MEDICINA INTENSIVA / TRAUMA Flashcards

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1
Q

Choque:
Definição
Tipos de choque (DC, PVC e Pcap)
Como avaliar hipoperfusão? (5)
Como avaliar fluidorresponsividade? (3)

A

Definição: HIPOPERFUSÃO tecidual
P = DC (volemia e bomba) x RVP (arteríolas)

  • Hipodinâmico (baixo DC):
    1. Hipovolêmico (PVC e Pcap baixas)
    2. Cardiogênico (PVC e Pcap altas)
    3. Obstrutivo
    a. TEP/ infarto de VD (PVC alta e Pcap baixa)
    b. Tamponamento cardíaco (PVC e Pcap altas)
  • Hiperdinâmico (alto DC):
    Distributivo:
    1. Séptico (PVC e Pcap baixas ou normais)
    2. Anafilático (PVC e Pcap baixas ou normais)
    3. Neurogênico (bradicardia) (PVC e Pcap baixas ou normais)

Como avaliar hipoperfusão?
1. DU < 0,5 ml/kg/h
2. TEC > 3s
3. Saturação venosa central < 70% (mista < 65%)
4. Gradiente alvéolo-arterial de CO2 com GAP > 6
5. Lactato > 1 mmol/L ou > 9 mg/dl

Como avaliar fluidorresponsividade?
1. Elevação passiva das pernas a 45° e DC >= 10%
2. Delta PP >= 13%
3. POCUS:
a. Kissing walls
b. V. cava inferior < 21 mm e colabamento > 50%

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Q

Choque:
Tratamento conforme grupos (3)

A
  1. Hipovolêmico:
    Cristaloide
    Coloide (perda para terceiro espaço)
    Hemotransfusão (hemorragia grau III e IV)
  2. Cardiogênico / Obstrutivo - Drogas Inotrópicas:
    DOBUTAMINA
    Dopamina (3-10 mcg/kg/min)
    Beta-bloqueados: Milrinona e Lovosimendana
  3. Distributivo:
    NORADRENALINA
    Dopamina (> 10 mcg/kg/min)
    Adrenalina (choque em fase fria, anafilático)
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3
Q

Sepse:
Definição e diagnóstico
Escores operacionais (4)
Definição de choque séptico
Conduta inicial (5)
Conduta em refratários (4)

A

Definição: disfunção orgânica por resposta imune desregulada a uma infecção.
Diagnóstico: clínico laboratorial.

Escores operacionais:
1. SOFA (>=2): P/F, PAM, Glasgow, Plaquetopenia, Bilirrubinas e Creatinina
2. q-SOFA (>=2): baixa sensibilidade e especificidade
FR > 22
PAS < 100 mmHg
Glasgow < 15
3. News: FR > 22, PAS < 100 mmHg, Glasgow < 15, SatO2, FC e temperatura
4. Mews: News: FR > 22, PAS < 100 mmHg, Glasgow < 15, FC e temperatura

Choque séptico:
Necessidade de vasopressor para PAM >= 65 mmHg +
Lactato > 2 mmol/L APÓS REPOSIÇÃO VOLÊMICA

Conduta:
1. Medida de lactato
2. Reposição volêmica: 30 ml/kg em até 3 horas
3. Vasopressores para PAM >= 65 mmHg
4. Hemoculturas (exceto se atrasar > 45 min o ATB)
5. ATB em até:
a. 1 hora: sepse provável, choque
b. 3 horas: sepse possível, sem choque

Medidas extras para refratários:
1. Corticoide se refratariedade aos vasopressores
2. Hemotransfusão se Hb < 7
3. Dobutamina para ação inotrópica
4. Bicarbonato se pH < 7,2

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4
Q

Escala de Glasgow:
Parâmetros e pontuação conforme gravidade
E o Glasgow P?
Qual o componente mais preditor de desfechos neurológicos futuros?

A

ABERTURA OCULAR
4 = espontânea
3 = ao estímulo verbal
2= ao estímulo doloroso
1 = nenhuma

RESPOSTA VERBAL
5 = orientada
4 = confusa
3 = palavras inapropriadas
2 = sons incompreensíveis
1 = nenhuma

RESPOSTA MOTORA
6 = obedece comandos
5 = localização da PRESSÃO
4 = movimento de retirada / flexão normal
3 = flexão anormal
2 = extensão anormal
1 = nenhuma

Trauma:
13-15 = leve
9-12 pontos = moderado
3-8 pontos = grave
<= 8: proteção de via aérea

E o Glasgow P?
- ambas pupilas reagem: 0
- uma pupila reage: - 1 ponto
- duas pupilas reagem: - 2 ponto

Qual o componente mais preditor de desfechos neurológicos futuros?
Resposta motora

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5
Q

Morte encefálica:
Para abrir o protocolo (3)
Para confirmar o diagnóstico (3)
Conduta a partir do diagnóstico (4)

A

Para abrir o protocolo:
1. Lesão encefálica CONHECIDA e IRREVERSÍVEL
2. Observação em unidade hospitalar > 6 horas
- etiologia hipóxico-isquêmica > 24 horas
3. Sinais vitais estáveis:
a. Tax > 35°C
b. SatO2 > 94%
c. PAM >= 65 mmHg ou PAS >= 100 MMHg

Para estabelecer morte encefálica:
1. Dois exames clínicos:
- >= 1: neuro, intensivista ou emergencista
a. Coma aperceptivo
b. Ausência de reflexos tronco-encefálicos
- fotomotor, corneopalpebral, oculocefálico e oculovestibular
INTERVALO:
7d-2m: 24 horas
2m-2a: 12 horas
>= 2 anos: 1 hora

  1. Teste da apneia +:
    PaCO2 > 55 mmHg e ausência de respiração
  2. Exame complementar:
    a. Ausência de perfusão: Angio TC/RNM, Doppler, Cintilo
    b. Ausência de atividade elétrica: eletroencefalograma
    c. Ausência de atividade metabólica: PET-TC ou extração cerebral de O2

Conduta quando diagnóstico:
1. Notificação obrigatória
2. Notificar a captação de órgãos
3. Óbito ao constatar ME
4. Se PCR: tentar reanimar

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6
Q

Insuficiência respiratória:
Tipo 1 vs. Tipo 2
Características e exemplos
Como avaliar e fisiopatologia
Tratamento

