MEDICINA INTENSIVA / TRAUMA Flashcards
Choque:
Definição
Tipos de choque (DC, PVC e Pcap)
Como avaliar hipoperfusão? (5)
Como avaliar fluidorresponsividade? (3)
Definição: HIPOPERFUSÃO tecidual
P = DC (volemia e bomba) x RVP (arteríolas)
- Hipodinâmico (baixo DC):
1. Hipovolêmico (PVC e Pcap baixas)
2. Cardiogênico (PVC e Pcap altas)
3. Obstrutivo
a. TEP/ infarto de VD (PVC alta e Pcap baixa)
b. Tamponamento cardíaco (PVC e Pcap altas) - Hiperdinâmico (alto DC):
Distributivo:
1. Séptico (PVC e Pcap baixas ou normais)
2. Anafilático (PVC e Pcap baixas ou normais)
3. Neurogênico (bradicardia) (PVC e Pcap baixas ou normais)
Como avaliar hipoperfusão?
1. DU < 0,5 ml/kg/h
2. TEC > 3s
3. Saturação venosa central < 70% (mista < 65%)
4. Gradiente alvéolo-arterial de CO2 com GAP > 6
5. Lactato > 1 mmol/L ou > 9 mg/dl
Como avaliar fluidorresponsividade?
1. Elevação passiva das pernas a 45° e DC >= 10%
2. Delta PP >= 13%
3. POCUS:
a. Kissing walls
b. V. cava inferior < 21 mm e colabamento > 50%
Choque:
Tratamento conforme grupos (3)
- Hipovolêmico:
Cristaloide
Coloide (perda para terceiro espaço)
Hemotransfusão (hemorragia grau III e IV) - Cardiogênico / Obstrutivo - Drogas Inotrópicas:
DOBUTAMINA
Dopamina (3-10 mcg/kg/min)
Beta-bloqueados: Milrinona e Lovosimendana - Distributivo:
NORADRENALINA
Dopamina (> 10 mcg/kg/min)
Adrenalina (choque em fase fria, anafilático)
Sepse:
Definição e diagnóstico
Escores operacionais (4)
Definição de choque séptico
Conduta inicial (5)
Conduta em refratários (4)
Definição: disfunção orgânica por resposta imune desregulada a uma infecção.
Diagnóstico: clínico laboratorial.
Escores operacionais:
1. SOFA (>=2): P/F, PAM, Glasgow, Plaquetopenia, Bilirrubinas e Creatinina
2. q-SOFA (>=2): baixa sensibilidade e especificidade
FR > 22
PAS < 100 mmHg
Glasgow < 15
3. News: FR > 22, PAS < 100 mmHg, Glasgow < 15, SatO2, FC e temperatura
4. Mews: News: FR > 22, PAS < 100 mmHg, Glasgow < 15, FC e temperatura
Choque séptico:
Necessidade de vasopressor para PAM >= 65 mmHg +
Lactato > 2 mmol/L APÓS REPOSIÇÃO VOLÊMICA
Conduta:
1. Medida de lactato
2. Reposição volêmica: 30 ml/kg em até 3 horas
3. Vasopressores para PAM >= 65 mmHg
4. Hemoculturas (exceto se atrasar > 45 min o ATB)
5. ATB em até:
a. 1 hora: sepse provável, choque
b. 3 horas: sepse possível, sem choque
Medidas extras para refratários:
1. Corticoide se refratariedade aos vasopressores
2. Hemotransfusão se Hb < 7
3. Dobutamina para ação inotrópica
4. Bicarbonato se pH < 7,2
Escala de Glasgow:
Parâmetros e pontuação conforme gravidade
E o Glasgow P?
Qual o componente mais preditor de desfechos neurológicos futuros?
