Nefro 5 - Nefrolitíase Flashcards

1
Q

Quais as etapas da fisiopatologia do cálculo?

A

1) supersaturação da urina - ex: hipercalciúria, hiperuricosúria
2) nucleação - forma um cristal
3) crescimento e agregação de cristais - forma o cálculo

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2
Q

Quais os principais tipos de cálculo?

A

Sais de cálcio
Estruvita (fosfato de amonio e magnésio)
Ácido úrico

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3
Q

Qual o tipo de cálculo de cálcio mais comum?

A

Oxalato de cálcio

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4
Q

Qual o tipo de cálculo mais associado com cálculo coraliforme?

A

Cálculo de estruvita

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5
Q

Qual a fisiopatologia do cálculo coraliforme?

A

Uma ITU por microorganismos como proteus e klebsiella que produzem urease, alcalinizando a urina. O pH mais alcalino da urina permite a formação do cálculo de estruvita, que pode crescer muito e obstruir toda a pelve, formando o cálculo coraliforme

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6
Q

Qual dos tipos de cálculo é radiotransparente?

A

Cálculo de ácido úrico

Não aparece no RX!

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7
Q

Quais fatores de risco para cálculo de cálcio?

A

Hipercalciúria idiopática (sem hipercalcemia)

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8
Q

Quais os fatores de risco para cálculo de ácido úrico?

A

Hiperuricosúria e urina ácida

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9
Q

Qual o quadro clínico da nefrolitíase?

A

Hematúria e cólica nefrética (dor lombar que irradia para baixo).

Obs: isso acontece porque, nos estreitamentos do ureter, o cálculo pode impactar, provocando contrações no trato urinário para expulsar o cálculo, o que dói e lesiona o ureter.

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10
Q

Quais as duas principais complicações da nefrolitíase?

A

Infecção (risco de sepse) e obstrução (IRA pós-renal)

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11
Q

Qual exame padrão ouro para diagnóstico de nefrolitíase? Qual outro exame pode ser realizado?

A

TC sem contraste. Pode ser substituído por USG

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12
Q

Como é a imagem do USG na nefrolitíase?

A

Imagem hiperecogênica com sombra acústica posterior

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13
Q

Qual o tratamento agudo para nefrolitíase?

A

AINE (indometacina, cetorolaco) e considerar opioide. Tratamento específico depende do tamanho e localização do cálculo

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14
Q

Qual a terapêutica para cálculo <10mm?

A

Terapia médica expulsiva com alfa-bloqueador (tansulosina) ou bloqueador de canal de cálcio (nifedipina)

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15
Q

Qual a terapêutica para cálculos proximais (pelve, ureter proximal) maiores que 10mm e menores que 20mm?

A

LECO

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16
Q

Quais as contraindicações da LECO?

A

Gestantes e pessoas com aneurisma de aorta

17
Q

Para que tipos de cálculos indicamos a nefrolitotripsia percutânea?

A

Cálculos > 20mm e proximais (pelve e ureter proximal)

18
Q

Qual abordagem de escolha para o cálculo coraliforme?

A

Nefrolitotripsia percutânea

19
Q

Para quais cálculos indicamos a ureteroscopia?

A

Cálculos > 10 mm no ureter médio e distal

20
Q

Qual a conduta para nefrolitíase complicada (com infecção ou obstrução)?

A

Primeiro desobstruir com duplo J ou nefrostomia percutânea, depois, já fora de perigo, abordar o cálculo

21
Q

Como é feita a prevenção de nefrolitíase em pacientes com histórico prévio?

A

Hidratação (> 2,5 l/d) e as demais dependem do tipo de cálculo que tiveram.
Cálculos de sais de cálcio: não restringir cálcio, restringir sódio e proteína, tiazídico se necessário.
Cálculos de estruvita: antibiótico para tratar ITU. Para pacientes refratários, que tem muita recorrência, usar ácido acetohidroxâmico.
Cálculos de ácido úrico: restringir purinas (carne), alcalinizar a urina (citrato de potássio). Em alguns casos, usar alopurinol.

22
Q

Quais os dois componentes da fisiopatologia da HPB?

A

Componente estático e componente dinâmico.

