Infecto Flashcards
quais são os grupos alvo da terapia anti-HIV?
- HSH
- trans
- profissionais do sexo
- uso de drogas endovenosas
qual o grupo em que mais aumenta HIV?
jovens HSH (20-40a)
qual a prevenção do HIV?
Prep (truvada): tenofovir + entrecitabina
preservativo
Prevenção combinada
como fazer o diagnóstico de HIV?
2 testes rápidos diferentes feitos num mesmo momento: ELISA 4ª geração
fazer western Blot ou carga viral se testes divergentes ou inconclusivos
sempre fazer aconselhamento pré e pós teste
Quais são as indicações de prep?
comportamento de risco e grupo de alta prevalência
quais as situações pode ter falso + do HIV?
gestação, doença auto-imune, infecção aguda pelo HIV (falso negativo)
vai ter um título mais baixo
Quadro clínico da infecção aguda do HIV?
sd. mono-like
febre, rash, adenomegalia, sintomas neurológicos
sempre lembrar de sífilis secundária: fazer DD
quadro autolimitado de 3-4 sem
qual a cd na infecção aguda pelo HIV?
fazer a carga viral porque elisa pode ser falso negativo
tto: início imeditado dos antirretrovirais
qual a conduta em acidente com material biológico fonte HIV+?
fazer PEP: profilaxia pós-exposição por 28 dias e iniciar em no máx 72h da exposição
colher sorologia do acidentado no momento zero, 30 dias e 90 dias
esquema: tenofovir, lamivudina, dolutegravir
se você não sabe se a fonte é HIV+, oferecer profilaxia: na dúvida, fonte desconhecida, fazer profilaxia
quando fazer PEP?
acidente com material biológico, violência sexual, exposição sexual com risco
quais exames pedir na primeira consulta de paciente com HIV?
CD4, CD8, carga viral, genotipagem do HIV, sorologias de tudo, bioquímica completa, raio X de tórax, PPD
quais eventos adversos devemos monitorar na TARV?
- Tenofovir: renal e ósseo (osteopenia)
- Efavirens: SNC (tontura, pesadelo)
- inibidores de protease: alterações metabólicas
qual o esquema da TARV?
tenofovir + lamivudina + dolutegravir
para todos os pacientes HIV +
Sd. da reconstituição da resposta inflamatória e imunológica no HIV
quando voce inicia a TARV, exacerba a resposta imunológica e piora doenças oportunistas
tratar doenças antes de iniciar a TARV
doenças oportunistas com CD4<200
candidíase orofaríngea e esofágica
pneumocistose: hipoxemia, tto Bactrim
isosporíase
doenças oportunistas CD4<100
diarreia por criptosporidium
microsporidiose
toxoplasmose
criptococose
doenças oportunistas CD4<50
micobacterium avium
citomegalovirose
doenças oportunistas qualquer CD4
tuberculose herpes simples recorrente herpes zoster pneumonia bacteriana sarcoma de Kaposi
Se odinofagia + HIV+, o que fazer?
usar fluconazol (candidíase) e ver se melhora
se não melhoras: fazer EDA com biópsia das lesões
DD: herpes simples, CMV
tto: aciclovir, ganciclovir
qual o melhor tto para paciente HIV + com diarreia crônica?
TARV
qual o principal diferencial de neurotoxo?
linfoma primário de SNC: pedir sorologia para EBV
lesões orais no HIV+
monilíase oral, herpes simples, leucoplasia pilosa, sarcoma de kaposi
como é a TB em paciente HIV com CD4 baixo?
miliar, micronódulos
lembrar que CD4 normal, vai ser TB tradicional: cavitada em ápice
quando vacinar no HIV?