ABERTURA OCULAR
4 = espontânea
3 = ao estímulo verbal
2= ao estímulo doloroso
1 = nenhuma
RESPOSTA VERBAL
5 = orientada
4 = confusa
3 = palavras inapropriadas
2 = sons incompreensíveis
1 = nenhuma
RESPOSTA MOTORA
6 = obedece comandos
5 = localização da PRESSÃO
4 = movimento de retirada / flexão normal
3 = flexão anormal
2 = extensão anormal
1 = nenhuma
Trauma:
13-15 = leve
9-12 pontos = moderado
3-8 pontos = grave
<= 8: proteção de via aérea
E o Glasgow P?
- ambas pupilas reagem: 0
- uma pupila reage: - 1 ponto
- duas pupilas reagem: - 2 ponto
Qual o componente mais preditor de desfechos neurológicos futuros?
Resposta motora
Morte encefálica:
Para abrir o protocolo (3)
Para confirmar o diagnóstico (3)
Conduta a partir do diagnóstico (4)
Para abrir o protocolo:
1. Lesão encefálica CONHECIDA e IRREVERSÍVEL
2. Observação em unidade hospitalar > 6 horas
- etiologia hipóxico-isquêmica > 24 horas
3. Sinais vitais estáveis:
a. Tax > 35°C
b. SatO2 > 94%
c. PAM >= 65 mmHg ou PAS >= 100 MMHg
Para estabelecer morte encefálica:
1. Dois exames clínicos:
- >= 1: neuro, intensivista ou emergencista
a. Coma aperceptivo
b. Ausência de reflexos tronco-encefálicos
- fotomotor, corneopalpebral, oculocefálico e oculovestibular
INTERVALO:
7d-2m: 24 horas
2m-2a: 12 horas
>= 2 anos: 1 hora
- Teste da apneia +:
PaCO2 > 55 mmHg e ausência de respiração - Exame complementar:
a. Ausência de perfusão: Angio TC/RNM, Doppler, Cintilo
b. Ausência de atividade elétrica: eletroencefalograma
c. Ausência de atividade metabólica: PET-TC ou extração cerebral de O2
Conduta quando diagnóstico:
1. Notificação obrigatória
2. Notificar a captação de órgãos
3. Óbito ao constatar ME
4. Se PCR: tentar reanimar
Insuficiência respiratória:
Tipo 1 vs. Tipo 2
Características e exemplos
Como avaliar e fisiopatologia
Tratamento
Tipo 1 (hipoxêmica): distúrbio na relação V/Q
Exemplos: SARA, pneumonia, edema e TEP
Como avaliar:
Relação PaO2/FiO2 <= 300
Gradiente alvéolo-arterial > 15
Tratamento: oxigenoterapia
Tipo 2 (hipercápnica): acúmulo de CO2 (ventilação)
Exemplos: DPOC, Miastenia Gravis
Como avaliar:
pH < 7,35 + PaCO2 > 55 mmHg = acidose respiratória
Tratamento: ventilação (CPAP, BiPAP, VMI)
Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo:
Definição
Diagnóstico (4)
Como estabelecer a gravidade?
Qual o tratamento? (4)
Definição: edema pulmonar inflamatório secundário à inflamação sistêmica
Diagnóstico - Critérios de Berlim:
S = sete dias
D = descartar edema cardiogênico / hipervolemia
R = raio X com opacidade bilateral (descartar DDs)
A = alteração na relação P/F
<= 300 = leve
<= 200 = moderada
<= 100 = grave
Tratamento:
1. Causa base da inflamação sistêmica
2. Suporte enquanto isso:
a. Ventilação protetora (baixa complacência pulmonar):
Volutrauma: <= 6 ml/kg - hipercapnia permissiva
Barotrauma: Pplatô <= 30 mmHg
Atelectrauma: Driving pressura <= 15 mmHg
PEEP mais altas (em torno de 10 mmHg)
b. Pronação 16-20h (relação P/F < 150)
c. Bloqueador neuromuscular (relação P/F < 120)
d. ECMO
Trauma:
Atendimento inicial:
Primeiro passo
X - ABCDE
Quais os passos do B? (3)
Qual o cuidado que se deve ter no E?
