IRA com Taquipneia e sem Estridor Flashcards
Doenças IRA com taquipneia e sem estridor:
Pneumonia Bacteriana por Microorganismos Típicos
Bronquiolite Aguda
Pneumonia por Microorganismos Atípicos (incluindo Pneumonia Afebril do Lactente)
Sobre as pneumonias, julgue:
A pneumonia pode ser definida como uma inflamação do parênquima pulmonar que, na maioria das vezes, é causada por agentes infecciosos. Porém, há diversas causas não infecciosas que também podem causar essa inflamação, como a aspiração de alimentos e/ ou ácido gástrico, corpos estranhos e pneumonite induzida por drogas ou radiação.
Ainda que as pneumonias sejam responsáveis por apenas 2-3% das IRA, representam cerca de 80% dos óbitos nessas afecções.
Os principais fatores de risco que estão associados às IRA de uma maneira em geral, mas especialmente às pneumonias, incluem a desnutrição, a baixa idade e a presença de comorbidades. Outros fatores também desempenham um papel, tais como baixo peso ao nascer, permanência em creche, episódios prévios de sibilos e pneumonia, ausência de aleitamento materno, vacinação incompleta, variáveis socioeconômicas e variáveis ambientais.
Nem sempre é fácil o estabelecimento do diagnóstico etiológico exato de um quadro de pneumonia. Os métodos empregados para obtenção de material para cultura e isolamento do agente são invasivos, ficando muitas vezes o diagnóstico apenas presuntivo e a terapêutica sendo decidida com base no perfil etiológico traçado em estudos epidemiológicos.
Todas são verdadeiras.
Sobre os agentes etilógicos das pneumonias na população pediátrica, julgue:
Em recém-nascidos menores que 3 dias os patógenos implicados, em ordem de frequência, são Streptococcus agalactiae - estreptococos do grupo B, gram-negativos (sobretudo Escherichia coli ) e Listeria sp. (pouco comum no nosso meio).
Em recém-nascidos maiores que 3 dias os patógenos implicados, em ordem de frequência, são Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e gram-negativos.
No período de 1 a 3 meses os patógenos implicados, em ordem de frequência, são Vírus sincicial respiratório, Chlamydia trachomatis e Ureaplasma urealyticum.
Streptococcus pneumoniae é o agente etiológico mais frequente das pneumonias bacterianas após o período neonatal (> 3 meses) e, por essa razão, a escolha do tratamento é a amoxicilina.
Há divergência em relção à etiologia das pneumonias comunitárias em maiores de cinco anos de idade. Diversas referências apontam o predomínio das infecções por Mycoplasma pneumoniae em relação às infecções causadas pelo Streptococcus pneumoniae.
A distinção entre o quadro de pneumonia pneumocócica e pneumonia pelo micoplasma pode ser difícil prática clínica. (Porém, nas provas esses quadros serão facilmente distinguíveis).
No grupo das pneumonias por microrganismos atípicos, encontramos duas situações diferentes: a primeira situação é a das crianças em idade escolar e adolescentes que apresentam pneumonia por Mycoplasma pneumoniae e Chlamydophila pneumoniae. Esse grupo apresenta um quadro com as mesmas características de qualquer quadro de pneumonia por microrganismo atípico encontrado em um paciente adulto!
Há uma segunda situação específica da pediatria, que é frequente nas provas: a pneumonia afebril do lactente. Entre 1 e 3 meses as crianças podem ter pneumonia pela Chlamydia trachomatis e Ureaplasma urealyticum. Pois bem, estes são agentes do quadro conhecido como pneumonia afebril do lactente.
Todas são verdadeiras.
Sobre o uso do raio-x no diagnóstico de pneumonia na infância, julgue:
O exame radiológico permanece como um método de grande auxílio no diagnóstico da pneumonia em crianças, dando suporte à impressão clínica e definindo a extensão do processo inflamatório. Porém, cada vez mais é aceito que o exame não é obrigatório na avaliação das crianças com clínica sugestiva de pneumonia e que serão acompanhadas ambulatorialmente.