espera que CD4 esteja acima de 200 para vírus vivos
para vírus mortos, o CD4 não importa mas cuidado pois pode não ter efeito de imunidade se o CD4 tiver muito baixo
Chikungunya: agente
família Togaviridae e gênero alphavirus
Chikungunya: QC
febre alta + poliartralgia bilateral e simétrica
pode ter cefaleia, mialgia, náuseas vômitos, rash
pode evoluir com dor articular crônica e deformidades
labs Chikungunya
linfopenia e trombocitopenia
aumento de creatinina e transaminases
RNA viral e sorologias +
tto Chikungunya
manejo da dor articular
complicações Chikungunya
deformidade articular com incapacidade e dor miocardite meningoencefalite neurite óptica hepatite
Chikungunya: transmissão
Aedes aegypti
transmissão congênita
transfusões
Zika: Agente etiológico
RNA vírus flaviviridae
complicações Zika
Guillain Barre meningoencefalite mielite isquemia cerebral RN: microcefalia e abortamento calcificações cerebrais, ausência de corpo caloso anormalidades oculares
Dx Zika
<5d: PCR no sangue
<15d: PCR na urina
após 5° dia: sorologia
pode ter erro sorológico com dengue e febre amarela
Zika: QC
pouco sintomático febre baixa e curta conjuntivite sem secreção exantema que pode ser pruriginoso e intenso artralgia, astenia
Zika: transmissão
aedes
sexual
transfusional
congênita
tto Zika
repouso e hidratação
anti-histamínico para prurido
AINE e AAS jamais
cuidados na prevenção de Zika
combate ao mosquito
homens devem usar preservativo até 6 meses da infecção
Dengue: agente etiológico
RNA vírus Flaviviridae
4 sorotipos: DEN 1, 2, 3, 4
fisiopatologia da Dengue
2 tipos de infecção
primo-infecção: IgM e IgG
reinfecção sequencial: infecção por sorotipo diferente e anticorpos existentes não consegue neutralizar e amplificam a doença- dengue grave (hemorrágica)
grave depende de: fatores ambientais, fatores virais e fatores do hospedeiro
Dengue: QC
- fase febril: febre alta de início abrupto
cefaleia, mialgia, artralgia, dor retro-orbitária
exantema maculopapular em face, tronco e membros de forma aditiva e não poupa palmas e plantas. Aparece quando baixa a febre
diarreia, náuseas, vômitos - fase crítica: começa quando baixa a febre
sinais de alarme - fase de recuperação: reabsorção do conteúdo extravasado
melhora clínica
hemorragias pode estar presente em todas as formas de dengue. Será hemorrágica se tiver muito aumento da permeabilidade vascular e provocar sintomas mais graves
como fazer o dx de Dengue?
febre por 2-7 dias + 2 critérios
- mialgia ou artralgia
- cefaleia ou dor retroorbital
- exantema máculopapular (pode ter prurido)
- náuseas ou vomitos
- petéquias
- prova do laço +
- leucopenia
quais os sinais de alarme na Dengue?
A: aumento do hematócrito L: letargia E lipotímia (hipotensão postural) A: abdominal: dor intensa e contínua R: Raul- vomitos M: megalias- hepatoespleno E: edema: ascite, derrame pleural S: sangramentos *lembrar que crinaça pode ficar grave subitamente sem sinais de alarme
como se reflete o extravasamento plasmático na dengue?
hemoconcentração
hipoalbuminemia
derrames cavitários
qual a cd inicial na Dengue?
fazer prova do laço procurar sinais de gravidade classificar quanto ao risco tto adequado notificar (semanal, só notificar no dia se for óbito)
grupos da dengue e condutas
A: azul
sem sinais de alarme + sem comorbidades + prova do laço -
Cd: hidratação oral e acompanhamento ambulatorial
B: verde
sem sinais de alarme + comorbidade ou risco presente
hidratação oral e observação com reavaliação clínica até sair hematócrito
C: amarelo
sinais de alarme presentes mas sem sinais de gravidade
hidratação venosa + internar até estabilizar
D: vermelho
grave: choque
hidratação venosa e internar em leito de emergência
quais exames pedir na Dengue?
A: pode pedir HMG
B: HMG + isolamento viral em sorologia
C: HMG + sorologia + transaminases + ureia + creat + Rx de tórax + USG abd
D: HMG + sorologia + transaminases + ureia + creat + Rx de tórax + USG abd + coágulo + fibrina + fibrinogênio + d-dímero
como fazer a hidratação na dengue?
A e B e >13 anos
60 ml/kg/dia: ¹/3 de soro oral e ²/3 de outros líquidos
sendo que ¹/3 tem que ser nas primeiras 4 horas
manter hidratação até 48 horas após fim da febre
C
10ml/kg/h duas vezes e depois manter com 25 ml/kg em 6 hotas e depois em 8h (¹/3 SF e ²/3 de SG5%)
D
20ml/kg em 20 min até 3x e depois manter igual C
qual o tto da dengue?
