Nefro Flashcards
Proteinúria nefrótica (valor)
> 3,5g/24hs
Tipo de lesão (histo) na nefropatia diabética
glomeruloesclerose difusa ou focal
Valores albuminúria e microalbuminúria em urina 24hs
albuminúria >300mg
micro 30-300
valor máximo de albumina em urina de 24hs considerado normal é de até 30mg. (uma pessoa pode ter até 150mg de proteínas, mas se for considerada só albumina aí são os 30).
Anion gap (fórmula)
AG = Na - (Cl + HCO3)
- Na = Cl + HCO3 + AG
normal: 140 = 106+24+10
quando aumenta algum anion no sangue, que não cloro nem bica, há aumento do anion gap.
normal = 8-12
estímulo à produção de EPO
hipóxia tecidual
4 mecanismos de controle da TFG
- vasoconstrição da a. eferente
- vasodilatação da a. aferentes
- feedback tubuloglomerular
- retenção hidrossalina e natriurese
1 e 2 dessa forma trabalham para manter cte a TFG, sem queda com redução do fluxo renal. Pode ocorrer o contrário em pressões muito altas.
Síndromes glomerulares (5)
- GN aguda (Sd nefritica)
- GN rapidamente progressiva
- Sd nefrótica
- Alterações urinárias assintomáticas
- Doenças glomerulares trombóticas
Síndrome nefrítica (sinais e sintomas - 5)
Hematúria + edema + HAS = Tríade mais imp
+
Proteinúria subnefrótica
Oligúria
Sinal de que a hematúria é de origem glomerular
Dismorfismo eritrocitário
Indicações de biópsia renal em sd nefrítica (5)
Oligúria > 1 semana
Hipocomplementenemia > 8 semanas
Proteinúria na faixa nefrótica
Evidências clinicas ou sorológicas de doença sistêmica
Evidência clínica de GNRP como anúria ou aumento acelerado de escórias nitrogenadas
tudo que sai do esperado ou se a função renal está sendo perdida rapidamente
Pacientes que desenvolvem sd nefrítica com evolução rápida para falência renal fulminante. Pensar em que?
GNRP
Tipos de GNRP (3 e o que tem na bx e sorologia)
- GNRP por depósito de anticorpos antiMBG (10%)
- IFI (imunofluorescência indireta) demonstra padrão linear
- sorologia: anticorpo antiMBG - GNRP por depósito de imunocomplexos (45%)
- IFI padrão granular
- queda de C3 e CH50 - GNRP paucimune (45%)
- IFI com pouco ou nenhum depósito imune
- ANCA +
Ddx GNPE
outras glomerulonefrites que cursem com queda de complemento
- outras pós infecciosas
- glomerulonefrite lúpica
- glomerulonefrite membranoproliferativa (=mesangiocapilar) – cursa com complemento reduzido > 8 semanas
GNRP com anticorpos MBG e hemoptise que antecede o quadro renal em semanas….
Sd Goodpasture = sd pulmão rim
Proteinúria nefrótica na criança
> 50mg/kg/24hs
quando suspeitar de trombose venosa renal (6)
- dor nos flancos ou virilha
- varicocele à E
- Redução inexplicada do DU
- Edema renal, com assimetria de tamanho e função (se urografia)
- Aumento significativo da proteinúria
- hematúria macroscópica
Principal MO responsável por infecções nos pacientes com sd nefrótica e pq
S. pneumoniae (pneumococo) - esses pcts tem perda de imunoglobulinas (principalmente IgG) e SC (principalmente via alternativa). Isso os faz mais suscetíveis a infecções por germes encapsulados.
– lembrar que a mais importante é PBE
principal forma de sd nefrótica primária em crianças
Doença por lesão mínima
sd nefrótica em criança é DLM até que se prove contrário
dçs renais primárias que se apresentam com sd nefrótica (5)
- GESF
- Nefropatia membranosa
- DLM
- GN membrano proliferativa
- GN proliferativa mesangial - ñ é imp
- ordem de frequência
sd nefrótica - sinais e sintomas (5)
- proteinúria > 3,5g/dia
- Edema
- Hipoalbuminemia
- Hiperlipidemia
- Lipidúria
principal forma de sd nefrótica primária em adultos
GESF idiopática
Principal doença sistêmica associada a DLM
Linfoma de Hodgkin
causa mais comum de proteinúria isolada, com restante do sedimento urinário normal
GN proliferativa mesangial
causas de síndrome nefrótica mais associadas à trombose de veia renal (3)
- Glomerulopatia membranosa - principal
- GNMP
- amiloidose
única doença primária glomerular associada a sd nefrótica com queda de complemento
gnmp (=mesangiocapilar)
patologia glomerular primária mais frequente
dç berger
doença que é a forma restrita aos rins da púrpura de henoch schonlein
dç berger (nefropatia por IgA)
causa mais comum de IRA intrínseca em crianças < 4 anos
sd hemolítico-urêmica
tríade clássica Sd hemolítica urêmica
- IRA oligúrica
- trombocitopenia
- anemia hemolítica microangiopática
quando suspeitar de doença tubulointersticial
quando o quadro clínico for dominado por distúrbios da concentração urinária (poliúria, isostenúria) e do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido básico (hipok, acidose metabólica hiperclorêmica). Isso sugere comprometimento desproporcional das funções tubulares em relação às glomerulares.