Em lactentes e crianças pequenas podemos encontrar imagens radiológicas significativas com manifestações clínicas discretas, ou seja, dissociação clinicorradiológica.
Embora o exame radiológico, isoladamente, não consiga definir com exatidão qual microrganismo está envolvido, uma radiografia de boa qualidade é um dado adicional no diagnóstico diferencial entre as várias etiologias.
Todas são verdadeiras.
As alterações pulmonares na pneumonia são classicamente divididas em três padrões radiológicos. Cite e explique:
1) O infiltrado alveolar broncopneumônico: é caracterizado por consolidação alveolar multifocal, isto é, as imagens não respeitam a segmentação pulmonar, podem ser únicas ou múltiplas, dispersas ou confluentes, de limites irregulares, uni ou bilaterais. Nos casos de pneumonia pelo estafilococo é comum o achado de pneumatoceles ou derrame pleural. É encontrado nas pneumonias por microrganismos típicos, seja pelo pneumococo, pelo estafilococo ou por outras bactérias.
2) As grandes áreas de consolidação alveolar podem levar à identificação das pneumonias lobares ou segmentares. São processos inflamatórios comprometendo homogeneamente um lobo, lobos ou segmentos pulmonares. Podem ser visualizadas as condensações com broncogramas aéreos. Geralmente, são causadas pelo S. pneumoniae, mas podem ser causadas por outras bactérias. São mais frequentes em lactentes acima de seis meses de idade e, principalmente, em crianças maiores.
3) As pneumonias intersticiais: apresenta sinais que incluem aumento da trama broncovascular, espessamento peribrônquico e hiperinsuflação. Progressivamente, podem ocorrer áreas de hipotransparência associadas ao aparecimento de atelectasias.De forma geral, são causadas por vírus ou Mycoplasma.
(Nenhuma dessas alterações é específica para a definição do agente etiológico. Além disso, o padrão radiológico pode ser influenciado pela idade e situação imunológica do doente).
Caracterize pneuminia reccorente:
Nas crianças que se apresentam por pneumonia recorrente, deve ser levantada a suspeita diagnóstica de algumas desordens subjacentes. Quais:
2 ou mais episódios de pneumonia em 1 ano ou 3 ou mais episódios em qualquer momento.
(É importante que tenha havido o desaparecimento de quaisquer alterações radiográficas entres esses episódios).
Doenças hereditárias - como a fibrose cística, quadros de imunossupressão, alterações anatômicas - sequestro pulmonar, enfisema lobar, refluxo gastroesofágico.
Qual a etiologia responsável pela maior parte dos óbitos associados às infecções das vias aéreas inferiores na infância:
Pneumonia bacteriana típica.
Quais os agentes etiológicos da pneumonia bacteriana típica:
- Streptococcus pneumoniae*
- Haemophilus influenzae* (tipável e não tipável)
- Staphylococcus aureus*
Defina taquipneia:
> 60 irpm em menores de 2 meses.
> 50 irpm em crianças entre 2 meses e 11 meses.
> 40 irpm em maiores de 12 meses e menores de 5 anos.
> 30 irpm em maiores que 5 anos.
> 20 irpm em adultos.
60 irpm
2 meses
50 irpm
1 ano
40 irpm
5 anos
30 irpm
adultos
20 irpm
Quadro clínico da pneumonia pneumocócica:
Especialmente nos lactentes, a apresentação clínica é bem mais variável, em geral, há relato de um quadro de infecção do trato respiratório superior, caracterizada por obstrução nasal, irritabilidade e redução do apetite, têm duração de alguns dias, e costumam terminar com manifestações que indicam a pneumonia pneumocócica, início abrupto de febre de 39ºC ou mais, inquietude, apreensão, dificuldade respiratória e tosse. A tosse é uma manifestação encontrada em várias IRA, não sendo específica do diagnóstico de pneumonia. A tosse pode demorar mais tempo para se resolver e isso não irá caracterizar
falha terapêutica. No exame físico, a presença da taquipneia na ausência de estridor é o que nos permite identificar que estamos diante de uma infecção das vias aéreas inferiores. A história clínica mais “aguda” nos sugere a etiologia bacteriana típica. A frequência respiratória mostra uma estreita relação com a gravidade da pneumonia e com a hipoxemia.