A

Tipo 1 (hipoxêmica): distúrbio na relação V/Q
Exemplos: SARA, pneumonia, edema e TEP
Como avaliar:
Relação PaO2/FiO2 <= 300
Gradiente alvéolo-arterial > 15
Tratamento: oxigenoterapia

Tipo 2 (hipercápnica): acúmulo de CO2 (ventilação)
Exemplos: DPOC, Miastenia Gravis
Como avaliar:
pH < 7,35 + PaCO2 > 55 mmHg = acidose respiratória
Tratamento: ventilação (CPAP, BiPAP, VMI)

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7
Q

Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo:
Definição
Diagnóstico (4)
Como estabelecer a gravidade?
Qual o tratamento? (4)

A

Definição: edema pulmonar inflamatório secundário à inflamação sistêmica

Diagnóstico - Critérios de Berlim:
S = sete dias
D = descartar edema cardiogênico / hipervolemia
R = raio X com opacidade bilateral (descartar DDs)
A = alteração na relação P/F
<= 300 = leve
<= 200 = moderada
<= 100 = grave

Tratamento:
1. Causa base da inflamação sistêmica
2. Suporte enquanto isso:
a. Ventilação protetora (baixa complacência pulmonar):
Volutrauma: <= 6 ml/kg - hipercapnia permissiva
Barotrauma: Pplatô <= 30 mmHg
Atelectrauma: Driving pressura <= 15 mmHg
PEEP mais altas (em torno de 10 mmHg)
b. Pronação 16-20h (relação P/F < 150)
c. Bloqueador neuromuscular (relação P/F < 120)
d. ECMO

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8
Q

Trauma:
Atendimento inicial:
Primeiro passo
X - ABCDE
Quais os passos do B? (3)
Qual o cuidado que se deve ter no E?

A

Primeiro passo:
Garantir a sua segurança

X = atendimento extra-hospitalar
- contenção de sangramento se exsanguinando
(PHTLS - 9° edição)

A = via aérea e estabilização cervical
B = respiração
1. Oferecer O2 10-12 L/min
2. Exame respiratório
3. Oximetria de pulso
C = circulação + controle de hemorragia
D = disfunção neurológica e avaliar extremidades
E = exposição e controle do ambiente
- prevenir a hipotermia

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9
Q

Trauma - A:
Definição e primeiros passos (2)
Indicações de via aérea artificial (4)
Vias aéreas definitivas (3) e temporárias (3)
Quando a cricotireoidostomia por punção > cirúrgica? (2)
Tempo máximo da cricotireoidostomia por punção?
Quando traqueostomia em prova no trauma? (3)

A

A = via aérea e estabilização cervical
- colar + prancha + coxins

  • via aérea pérvia? fonação
    SIM = O2 10-12 L/min
    NÃO =
    1. Afastar corpo estranho
    2. Via aérea artificial
  • apneia
  • proteção de VA
  • incapacidade de manter oxigenação
  • Glasgow <= 8 (TCE grave)

Tipos de Via Aérea:
- Definitiva: balonete na traqueia protege VA
. IOT = mais utilizada
. Cricotireoidostomia cirúrgica
. Traqueostomia
- Temporária: não protege VA
. Cricotireoidostomia por punção
. Máscara laríngea
. Combitubo

Quando a cricotireoidostomia por punção acaba sendo escolha sobra a cirúrgica?
1. Criança < 12 anos (ATLS)
2. Sufoco

Qual o período máximo da cricotireoidostomia por punção?
30-45 minutos pelo risco de Carbonarcose

Quando pensamos em traqueostomia em prova no trauma?
Fratura de laringe (tentar IOT > TQT):
- rouquidão
- enfisema
- palpação de fratura

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10
Q

Trauma - C:
Epidemiologia
Passos iniciais (3)
Classificação da hemorragia - 4 Classes
- parâmetros avaliados (3) | fazer transfusão?
Transfusão maciça: definição | como? | indicações (2)

A

Epidemiologia: trauma e hipotensão > até que se prove o contrário: choque hipovolêmico hemorrágico.

Passos:
1. 2 acessos venosos periféricos
- 2°: intraósseo, central e dissecção de safena
2. Cristaloide aquecido (37-40°C)
- 1 litro e 20 ml/kg na criança
3. Estimativa de perda volêmica

Classificação da hemorragia:
PA normal:
1. Classe I
FC: < 100
Perda: < 750 ml ou 15%
Transfusão? Não
2. Classe II
FC: 100-120
Perda: 750-1500 ml ou 15-30%
Transfusão? Não
Hipotensão:
3. Classe III
FC: 120-140
Perda: 1500-2000 ml ou 30-40%
Transfusão? Sim
4. Classe IV
FC: > 140
Perda: > 2000 ml ou 40%
Transfusão? Maciço

Transfusão maciça:
Definição:
1. > 10 UI em 24 horas
2. > 4 UI/1h
1CH:1P:1PFC
O - até tipagem
Indicação: Classe IV ou ABC >= 2

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11
Q

Trauma - C:
Hipotensão permissiva: definição | contraindicação
Como avaliar perfusão? Quando não sondar? (4)
Ácido tranexâmico: quando? | primeira dose e reforço
Controle da hemorragia (3)

A

Hipotensão permissiva.
Definição: reanimação de controle de danos.
PA mínima para garantir a perfusão.
Contraindicação: TCE
- não diminuir pressão de perfusão cerebral

Avaliação de perfusão: 0,5 ml/kg/h
Quando não sondar?
1. Sangue em meato uretral
2. Retenção urinária
3. Hematoma perineal
4. Fratura de pelve
URETROGRAFIA RETRÓGRADA: avaliar lesão de uretra

Ácido tranexâmico: Antifibrinolítico
Primeira dose: 1g nas primeiras 3 horas
Dose de reforço: 1 g em 8 horas
SANGRAMENTO NÃO COMPRESSÍVEL

Controle da hemorragia:
1. Compressão
2. Torniquete
3. Ligadura

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12
Q

Pneumotórax hipertensivo:
Clínica (5)
Diagnóstico
E o exame de imagem?
Conduta - imediata e definitiva
Onde é feita?
E se refratariedade à drenagem?
Como fazer diagnóstico? Qual a conduta?

A

Clínica:
1. Murmúrio vesicular diminuído / abolido
2. Hipertimpanismo
3. Desvio da traqueia
- dobramento de vasos da base
4. Turgência jugular
5. Hipotensão
- choque obstrutivo

Diagnóstico: CLÍNICO.

