Linfomas Flashcards
Aumento dos linfomas não Hodgkin - mais freq no sexo masculino
Incidência aumenta com a idade
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Etiologia
- agentes infecciosos: EBV Linfoma de Burkitt e Hodgkin
- H. pylori: linfoma de MALT gástrico
- exposição a toxinas, QT e RT - linfomas não Hodgkin diagnosticados como tumores secundários ao tto de linfomas Hodgkin prévios
- imunodeficiências - HIV
- auto-imunes - Lúpus ou artrite reumatóide
- incidência familiar - família com vários membros com linfomas
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Linfomas não Hodgkin
CÉLULAS B
- linfoma B difuso de grandes células
- Linfoma folicular
- linfoma de Burkitt
- linfoma do manto
- linfoma zona marginal
- linfoma linfoplasmocítico
- leucemia linfática crónica
CÉLULAS T - Linfoma T adulto HTLV - Micosis fungosas - CD4+ helper - cerebiforme - Síndrome sezer - rash vermelho e dor na pele
Linfomas não Hodgkin
- agressivos ou indolentes
Agressivos: Linfomas difuso B de grandes células; Burkitt; Manto
Indolentes: Linfoma folicular; Linfoma marginal; linfoma linfoplasmocítico, leucemia lrnfocítica crónica
Sintomas B
Febre, sudação noturna, perda de peso (10% nos últimos 6M)
Dx - Linfoma não Hodgkin
Biópsia - análise morfológica, fenotípica, citogenética convencional, FISH, análise molecular
- citologia aspirata - ajudar a diferenciar se estamos na presença de um linfoma ou outra doença, por ex. uma metástase. É utilizada em situações de urgência
Linfoma não Hodgkin - Estadiamento Ann Arbor
Estadio 1: 1 região ganglionar envolvida ou 1 região extra-nodal
Estadio 2: várias regiões ganglionares envolvidas; pode haver uma região extra-nodal, desde que envolvida por contiguidade; todas estão do mesmo lado
do diafragma.
Estadio 3: regiões envolvidas acima e abaixo do diafragma.
Estadio 4: disseminação hematogénea e atingimento de órgãos que não são
linfáticos, por ex. medula óssea, pulmão, SNC
A se não tiver sintomas B.
B se tiver sintomas B (febre, sudação noturna, perda de peso).
Linfomas não Hodgkin
Procedimentos do estadiamento incluem:
História clínica e exame objetivo – atenção à orofaringe (anel de Waldeyer é constituído por tecido linfoide), fígado, baço, cadeias ganglionares.
Exames laboratoriais – bioquímicos e hemograma, incluindo LDH, ácido úrico, beta2 microglobulina.
Serologias virais
Exames de imagem para determinar quais as regiões ganglionares envolvidas
– utiliza-se a TC e nos linfomas que fixam a 18F-FDG usa-se também a PET
Biópsia osteomedular
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Linfoma B difuso de grandes células
- análises
Linfoma não Hodgkin
Agressivo e + comum nos adultos
- LDH elevada - existe no citoplasma das células e nos linfócitos qd proliferam mt rapidamente são destruídos e libertam esta enzima para a circulação
- Beta 2 microglobulina elevada - proteína de superfície em todas as células nucleares
- Ácido úrico aumentado - sinal de síntese e destruição de ácidos nucleicos rápida que pode ter consequências na função renal
- Aumento da creatinina
Linfoma B difuso de grandes células
TTO
QT + IT
- linfócitos B- anti-CD20
CBG tem melhor prognóstico que o ABC
Linfoma de Burkitt
Altamente agressivo e durável
t(8,14) - aumento da divisão de células
Endémico: África
EBV - infeta linfócitos com DNA
- mandíbula
Esporádico: Fora de áfrica
- nódulos junção ileocecal
Associado à imunossupressão com HIV
Crescimento duplica. a cada 24h
- disfunção renal com hiperuricémia, elevado LDH
Linfoma de Burkitt
Biópsia
É ALTAMENTE curável
Padrão em céu estrelado
Citometra de fluxo: CD10 - Burkitt CD19 - marcam apenas um tipo de cadeias de sup Ki67 - proliferação ativa t(8,14) - gene Myc
Linfoma do manto
Agressivo e translocação (11,14)
Cíclica D1 -> Aumento BCL1 -> Aumento do crescimento celular
Não tem cura
Linfoma folicular
Caracterização
Linfoma indolente
+ frequente e translocação 14,18
Aumento da BCL2 - inibe a célula de morrer
Apresentação ganglionar (90% dos doentes tem adenopatias) e estados avançados (só 10 a 20%)
Linfomas foliculares vivem 10-20 anos sem sintomas
É incurável, recidiva passado uns anos
Linfoma folicular
TTO
Localizados (I ou II) RT Avançados: - sem sintomas -> manter vigilância - sintomas -> IQT (QT + anti-CD20) - transplante autólogo
Leucemia linfática crónica
Leucemia indolente
Alterações do hemograma - leucocitose, linfocitos e trombocitopénia
Adenopatias ou organomegálias
Associa-se a auto-imunes
Citometria de fluxo - CD5, CD23 (É ISTO QUE DIZ QUE É LLC)
Alterações moleculares - mutação p53 e Del17p
Leucemia linfática crónica
TTO
IQT
- anti-CD20 + clorambucilo
Novos agentes de alto risco genético
- inibidores da BCR
- inibidores BCL2
Linfoma de MALT
- afeta mucosas e trato gástrico
- sintomas de azia, dispepsia, enfartamento
Biópsia - lesões linfoepiteliais - H. pylori
Linfoma que se pode tratar com antibióticos quando está limitado à mucosa do estômago – erradicando o Hp, conseguimos curar a doença; isto deixa de ser verdade se o linfoma atingir toda a parede do estômago, gânglios ou tecido à distância.
Linfoma de Hodgkin
Linfócitos B do centro germinativo
Queixas B
Linfoma de Hodgkin
Padrão analítico
Leucocitose com neutrofilia
Eosinofilia
Trombocitose
Aumento da Vs, PCR
Linfoma de Hodgkin
DX Histológico
Células de Reed- Sternberg marca CD30 e frequentemente CD15
Linfoma de Hodgkin
TTO
QT e RT - estadios precoces, sem fatores de mau prognóstico
Estádios intermédios, e tratam-se com um pouco mais de ciclos de QT e um pouco mais de dose de RT.
Os estádios avançados (III e IV) ou alguns estádios II com muitos fatores de mau prognóstico tratam-se com uma QT mais agressiva
O tratamento cura 80-90% dos doentes com LH. Desta forma, neste momento são mais preocupantes as segundas neoplasias, as doenças cardiovasculares, o hipotiroidismo, e outras toxicidades a longo prazo, faz-se uma PET ao fim de 2 ciclos de tratamento, para saber se precisamos de continuar a tratar agressivamente ou se podemos diminuir a intensidade terapêutica
Anticorpos anti-CD30
Anticorpos anti-PD1
- O anticorpo anti-CD30 ligado a um citostático – monometil auristatina – usado quer em monoterapia ou associado a QT, e em terapêutica de recidivas, com excelentes resultados;
- Os anticorpos anti-PD1, que vão quebrar a inibição que as células do LH induzem nas células T do microambiente, através da ligação do PD1 (células T) com o seu ligando (células do linfoma), ativando os linfócitos T e permitindo a sua ação destrutiva das células do linfoma. Isto permite obter, em monoterapia, taxas de resposta elevadas mas não completas, e pode ser associado com QT (ainda não em 1alinha) nas recidivas.