(Um dado que deve ser lembrado na prática clínica é que a taquipneia na presença de febre deve ser idealmente reavaliada após a diminuição da temperatura. Na prova, essa avaliação não será possível. Logo, se o enunciado trouxer uma criança taquipneica e com febre, considere que há taquipneia e fim de papo).
(É importante que a frequência respiratória seja contada por um minuto inteiro).
Algumas dessas crianças também apresentam manifestações relacionadas ao trato gastrointestinal, como vômitos, diarreia e distensão abdominal, que pode ser secundária à deglutição de ar ou ao íleo paralítico.
A rigidez de nuca sem infecção meníngea também pode ser proeminente, sobretudo quando há o envolvimento do lobo superior direito.
Os principais sinais que indicam uma maior gravidade do quadro e que devem ser pesquisados para uma correta condução do caso são tiragem subcostal, batimento da asa nasal, gemência e cianose:
Tiragem subcostal: a tiragem subcostal é a que está mais associada à gravidade da pneumonia e traduz um aumento do trabalho respiratório pela diminuição da complacência pulmonar. A criança com tiragem subcostal apresenta retração da parede torácica inferior durante a inspiração. Para ser valorizada como sinal de gravidade, a tiragem subcostal deve ser evidente e mantida (não pode ser intermitente), sendo considerada, em questões critério de internação hospitalar. Outros tipos de tiragem, como a intercostal, também podem estar presentes e devem ser avaliados.
(Tome apenas um cuidado: os manuais dos programas AIDPI recomendam que tiragem intercostal isoladamente não seja usada como critério para caracterizar a gravidade).
(A OMS, atualmente, não usa mais a tiragem como indicador de pneumonia grave. Porém, as questões dos últimos anos, ainda é mais comum encontrarmos esse sinal como sendo critério de gravidade e indicando, inclusive, a necessidade de internação hospitalar).
Batimento de asa nasal: identificado, principalmente,
em crianças menores de um ano de idade. Embora seja um sinal não específico, indica a presença de dificuldade respiratória. A dilatação ocorrida durante o batimento da asa nasal promove um aumento do raio e é capaz de reduzir a resistência ao fluxo aéreo pelo nariz.
Gemência: a gemência, ou gemido, surge quando expiramos contra uma glote parcialmente fechada. Isso ocorre tipicamente em doenças que cursam com diminuição da capacidade residual funcional, como nos casos de pneumonia. A expiraraçãp contra a glote parcialmente fechada mantêm uma pressão aérea positiva mais prolongada durante a expiração, otimizando a troca gasosa.
Cianose: a cianose é manifestação de “muita” gravidade. Indicar a necessidade de um tratamento ainda mais agressivo.
O quadro clássico, encontrado em adultos e podendo ser observado em crianças maiores ou adolescentes, consiste no surgimento de uma doença de instalação hiperaguda, com febre alta de até 40,5ºC, calafrio, tosse e dor torácica. Ao exame físico, podemos identificar desde o aparecimento de estertores inspiratórios até o surgimento dos sinais que indicam uma síndrome de consolidação, como o aumento do frêmito toracovocal, submacicez, broncofonia, sopro tubário e pectorilóquia fônica.
(Todos esses sinais semiológicos que caracterizam a síndrome de consolidação também poderão estar presentes na criança pequena, mas sua identificação é muito mais difícil. Essas crianças têm uma respiração mais superficial, frequência respiratória mais aumentada e, frequentemente, o choro prejudica a avaliação).
Quadro clínico da penumonia estafilocócica:
A pneumonia causada pelo Staphylococcus aureus é uma infecção grave e rapidamente progressiva que, se não reconhecida cedo e tratada adequadamente, encerra morbidade prolongada e alta mortalidade.
É pouco comum e boa parte dos casos se concentra no primeiro ano de vida, em lactentes com menos de um ano de idade.