hidratação rigorosa analgésicos e antitérmicos jamais AINEs e AAS se aumento de Ht: albumina ou coloides se hemorragia: transfusão
critérios de alta na dengue
- estabilização por 48 horas
- sem febre por 48h
- hematócrito normal ou estável por 48h
- plaquetas em elevação e acima de 50 mil
dx virológico da dengue
- até o sexto dia, sorologia pode ter falso -
- NS1: teste qualitativo: colher até 3° dia
até 5° dia: NS1, isolamento viral, PCR
após 5° dia: IgM no ELISA
prevenção da dengue
controle do vetor
vacina: só se já teve dengue: 9-45 anos em 3 doses
febre amarela: agente etiológico
RNA vírus flaviviridae
formas de transmissão da febre amarela
ciclo urbano: aedes aegypti- não tem no Brasil
ciclo silvestre: haemagogus- macacos
como monitorar risco de febre amarela?
epizootia: ver quantos macacos estão morrendo, serve de evento sentinela
QC febre amarela
maioria é assintomático
febre de início súbito + cefaleia + mialgia + náuseas + vomitos + astenia
forma grave: febre alta, icterícia (BD), sangramentos, choque
sinal de Faget: bradicardia com febre alta
oligúria
pancreatite grave necro-hemorrágica
tríade da forma grave: icterícia + hemorragia + oligúria
labs febre amarela
BD acima de 10 AST (TGO) >ALT (TGP) TGO> 5 mil leucopenia alterações de coagulação aumento de hematócrito elevação da creatinina
Dx da febre amarela
<7 dias: PCR no sangue
>6 dias ELISA IgM
isolamento viral
tto febre amarela
- suporte: hidratação, vitamina K, transfusões
*cuidado com insuficiência hepática fulminante
transplante hepático: talvez
quais os principais DD da febre amarela?
leptospirose
malária
hepatites virais
prevenção da febre amarela
proteção contra mosquito
vacinação: vírus vivo atenuado- 1 dose vale pra vida toda
9m e 4a
não vacinar imunodeprimidos, alergia a ovo, deonças do timo, puérperas amamentando
cuidado que a vacina é viscerotrópica
por que iniciar TARV imediatamente ao diagnóstico?
Diminuição no risco de transmissão de HIV de paciente para paciente.
qual a função da PreP?
impedem que o HIV entre nas células e se reproduza. Isso impede que o HIV se estabeleça e também, que a pessoa que toma a PrEP seja infectada pelo o HIV
quais são achados (7) sugestivos de pneumocistose?
- Contagem de LT-CD4+ abaixo de 200 céls/mm3 ou sinais clínicos de imunodepressão grave, como candidíase oral
- Dispneia progressiva aos esforços
- Presença de febre, taquipneia e/ou taquicardia ao exame físico
- Rx de tórax normal ou infiltrado pulmonar difuso, peri-hilar, simétrico
- DHL sérica elevada
- Hipoxemia em repouso ou após esforço
- Ausência de uso ou utilização irregular de profilaxia para pneumocistose
tto pneumocistose
O esquema de escolha é a associação SMX-TMP (5mg/kg de TMP) endovenosa a cada seis ou oito horas por 21 dias.
- Clindamicina 600mg EV a cada seis ou oito horas + primaquina 15-30mg VO uma vez ao dia se intolerância à sulfa
associação de corticosteroides ao tratamento de PCP moderada a grave
Vacinação para hepatite B em imunossuprimidos- o que fazer?
fazer 4 doses
quais vacinas são de vírus vivos atenuados?
BCG, rotavírus, pólio oral (VOP), febre amarela, SCR, varicela, herpes zoster, dengue
quais os mecaniscmos de produção de vacinas?
- vetor recombinante: pega gene de um vírus e coloca em outro vírus
- subunidade proteica: usa um gene e faz produção em massa da proteína
- vacina de ácido nucleico: incorpora ácido nucelico na célula do hospedeiro
quem deve ser vacinado para infulenza?
- > 60a
- crianças de 6m até 6 anos
- gestantes e puérperas
- portadores de doenças crônicas
- trabalhadores da saúde
- população carcerária e funcionários do sistema prisional
- povos indígenas
- professores
quando solicitar AntiHbs pós-vacina?
grupos de risco
qual a diferença entre a influenza sazonal e a pandemica?
na sazonal, a população tem alguma imunidade de exposições prévias: antigenic drift
na pandêmica, não tem imunidade e afeta todos os grupos etários, incluindo adultos jovens: antigenic shift
como é feita a vacina da influeza?
usa como base os sorotipos de influenza que afetaram o hemisfério norte no inverno passado. segue o mapa de migração aviária
quando notificar influenza?