E o exame de imagem? não solicitar.

Conduta: imadiata
Toracocentese de alívio
- 5° EIC anterior à LAM (entre LAM e LAA)
- criança: 2° EIC

Conduta definitiva:
Drenagem em selo dágua
- 5° EIC anterior à LAM

E se refratariedade à drenagem?
1. Verificar a técnica, se correta:
2. LESÃO DE GRANDE VIA AÉREA
- diagnóstico: broncoscopia
- conduta imediata: segundo dreno ou aspiração
- TORACOTOMIA: definitiva

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13
Q

Pneumotórax aberto:
Definição
Clínica
Conduta imediata
Conduta definitiva

A

Definição: lesão > 2/3 da traqueia

Clínica: traumatopneia

Conduta imediata: curativo em 3 pontas

Conduta definitiva:
1. Drenagem em selo dágua
2. Fechamento posterior da lesão

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14
Q

Hemotórax:
Definição
Clínica
Tratamento - por que fazer? (2)
Hemotórax maciço - definição (3) e conduta
Contraindicação à autotransfusão relacionada ao trauma

A

Definição: sangue em espaço pleural, em sua maioria, autolimitado.

Clínica:
1. Queda de murmúrio vesicular
2. Macicez à percussão

Tratamento:
Drenagem em selo d’água
- prevenir complicações
- estabelecer volume de sangramento

Hemotórax maciço:
1. Drenagem > 1500 ml
2. Débito constante > 200-300 ml (2-4 horas)
3. Não responde à hemotransfusão
Conduta: TORACOTOMIA de urgência + autotransfusão

Contraindicação à autotransfusão relacionada ao trauma:
Perfuração esofágica e contaminação

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15
Q

Toracotomia de emergência:
Definição - em quem?
Quando fazer? (2)
Objetivos (5)

A

PCR pós trauma de tórax +
Paciente com sinais de vida =
Toracotomia de reanimação

Quando fazer?
- após manobras do ACLS
- após drenagem torácica bilateral

Objetivos:
1. Massagem direta
2. Acesso ao saco pericárdico
3. Controle de hemorragia
4. Clampear aorta distal
5. Embolia gasosa

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16
Q

Hemotórax residual:
Definição
Conduta

A

Definição: não é absorvido ou resolvido após drenagem.

Conduta: VATS - drenagem guiada por videotoracoscopia

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17
Q

Tórax instável:
Definição
Clínica (2)
Tratamento (3)
Qual a principal complicação associada a fratura de costelas?

A

Definição:
Fratura em >= 2 arcos costais consecutivos
em pelo menos 2 pontos em cada arco

Clínica:
1. Dor ao respirar
- tendência à atelectasia: superficializa o driving
2. Respiração paradoxal

Tratamento:
1. Suporte
2. Analgesia
3. O2

Qual a principal complicação associada a fratura de costelas?
PNEUMONIA
- analgesia diminui risco
- proporcional o risco a idade e número de fraturas

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18
Q

Contusão pulmonar:
Associação sempre?
Raio X - achado
Tratamento: 3 fases

A

Associada ou não à tórax instável.

Raio X:
Consolidações: não respeita as cisuras

Tratamento:
1. Analgesia e O2
2. oximetria e gasometria
3. IOT + VM se hipoxemia

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19
Q

Tamponamento cardíaco:
Definição
Clínica - tríade de …
Diagnóstico
Tratamento definitivo
Conduta temporária SN
Posso fazer mediastinoscopia para correção?

A

Definição: acúmulo de líquido no espaço pericárdico (100-150 ml).

Clínica:
- Tríade de Beck
1. Turgência jugular
2. Hipotensão
3. Hipofonese de bulhas

Diagnóstico: Clínica + FAST

Tratamento:
Definitivo: toracotomia para reparo da lesão (cirurgião habilitado)

Se necessário conduta temporária:
Pericardiocentese de alívio (10-20ml)

Posso fazer mediastinoscopia para correção?
NÃO, procedimento demorado e que exige estabilidade

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20
Q

Lesão de Aorta:
Mecanismo de lesão
Quando suspeito?
Clínica
Radiografia
Diagnóstico
Tratamento definitivo
Enquanto esperamos …

A

Desaceleração
Lesão ao nível de ligamento arterioso
Morte ou tamponamento
Suspeita: história compatível

Clínica: pobre
- dissociação entre pulsos de MMSS (normais) e MMII (diminuídos)

Radiografia: suspeita
1. Alargamento de mediastino > 8 cm
2. Perda de contorno aórtico
3. Desvio para direita: TOT, traqueia

Diagnóstico:
1. ANGIO-TC
2. Arteriografia: padrão-ouro, não realizado

Tratamento: estável por 24 horas
- tratar primeiro outras lesões
1.FC < 80 bpm
2. PAM 60-70 mmHg
3. TORACOTOMIA ou REPARO ENDOVASCULAR

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21
Q

Queimaduras:
Atendimento inicial:
Primeiros passos (4)
ABCdE do trauma
Indicações de IOT (8)
Por que fazer precoce?
Quando ocorre a fase hipermetabólica em queimados?

A

Primeiros passos:
1. Garantir sua segurança
2. Afastar a vítima da fonte de calor
3. Interromper o processo, se possível por no máximo 15min
- água na temperatura ambiente
4. Prevenir a hipotermia
- panos limpos e secos

ABCdE do trauma
- Vias aéreas (A):
Indicações de IOT:
1. Sinais de obstrução (rouquidão, estridor. m. acessória)
- edema: fazer IOT precoce
2. Extensa em face e na cavidade oral
3. Cervical circunferencial
4. Edema importante
5. Dificuldade / dor ao engolir
6. Queda do nível de consciência
7. Hipoxemia
8. SCQ > 40-50%

Quando ocorre a fase hipermetabólica em queimados?
> 48 horas, especialmente entre 3-4° dia
- taquicardia
- aumento de consumo calórico
- proteólise e lipólise

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22
Q

Queimaduras:
Respiração (B):
Lesão térmica das vias aéreas:
Fisiopatologia
Tratamento e indicações (8)
Complicações (2)

A

Fisiopatologia: lesão direta > quadro imediato.
Queimadura de VA superior.