História de furúnculos, internação recente, trauma, infecção supurada à distância - como osteomielite - ou outras doenças de base devem alertar para a possibilidade deste diagnóstico etiológico.
A pneumonia estafilocócica geralmente causa broncopneumonia confluente com extensas áreas de necrose hemorrágica e áreas irregulares de cavitação.
(O organismo pode ser inalado ou pode chegar ao parênquima pulmonar por via hematogênica, quando ocorre a bacteremia pelo agente).
Sobre as pneumonias, julgue:
Outras bactérias, como o Haemophilus influenzae e o Streptococcus pyogenes - estreptococo do grupo A - também são causa de pneumonia bacteriana típica.
Na pneumonia estreptocócica, as manifestações clínicas são semelhantes às da pneumonia pneumocócica.
As infecções por micoplasma tipicamente tem evolução muito mais insidiosa.
Os quadros virais em crianças manifestam-se principalmente pela presença de sibilância e ainda que possam ser graves, não evoluem com as complicações mais graves.
A evolução da pneumonia por microrganismos atípicos costuma ser arrastada.
Atualmente, a pneumonia por hemófilo tipo B - Haemophilus influenzae - é menos comum; têm sido descritos alguns casos de infecção respiratória pelo hemófilo não encapsulado (mesmo qu não tipável).
A infecção nasofaríngea precede quase todas as variedades clínicas de doença por Haemophilus influenzae localizada, como epiglotite, pneumonia e meningite.
As pneumonias geralmente têm um padrão lobar, embora não haja um padrão radiológico típico.
Todas são verdadeiras.
É o dado de maior sensibilidade para o diagnóstico das pneumonias nas crianças menores de cinco anos:
Taquipneia.
Exames que podem ser solicitados na PAC:
Radiografia de tórax
Hemocultura
Hemograma
PCR, VHS
Exame de líquido pleural (Gram e cultura)
Exame de escarro (Bacterioscopia e cultura)
Sobre a radiografia de tórax solicitada em crianças com suspeita de PAC, julgue:
Algumas sociedades científicas, como a Pediatrics Infectious Disease Society e a Infectious Disease Society of America recomendam que radiografia de tórax não seja realizada rotineiramente nas crianças com pneumonia comunitária que estejam bem o bastante para serem tratadas em regime ambulatorial, deixando a recomendação do exame essencialmente para os quadros mais graves ou de falha ao tratamento inicial, o que contrasta com a recomendação das diretrizes nacionais, a qual recomenda a realização do exame na suspeita clínica de pneumonia, como forma de confirmar o diagnóstico e melhorar a decisão de tratamento.
Não há recomendação para a utilização do exame no controle de cura da pneumonia adquirida na comunidade sem complicações. As evidências radiológicas de melhora são posteriores à melhora clínica.
O aspecto radiográfico, isoladamente, não é utilizado para definir a etiologia do processo infeccioso. É evidente que algumas alterações são mais sugestivas de uma etiologia em detrimento de outra, mas o diagnóstico etiológico definitivo não pode ser estabelecido dessa forma.
As pneumonias bacterianas costumam se apresentar com padrão alveolar segmentar ou lobar, com a presença de broncograma aéreo (que surge pelo contraste entre o ar contido nos brônquios com os alvéolos preenchidos por exsudato) ou com imagens arredondadas (a “pneumonia redonda” é bem típica da infecção pneumocócica em crianças). Além disso, também podem estar presentes outras alterações, como as pneumatoceles, abscessos pulmonares ou derrame pleural. A presença de derrames pleurais volumosos ou de consolidações lobares são bastante sugestivas de pneumonia bacteriana em detrimento das etiologias virais, ainda que a radiografia de tórax seja um exame de baixa acurácia para essa diferenciação.
Todas são verdadeiras.
Quais seriam as principais utilidades da radiografia de tórax, em crianças com suspeita de PAC:
Confirmar o diagnóstico;
Avaliar a extensão do processo;
Identificar a presença de complicações (como veremos adiante, algumas complicações são passíveis de identificação apenas pelo exame de imagem).