- SRAG: casos individuais
- surto ou agregado de casos ou óbitos de síndrome gripal
- casos de suspeita de um novo subtipo
- mortes de animais como suspeita de influenza aviária de alta patogenicidade
- resultados laboratoriais de casos de influenza por novo subtipo
como é a eficácia da vacina de influenza?
depende da relação entre cepas incluídas na vacina e as cepas circulantes
eficácia é maior nas crianças e jovens, Não é uma boa eficácia nos idosos
diminui índices de hospitalizações por influenza
quais as cepas virais incluídas na vacina de influenza?
- PNI: trivalente- cepa A (H1N1) + cepa A (H3N2) + cepa B (Yamagata ou Victoria)
- particular é tetravalente
quais os momentos fundamentais de higienização das mãos (5)?
- antes do contato com o paciente
- antes da realização de procedimento
- após a exposição a flúidos corporais
- após o contato com o paciente
- após o contato com o ambiente próximo ao paciente
como é feito o isolamento de contato?
luvas + avental
higienização das mãos
como é feito o isolamento de gotículas?
máscara cirúrgica + isolamento de contato
como é feito o isolamento de aerossóis?
máscara n95 + isolamento de contato
o que fazer no acidente com material biológico?
descobrir o paciente fonte: sorologias
avaliar o local do acidente, mecanismo, tamanho da lesão, material
colher sorologias do paciente exposto
D0: HIV, HBV, HCV
- HIV: iniciar PEP se alto risco
- HBV: considerar vacina + imunoglobulina
- HCV: sorologias com 28d, 3m, 6m, 1a e oferecer tto imeditato se vier +
- pensar em Chagas se local de alto risco
* sífilis não entra
qual a CD diante um caso de violência sexual?
- atendimento com equipe multidisciplinar
- exames: HIV, sífilis, Hep B, HepC, TGO/TGP, hemograma, conteúdo vaginal
- notificação (*não exige BO)
- contracepção de emergência s/n
- sífilis: peni benzatina
- gonorreia: ceftriaxone IM e azitro
- clamídia: azitro 1g VO
- tricomoníase: metronidazol 2g
- HBV: checar vacinas, se desconhecido fazer vacina (3 doses) + imunoglobulina
- HCV: acompanhar sorologias
- HIV: sorologia com 1 e 28d, oferecer PEP s/n
qual a primeira CD para profilaxia de tétano?
- limpeza com água e sabão e debridamento profundo s/n
como fazer imunização passiva para tétano?
- soro antitetânico
- imunoglobulina
deve-se fazer antibiótico na profilaxia para tétano?
não
quando fazer vacina para tétano após um ferimento?
- se vacinação prévia incerta ou <3 doses
- se vacinação prévia há >10a
- se vacinação prévia entre 5-10a e ferimento sujo ou profunto (se ferimento for limpo e superficial, não fazer)
quando fazer imunização passiva para tétano?
- se vacinação prévia incerta ou <3 doses + ferimento sujo/profundo (se o ferimento for limpo e superficial, só vacinar)
porque fazer profilaxia para raiva?
causa encefalite de progressão aguda e letal
letalidade de 100%
quais mamíferos são suscetíveis a raiva?
todos
como quebrar o ciclo de transmissão da raiva?
vacinar os cachorros
como fazer a profilaxia pré-exposição de raiva e para quem fazer?
fazer para pessoas com exposição ocupacional: veterinário, biólogo, tratadores de animais
3 doses da vacina: 0, 7d, 28d e reforço se título baixo após a 3ª dose
do que depende a profilaxia pós-exposição de raiva?
se o animal tem suspeita de raiva ou é raivoso, morto
se o acidente foi leve ou grave
como fazer a profilaxia de raiva em acidente por animal conhecido?
- animal conhecido + ferimento leve: observar animal por 10 dias e fazer vacina (5 doses) se animal morrer, desaparecer, raivoso
- animal conhecido + ferimento grave: 2 doses da vacina (1 e 3d) e observar por 10 dias. completar o esquema com as outras 3 doses se animal morrer, desaparecer, raivoso + soro
como fazer profilaxia para raiva após acidente com animal suspeito?
- ferimento leve: fazer 2 doses da vacina e completar as 5 doses se animal raivoso, morrer em 10 dias
- ferimento grave: soro + vacina 5 doses- se descartar raiva no animal nos próximos 10 dias, pode suspender tto
como fazer profilaxia para raiva após acidente com animal raivoso, morto, desaparecido, silvestre ou de interesse econômico?
- ferimento leve: 5 doses da vacina
- ferimento grave: soro + 5 doses da vacina
5 doses: 0, 3, 7, 14, 28 dias
qual a cadeia de disfunções na sepse?