Primeiro passo:
Garantir a sua segurança
X = atendimento extra-hospitalar
- contenção de sangramento se exsanguinando
(PHTLS - 9° edição)
A = via aérea e estabilização cervical
B = respiração
1. Oferecer O2 10-12 L/min
2. Exame respiratório
3. Oximetria de pulso
C = circulação + controle de hemorragia
D = disfunção neurológica e avaliar extremidades
E = exposição e controle do ambiente
- prevenir a hipotermia
Trauma - A:
Definição e primeiros passos (2)
Indicações de via aérea artificial (4)
Vias aéreas definitivas (3) e temporárias (3)
Quando a cricotireoidostomia por punção > cirúrgica? (2)
Tempo máximo da cricotireoidostomia por punção?
Quando traqueostomia em prova no trauma? (3)
A = via aérea e estabilização cervical
- colar + prancha + coxins
- via aérea pérvia? fonação
SIM = O2 10-12 L/min
NÃO =
1. Afastar corpo estranho
2. Via aérea artificial - apneia
- proteção de VA
- incapacidade de manter oxigenação
- Glasgow <= 8 (TCE grave)
Tipos de Via Aérea:
- Definitiva: balonete na traqueia protege VA
. IOT = mais utilizada
. Cricotireoidostomia cirúrgica
. Traqueostomia
- Temporária: não protege VA
. Cricotireoidostomia por punção
. Máscara laríngea
. Combitubo
Quando a cricotireoidostomia por punção acaba sendo escolha sobra a cirúrgica?
1. Criança < 12 anos (ATLS)
2. Sufoco
Qual o período máximo da cricotireoidostomia por punção?
30-45 minutos pelo risco de Carbonarcose
Quando pensamos em traqueostomia em prova no trauma?
Fratura de laringe (tentar IOT > TQT):
- rouquidão
- enfisema
- palpação de fratura
Trauma - C:
Epidemiologia
Passos iniciais (3)
Classificação da hemorragia - 4 Classes
- parâmetros avaliados (3) | fazer transfusão?
Transfusão maciça: definição | como? | indicações (2)
Epidemiologia: trauma e hipotensão > até que se prove o contrário: choque hipovolêmico hemorrágico.
Passos:
1. 2 acessos venosos periféricos
- 2°: intraósseo, central e dissecção de safena
2. Cristaloide aquecido (37-40°C)
- 1 litro e 20 ml/kg na criança
3. Estimativa de perda volêmica
Classificação da hemorragia:
PA normal:
1. Classe I
FC: < 100
Perda: < 750 ml ou 15%
Transfusão? Não
2. Classe II
FC: 100-120
Perda: 750-1500 ml ou 15-30%
Transfusão? Não
Hipotensão:
3. Classe III
FC: 120-140
Perda: 1500-2000 ml ou 30-40%
Transfusão? Sim
4. Classe IV
FC: > 140
Perda: > 2000 ml ou 40%
Transfusão? Maciço
Transfusão maciça:
Definição:
1. > 10 UI em 24 horas
2. > 4 UI/1h
1CH:1P:1PFC
O - até tipagem
Indicação: Classe IV ou ABC >= 2
Trauma - C:
Hipotensão permissiva: definição | contraindicação
Como avaliar perfusão? Quando não sondar? (4)
Ácido tranexâmico: quando? | primeira dose e reforço
Controle da hemorragia (3)
Hipotensão permissiva.
Definição: reanimação de controle de danos.
PA mínima para garantir a perfusão.
Contraindicação: TCE
- não diminuir pressão de perfusão cerebral
Avaliação de perfusão: 0,5 ml/kg/h
Quando não sondar?
1. Sangue em meato uretral
2. Retenção urinária
3. Hematoma perineal
4. Fratura de pelve
URETROGRAFIA RETRÓGRADA: avaliar lesão de uretra
Ácido tranexâmico: Antifibrinolítico
Primeira dose: 1g nas primeiras 3 horas
Dose de reforço: 1 g em 8 horas
SANGRAMENTO NÃO COMPRESSÍVEL
Controle da hemorragia:
1. Compressão
2. Torniquete
3. Ligadura
Pneumotórax hipertensivo:
Clínica (5)
Diagnóstico
E o exame de imagem?