7 principais causas de NTA
- choque ou hipotensão prolongada
- sepse
- SIRS
- pós op (principalmente cardíaca, ressec aneurisma de aorta abd e cirurgia hepatobiliar)
- medicamentos
- Pigmentos nefrotóxicos (mioglobina, hemoglobina)
- venenos
ddx ira pré renal e NTA
NTA tem EQU patológico (cilindros epiteliais e granulosos pigmentares - nao são essenciais ao dx) vs EQU benigno na pré-renal
- NTA: FeNa > 1%, Na urinário > 20, densidade < 1015, osmolaridade < 350, ur/cr < 20
- Pré-renal: FeNa < 1%, NaU < 20, densidade > 1020, osmolaridade > 500, ur/cr > 40
tríade clássica da necrose cortical aguda
anúria, hematúria, lombalgia, em paciente que apresente os frs (gestantes complicadas ou sépticos) e gravemente hipotenso
como diferenciar sd lise tumoral de outras causas de IRA?
ac úrico urinário/ creatinina urinária > 1 = slt
ac úrico urinário/ creatinina urinária < 1 = outras causas
necrose cortical aguda, distúrbios eletrolíticos presentes (6)
hiperk hipoca hiperfosfatemia acidose metabólica com AG aumentado hiperuricemia mioglobinúria
quando pensar em dx de nefrite intersticial aguda
desenvolvimento aparentemente inexplicado de ira + introdução recente de medicamentos sabidamente associados a essa complicação
fármacos mais relacionados à NIA (5 “classes”)
- atbs (penicilina, ampicilina, cefalotina, cotrimoxazol, sulfametoxazol, rifampicina)
- AINES (naproxeno, ibuprofeno)
- Anticonvulsivantes (fenitoína)
- Diuréticos (tiazídicos)
- Miscelânea (alopurinol, cimetidina)
5 formas distintas de lesão renal por aines
- insuficiência pré renal (hipofluxo - vasoconstrição a aferente)
- NIA
- Síndrome nefrótica por lesão mínima
* 2 e 3 podem ser concomitantes - até é bem comum = IRA oligúrica + PTU acentuada - Nefropatia analgésica (necrose de papila)
- Síndrome da dor em flanco-falência renal
ring shadows na urografia excretora, pensar em q dx?
necrose de papila
quando suspeitar de necrose de papila?
paciente em risco (condições associadas: nefropatia analgésica, anemia falciforme, pielonefrite, dm, nefropatia obstrutiva), que se apresente súbita e inexplicavelmente com febre, cólica renal e disúria + hematúria
ddx necrose de papila
nefrolitíase e pielonefrite (necrose de papila causa pielonefrite e viceversa)
- dx de necrose de papila é por ring shadows na urografia excretora
como diferenciar acidose metabólica hiperclorêmica com anion gap normal (acidose tubular renal de perdas digestivas - diarreia crônica e uso excessivo de laxativos)?
cálculo do AG urinário:
AGu = (Nau + Ku) - Clu
de -8 a -12
Esse valor geralmente é negativo devido ao excesso catiônico não medido - amônio. - o certo seria cátion gap (por isso que o valor é negativo).
Quanto mais negativo, mais cátions tem sobrando = mais capacidade de excretar ácidos = rim excretando H+ normalmente (perda digestiva) - Na acidose o rim normal irá aumentar a excreção de amônia, tornando o AGu mais negativo ainda.
Quando AGu positivo ou neutro, significa que há pouca eliminação ácida pelo rim = temos alguma ATR
quando suspeitar de ATRII
acidose metabólica hiperclorêmica e hipok, de origem ‘obscura’ que desenvolve bicarbonatúria após reposição de bica.