- choque circulatório- hipoperfusão tecidual - disfunção celular - disfunção de múltiplos órgãos- morte
quais os critérios do qSOFA?
- alteração de estado mental: glasgow ,14
- FR > 22 ipm
- PAS<100
será alto risco se tiver 2 critérios
quando notificar imediatamente as arboviroses?
- febre amarela
- zika em gestantes
- óbitos por arboviroses
porque dengue em gestante é perigoso?
aumenta a ocorrência de eclâmpsia e portanto aumenta o risco de óbito
quando internar na dengue?
- sinais de alarme
- recusa de ingestão de alimentos ou líquidos
- comprometimento respiratório
- plaquetas < 20 mil
- comorbidades descompensadas
- impossibilidade de seguimento ou retorno a unidade de saúde
quando dar alta na dengue?
- estabilização hemodinâminca por 48h
- ausência de febre por 48h
- hematócrito normal e estável por 24h
- plaquetas em elevação e acima de 50 mil
quais os labs da dengue?
- leucopenia com linfocitose
- hematócrito aumentado
- plaquetopenia
- aumento de transaminases: TGP>TGO
- disfunção renal por hipovolemia
- hipoalbuminemia
quais os acometimentos graves da febre amarela?
- hepatite aguda fulminante
- derrames cavitários
como são os labs da febre amarela?
- leucopenia com linfopenia
- plaquetopenia mais tardia
- alteração no coagulograma
- aumento de transaminases TGO>TGP
tto de febre amarela
não existe terapia específica
suporte + antivirais: ribavarina, sofosbuvir, globulina hiperimune
o que fazer no HIV com CD4<50 como rastreamento?
fundo de olho para ver se tem CMV
quando usar corticoide na pneumocistose?
- hipoxemia: PaO2<60
- gradiente arterio-alveolar >35
fazer por 21 dias junto com bactrim
etiologia leptospirose
bactéria espiroqueta flagelada da Leptospira
QC da leptospirose anictérica
febre súbita + sufusão conjuntival + dor nas panturrilhas por 3-7 dias
depois: febre e QC de meningite: cefaleia, vômitos, irritação meníngea. pode ter uveíte
qual a manifestação grave da leptospirose?
Sd. de Weil: icterícia (BD) + hemorragia alveolar (alta mortalidade) + insuficiência renal (hipocalemia)
não vai ter CIVD
dx de leptospirose
padrão-ouro: microaglutinação
ELISA-IgM
macroaglutinação
labs leptospirose
aumento pequeno de TGO e TGP (<200) piora de função renal com hipocalemia aumenot de CPK urina 1 hematúria, proteinúria, leucocitúria alargamento de TP
tto leptospirose
formas leves: doxiciclina
formas graves: peni crista, diálise precoce, ventilação protetora
agente da malária e transmissor e período de incubação
agente: plasmodium- vivaz, falciparum, malarie, ovale
transmissão: anopheles femea noturna
incubação: 2-4 semanas
qual tipo de malária tem recaída e por quê?
vivax
forma hipnozoítos que ficam em níveis de incubação podendo reativar
dx de malária
exame de gota espessa
teste rápido
QC malária
febre alta com calafrios, sudorese e cefaleia em períodos cíclicos: terçã
como acontece a malária grave?
no falciparum: hemácias parasitadas vão aderir ao endotélio e formam rosetas com hemácias saudáveis- obstrução microcirculatória
quais as manifestações da malária grave?
- acometimento de SNC: RNC, convulsão
- anemia grave
- insuficiência renal
- disfunção pulmonar: SARA
- CIVD
- acidose lática
- disfunção hepática
quais os objetivos do tto da malária?
- interromper a lise de erotrócitos
- destruir formas latentes
- interromper transmissão ao impedir desenvolvimento dos gametócitos
tto malária
vivax: cloroquina + primaquina
falciparum: artemeter + lumefantrina
malária grave: artesunato + clinda
profilaxia de malária
- evitar amanhecer e por do sol
- usar roupas claras de manga longa
- uso de telas
- repelente
leishmaniose: agente infeccioso, transmissão, fonte de infecção
agente: Leishmania donovani e chagasi
transmissão: Lutzomyia
fonte: cão
quais as alterações iniciais da leishmaniose visceral?
febre, hepatomegalia, hiperglobulinemia, aumento de VHS
o que a leishmania faz dentro do humano?
humano é infectado por promastigota que infecta macrófagos e mutiplicam-se (divisão binária) como amastigotas. Rompem macrófagos e infectam outros
como é a evolução da leishmaniose?
febre contínua, comprometimento do estado geral com emagrecimento progressivo, desnutrição, anasarca
hemorragias, icterícia e ascite
pancitopenia
quando pensar em leishmaniose?