23
Q

Explique o componente estático da HPB

A

É a obstrução mecânica do ureter causada pelo tecido hiperplásico. Ocorre por ação de androgênios na próstata e pode ser controlada com inibidores de 5-alfa-redutase, como a finasterida

24
Q

Explique o componente dinâmico da HPB

A

A obstrução do ureter se torna maior pelo maior tônus da musculatura lisa ao redor da próstata. Isso pode variar ao longo do dia e é provocado pela ação alfa-adrenérgica, podendo ser controlada com um alfa-bloqueador (tansulozina)

25
Q

Qual a relação entre hipertrofia do detrusor e HPB?

A

Com a obstrução uretral causada pela HPB, a bexiga precisa fazer mais força durante a micção, causando hipertrofia de detrusor. A hipertrofia do detrusor provoca uma redução da capacidade da bexiga, fazendo com que o paciente precise ir várias vezes ao banheiro esvaziá-la. Para controlar este ponto, usamos anticolinérgicos.

26
Q

Qual a quadro clínico da HPB?

A

Sintomas obstrutivos: jato fraco/intermitente, gotejamento terminal, sensação de esvaziamento incompleto.
Sintomas de armazenamento (irritativos): noctúria, incontinência, urgência urinária

27
Q

Como definir se devemos ou não tratar a HPB?

A

De acordo com a intensidade dos sintomas pelo questionário I-PSS. Se menor que 8, não precisa tratar, só fazendo acompanhamento regular (vigilância ativa). Se for maior ou igual a 8, é possível tratar.

28
Q

Quais são as 3 opções farmacológicas para tratamento da HPB?

A

Alfa-bloqueador: tansulosina, doxazosina. Reduzem o tônus prostático, melhorando a obstrução.

Inibidor de 5-alfa-redutase: finasterida, dutasterida. Diminui a ação dos androgênios. Demora 4-6 meses para agir (“murchar” a próstata). É indicado para pacientes que realmente tem a próstata aumentada.

Anticolinérgicos: oxibutinina, tolterodina. Só para pacientes com sintomas graves de armazenamento.

29
Q

Quando indicar tratamento cirúrgico na HPB?

A

Pacientes não responsivos ao tratamento farmacológico ou com complições (Insuficiência renal, ITU de repetição)

30
Q

Quando é indicado o rastreio no câncer de próstata?

A

Pacientes com 50 anos ou mais
Ou
Pacientes 45 anos ou mais se tiver fator de risco (história familiar, negro)

31
Q

Como fazer o rastreio do câncer de próstata?

A

Toque retal + PSA

32
Q

Quais são as características suspeitas do toque retal?

A

Nódulo, induração, tamanho aumentado

33
Q

Quais são as alterações do PSA no câncer de próstata?

A

PSA maior ou igual a 4
PSA maior ou igual a 2,5 se o paciente tiver menos de 60 anos

Refinamentos do PSA: velocidade de aumento maior que 0,75 ng/ml/ano, densidade maior que 0,15 e fração livre < 25%

34
Q

Como fazemos o estadiamento do câncer de próstata pelo PSA?

A

PSA < 10 - baixo risco
PSA 10 - 20 - médio risco
PSA > 20 - alto risco

35
Q

Como é feito o estadiamento do câncer de próstata de acordo com o Gleason?

A

Gleason < 7 - diferenciado (baixo risco)
Gleason 7 - intermediário (médio risco)
Gleason 8 - 10 - indiferenciado (alto risco)

36
Q

Como é o estadiamento do câncer de próstata no TNM?

A

T: RM para ver o tamanho do tumor
N: RM para ver os linfonodos pélvicos
M: Cintilografia para ver metástases a distância. Só ;e feita para pacientes com risco médio ou alto pelo PSA ou Gleason.

37
Q

Como é feito o tratamento do câncer de próstata?

A

Doença localizada: Prostatectomia radical, radioterapia ou vigilância ativa (baixo risco pelo PSA/Gleason).

Doença metastática: terapia de deprivação androgênica: orquidectomia bilateral (retirada de testículos) ou agonistas de GnRH (para diminuir a produção de testosterona). Para pacientes resistentes, podemos fazer antiandrogênicos ou QT.