Conduta - imediata e definitiva
Onde é feita?
E se refratariedade à drenagem?
Como fazer diagnóstico? Qual a conduta?
Clínica:
1. Murmúrio vesicular diminuído / abolido
2. Hipertimpanismo
3. Desvio da traqueia
- dobramento de vasos da base
4. Turgência jugular
5. Hipotensão
- choque obstrutivo
Diagnóstico: CLÍNICO.
E o exame de imagem? não solicitar.
Conduta: imadiata
Toracocentese de alívio
- 5° EIC anterior à LAM (entre LAM e LAA)
- criança: 2° EIC
Conduta definitiva:
Drenagem em selo dágua
- 5° EIC anterior à LAM
E se refratariedade à drenagem?
1. Verificar a técnica, se correta:
2. LESÃO DE GRANDE VIA AÉREA
- diagnóstico: broncoscopia
- conduta imediata: segundo dreno ou aspiração
- TORACOTOMIA: definitiva
Pneumotórax aberto:
Definição
Clínica
Conduta imediata
Conduta definitiva
Definição: lesão > 2/3 da traqueia
Clínica: traumatopneia
Conduta imediata: curativo em 3 pontas
Conduta definitiva:
1. Drenagem em selo dágua
2. Fechamento posterior da lesão
Hemotórax:
Definição
Clínica
Tratamento - por que fazer? (2)
Hemotórax maciço - definição (3) e conduta
Contraindicação à autotransfusão relacionada ao trauma
Definição: sangue em espaço pleural, em sua maioria, autolimitado.
Clínica:
1. Queda de murmúrio vesicular
2. Macicez à percussão
Tratamento:
Drenagem em selo d’água
- prevenir complicações
- estabelecer volume de sangramento
Hemotórax maciço:
1. Drenagem > 1500 ml
2. Débito constante > 200-300 ml (2-4 horas)
3. Não responde à hemotransfusão
Conduta: TORACOTOMIA de urgência + autotransfusão
Contraindicação à autotransfusão relacionada ao trauma:
Perfuração esofágica e contaminação
Toracotomia de emergência:
Definição - em quem?
Quando fazer? (2)
Objetivos (5)
PCR pós trauma de tórax +
Paciente com sinais de vida =
Toracotomia de reanimação
Quando fazer?
- após manobras do ACLS
- após drenagem torácica bilateral
Objetivos:
1. Massagem direta
2. Acesso ao saco pericárdico
3. Controle de hemorragia
4. Clampear aorta distal
5. Embolia gasosa
Hemotórax residual:
Definição
Conduta
Definição: não é absorvido ou resolvido após drenagem.
Conduta: VATS - drenagem guiada por videotoracoscopia
Tórax instável:
Definição
Clínica (2)
Tratamento (3)
Qual a principal complicação associada a fratura de costelas?
Definição:
Fratura em >= 2 arcos costais consecutivos
em pelo menos 2 pontos em cada arco
Clínica:
1. Dor ao respirar
- tendência à atelectasia: superficializa o driving
2. Respiração paradoxal
Tratamento:
1. Suporte
2. Analgesia
3. O2
Qual a principal complicação associada a fratura de costelas?
PNEUMONIA
- analgesia diminui risco
- proporcional o risco a idade e número de fraturas
Contusão pulmonar:
Associação sempre?
Raio X - achado
Tratamento: 3 fases
Associada ou não à tórax instável.
Raio X:
Consolidações: não respeita as cisuras
Tratamento:
1. Analgesia e O2
2. oximetria e gasometria
3. IOT + VM se hipoxemia
Tamponamento cardíaco:
Definição
Clínica - tríade de …
Diagnóstico
Tratamento definitivo
Conduta temporária SN
Posso fazer mediastinoscopia para correção?
