INFECTO Flashcards

1
Q

Quais os ciclos epidemiológicos da febre amarela?

A

Ciclo silvestre, onde os macacos são os principais hospedeiro e o homem é um hospedeiro acidental.

Ciclo urbano, onde o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica.

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2
Q

Quais os espectros clínicos da febre amarela?

A

Forma leve/moderada: febre de início súbito, cefaleia supra orbital, bilirrubina normal ou discretamente elevada, icterícia leve, plaquetopenia pode estar presente.

Forma grave: oligúria, icterícia intensa, manifestações hemorrágicas, plaquetopenia intensa.

Forma maligna: todos os sintomas da forma grave intensificados e CIVD.

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3
Q

O que se enquadra como um quadro suspeito de febre amarela?

A

Até 7 dias de quadro febril acompanhado de mais de 2 ou mais sintomas: mialgia, lombalgia, mal-estar, calafrios, náuseas, icterícia, cefaleia supraorbital, manifestações hemorrágicas e que seja residente ou procedente de área de risco e sem comprovante de vacinação ou com dose < 30 dias.

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4
Q

O mosquito macho ou fêmea transmite a febre amarela?

A

Mosquito fêmea.

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5
Q

Como é realizado o diagnóstico da febre amarela?

A

Sorologia:
1ª amostra: após o 5º dia do início dos sintomas.
2ª amostra: 14 – 21 dias após a coleta da 1ª amostra.
Amostra única: após o 5º dia do início dos sintomas.

RT-PCR: até o 5° dia do início dos sintomas e se amostra tecidual, logo após o óbito.

Histopatológico: logo após o óbito.

Isolamento viral: até o 5° dia do início dos sintomas ou após o óbito, raramente é feito.

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6
Q

Como é realizado o manejo da febre amarela ambulatorialmente?

A

Indicadas para formas leves/moderadas.

Exames laboratoriais normal ou alterações discretas no hemograma. Possibilidade de retorno em caso de piora.

Para sintomáticos, dipirona e/ou paracetamol. Hidratação oral 60ml/kg/dia em 1/3 de solução salina e 2/3 de líquidos caseiros.

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7
Q

Quais sinais de piora da febre amarela?

A

Persistência de febre alta por mais de 4 dias e/ou qualquer um dos sintomas a seguir: icterícia, hemorragias, vômitos e diminuição da diurese.

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8
Q

Quando e como realizar hidratação parenteral a nível ambulatorial para febre amarela?

A

Início imediato após identificar caso suspeito, se o paciente estiver com qualquer um dos sintomas a seguir: taquicardia, pulso fraco e filiforme; intervalo entre PAd e PAs < 20mmHg, taquipneia, oligúria, vômitos persistentes, diminuição do nível de consciência.
Realiza 10mL/kg na primeira hora e fica reavaliando PA, FC e diurese, se necessidade de acordo com os parâmetros, altera o volume.

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9
Q

Como é realizado o manejo da febre amarela a nível hospitalar?

A

Casos moderados ou graves com uma das seguintes condições: paciente com regular ou mau estado geral ou exames laboratoriais com alterações discretas ou moderadas no hemograma.

Medicações para febre e dor, hidratação oral ou parenteral, controle da diurese (diurese > 1mL/kg/h é adequada), avaliação de proteinúria deve ser repetida frequentemente e exames laboratoriais diariamente ou quando aparecerem sinais de alerta.

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10
Q

Quais sinais de piora para transferência para UTI relacionada a febre amarela?

A

Clínico: icterícia, hemorragia, colúria, vômitos constantes, dor abdominal intensa e rebaixamento do nível de consciência.

Laboratoriais: hematócrito elevado, creatina elevada, tempo de coagulação aumentado em > 20min, transaminases 10x acima do valor de referência.

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11
Q

Como é realizado o manejo da febre amarela na UTI?

A

Medidas de suporte: aplicação de vitamina K, se choque hipovolêmico ou hemorragia intensa concentrado de hemácias, se coagulopatias transfusão de plasma fresco.