causas de ATR II (7)
mieloma múltiplo (principal), Cistinose, dç wilson, diuréticos inibidores da anidrase carbônica, amiloidose, intoxicação pb, parte da sd fanconi
sd fanconi completa (5 coisas)
- glicosúria sem hiperglicemia
- aminoacidúria sem hiperaminoacidemia
- bicarbonatúria (ATR II)
- hiperfosfatúria com hipofosfatemia - raquitismo/osteomalácia
- hiperuricosúria levando a hipouricemia
principal doença causadora da sd fanconi em adultos
mieloma múltiplo
principal causa de IRA por medicametos/nefrotoxinas
aminoglicosídeos
lesão renal causada por aminoglicosídeos
NTA não oligúrica. Lesão no TCP
melhor forma de adm de aminoglicosídeos para evitar lesão renal
altas doses intercaladas por intervalos longos (melhor que pequenas doses em intervalos mais curtos - acumula mais no tcp = mais nefrotóxico), preferencialmente de dia
causas de IRA com hipocalemia (4)
leptospirose, lesão renal por aminoglicosídeos, lesao renal por anfotericina B, nefroesclerose hipertensiva maligna
lesão renal por atbs (3 tipos principais)
- aminoglicosídeos: NTA não oligúrica (IRA hipok)
- Penicilinas: NIA alérgica
- Sulfonamidas: NIA alérgica
Tanto aines quanto ieca/araII podem causar IRA pré-renal por hipofluxo. Qual mecanismo de cada?
AINES- vasoconstrição da a aferente
IECA/ARAII vasodilatação da a eferente.
Em pessoas normais não faz muita diferença porque a alteração hemodinâmica renal é mínima. Mais risco em pacientes com fr
principais fármacos e toxinas nefrotóxicas
- aminoglicosídeos
- anfotericina B
- vancomicina
- blactâmicos
- sulfonamidas e trimetoprim
- AINES
- metais pesados (chumbo, mercúrio, cobre, ferro)
2 principais causas de estenose de a renal
- aterosclerose
2. displasia fibromuscular
mecanismo mais comum de has renovascular
- no geral
- em pacientes idosos
- no paciente jovem
- estenose unilateral de a renal
- estenose unilateral de a renal
- displasia fibromuscular
criterios de viabilidade renal para realização de revascularização em casos de estenose de artéria renal unilateral (3)
- diâmetro > 8cm
- índice de resistência intrarrenal < 80
- captação cintilo > 15%
principal causa de ateroembolismo renal
ruptura de placa de ateroma na aorta com embolização
situação que sempre devemos suspeitar de trombose de veia renal
paciente com sd nefrótica que desenvolve embolia pulmonar ou deterioração inexplicada da função renal
tipo de lesão renal que ocorre no dm
glomeruloesclerose diabética - tipo especial de esclerose glomerular, caracterizada por áreas de expansão acelular da matriz mesangial, formando um material amorfo PAS + entre as alças capilares
fases da nefropatia diabética
- pré nefropatia com hiperfiltração glomerular, hipertrofia glomerulotubular e nefromegalia
- ND incipiente - microalbuminúria fixa
- proteinúria manifesta - ND declarada
- IRC e uremia - fase azotêmica
DM2, microalbuminúria sempre representa ND incipiente?
Não, pode representar um sinal de disfunção endotelial sistêmica, cursando com aumento da permeabilidade da parede vascular às partículas lipoproteicas aterogênicas.
HAS, obesidade, dislipidemia e tabagismo são fatores de risco para microalbuminúria, então pode ser fator de confusão
critérios indicativos de solicitação de bx renal em pcts diabéticos com dç renal (5)
- proteinúria em < 5 anos de dx de DM1
- Hematúria dismórfica e/ou cilindros celulares (hemáticos e/ou leucocitários) no EQU
- Ausência de retinopatia diabética
- rins de tamanho reduzido ao invés de rins de tamanho normal/aumentados
- IR de rápida evolução
mecanismo pelo qual os IECA/ARAII conseguem realizar a prevenção secundária de ND
Dilatação arteríola eferente = diminui a pressão intraglomerular, consequentemente diminuindo a hiperfiltração.
Em última análise, a hipertensão intraglomerular estimula a glomeruloesclerose, então a redução dessa hipertensão preveniria a progressão da ND
manifestações clínicas da sd urêmica (13)
- anorexia
- náusea
- vômito
- pericardite
- polineuropatia periférica de predomínio sensitivo
- encefalopatia (convulsões, letargia, coma)
- dispneia
- edema
- derrames cavitários (pleural, pericárdico, ascite)
- HAS de difícil controle
- hiperk com redução generalizada de força muscular e risco aumentado de arritmias fatais
- astenia
- cansaço - anemia
1a causa de rins terminais NO BRASIL
Nefroesclerose hipertensiva
critérios para dx de nefroesclerose benigna (1+7)
- HAS de longa data, com aumento da creatinina sérica + alguns dos a seguir:
- Retinopatia grau I ou II
- HVE
- EQU relativamente normal
- Proteinúria < 1,5/24hs
- Rins de tamanho levemente reduzido
- Insuficiência renal lentamente progressiva
- Sem outras causas de nefropatia crônica
importante ddx de nefroesclerose maligna
estenose bilateral de a. renais = cuidar uso de ieca/araII
Qual a principal estrutura renal acometida por HAS
vasos renais, mais precisamente as arteríolas aferentes
lesão na nefrite lúpica
acomete principalmente os glomerulos, com depósitos de imunocomplexos, levando ativação do sistema do complemento a quimiotaxia de células inflamatórias
EQU sugestivo de glomerulite
proteinúria, hematúria dismórfica e cilindrúria
crise renal na esclerodermia
has acelerada maligna, IRA rapidamente progressiva. Mais comum na forma cutânea difusa.