Definição: acúmulo de líquido no espaço pericárdico (100-150 ml).
Clínica:
- Tríade de Beck
1. Turgência jugular
2. Hipotensão
3. Hipofonese de bulhas
Diagnóstico: Clínica + FAST
Tratamento:
Definitivo: toracotomia para reparo da lesão (cirurgião habilitado)
Se necessário conduta temporária:
Pericardiocentese de alívio (10-20ml)
Posso fazer mediastinoscopia para correção?
NÃO, procedimento demorado e que exige estabilidade
Lesão de Aorta:
Mecanismo de lesão
Quando suspeito?
Clínica
Radiografia
Diagnóstico
Tratamento definitivo
Enquanto esperamos …
Desaceleração
Lesão ao nível de ligamento arterioso
Morte ou tamponamento
Suspeita: história compatível
Clínica: pobre
- dissociação entre pulsos de MMSS (normais) e MMII (diminuídos)
Radiografia: suspeita
1. Alargamento de mediastino > 8 cm
2. Perda de contorno aórtico
3. Desvio para direita: TOT, traqueia
Diagnóstico:
1. ANGIO-TC
2. Arteriografia: padrão-ouro, não realizado
Tratamento: estável por 24 horas
- tratar primeiro outras lesões
1.FC < 80 bpm
2. PAM 60-70 mmHg
3. TORACOTOMIA ou REPARO ENDOVASCULAR
Queimaduras:
Atendimento inicial:
Primeiros passos (4)
ABCdE do trauma
Indicações de IOT (8)
Por que fazer precoce?
Quando ocorre a fase hipermetabólica em queimados?
Primeiros passos:
1. Garantir sua segurança
2. Afastar a vítima da fonte de calor
3. Interromper o processo, se possível por no máximo 15min
- água na temperatura ambiente
4. Prevenir a hipotermia
- panos limpos e secos
ABCdE do trauma
- Vias aéreas (A):
Indicações de IOT:
1. Sinais de obstrução (rouquidão, estridor. m. acessória)
- edema: fazer IOT precoce
2. Extensa em face e na cavidade oral
3. Cervical circunferencial
4. Edema importante
5. Dificuldade / dor ao engolir
6. Queda do nível de consciência
7. Hipoxemia
8. SCQ > 40-50%
Quando ocorre a fase hipermetabólica em queimados?
> 48 horas, especialmente entre 3-4° dia
- taquicardia
- aumento de consumo calórico
- proteólise e lipólise
Queimaduras:
Respiração (B):
Lesão térmica das vias aéreas:
Fisiopatologia
Tratamento e indicações (8)
Complicações (2)
Fisiopatologia: lesão direta > quadro imediato.
Queimadura de VA superior.
Tratamento: IOT se indicação - limiar baixo
1. Sinais de obstrução (rouquidão, estridor. m. acessória)
- edema: fazer IOT precoce
2. Extensa em face e na cavidade oral
3. Cervical circunferencial
4. Edema importante
5. Dificuldade / dor ao engolir
6. Queda do nível de consciência
7. Hipoxemia
8. SCQ > 40-50%
Complicações:
1. Edema
2. Distorção anatômica
Queimaduras:
Respiração (B):
Lesão por inalação:
Fisiopatologia
Diagnóstico - opções de exames (2)
Tratamento (7)
Indicações gasométricas de IOT (3)
Fisiopatologia: inalação por produtos tóxicos da combustão > PNEUMONITE QUÍMICA.
Não é imediato.
Insuficiência respiratória em > 24-48 horas.
Diagnóstico: Suspeita clínica +
1. BRONCOSCOPIA: inflamação e partículas de carbono
2. Cintilografia com Xe
Tratamento:
1. Oxigenioterapia a 100%
2. Fisioterapia
3. IOT:
PaO2 < 60 mmHg
PaCO2 > 50 mmHg
Relação P/F < 200 mmHg
4. Toalete pulmonar
5. Nebulização com heparina, acetilcisteína
6. Broncodilatadores
7. ATB: se pneumonia
Queimaduras:
Respiração (B):
INTOXICAÇÃO POR CO:
Suspeita
Fisiopatologia
Clínica conforme concentração (3)
Diagnóstico
Posso usar oxímetro de pulso?