áreas endêmicas com hepatoesplenomegalia febril + pancitopenia
dx de leishmaniose
tem que achar a leishmania
- cultura de aspirado esplênico em meio NNN
- imunofluorescência em diluição 1:80
- imunocromatografia
tto leishmaniose
antimoniato pentavalente (glucantime)+ anfotericina B começar só com anfotericina se for grave
quais as hepatites de transmissão oral fecal?
hepatite A e E
quais as formas clínicas da hepatite A?
- anictérica
- ictérica
- prolongada
- colestática
- fulminante: necrose hepática com insuficiência hepática aguda
dx Hep A e profilaxia e tto
sorologia IgM HAV
profilaxia: vacinação em hepatopatas, HIV e HSH
tto: suporte, transplante se for fulminante
tto Hepatite B
cirróticos: entecavir
não cirrótico: tenofovir
quais as manifestações extra-hepáticas da hepatite C?
- distúrbios de tireoide
- liquen plano
- crioglobulinemia
- glomerulonefrite membranoproliferativa e sd. nefrótica
dx de hepC
anti-HCV + HCV-RNA
estadiar acometimento hepático com elastografia + alfafetoproteína
fazer a genotipagem do vírua
tto HepC
ver se cai o título em 4 semanas e negativa em 12 semanas (se souber data da infecção aguda)
tratar se não cair ou não negativar
se for crônico, tratar independente do grau de fibrose
drogas: sofosbuvir, daclatasvir, ribavarina
tem cura mas pode ter reinfecção
como é a hepatite delta?
depende da do vírus da hepatite B para replicação: simultânea ou posterior ao HBV
tem mais chance de cronificar se a infecção delta for após a infecção HBV: superinfecção
áreas endêmicas: amazonia
dx: anticorpo anti-HDV IgG
tto: alfapeginterferona + entecavir/tenofovir
quais formas de sífilis tem maior probabilidade de transmissão na gestação e quando?
formas primária e secundária
maior transmissão após o segundo trimestre
QC sífilis
- primária: cancro duro no local de inoculação
- secundária: febre, adenomegalia, roséola, lesões palmo plantares, alopécia areata
- terciária: neurossífilis, tabes dorsalis, goma cutânea, lesões ósseas, aortite
quando dizer que sífilis latente é precoce ou tardia?
precoce < 1 a
tardia > 1 a da contaminação
como é o VRDL da sífilis terciária?
baixo: quanto mais tardio, vai caindo
quando tratar neurossífilis?
teste treponêmico positivo ou manifestações neurológicas típicas ou pleiocitose
como deve evoluir o VRDL com o tto de sífilis?
cair pelo menos 2 títulos em 3 meses
cair 3 títulos em 6 meses
o que é a reação de Jarisch-Herxheimer?
exacerbação das lesões cutâneas, prurido e febre no início do tto de sífilis
tto sífilis
- primária/ latente precoce: peni benzatinha 2.4 milhões
- secundária/ latente tardia: peni benzatina 2.4 milhões por 3 semanas
- neurossífilis: peni crista 14-21 dias e colher LCR 24 semanas após tto
quando colher LCR na sífilis?
HIV+ com CD4<350 ou VDRL >1:32
sintomas neurológicos
queda errática do VDRL
o que define AIDS?
HIV + com doenças oportunistas ou neoplasias
quais as neoplasias relacionadas a AIDS?
sarcoma de kaposi
linfoma não Hodgkin
Ca de colo de útero
quando fazer tto de TB latente no HIV?
PPD>5mm e CD4>350 qualquer PPD se CD4<350 contato com bacilífero RX com cicatriz de TB sem tto prévio sempre excluir infecção ativa de TB
o que fazer na coinfecção HIV e TB?
começar esquema TB (RIPE) e depois começar TARV (15 dias depois)
o que encontramos na neurotoxo?
lesão expansiva com efeito de massa provocando sintomas neurológicos focais
CD4<200
lesão com realce anelar e edema perilesional
LCR normal
tto neurotoxo
pirimetamina + sulfadiazina + ácido folínico ou bactrim
começar tto antes da TARV
não precisa confirmar toxo para tratar, pensou que é, já trata
causa da LEMP e tto
vírus JC
tto TARV
Dx neurocripto e tto
dx: tinta da china + no LCR, cultura, pesquisa de antígeno
tto: anfotericina + flucitosina, manutenção com fluconazol
pode fazer punção de alívio de LCR
tto CMV
ganciclovir
QC histoplasmose, dx e tto
QC: infiltrado pulmonar reticulonodular, febre, hepatoespleno, linfonodomegalia, lesões cutâneas umbilicadas e úlceras, pancitopenia
dx: cultura, coloração Gomori
tto: anfotericina B
quais as profilaxias primárias podemos fazer no paciente HIV?