Tratamento: IOT se indicação - limiar baixo
1. Sinais de obstrução (rouquidão, estridor. m. acessória)
- edema: fazer IOT precoce
2. Extensa em face e na cavidade oral
3. Cervical circunferencial
4. Edema importante
5. Dificuldade / dor ao engolir
6. Queda do nível de consciência
7. Hipoxemia
8. SCQ > 40-50%

Complicações:
1. Edema
2. Distorção anatômica

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23
Q

Queimaduras:
Respiração (B):
Lesão por inalação:
Fisiopatologia
Diagnóstico - opções de exames (2)
Tratamento (7)
Indicações gasométricas de IOT (3)

A

Fisiopatologia: inalação por produtos tóxicos da combustão > PNEUMONITE QUÍMICA.
Não é imediato.
Insuficiência respiratória em > 24-48 horas.

Diagnóstico: Suspeita clínica +
1. BRONCOSCOPIA: inflamação e partículas de carbono
2. Cintilografia com Xe

Tratamento:
1. Oxigenioterapia a 100%
2. Fisioterapia
3. IOT:
PaO2 < 60 mmHg
PaCO2 > 50 mmHg
Relação P/F < 200 mmHg
4. Toalete pulmonar
5. Nebulização com heparina, acetilcisteína
6. Broncodilatadores
7. ATB: se pneumonia

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24
Q

Queimaduras:
Respiração (B):
INTOXICAÇÃO POR CO:
Suspeita
Fisiopatologia
Clínica conforme concentração (3)
Diagnóstico
Posso usar oxímetro de pulso?
Tratamento

A

INTOXICAÇÃO POR CO:
Suspeita: queimadura em ambiente fechado
Fisiopatologia: formação de COHb

Clínica: depende da concentração
a. 20-30%: cefaleia e náuseas
b. 30-40%: confusão mental
c. 40-60%: coma

Diagnóstico: história + dosagem de COHb
Posso usar oxímetro de pulso? Não, não diferencia.

Tratamento: oxigênio a 100%

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25
Q

Queimaduras:
Respiração (B):
INTOXICAÇÃO POR CIANETO:
Suspeita
Fisiopatologia
Clínica (3)
Diagnóstico
Tratamento (3)

A

Suspeita: queimadura em ambiente fechado. Material sintético.

Fisiopatologia: inibição de metabolismo aeróbio.

Clínica: DRAMÁTICA:
coma, insuficiência respiratória e acidose láctica

Diagnóstico:
1. História
2. Rápida evolução clínica

Tratamento:
1. Oxigenioterapia a 100%
2. Hidroxicobalamina: cianocobalamina
3. Tiossulfato de sódio: tiocianato

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26
Q

Queimaduras:
Circulação (C):
Reposição volêmica: quando? como?
Fórmulas para pré-hospitalar (2)
Transferência para CTQ: indicações (9)
Quais as áreas nobres? (4)

A

Reposição com RL se SCQ > 20%
- acesso periférico, mesmo sobre área queimada

No pré-hospitalar (primeira hora):
- P x SCQ / 8
- SCQ x 10
OBS: quando calcular reposição volêmica, excluir essa primeira infusão pré-hospitalar

Transferência para CTQ: GRANDE QUEIMADO
1. Espessura parcial > 10% SCQ (2° grau)
2. Espessura total (3° grau)
3. Química
4. Elétrica
5. Lesão por inalação
6. Áreas nobres
- face
- mãos e pés
- genitália e períneo
- grandes articulações
7. Comorbidades que podem agravar
8. Criança em hospital não qualificado
9. Necessidade de intervenção especial

MS / SBQ:
2° grau > 20% no adulto
2° grau > 10% na criança

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27
Q

Queimaduras:
Cálculo da SCQ:
Método de Wallace (Regra dos 9)
Genitália
Regra da palma da mão aberta

A

Genitália: 1%

Regra da palma da mão aberta: 1%

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28
Q

Queimaduras:
Cálculo da SCQ:
Método de Wallace (Regra dos 9)
Pediatria

A
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29
Q

Queimaduras:
Primeiro grau | Segundo grau (2) | Terceiro grau
Quarto grau
O que acomete?
Clínica

A

Primeiro grau: epiderme
Clínica: eritema, ardência e dor
Obs: não entra em cálculo de SCQ

Espessura parcial:
Segundo grau: toda epiderme + segmento da derme
- Superficial: derme PAPILAR
clínica: eritematosa, dolorosa e com BOLHAS
- Profunda: derme RETICULAR
clínica: maior palidez, DOLOROSA +- bolhas

Espessura total:
Terceiro grau: toda a derme (subcutâneo)
clínica: indolor, aspecto em couro (escara)

Quarto grau: ossos, tendões e músculos

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30
Q

Queimaduras:
Cuidados hospitalares:
Reposição volêmica:
Indicação
Fórmula de Parkland - o que considerar? o que não fazer?
Fórmula ATLS e recomendações para pediatria (2)
O que DEFINE a reposição volêmica?

A

Indicação: SCQ > 20% com RINGER LACTATO

Fórmula de Parkland:
4 x peso x SCQ (refs 2-4)
- volume nas primeiras 24 horas (ESTIMA)
50% em 8 horas | 50% nas 16 horas subsequentes
- considerar MOMENTO DA QUEIMADURA
- considerar volume prévio
- NÃO fazer coloide nas primeiras 24 horas

O que define? Débito Urinário
0,5 ml/kg/h em adultos
1 ml/kg/h em crianças

ATLS 10° edição:
2 x peso x SCQ
Se < 14 anos: 3 x peso x SCQ
Se < 30kg: + 5% de dextrose

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31
Q

Queimaduras:
Cuidados hospitalares:
Medidas gerais de cuidados com feridas (3)
Uso de sulfadiazina de prata
Uso de acetato de mafenida
Se segundo grau profunda / terceiro grau
- tipos de excisão
Escarotomia - indicação | até que tecido?
Fasciotomia - indicação

A
  1. Limpeza e debridamento
  2. Curativo
  3. ATB TÓPICO (pomada ou solução)
    - não fazer sistêmico empírico

SULFADIAZINA DE PRATA
- amplo espectro
- aplicação não dolorosa
- atrapalha discretamente a epitelização
- 5-15% pode ter leucopenia
- não penetra em escara no terceiro grau

ACETATO DE MAFENIDA
- amplo espectro
- aplicação dolorosa
- penetra em escara no terceiro grau
- risco de acidose metabólica: inibe anidrase carbônica

Se segundo grau profunda / terceiro grau:
- excisão precoce + enxerto
1. Tangencial: até derme saudável
2. Espessura total: até SC
3. Fascial: até fáscia

  • Escarotomia:
    Indicações: queimadura de espessura total CIRCUNFERENCIAL | restrição do driving respiratório
  • incisão até o subcutâneo
  • Fasciotomia
    Indicações: síndrome compartimental (elétrica)
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32
Q

Queimaduras:
Profilaxia anti-tetânica:
Indicações
Como fazer?