Cuidados na UTI: ventilação mecânica protetora, manutenção da nutrição e prevenção de hipoglicemia, ressuscitação hídrica e uso de drogas vasoativas, proteção gástrica e início precoce de antibioticoterapia de largo espectro (possibilidade de infecção bacteriana concomitante).

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12
Q

Qual esquema de vacinação da febre amarela, quais suas indicações e contraindicações?

A

Uma dose a partir dos 9 meses.

Indicações: residentes ou viajantes de áreas recomendadas, pessoas que vão a países endêmicos.

Contraindicações: menores de 6 meses, imunossupressão grave de qualquer natureza (seja CA, gestantes, pós-transplante e HIV com CD4 < 200)

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13
Q

Quais medidas de prevenção para febre amarela?

A

Uso de repelentes, uso de roupas compridas, evitar água parada e colocar telas em casa.

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14
Q

Quais são os reservatórios da leptospirose?

A

Roedor, que não desenvolve a doença mas que abriga a Leptospira nos rins e elimina no ambiente.
Homem que é um hospedeiro acidental mas que desenvolve a doença.

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15
Q

Qual modo de transmissão da leptospirose?

A

Exposição direta ou indireta à urina de animais infectados ou seja, em pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou mucosas.
Também pode ocorrer contato com sangue de animais infectados, ingestão de água ou alimentos contaminados por mais que não seja tão comum.

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16
Q

Quais períodos de incubação e transmissibilidade da leptospirose?

A

Incubação: 1-30 dias
Transmissibilidade: animais durante meses, anos ou toda a vida.

17
Q

Quais sinais de alerta para leptospirose?

A

Dispneia, tosse e taquipneia, oligúria, fenômenos hemorrágicos, hipotensão, alteração do nível de consciência, vômitos frequentes, arritmia, icterícia.

18
Q

Como se apresenta a fase precoce de leptospirose?

A

Constitui a grande maioria dos caos.
Com instalação abrupta de febre + cefaleia, mialgia (principalmente lombar e nas panturrilhas), anorexia, náuseas e vômitos.
Pode ter outros acometimentos como diarreia, fotofobia, dor ocular, tosse, hiperemia ou hemorragia conjuntival.
Sufusão conjuntival é um achado característico, presente em menos de 30% dos casos.
Autolimitada e regride em 3-7 dias, sem sequelas.

19
Q

Como se apresenta a fase tardia de leptospirose?

A

Manifestações clínicas graves.

Síndrome de Weil: icterícia, IRA e hemorragia pulmonar.

20
Q

Quais exames específicos e inespecíficos deve se pedir para leptospirose em fase precoce e tardia?

A

Exames específicos:
Fase precoce - exame direto, cultura, PCR.
Fase tardia - detecção de leptospira na urina, sorologias (ELISA e MAT)

Exames inespecíficos: hemograma, ureia, creatinina, bilirrubina oral e frações, gasometria.

21
Q

Qual tratamento para leptospirose?

A

Suporte e ATB (mais eficácia na 1° semana, pois previne maior duração da doença).

22
Q

Como se caracteriza a chikungunya?

A

É uma enfermidade aguda, que se caracteriza com febre alta de início súbito, cefaleias, mailgias e dor articular intensa.

23
Q

Quais os 3 tipos de quadro clínico da chikungunya?

A

Fase aguda ou febril: febre de início súbito de curta duração, artralgia intensa e edema articular, cefaleia e fadiga.

Fase subaguda: melhora da febre, persistência ou agravamento da artralgia, exacerbação da dor articular.

Fase crônica: persistência dos sintomas por mais de 3 meses.

24
Q

Quais fatores de cronicidade para a chikungunya?

A

> 45 anos, mulheres, desordem articular pré-existente, maior intensidade das lesões articulares na fase aguda.

25
Q

A infecção pelo vírus da chikungunya no período gestacional modifica o curso da gravidez?

A

Não.

26
Q

Quais exames são pedidos para pacientes com suspeita de chikungunya?

A

Exames específicos: Sorologia, PCR, ELISA
Exames inespecíficos: hemograma completo (alterações laboratoriais inespecíficas na fase aguda)

27
Q

Qual tratamento para chikungunya?

A

Hidratação oral, compressas frias, dipirona e/ou paracetamol, se dor intensa utilização de opioides.

