, HIV, GNDA, IgA, gamopatias - tipo 3: sem depósito- pauci-imunes, vaculites ANCA positivas
ex: poliangeite microscópica (PAN), síndrome de Churg-Strauss (eosinofílica), Granulomatose de Wegener
qual a classe de nefrite lúpica de pior prognóstico?
classe IV: proliferativa difusa
é a mais comum
qual o tratamento de síndrome nefrótica por lesões mínimas?
corticoide
quais causas de síndrome nefrótica estão mais associadas a trombose de veia renal?
- glomerulonefrite membranosa (principal)
- glomerulonefrite membranoproliferativa
- amiloidose
quais os parâmetros para classificar a IRA?
creatinina e diurese
explique a classificação KDIGO de IRA
I: creat >0,3 mg/dl ou >1,5-1,9x diurese <0,5ml/kg/h >6h II: creat >2-2,9x diurese <0,5 ml/kg/h >12h III: creat >3x ou >4mg/dL diurese <0,3 ml/kg/h em 24h ou anúria >12h
classificação anatômica da IRA
- pré-renal: hipovolemia, desidratação
- renal: tóxica ou isquêmica
- pós-renal: obstrutiva- neoplasia, litíase
quais os parâmetros para diagnóstico de IRA pré-renal?
Na urinário <20 MmEq/l FeNa <1% Osm urinária >400 mOs/l Ureia/creat>40 rim ávido por sódio e água para restaurar volemia
Rabdomiólise: definição e fisiopatologia
necrose e destruição muscular: trauma é a principal causa
CPK >1000 U/L ou 5x do VR
lesão muscular: sequestro hídrico para o músculo- hipovolemia- estimula liberação de vasopressina e SRAA- vasoconstrição renal
mioglobulina é tóxica: inflamação e estresse oxidativo
mioglobilina se liga a proteína e faz plug: obstrução intra-tubular
quais as alterações metabólicas da rabdomiólise?
- hiper potassemia
- hiper fosfatemia
- hiper uricemia
- hipo calcemia
- acidose metabólica
- CIVD
qual o tratamento para evitar IRA por rabdomiólise?
hidratação precoce
alvo: diurese de 200-300 ml/h
tto rabdomiólise
hidratação com cristalóides
controle de distúrbios hidroeletrolíticos
pode fazer alcalinização urinária
quais os riscos da alcalinização urinária?
hipocalcemia
hipopotassemia
alcalose metabólica
Doença renal crônica: definição
redução da taxa de filtração glomerular <60 ml/min
alteração funcional ou estrutural persistente por >3 meses
ex: albuminúria, hematúria, tubulopatia
transplante renal, anormalidade histológica
classificação KDIGO Doença renal crônica
I: >90 ml/min II: 60-90 ml/ min- fase laboratorial IIIa: 45-59 ml/min- fase clínica IIIb: 30-44 ml/min IV: 15-30 ml/min- fase pré-dialítica V: <15 ml/min- fase urêmica
como diferenciar a DRC da IRA?
DRC: aumento de PTH, anemia, sem diferenciação entre córtex e medula renal no USG
complicações metabólicas: hiperpara 2º
acidose, hiper K
quais as alterações no hiperpara 2º?
aumento de PTH diminuição do Ca aumento do P diminuição da vit D aumento de FGF-23
quais doenças fazem parte do hiperpara secundário?
- osteíte fibrosa: alto turn-over
- osteomalácia, doença óssea adinâmica, intoxicação por alumínio: baixo turn-over (PTH <150)
Dx: biópsia óssea ou rx característico
complicações tardias do hiperpara secundário
fibrose miocárdica fraturas dor óssea fibrose da medula óssea: anemia inflamação
tratamento de hiperpara 2ª
- quelante de fósforo: sevelamer, carbonato de cálcio
- repor vitamina D
- dieta hipo fósforo
- calcitriol de fósforo < 5mg/dl
- cinacalcete: diminui PTH- cuidado com hipocalcemia
- se PTH >800 pg/ml: paratireoidectomia
- repor cálcio no pós-op
porque não pode usar metformina com CLCr <30?
acidose lática
quando tratar acidose metabólica na doença renal crônica?
sempre: é fator de pior prognóstico
qual o QC da acidose metabólica?
taquipneia alteração neurológica resistência a drogas vasoativas hipotensão hipercalemia resistência a insulina
quais as causas de acidose metabólica de anion gap normal?
G: geca- diarreias E: extras- acidose tubular renal, Addison, adenoma viloso C: cloro- excesso de SF A: acetazolamida intoxicação por tolueno doença renal crônica estágios iniciais
qual o QC da alcalose metabólica?
CCCCC hipo Calemia hipo Cloremia hipo Calcemia retenção de CO2 edema Cerebral
quais as causas de alcalose metabólica?
desidratação hiperaldosteronismo diarreia por adenoma viloso (perde potassio) vomitos ou perda por SNE abuso de diurético
síndrome de barter: qual transportador, achados e tto
furosemida- like : Na-K-2Cl alcalose metabólica hipo K hipo Mg hiper calciúria- pode ter litíase déficit de concentração urinária tto: repor K, espironolactona, iECA
síndrome de Gitelman: achados, tto
tiazídico-like alcalose metabólica hipo K hipo Mg normocalciúria concentração urinária normal tto: repor K, Mg, espironolactona, iECA
o que fazer na alcalose metabólica refratária?
ácido clorídrico
qual o tto da alcalose metabólica?
remover causas
hidratação repondo Cl
se tiver edema: acetazolamida (diurético)
se refratário (HCO3>50 e pH>7,55): HCl
porque a transfusão de sangue causa alcalose metabólica?
bolsas de sangue tem citrato para inibir ação do cálcio. O citrato é metabolizado no nosso fígado em bicarbonato, o que leva a alcalose metabólica
qual o eletrólito urinário de maior utilidade para estimar as condições do volume de líquido extracelular em paciente com alcalose metabólica?
cloro
quais as indicações de hemodiálise?
- hipercalemia >6,5: altercação de ECG ou refratária a medidas clínicas
- acidose refratária: ph<7.10
- uremia: pericardite, confusão, sangramento
- hipervolemia: edema agudo
- desnutrição
- intoxicações
quais as diferenças entre diálise peritoneal e hemodiálise?
- diálise peritoneal: preserva mais a função renal residual, tem mais falha técnica, melhor sobrevida principalmente nos primeiros 5 anos
- hemodiálise: maior precisão do volume de ultrafiltração, mais instabilidade hemodinâmica, melhor controle de eletrólitos