- ocorre anemia hemolítica microangiopática e trombocitopenia em até 50% dos pacientes - relação com a HAS maligna
- é comum haver EAP (ICC por insuficiência VE)
lesão renal da granulomatose de wegener e da PAM
GN necrosante focal e segmentar com pouco ou nenhum depósito imune (pauci-imune) = GNRP tipo III
ddx SHU e PTT
SHU:
comprometimento renal obrigatório
sem comprometimento neuro
mais em criancas
# PTT: distúrbio neuro com predomínio de apresentação IRA apenas em 10% dos casos mais em adultos
- ambas com anemia hemolítica microangiopática
- ambas com plaquetopenia
- ambas com febre
- mecanismo de dano renal é o mesmo
doença hemato mais relacionada à IR
MM
4 tipos de lesão renal possíveis na HBV
Glomerulopatia membranosa
Glomerulonefrite membranoproliferativa tipo I
Nefropatia por IgA
Poliarterite nodosa clássica
causas de DRC com rins de tamanho normal/aumentado - 7
dç renal policística, DM, amiloidose, nefropatia do HIV (GESFc), anemia falciforme, nefropatia obstrutiva, esclerodermia
- Malária: qual plasmódio associado à sd nefrótica?
P. malarie - depósito de imunocomplexos
ddx csws e siadh
csws - hipovolemia (hipotensao postural, taquicardia responsiva a volume, pvc diminuída)
siad - normovolemia
ddx - resposta ao SF0,9% (500-1000ml) - CSWS diminui a osmolaridade urinária porque o aumento volêmico cessa a produção de ADH, oq não acontece no SIAD porque há produção inapropriada
- as duas são compatíveis com hiponatremia em contexto de lesão neurológica, por isso a importância do ddx.
como fica o sódio urinário no siad
fica alto, já que a urina fica mais concentrada considerando que há muito ADH. Tanto o paciente não perde água livre que a urina fica concentrada. Além disso, há liberação de PNA, que aumenta a excreção urinária de sódio.
na hipovolemia há sódio urinário baixo, considerando que o corpo tenta reter líquido para melhorar a volemia
hiponatremia - causas (3 “contextos volêmicos”)
hipovolemia - perdas renais ou extrarrenais:
- Sódio urinário baixo: perdas extrarrenais (vômitos, diarreia)
- Sódio urinário alto: perdas renais: síndrome cerebral perdedora de sal, diuréticos tzd, hipoaldosteronismo
hipervolemia - icc, cirrose..
normovolemia - insuficiência suprarrenal, hipotireoidismo ou siad
hiponatremia normovolêmica na insuficiência suprarrenal
só na secundária, porque na primária (Addison) é hipovolêmica, considerando que há queda de aldosterona também
insuficiência de cortisol estimula liberação de ADH, porque o cortisol faz feedback negativo no ADH.
importante causa de edema cerebral citotóxico
hipona
diferença entre osmolaridade plasmática e osmolaridade efetiva
a plasmática leva em conta na, glicose e ureia, já a efetiva considera apenas os solutos que não cruzam livremente a MP, ou seja, a ureia não é contabilizada na osmolaridade efetiva
plasmática: 2xNa + gli/18 + ureia/6
hipona geralmente é hipotônica. Quais causas de hipona não hipotônica?
sds hiperglicêmicas (cad, ehhnc) - aumento importante da glicose é capaz de exercer efeito osmótico e diluir o Na.
infusão de manitol hipertônico para tratamento de edema cerebral pode precipitar hipona
medicamentos mais comumente relacionados à hiponatremia
anticonvulsivantes como carbamazepina - siad
diuréticos tzds
ISRS
Correção de hipona aguda
[(Deficit de sódio)/17) x 100]/3
- 1g NaCl = 17mEq
- NaCl 3% = 3g Na em 100ml
Deficit de sódio (em mEq):
- Mulheres: 0,5 x peso x variação desejada de sódio
- Homens: 0,6 x peso x variação desejada de sódio
Variação desejada de sódio:
- em 3hs: 3 mEq/L
- nas 1as 24hs totais: 8-10 mEq/L