NEFRO Flashcards

1
Q

As nefropatias tropicais são causadas por quais doenças?

A

Leptospirose, esquistossomose, tuberculose, leishmaniose e tétano.

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2
Q

Qual o quadro clínico de nefropatia por leptospirose e qual tratamento?

A

Sendo o principal vetor roedores.
O quadro clínico se apresenta com febre aguda e dor muscular (principalmente na panturrilha).
10-15% cursam com síndrome de WEIL.
Tratamento com ATB, suporte intensivo e hemodiálise diária e precoce.

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3
Q

Como se caracteriza a síndrome de WEIL e que doença ela está relacionada?

A

Pela tríade de icterícia, hemorragia (principalmente pulmonar) e IRA.

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4
Q

Qual a fisiopatologia da IRA na leptospirose?

A

Principal forma por lesão direta, a leptospira no interstício gera
nefrite intersticial aguda, que cursa com reação inflamatória tecidual
Leptospira libera agentes tóxicos que: inibem ação da bomba Na-K-ATPase, gerando natriurese e hipocalemia e causam
resistência ao ADH no ducto coletor, causando uma IRA não oligúrica, com diurese preservada.

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5
Q

Qual o quadro clínico de nefropatia por esquistossomose e qual tratamento?

A

Doença infectocontagiosa mais associada com glomerulopatia membranoproliferativa (acometimento do rim por natureza imunológica - formação de imunocomplexos). Hipocomplementenemia persistente.

Tratamento com antiparasitários, IECA e controle pressórico e imunossupressão, corticoide para casos mais graves.

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6
Q

Qual patognomônico para nefropatia por esquistossomose?

A

Fibrose periportal.

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7
Q

Quais as fases da nefropatia por esquistossomose?

A

1: Nefropatia incipiente
2: Proliferação de células mesangiais na MO
3: Proteinúria, hematúria, edema de MMII e hipertensão
4: Síndrome nefrótica e hipertensão.

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8
Q

Qual o quadro clínico de nefropatia por tuberculose e qual tratamento?

A

Apresenta queda do estado geral, febre vespertina, sudorese noturna e perda de peso.

Tuberculose renal é a 5° causa mais comum de TB extrapulmonar.
Disúria, polaciúria, cólica renal. Apresenta calcificações renais.

Tratamento: RIPE.

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9
Q

Como se apresenta o sumário de urina de alguém com nefropatia por tuberculose?

A

Leucocitúria e ph ácido.

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10
Q

Qual o quadro clínico de nefropatia por leishmania e qual tratamento?

A

Febre, hepatoesplenomegalia, hipergamaglobulinemia e efeitos de invasão medular. Diagnóstico através de pesquisa direta do parasita na MO ou no baço.

Quadro renal de proteinúria, hematúria microscópica e alterações tubulares.

Tratamento com antimoniais pentavalentes, anfotericina B ou glucantime.

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11
Q

Qual o quadro clínico de nefropatia por tétano e qual tratamento?

A

Quadro clínico de hipexcitabilidade nervosa motora, contratura de bell e riso sardônico.
Lesão renal relacionada a rabdomiólise, hipovolemia, hiperatividade do SNA.

Tratamento com ATB, bloqueio neuromuscular e UTI.

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12
Q

Quais são as nefropatias sistêmicas?

A

Nefropatia diabética e nefropatia lúpica.

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13
Q

Quais fatores de risco da nefropatia diabética?

A

HAS, microalbuminúria, fatores genéticos, tabagismo, sexo masculino, alta ingesta proteica, ITU crônica de repetição.

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14
Q

O que é a nefropatia diabética?

A

É a complicação microvascular da diabetes e causa comum de DRC terminal.

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15
Q

Qual a fisiopatologia da nefropatia diabética?

A

Aumento da filtração glomerular da glicose, ativando o SRAA, aumentando a pressão arterial e hiperflitração glomerular, com o tempo causando hipertrofia renal.
Eventualmente cursa para glomeruloesclerose e atrofia tubular, somando a lesão do endotélio glomerular, há lesão e apoptose dos podócitos, ocasionando num processo inflamatório.
Posteriormente recurtamento de células imunológicas que resultará num remodelamento tecidual.

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16
Q

Quais estágios da nefropatia diabética?

A

1: fase inicial com aumento da TFG
2: fase silenciosa de microalbuminúria ocasional
3: fase incipiente de microalbuminúria persistente
4: nefropatia clínica de proteinúria no SU e HAS
5: fase de DRC em estágio terminal com proteinúria + HAS + ClCr menor que 10 e/ou Cr sérica maior ou igual a 10.

17
Q

Como deve ser feito o rastreio da nefropatia diabética?

A

Para DM1, rastreio se inicia a cada 5 anos após diagnóstico.
Para DM2, o rastreio deve ser iniciado imediatamente.

Por meio de pesquisa de albuminúria, SU, Cr sérica e cálculo da TFG.

18
Q

Como deve ser feito o tratamento da nefropatia diabética?

A

Controle pressórico com bloqueio SRRA (IECA/BRA com meta pressórica de 140/80), ingesta proteica reduzida, restrição salina, controle glicêmico, MEV (parar de fumar, exercício físico e nutricionista), prevenir fatores de risco de IRA.
Medicamentos como metformina e SGT2.
Se restrições, utilizar outros medicamentos anti-glicemiantes.

19
Q

Como se caracteriza a nefrite lúpica?

A

Doença autoimune mediada por anticorpos e imunocomplexos, acometendo vários órgãos com processos inflamatórios e produção de citocinas. Mais comuns em mulheres jovens.

20
Q

Como é realizado o diagnóstico de lúpus?

A

FAN positivo + 10 pontos dos Critérios de EULAR/ACR

21
Q

Quando se deve biopsiar o rim de um paciente lúpico?

A

Se paciente lúpico com suspeita de agudização ou surto da doença.

Se houver evidência de alteração do sedimento urinário, como proteinúria positiva (acima de 500), hematúria glomerular, acantócitos ou células brancas em sedimento.

Se haver evidência de queda de TFG e testes repetidos continuarem em queda.

22
Q

Como é feita a classificação para nefropatia lúpica?

A

Classe 1: Lesão mínima mesangial (glomérulos normais e deposição de imunocomplexos mesangiais)

Classe 2: Proliferação mesangial (hipercelularidade mesangial)

Classe 3: Proliferação focal (<50% dos glomérulos, FR normal com hematúria e proteinúria discreta)

Classe 4: Proliferação difusa (>50% dos glomérulos, proteinúria nefrótica e hematúria, com perda de função renal)

Classe 5: Glomerulonefrite membranosa (depósitos imunes no espaço subepitelial e espessamento da membrana basal glomerular)

Classe 6: Estágio final de esclerose avançada (lesões cicatriciais e esclerosantes avançadas, terminal com insuficiência renal crônica)

23
Q

Como é realizado o tratamento da nefrite lúpica?

A

Classe 1 e 2: Corticóide e hidroxicloroquina

Classe 3 e 4: Pulsoterapia de corticoide + micofenolato de mofetil ou ciclofosfamida

Classe 5: Se subnefrótica IECA/BRA, hidroxicloroquina e tratamento imunossupressor guiado pelas outras menifestações do LES.
Se nefrótica, hidroxicloroquina, corticoide, imunossupressor (1° opção micofenolato e 2° opção ciclofosfamida)

Classe 6: Terapia renal substitutiva