28
Q

Como se apresenta a zika?

A

Na grande maioria, assintomática.
Quando sintomática, manifestações brandas cursando com febre, conjuntivite não purulenta, exantema maculopapular.

29
Q

Quais complicações da zika?

A

Complicações neurológicas associadas a casos de Guillian-Barré.
Casos de malformações congênitas por gestantes infectadas, mesmo que assintomáticas.

30
Q

Quais exames devem ser pedidos em casos suspeitos de zika?

A

Isolamento viral, PCR, sorologia IgM e teste rápido de gravidez.
Devem ser testados em paralelo as sorologias para dengue e zika, pela possibilidade de reação cruzada.

31
Q

Quais as 3 fases do quadro clínico da dengue?

A

Fase febril: febre alta de início abrupto, diarreia, exantema máculo-papular, mialgia, artralgia e dor retrorbitária.

Fase crítica: surgimento de sinais de alarme ou gravidade.

Fase de recuperação: reabsorção gradual do fluido que havia extravasado para o compartimento extravascular, melhora do estado geral e estabilização do estado hemodinâmico.

32
Q

Quais critérios de alta hospitalar para dengue?

A

Estabilização hemodinâmica durante 48 horas, ausência de febre por 48 horas, melhora visível do quadro clínico, hematócrito normal e estável por 24 horas, plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm.

33
Q

Como se caracteriza e qual conduta para dengue do tipo A?

A

Caso suspeito de dengue, sem sinais de alarme ou comorbidades, prova do laço negativo.

Tratamento com paracetamol e/ou dipirona, repouso. Hidratação oral de 60mL/kg/dia (1/3 de solução salina e 2/3 com líquidos caseiros).
Exames laboratoriais ficam a critério do médico.

34
Q

Como se caracteriza e qual conduta para dengue do tipo B?

A

Casos suspeito de dengue, sem sinais de alarme, apresenta sangramento espontâneo e/ou prova do laço positiva, condições clínicas especiais ou comorbidades.

Pedir hemograma completo, avaliar hematócrito. Se hematócritos normais, tratar como grupo A e reavaliação diária até 48h após queda da febre ou imediata se sinais de alarme. Se hematócritos aumentados, tratar como grupo C.

35
Q

Como se caracteriza e qual conduta para dengue do tipo C?

A

Caso suspeito de dengue e presença de sinal de alarme.

Tratamento com hidratação venosa, expansão volêmica com 10mL/kg SF na primeira hora e acompanhar até estabilizar por 48h.
Pedir hemograma completo, dosagem de albumina sérica e transaminases.
Exames para confirmação como sorologia ou PCR. Outros exames complementares se clínica compatível.

Reavaliação clínica após 1h e manter reposição até avaliar hematócrito na segunda hora.
Sem melhora do hematócrito e dos sinais hemodinâmicos: repetir fase de expansão até 3x, reavaliação clínica após 1h e do hematócrito em 2h.
Melhora do hematócrito e sinais hemodinâmicos: fase de manutenção (1ª fase 25ml/kg, 6h, se não houver melhora realizar 2ª fase: 25ml/kg, 8h)

36
Q

Como se caracteriza e qual conduta para dengue do tipo D?

A

Caso suspeito de dengue, sinais de choque, sangramento grave ou disfunção grave de órgaos.

Realizar reposição volêmica de 20mL/kg em 20min, podendo repetir até 3x. Reavaliação clínica de 15-30min.
Se hematócrito em ascensão após reposição volêmica adequada fazer albumina ou coloides sintéticos.
Se hematócrito em queda mais persistência de choque: procura de causas como hemorragia (transfundir concentrado de hemácias) e coagulopatias (plasma fresco, vitamina K e crioprecipitado).

37
Q

Quais sinais de alarme da dengue?

A

Dor abdominal
intensa (referida ou à palpação) e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos (ascite), derrame pleural, derrame pericárdico, hipotensão postural e/ou lipotimia, hepatomegalia > 2cm abaixo do rebordo costal, sangramento de mucosa, letargia e/ou irritabilidade, aumento progressivo do hematócrito.