A

> = 3 doses e última < 5 anos:
Não fazer profilaxia

> = 3 doses e última 5-10 anos:
Ferimento risco mínimo: não fazer
Ferimento risco alto: vacinação
* idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT

> = 3 doses e última > 10 anos:
Ferimento risco mínimo: vacinação
Ferimento risco alto: vacinação
* idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT
** acompanhamento incerto: considero SAT ou IGAT

< 3 doses ou incerta:
Ferimento risco mínimo: vacinação
Ferimento risco alto: vacinação + SAT ou IGAT

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33
Q

Queimadura elétrica:
Fisiopatologia / clínica
O que gera a lesão muscular? (4)
Conduta para prevenção de IRA (3)
Diurese alvo
Indicações de monitorização de alterações de ECG (2)
Complicação tardia e sua prevalência

A

Fisiopatologia / clínica: dano > lesão visível.
- corrente percorre o meio de < resistência
- lesão cutânea grave no local de entrada e saída
- INTENSA LESÃO MUSCULAR
risco de síndrome compartimental
rabdomiólise
hipercalemia
mioglobinúria - risco de NTA
- IRA

Conduta para prevenção de IRA:
1. Reposição volêmica: 4 x peso x SCQ
Diurese alvo 1-1,5 ml/kg/h
2. Manitol
3. Bicarbonato

Monitorização de alterações de ECG:
1. alta voltagem (> 1000 volts)
2. alteração inicial

Complicação tardia (1-2 anos)
30% dos casos: catarata

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34
Q

Queimadura química:
Fisiopatologia - ácido (2) e base - qual a mais grave?
Tratamento
E a neutralização?
E se lesão por ácido fórmico?
E se lesão por ácido fluorídrico?

A

Fisiopatologia: lesão progressiva até a neutralização do agente.
- Ácido:
a. hidrólise proteica
b. necrose por coagulação
- Base:
Necrose por liquefação (MAIS GRAVE)

Tratamento:
LAVAGEM até pH fisiológico (7-7,5) (15-20L)
- se pó: retirar primeiro

NÃO realizar neutralização: reação exotérmica, teria queimadura térmica

E se lesão por ácido fórmico?
Risco de acidose metabólica e IRA

E se lesão por ácido fluorídrico?
Risco de hipocalcemia
- quelação de cálcio por fluoreto

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35
Q

Embolia gordurosa (bônus):
Causa principal e secundárias (5)
Clínica (3) e quando ocorre?
Diagnóstico
Tratamento
Prevenção
E o corticoide sistêmico?
E a heparina de rotina?

A

Causa: fraturas de ossos longos e pelve
- procedimentos ortopédicos (quadril e joelho)
- lipoaspiração
- queimaduras
- osteomielite
- pancreatite

Clínica: 24-72 horas após a lesão inicial, no geral
1. HIPOXEMIA:
-taquipneia, dispneia
2. ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS
3. PETÉQUIAS
- cabeça, pescoço, tórax anterior, axilas e conjuntivas

Diagnóstico:
Clínica + fatores de risco

Tratamento: suporte

Prevenção: correção precoce de fraturas

E o corticoide sistêmico? não recomendado
E a heparina de rotina? não recomendado

36
Q

Trauma abdominal:
Quais os órgãos mais lesados?
Arma de fogo (3)
Arma branca (3)
Contuso (2)
Sinal do cinto de segurança

A

ARMA DE FOGO:
1. Delgado
2. Cólon
3. Fígado

ARMA BRANCA:
1. Fígado
2. Delgado
3. Diafragma

CONTUSO:
1. Baço
2. Fígado

SINAL DO CINTO DE SEGURANÇA:
Intestino Delgado + Mesentério

37
Q

Trauma abdominal:
Tomografia:
- vantagens (3) | desvantagens (3)
FAST e suas janelas (4) | E-FAST
- quando utilizar?
Qual a vantagem do lavado peritoneal?

A

Tomografia computadorizada
- melhor para trauma CONTUSO
- classifica as lesões
- avalia o retroperitônio
- desvantagem:
delgado
vísceras ocas
diafragma
Indicar: TC de corpo inteiro
EXIGE ESTABILIDADE HEMODINÂMICA

FAST (USG à beira leito)
- instabilidade hemodinâmica sem indicação cirúrgica
- trauma contuso
1. Saco pericárdico
2. Espaço hepatorrenal (Morrison)
3. Espaço esplenorrenal
4. Hipogástrio / fundo de saco
E-FAST: hemo/pneumotórax

Qual a vantagem do lavado peritoneal?
Mais sensível para hemoperitônio, mas muitos FP
- desuso

38
Q

Trauma abdominal:
Videolaparoscopia:
Indicações (2)
O que é imprescindível?

A

Indicações:
1. Lesões na transição toracocabdominal:
- avaliação de diafragma
- poderia fazer VATS, mas no Brasil menos comum
2. Dúvida diagnóstica

EXIGE ESTABILIDADE HEMODINÂMICA

39
Q

Trauma abdominal:
Laparotomia:
Indicações óbvias penetrante (3)
- não óbvio:
fogo | branca anterior e dorso
Indicações óbvias contuso (2)
- não óbvio:
estável | instável
Trauma PENETRANTE é indicação de ATB?

A

Abdome é cirúrgico?