pneumociste: bactrim se CD4<200 ou condidiase oral
toxo: bactrim se CD4<100 + IgG para toxo
m. avium: azitro se CD4<50
como fazer a profilaxia de pneumocistose em RN exposto ao HIV?
começar com 4 semanas e manter até 2 cargas virais indetectáveis
cite características da patogenia de esquistossomose
- tem ciclo pulmonar
- tem reação granulomatosa ao redor dos ovos: granulomas provocam obstrução levando a hipertensão portal, hepatoespreno, varizes esofágicas e hemorroidas
- penetra com cercária e vira esquistossômulo, se desenvolvem no sistema porta e os adultos alojam no plexo mesentérico. Adultos eliminam ovos que viram miracídios nas fezes
QC esquisto aguda
- hipersensibilidade imediata no local de penetração: vasodilatação e prurido
- hipersensibilidade tardia: forma pápula
- febre de takayama: cefaleia, dor abdominal, diarreia, tosse seca, eosinofilia
quais as formas clínicas da esquisto crônica?
- intestinal
- hepatointestinal
- hepatoesplênica compensada
- hepatoesplênica descompensada
como é o acometimento hepático da esquisto?
hepatomegalia + granulomatose periportal (fibrose de Symmers) + hipertensão portal
função hepática é NORMAL
qual a manifestação de SNC mais comum da esquisto?
mielorradiculopatia esquistossômica: compressão do canal medular por granulomas
dx esquisto
exame de fezes técnica Kato-Katz
tto esquisto
prazinquantel
qual doença pode causar febre prolongada em paciente com esquisto?
salmonelose
qual o principal risco do portador crônico de febre tifoide?
colelitíase
QC febre tifoide
- febre: sinal de Faget (não tem aumento da FC com a febre)
- dor abdominal, vômitos
- ateração do nível de consciência
- desidratação
- diarreia em sopa de ervilhas
- rash: roséola tiflítica
- hepatoespleno
complicações da febre tifoide
hemorragia e perfuração intestinal
pancreatite, miocardite
dx e labs febre tifoide
- dx: reação de Widal e coprocultura e hemocultura
- leucopenia com desvio a E, linfomonocitose, trombocitopenia
tto febre tifoide
- quinolonas: cipro
- beta-lactâmicos: ceftriaxone
- nos portadores, fazer amoxicilina
afastar de situações de contato com alimentos
quando pensar em paracoccidioidomicose?
pneumopatias e adenomegalias crônicas
epidemiologia da PBmicose
homens em áreas rurais
adquirida entre 10-20 anos e reativada entre 30 e 50 anos
etiologia da PBmicose
fungos assexuado e dimórfico que forma blastoconídeos em roda de leme, micpelio com hifas finas e segmentadas
QC PBmicose forma juvenil
febre + linfadenopatia + hepatoespleno + manifestações cutâneas (úlceras verruciformes em face e orelha)
- complicações: sd. de má absorção e icterícia colestática
QC da PBmicose crônica
- Rx de tórax: infiltrado em asa de morcego (perihilar)
- pele: lesões ulceradas em face, lesões de cordas vocais
- sd. de Addison: lesão na suprarrenal
quais as sequelas da PBmicose?
obstrução de linfáticos e icterícia obstrutiva
quais as patologias associadas a PBmicose?
linfoma Hodgkin e TB
Dx PBmicose
roda de leme na microscopia
tto PBmicose
itraconazol, sulfas, anfotericina B (se grave) até melhora do quadro
V/F: se o paciente usou quinolonas, vai ser mais difícil encontrar pBAAR no escarro?
verdadeiro
etiologia da hanseníase e qual célula afeta
Mycobacterium leprae: gram +, BAAR
afeta céls de Schwann: nervos periféricos
como é a transmissão da hanseníase?
via respiratória
contato próximo e prolongado de uma pessoa susceptível com um doente não tratado
como diferenciar hanseníase paucibacilar de multibacilar?
paucibacilar: até 5 lesões com baciloscopia do raspado intradérmico negativa
multibacilar: >6 lesões ou baciloscopia positiva
quais as formas pacibacilares e multibacilares da hanseníase?