Tratamento
INTOXICAÇÃO POR CO:
Suspeita: queimadura em ambiente fechado
Fisiopatologia: formação de COHb
Clínica: depende da concentração
a. 20-30%: cefaleia e náuseas
b. 30-40%: confusão mental
c. 40-60%: coma
Diagnóstico: história + dosagem de COHb
Posso usar oxímetro de pulso? Não, não diferencia.
Tratamento: oxigênio a 100%
Queimaduras:
Respiração (B):
INTOXICAÇÃO POR CIANETO:
Suspeita
Fisiopatologia
Clínica (3)
Diagnóstico
Tratamento (3)
Suspeita: queimadura em ambiente fechado. Material sintético.
Fisiopatologia: inibição de metabolismo aeróbio.
Clínica: DRAMÁTICA:
coma, insuficiência respiratória e acidose láctica
Diagnóstico:
1. História
2. Rápida evolução clínica
Tratamento:
1. Oxigenioterapia a 100%
2. Hidroxicobalamina: cianocobalamina
3. Tiossulfato de sódio: tiocianato
Queimaduras:
Circulação (C):
Reposição volêmica: quando? como?
Fórmulas para pré-hospitalar (2)
Transferência para CTQ: indicações (9)
Quais as áreas nobres? (4)
Reposição com RL se SCQ > 20%
- acesso periférico, mesmo sobre área queimada
No pré-hospitalar (primeira hora):
- P x SCQ / 8
- SCQ x 10
OBS: quando calcular reposição volêmica, excluir essa primeira infusão pré-hospitalar
Transferência para CTQ: GRANDE QUEIMADO
1. Espessura parcial > 10% SCQ (2° grau)
2. Espessura total (3° grau)
3. Química
4. Elétrica
5. Lesão por inalação
6. Áreas nobres
- face
- mãos e pés
- genitália e períneo
- grandes articulações
7. Comorbidades que podem agravar
8. Criança em hospital não qualificado
9. Necessidade de intervenção especial
MS / SBQ:
2° grau > 20% no adulto
2° grau > 10% na criança
Queimaduras:
Cálculo da SCQ:
Método de Wallace (Regra dos 9)
Genitália
Regra da palma da mão aberta
Genitália: 1%
Regra da palma da mão aberta: 1%
Queimaduras:
Cálculo da SCQ:
Método de Wallace (Regra dos 9)
Pediatria
Queimaduras:
Primeiro grau | Segundo grau (2) | Terceiro grau
Quarto grau
O que acomete?
Clínica
Primeiro grau: epiderme
Clínica: eritema, ardência e dor
Obs: não entra em cálculo de SCQ
Espessura parcial:
Segundo grau: toda epiderme + segmento da derme
- Superficial: derme PAPILAR
clínica: eritematosa, dolorosa e com BOLHAS
- Profunda: derme RETICULAR
clínica: maior palidez, DOLOROSA +- bolhas
Espessura total:
Terceiro grau: toda a derme (subcutâneo)
clínica: indolor, aspecto em couro (escara)
Quarto grau: ossos, tendões e músculos
Queimaduras:
Cuidados hospitalares:
Reposição volêmica:
Indicação
Fórmula de Parkland - o que considerar? o que não fazer?
Fórmula ATLS e recomendações para pediatria (2)
O que DEFINE a reposição volêmica?