PENETRANTE óbvio: LAPAROTOMIA
1. Choque
2. Peritonite
3. Evisceração

PENETRANTE não óbvio:
1. Fogo: “sempre” laparotomia
- flanco / dorso + estável = TC
2. Branca ANTERIOR: não cirúrgico:
Exploração digital
- negativa: alta
- positiva/duvidosa:
observação por 24 horas: EF + Hemograma de 8 em 8 horas
- sem alteração: alta
- cirúrgico: LAPAROTOMIA
leucocitose/queda de Hb > 3 g/dL = VLP ou TC
3. Branca DORSO:
TC com contraste

CONTUSO óbvio: LAPAROTOMIA
1. Peritonite
2. Retro/pneumoperitônio

CONTUSO não óbvio:
1. Estável: TC +- FAST antes
2. Instável:
- não politrauma: LAPAROTOMIA
- politrauma: FAST / LPD

Trauma PENETRANTE é indicação de ATB?
Não, se não houver sinais de infecção

40
Q

Trauma abdominal CONTUSO:
Tratamento conservador:
Critérios (4)
Quais os órgão mais lesados? (2)

A

Critérios:
1. Abdome não é cirúrgico
2. Estabilidade hemodinâmica
3. Condições de observação: CTI
4. Intervenção imediata disponível:
- angioembolização (blush arterial”) / cirurgia

CONTUSO:
1. Baço
2. Fígado

41
Q

Trauma abdominal:
Cirurgia para controle de danos:
Quais os objetivos? (3)
Primeiro (3) | Segundo (3) | Terceiro tempo

A

Objetivo: evitar a tríade letal:
1. Hipotermia
2. Coagulopatia
3. Acidose

PRIMEIRO TEMPO:
Como? Cirurgia inicial breve:
- controle de hemorragia
- abordar lesões grosseiras
- peritoneostomia

SEGUNDO TEMPO:
Reanimação em UTI por 24-72 horas:
- controle de hipotermia
- DHE
- hemorragia

TERCEIRO TEMPO:
Cirurgia definitiva

42
Q

Síndrome Compartimental Abdominal:
Definição de HIA e Graus (I-IV)
Pressão de Perfusão Abdominal (PPA)
Definição da SCA
Classificação da SCA: etiologias secundária (3)
Tratamento inicial (4)
Quando indicada descompressão? (3)

A

PIA normal = 5-7 mmHg
HIA: PIA > 12 mmHg
- Grau I: 12-15
- Grau II: 16-20
- Grau III: 21-25
- Grau IV: > 25
PPA = PAM - PIA (ideal > 60)

Definição da SCA:
PIA > 20 mmHg + disfunção
- Sabiston: qualquer HIA + nova disfunção

Classificação da SCA:
- Primária: condição intra-abdominal
- Secundária: ausência de lesão intra-abdominal
a. queimaduras graves
b. fraturas múltiplas
c. choque séptico

Tratamento:
1. Posição supina
2. Drenagens:
- gástrica
- retal
- hematoma
- ascite
3. Controle da dor / Sedação
4. Ventilação SN / Suporte hemodinâmico

Quando indicada descompressão?
1. Refratários
2. PPA < 50 mmHg
3. PIA > 25 mmHg (Grau IV)

43
Q

Fratura de pelve:
Quais os tipos? (3)
Conduta quando anteroposterior INICIAL (2)
E se não parou de sangrar?

A

Tipos:
1. Compressão lateral: 60-70%
- lesão visceral: diminui volume da pelve
2. Compressão vertical: 5-15%
- lesão visceral: diminui volume da pelve
3. Compressão anteroposterior: 15-20%
- lesão em livro aberto: INSTABILIDADE por mais sangramento: VENOSO
(ou ranis de arterial ilíaco interno)

Conduta:
- Fratura + Hipotensão:
1. Amarrar a pelve
(trocanter maior do fêmur)
2. Fixação externa da pelve

E se não parou de sangrar?
- sangue intraperitoneal? FAST
Sim: laparotomia
Não: sangramento venoso grave ou arterial
1. Packing pré-peritoneal: venoso grave
2. Angioembolização: arterial

44
Q

Fratura de base de crânio:
Clínica (5)
Qual a recomendação?

A

Clínica:
1. SINAL DE BATTLE
2. SINAL DO GUAXINIM
3. Rinorreia
4. Otorreia
5. Hemotímpano

NÃO PASSAR NADA PELO NARIZ

45
Q

Concussão Cerebral:
Mecanismo | Clínica | Conduta
Fazer Tomografia Computadorizada?

A

Mecanismo: desaceleração súbita (“nocaute”)

Clínica: perda súbita da consciência (<= 6 horas)

Conduta: suporte + observação

Fazer Tomografia Computadorizada?
A princípio não, apenas se suspeição de outras lesões

46
Q

Lesão axional difusa (LAD):
Mecanismo | Clínica | Conduta
Característica de exame de imagem
Prognóstico

A

Mecanismo: lesão por CISALHAMENTO por desaceleração súbita e rotação

Clínica: perda súbita da consciência (> 6 horas)

E a TC? INOCENTE (mesmo com quadro neurológico muito grave)
- ideal solicitar RNM

Tratamento:
Suporte + Observação

Prognóstico: ruim

47
Q

Hematoma extra / epidural:
Anatomia
Definição
Local
Vaso lesado
Frequência
Fator de risco
Clínica
Imagem
Paciente com TCE que afunda rápido sem perda de consciência: qual o diagnóstico diferencial?

A

Anatomia:
Calota craniana
Espaço epidural - ARTÉRIA MENÍNGEA
Dura máter
Espaço subdural - VEIAS PONTE
Aracnoide
Espaço subaracnoideo - LCR
Pia máter

Definição: sangramento de ARTÉRIA MENÍNGEA

Local: espaço epidural
Vaso lesado: artéria meníngea
Frequência: mais raro, cai mais em prova
Fator de risco: pancada no temporal
Clínica: intervalo lúcido ou afunda rápido
Imagem: BICONVEXA (empurra)

Paciente com TCE que afunda rápido sem perda de consciência: qual o diagnóstico diferencial?
Choque e hipoperfusão cerebral

48
Q

Hematoma subdural:
Anatomia
Definição
Local
Vaso lesado
Frequência
Fator de risco
Clínica
Imagem

A

Anatomia:
Calota craniana
Espaço epidural - ARTÉRIA MENÍNGEA
Dura máter
Espaço subdural - VEIAS PONTE
Aracnoide
Espaço subaracnoideo - LCR
Pia máter

Definição: sangramento de VEIAS PONTE

Local: espaço subdural
Vaso lesado: veias ponte
Frequência: mais comum
Fator de risco: atrofia cortical (idoso, alcoólatra) - quedas
Clínica: progressiva
Imagem: EM CRESCENTE (sscorre)

49
Q

Hipertensão Intracraniana (HIC):
Tríade de Cushing
Como baixar a PIC em TRAUMA? (4)
E o corticoide?
E a Quetamina?
Qual o valor que objetivamos a PIC?
E a temperatura corporal?
Qual o valor da glicemia que preconizamos?