- paucibacilar: indeterminada e tuberculoide
- multibacilar: dimorfa e virchowiana
como é a hanseníase indeterminada?
lesão única, hipocrômica, mancha não elevada, seca
perde sensibilidade térmica mas não tátil
como é a hanseníase tuberculoide?
placas eritematosas, hipocrômicas com halo eritematoso que delimita
como é a hanseníase dimorfa?
placas eritematosas variadas com borda externa pouco definida
acompetimento assimétrico de nervos periféricos
como é a hanseníase virchowiana?
forma mais contagiosa
pele seca, infiltrada, madarose: faces leoninas
hansenomas: caroços
pode ter dor testicular e orquites
olho vermelho crônico
linfadenomegalias indolores, hepatoespleno
dx de hanseníase
clínico
baciloscopia
tto hanseníase
paucibacilar: rifampcina (diária) + dapsona (mensal)6 meses
multibacilar: rifampcina + dapsona + clofazimina (diária) e dapsona + clofazima (mensal) 12 meses
dose diária e dose mensal supervisionada
o que é a reação hansênica?
quando o sistema imune combate o bacilo
edema, calor, rubor, dor e perda da função no território de nervos acometidos
tipo 1: forma tuberculoide
tipo 2: eritema nodoso- forma virchowiana
tto tipo 1: corticoide e manejo de dor neuropática
tto tipo 2: talidomida ou corticoide se mulher fértil
não suspender o tto da hanseníase
o que fazer nos contactantes intradomiciliar da hanseníase?
exame dermatológico completo
profilaxia com rifampicina dose única (tanto paucibacilar quanto multi)
quais os principais tipos de cobras do Brasil que causam acidentes ofídios?
- Jararaca: Bothropos (Jair Bolsonaro)
- Surucucu: Lachesis (SuLa)
- Cascavel: Crotalus (CC)
- Coral: Micrurus (Coral e Mico)
QC acidente por Bothropos
- edema, dor, equimose e sangramento no local da picada
- hemorragias a distância
- plaquetopenia
- Sd. compartimental por edema
- abscessos: infecção local por ação proteolítica do veneno
- necrose, gangrena
- choque, IRA
quais exames solicitar no acidente por Bothropos?
tempo de coagulação
hemograma: leucocitose com neutrofilia
urina 1: proteinúria, hematúria
ELISA para o veneno
CD no acidente por Bothropos
soro antibotrópico
membro elevado e estendido
analgesia
hidratação
qual acidente com animais peçonhentos mais mata e por que?
Crotalus (cascavél) por causa da IRA
QC de acidente por Crotalus
- não tem dor no local da picada, tem parestesia
- inibe liberação de acetilcolina: quadro miastênico
- rabdomiólise
- sangramentos: incoagulabilidade sanguínea
- IRA com necrose tubular aguda nas primeiras 48h
tto acidente crotalus
soro anticrotálico
hidratação
não fazer garrote
QC da picada de aranha marrom (Loxosceles)
- dor em queimação, hemorragias focais mescladas com áreas pálidas de isquemia, necrose: pode evoluir com escara
forma cutâneovisceral: hemólise, IRA, CIVD
tto no acidente por loxosceles
- soro antiloxoscélico ou antiaracnídeo nas primeiras 36h
- corticoide
- analgesia, compresas frias, limpeza da ferida
- desbridamento da escara se necrose
QC picada de escorpião
- dor local que irradia pelo membro, pode ter edema e eritema
- hipo ou hipertermia com sudorese profunda
- nauseas, vomitos, sialorreia
- arritmias, taquipneia, EAP, agitação, tremores, priapismo
CD na picada de escorpião
analgésicos e compresas frias
soro antiescorpiônico
como diferenciar acidente por Bothropus, Crotalus e Lachesi?
Bothropus: edema importante com dor
Crotalus: não tem dor na picada, tem miastenia
Lachesi: tem edema e dor + sintomas vagais
quando tratar bacteriúria assintomática?
- gestante
- idosos
- imunossuprimidos: DM
- antes de procedimentos urológicos
quando chamar de ITU recorrente?
- mulher: >2 em 6 meses ou >3 em 1 ano
- homem: >2 em 3 anos
quando que podemos atribuir ITU ao uso de SVD?
a partide de 48h de uso ou se SVD removido no dia anterior
opções de tto ITU em mulher
- bactrim: 3 dias
- nitrofurantoína: 7 dias
- cipro: 5 dias
- monuril: dose única