Indicação: SCQ > 20% com RINGER LACTATO
Fórmula de Parkland:
4 x peso x SCQ (refs 2-4)
- volume nas primeiras 24 horas (ESTIMA)
50% em 8 horas | 50% nas 16 horas subsequentes
- considerar MOMENTO DA QUEIMADURA
- considerar volume prévio
- NÃO fazer coloide nas primeiras 24 horas
O que define? Débito Urinário
0,5 ml/kg/h em adultos
1 ml/kg/h em crianças
ATLS 10° edição:
2 x peso x SCQ
Se < 14 anos: 3 x peso x SCQ
Se < 30kg: + 5% de dextrose
Queimaduras:
Cuidados hospitalares:
Medidas gerais de cuidados com feridas (3)
Uso de sulfadiazina de prata
Uso de acetato de mafenida
Se segundo grau profunda / terceiro grau
- tipos de excisão
Escarotomia - indicação | até que tecido?
Fasciotomia - indicação
- Limpeza e debridamento
- Curativo
- ATB TÓPICO (pomada ou solução)
- não fazer sistêmico empírico
SULFADIAZINA DE PRATA
- amplo espectro
- aplicação não dolorosa
- atrapalha discretamente a epitelização
- 5-15% pode ter leucopenia
- não penetra em escara no terceiro grau
ACETATO DE MAFENIDA
- amplo espectro
- aplicação dolorosa
- penetra em escara no terceiro grau
- risco de acidose metabólica: inibe anidrase carbônica
Se segundo grau profunda / terceiro grau:
- excisão precoce + enxerto
1. Tangencial: até derme saudável
2. Espessura total: até SC
3. Fascial: até fáscia
- Escarotomia:
Indicações: queimadura de espessura total CIRCUNFERENCIAL | restrição do driving respiratório - incisão até o subcutâneo
- Fasciotomia
Indicações: síndrome compartimental (elétrica)
Queimaduras:
Profilaxia anti-tetânica:
Indicações
Como fazer?
> = 3 doses e última < 5 anos:
Não fazer profilaxia
> = 3 doses e última 5-10 anos:
Ferimento risco mínimo: não fazer
Ferimento risco alto: vacinação
* idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT
> = 3 doses e última > 10 anos:
Ferimento risco mínimo: vacinação
Ferimento risco alto: vacinação
* idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT
** acompanhamento incerto: considero SAT ou IGAT
< 3 doses ou incerta:
Ferimento risco mínimo: vacinação
Ferimento risco alto: vacinação + SAT ou IGAT
Queimadura elétrica:
Fisiopatologia / clínica
O que gera a lesão muscular? (4)
Conduta para prevenção de IRA (3)
Diurese alvo
Indicações de monitorização de alterações de ECG (2)
Complicação tardia e sua prevalência
Fisiopatologia / clínica: dano > lesão visível.
- corrente percorre o meio de < resistência
- lesão cutânea grave no local de entrada e saída
- INTENSA LESÃO MUSCULAR
risco de síndrome compartimental
rabdomiólise
hipercalemia
mioglobinúria - risco de NTA
- IRA
Conduta para prevenção de IRA:
1. Reposição volêmica: 4 x peso x SCQ
Diurese alvo 1-1,5 ml/kg/h
2. Manitol
3. Bicarbonato
Monitorização de alterações de ECG:
1. alta voltagem (> 1000 volts)
2. alteração inicial
Complicação tardia (1-2 anos)
30% dos casos: catarata
Queimadura química:
Fisiopatologia - ácido (2) e base - qual a mais grave?
Tratamento
E a neutralização?
E se lesão por ácido fórmico?
E se lesão por ácido fluorídrico?
Fisiopatologia: lesão progressiva até a neutralização do agente.
- Ácido:
a. hidrólise proteica
b. necrose por coagulação
- Base:
Necrose por liquefação (MAIS GRAVE)
Tratamento:
LAVAGEM até pH fisiológico (7-7,5) (15-20L)
- se pó: retirar primeiro
NÃO realizar neutralização: reação exotérmica, teria queimadura térmica
E se lesão por ácido fórmico?
Risco de acidose metabólica e IRA
E se lesão por ácido fluorídrico?
Risco de hipocalcemia
- quelação de cálcio por fluoreto