A

Tríade de Cushing: relacionada a GRAVIDADE
1. Bradicardia
2. Hipertensão
3. Irregularidade de ritmo respiratório

Como baixar a PIC?
1. Elevação de cabeceira a 30-45°
2. Osmoterapia (manter Osm < 320)
a. salina hipertônica a 3%
b. manitol
3. Hiperventilação transitória com FiO2 a 100%
objetivo: PaCO2 30-35 mmHg
fisiopato: vasoconstrição de artérias cerebrais
4. Sedação (mida, propofol, opioides)
fisiopato: agitação aumenta HIC

E o corticoide?
Pode ser usado na HIC se abcesso ou tumor de SNC
NÃO É RECOMENDADO EM TRAUMA - sem benefício

E a Quetamina?
Pode ser utilizada, não parece aumentar a PIC

Qual o valor que objetivamos a PIC?
< 20 mmHg

E a temperatura corporal?
Manter normotermia
Evitar episódios febris
Não induzir hipotermia

Qual o valor da glicemia que preconizamos?
< 150 | normal

50
Q

Trauma de uretra:
Quando suspeitar? (4)
Qual a conduta?
Posso suspeitar quando hematúria?
Qual a conduta e possibilidades?

A
  1. Sangue em meato uretral
  2. Retenção urinária
  3. Hematoma perineal
  4. Fratura de pelve

URETROGRAFIA RETRÓGRADA

Posso suspeitar quando hematúria? Não

Qual a conduta e possibilidades?
TC para avaliação se há lesão renal
Pensar em lesão de bexiga quando líquido livre na pelve
- se lesão de bexiga: exploração cirúrgica e rafia

51
Q

Hematomas traumáticos de retroperitônio:
Zonas 1-3:
Definição | Quando explorar?

A

Zona 1: mais central > lesão de aorta ou veia cava
SEMPRE explorados (contuso ou perfurante)

Zona 2: rim e suprarrenal
Trauma penetrante
Trauma contuso se: instabilidade (exsanguinação / hematoma em expansão)

Zona 3: pelve
Trauma penetrante
Trauma contuso se: instabilidade (exsanguinação / hematoma em expansão)

52
Q

TCE - ATLS:
Quais as indicações de abordagem cirúrgica na fratura de crânio? (2)

A
  1. Fratura cominutiva
  2. Fraturas com afundamento
    (solicitar TC)
    - grau de depressão maior que crânio adjacente
    - abertas e contaminadas grosseiramente
53
Q

Trauma de pâncreas:
Quando houver lesão de ducto, qual a conduta?

A

Tratamento cirúrgico e colocação de dreno
- se à esquerda dos vasos mesentéricos = pancreatectomia distal

54
Q

Enxerto de pele:
Definição
Onde posso vs. onde não posso colocá-los?
O que são os enxertos em malha?
- Para que os usamos?
- Qual sua desvantagem?

A

Definição: é um pedaço de pele retirada de uma área corpórea – a área doadora –e transferida para outra área, a receptora, sem nenhum pedículo de comunicação entre elas. Só mais tardiamente desenvolve vascularização própria, restabelecendo, assim, um novo suprimento sanguíneo

Colocar sobre superfícies com alta vascularização:
1. tecidos moles saudáveis
2. periósteo
3. pericôndrio

Não devo colocar se baixa vascularização:
1. osso exposto
2. cartilagem
3. superfície com granulação crônica

O que são os enxertos em malha?
Enxerto em formato de malha com múltiplos orifícios (tela).
Pior resultado estético se comparado com linear.
- pacientes com poucas áreas doadoras
- regiões irregulares

55
Q

Retalhos de pele:
Definição
Complexidade quando comparada ao enxerto
Tipos (2)
As linhas de expressão são ……… ao músculo subjacente

A

Definição: é o segmento da pele e subcutâneo com suprimento vascular próprio, que será movido de uma área (doadora) para outra (receptora), com a finalidade de preencher uma ferida cirúrgica. Existe uma comunicação do retalho com a área doadora por meio de um pedículo, o que garantirá sua sobrevivência.
MAIOR COMPLEXIDADE DO QUE O ENXERTO.

Tipos:
1. de Tecido Livre Microvascular: mais complexo, depende de microcirurgia
2. Pediculado

As linhas de expressão são PERPENDICULARES ao músculo subjacente

56
Q

Pneumotórax em VMI:
Qual a temporalidade para diagnóstico?
Drenagem em selo d’água com escape PERSISTENTE:
Qual a principal hipótese diagnóstica?
Qual a conduta? (3)
E se refratariedade? (2)

A

Qual a temporalidade para diagnóstico?
> 5 ou 7 dias dependendo da referência

Qual a principal hipótese diagnóstica?
Fístula Alveolopleural
- comunicação patológica entre brônquio distal e espaço pleural

Qual a conduta?
Conservadora
- manter dreno
- manter ventilação - PROTETORA
- resolução de quadro pulmonar / sistêmico

E se refratariedade?
1. Colocação de múltiplos drenos
2. Correção das fístulas

57
Q

PCR:
Qual o principal objetivo do uso da adrenalina?
Qual o efeito em sistema venoso?

A
  1. Aumento de vasoconstrição periférica
    - PRINCIPAL
    - elevação da pressão diastólica
    - melhora da perfusão coronariana
  2. Aumento de vasoconstrição venosa
    - aumento de retorno venoso
58
Q

Trauma raquimedular:
Choque neurogênico:
Quais os parâmetros clínicos?
Qual a conduta?

A

Quais os parâmetros clínicos?
Hipotensão + Bradicardia
Não responsivo à reposição volêmica

Qual a conduta?
Vasopressor, pois há perda de tônus simpático, de tônus vascular.

Se paciente continuar com bradicardia:
Atropina e até um marca-passo podem ser alternativas.

59
Q

Trauma cervical:
Quando indico exploração cirúrgica? (4)
Quando hematoma pulsátil: o que fazer?
Quais os exames complementares para pacientes sem indicação imediata? (8)

A

Quando indico exploração cirúrgica?
1. Instáveis
2. Sangramento ativo
3. Hematoma em expansão
4. Lesão aerodigestiva óbvia

Quando hematoma pulsátil: o que fazer?
Indicação de IOT e de exploração cirúrgica, pois pulsátil representa hematoma em expansão

Quais os exames complementares para pacientes sem indicação imediata?
1. TC
2. Angio-TC
3. Doppler
4. Arteriografia
5. EDA
6. Broncoscopia
7. Laringoscopia
8. Esofagografia

60
Q

Trauma renal:
Quando houver descrição de extravasamento de contraste a TC, o que pensar e qual a conduta?

A

O que pensar?
Sangramento ativo por lesão arterial

Qual a conduta?
Angioembolização

61
Q

O que considero uma PIC normal?

A

5-15 mmHg ou 10-20 mmHg

62
Q

Sinal de Kehr

A

Dor em ombro esquerdo por lesão esplênica é o clássico, se dáo por HEMOPERITÔNIO

63
Q

Trauma esplênico:
Qual a principal indicação de esplenectomia de urgência?
Qual o tratamento se blush arterial?
Grau IV de lesão em TC indica tratamento cirúrgico?

A

Qual a principal indicação de esplenectomia de urgência?
Instabilidade hemodinâmica refratária

Qual o tratamento se blush arterial?
Arteriografia

Grau IV de lesão em TC indica tratamento cirúrgico?
Não, achados tomográficos não indicam cirurgia por si

64
Q

Choque:
Compensado vs. Descompensado

A

Compensado: normotenso
Descompensado: hipotenso

65
Q

Hérnia diafragmática traumática:
Como fazer a abordagem?

A

Via videolaparoscópica ou laparotômica

66
Q

Pneumoperitônio:
Quais os efeitos que alteram a hemodinâmica do paciente?
Quais os distúrbios hidroeletrolíticos associados?

A

Aumento de pós-carga
Diminuição de pré-carga
Diminuição do DC
Hiperaldosteronismo secundário
- hipocalemia
- alcalose metabólica

67
Q

Enxerto ou Retalho:
Quando sob tendões expostos?

A

Retalho, enxertos tem dificuldade de se integrar em áreas de baixa vascularização

68
Q

Manobra de Pringle:
Definição
Quando é utilizada? (2)

A

Manobra utilizada em ressecções hepáticas ou em quadros de sangramento hepático no trauma.

Oclusão do fluxo vascular da tríade portal, reduzindo sangramento intraoperatório / pós-trauma.

69
Q

Fratura de laringe:
Epidemiologia em politraumatizado
Clínica (3)
Conduta
Dor torácica é um achado possível?

A

Epidemiologia: rara em politraumatizado

Clínica
- rouquidão
- enfisema
- palpação de fratura

Conduta: tentativa de IOT, se falha: traqueostomia

Dor torácica é um achado possível?
Não

70
Q

Cirurgia de controle de danos:
Quais os critérios principais para sua realização? (2)
Quais os critérios laboratoriais? pH | EB | Lactato
Outros (5)

A
  1. Choque persistente celular
    pH < 7,2,
    Défice de base < -15 mol
    Lactato > 5 mmol
  2. Hipotermia < 35°C

Outros critérios incluem:
1. Tempo de protrombina e tempo parcial de tromboplastina › 1,5x a referência;
2. Arritimias ventriculares intraoperatórias;
3. Sangramento incontrolável;
4. Reanimação com necessidade de grande volume de líquidos;
5. Necessidade de › 10 bolsas de sangue.

71
Q

Traqueostomia:
Onde deve ser realizada?

A

Abaixo do segundo anel traqueal

72
Q

Hemotórax:
Deve-se realizar toracocentese.
V ou F?

A

Não, o que fazemos é a toracostomia.

73
Q

Tromboelastograma - achados e conduta:
Normal
Atraso na formação do coágulo
Redução da amplitude máxima com função baixa de plaquetas
Fibrinólise
Hipercoagulabilidade

A

Normal - sem conduta;

Atraso na formação do coágulo - tratado com plasma fresco congelado;

Redução da amplitude máxima com função baixa de plaqueta - reposição de plaquetas;

Fibrinólise - infusão de ácido tranexâmico;

Hipercoagulabilidade - anticoagulacão.

74
Q

Queimadura elétrica:
Diurese alvo de ………… ml/h

A

100 ml/h (ATLS 10° edição)

75
Q

Trauma:
Turgência jugular + Hipotensão:
Quais as hipóteses?
Qual a conduta?

A

Quais as hipóteses? Qual a conduta?

  1. Pneumotórax hipertensivo
    a. Toracocentese de alívio
    b. Toracostomia com drenagem em selo d’água
  2. Tamponamento cardíaco:
    a. Pericardiocente = medida salvadora, APENAS REALIZADA QUANDO JÁ NÃO CONSIGO FAZER
    b. TORACOTOMIA
76
Q

Glasgow:
Resposta motora em descerebração vs. decorticação

A
  1. Ausente
  2. Extensão anormal = DESCEREBRAÇÃO
  3. Flexão anormal = DECORTICAÇÃO
  4. Reflexo de retirada ou flexão normal
  5. Localiza estímulo de pressão / doloroso
  6. Obedece comandos
77
Q

Trauma contuso:
Paciente apresenta hematúria microscópica:
É mandatória a realização de exame de imagem?

A

Não, se não houver sinais e sintomas de choque / alterações em exame físico / gravidade a presença de hematúria microscópica não indica a realização de exame de imagem.

Tratamento conservador.

78
Q

Paciente com pneumotórax e drenagem, pós TC apresenta piora de saturação de oxigênio.
Qual a conduta?

A

Rever o dreno

79
Q

Trauma de tórax:
Pulso paradoxal:
Qual a hipótese diagnóstica principal?

A

Tamponamento cardíaco

80
Q

Saída de sangue em resposta à passagem de sonda em paciente vítima de trauma abdominal:
Qual a conduta?

A

Laparotomia exploradora

81
Q

Tríade de Cushing:
Definição

A

Tríade de gravidade da Hipertensão intracraniana:

  1. Hipertensão
  2. Bradicardia
  3. Irregularidade de ritmo respiratório
82
Q
A

Ventilação controlada a Pressão

83
Q
A

Ventilação controlada a volume

84
Q

Hematoma extradural:
Quando posso fazer tratamento conservador? (5)
Qual o tratamento intervencionista?

A

Quando posso fazer tratamento conservador?
1. Ausência de déficit neurológico
2. Glasgow > 8
3. Volume do hematoma > 30 cm³
4. Espessura do coágulo < 15 mm
5. Desvio da linha média < 5 mm

Qual o tratamento intervencionista?
Descompressão por craniotomia

85
Q
A
86
Q
A