Sobre os exames laboratoriais na pneumonia, julgue:
O leucograma não deve ser utilizado de forma rotineira caso o paciente não seja internado. Porém, naqueles com recomendação de internação hospitalar, existe a recomendação para a realização do mesmo. Na pneumonia bacteriana costuma haver leucocitose, com contagem de leucócitos entre 15.000 e 40.000/mm3, e predomínio de neutrófilos.
As provas de atividade inflamatória, como proteína C reativa e velocidade de hemossedimentação, mostram-se alteradas.
Todas são verdadeiras.
Sobre a hemocultura na PAC, julgue:
A hemocultura deve ser solicitada sempre que a criança for internada, continua sendo um método onde o material é de fácil obtenção e que possibilita o conhecimento do agente causal, mas tem um baixo rendimento, são positivas em apenas 10%
das crianças com pneumonia pneumocócica,
podendo chegar a 30%. Porém, é uma das formas que se tem de construir um perfil epidemiológico dos casos de pneumonia comunitária e também de elaborar perfis de sensibilidade aos antimicrobianos dos germes nela isolados.
Todas são verdadeiras.
Sobre a avaliação do líquido pleural em crianças com pneumonia, julgue:
As crianças com derrame pleural devem ser submetidas à toracocentese para avaliação desse líquido. Ao avaliarmos o líquido pleural sempre deve ser solicitado o Gram e a cultura da amostra, com positividade da cultura de até 50%, que também pode contribuir para a construção do perfil epidemiológico das pneumonias.
Contudo, estudos nacionais revelam que em 60% dos casos de pneumonia, o agente etiológico não é mesmo identificado na cultura do líquido pleural..
Verdadeiro
Sobre o exame de escarro na população pediátrica com PAC, julgue:
O exame do escarro compreende a bacterioscopia e a cultura da secreção. Não é rotineiramente realizado em crianças, pela evidente dificuldade que é a obtenção da amostra nesta população.
Porém, se o exame for solicitado, deve-se ter alguns cuidados. Para garantir que a amostra é de boa qualidade, deve haver mais que 25 polimorfonucleares/campo e menos que dez células epiteliais/campo, essas características indicam que o material é realmente proveniente das vias aéreas inferiores, e não apenas saliva. Outro cuidado que deve-se ter é o de lembrar que a amostra pode ser contaminada por germes que colonizam a orofaringe, o que dificulta ainda mais a interpretação dos resultados obtidos, principalmente na cultura.
Todas são verdadeiras.
O tratamento dos quadros de pneumonia pode
ser dividido em duas etapas, quais:
1ª etapa: definir se o tratamento será feito em regime ambulatorial ou hospitalar.
2ª etapa: escolher o antimicrobiano.
As principais recomendações para a internação
hospitalar no paciente com PAC são
1- Regime de internação hospitalar:
2- Regime Intensivo:
1- Regime de internação hospitalar:
• Idade menor que 2 meses: qualquer pneumonia
nessa faixa etária é considerada grave e deve ser tratada em ambiente hospitalar. (No livro-texto Nelson, encontramos a recomendação para internação de todos os menores de 6 meses).
- Presença de sinais respiratórios de gravidade: a hipoxemia é um marcador de gravidade e as crianças com SpO2 < 92% devem ser internadas (embora esse ponto de corte não seja consensual). Alguns consensos recomendam que a frequência respiratória > 70 irpm em crianças com menos de 1 ano seja usada como marcador de gravidade, por ser um preditor de hipoxemia. Além disso, são internadas as crianças com os sinais de gravidade identificáveis ao exame físico (tiragem, gemência ou batimento de asa nasal).
- Presença de comprometimento do estado geral: sinais de toxemia e de comprometimento grave do estado geral tornam a internação obrigatória. A incapacidade para beber líquidos é um dos dados frequentemente listado como marcador de gravidade e serve para caracterizarmos um quadro mais grave.
- Presença de doença grave concomitante.
• Sinais radiológicos de gravidade: esses sinais
incluem derrame pleural, pneumatoceles e abscessos. A presença de condensação extensa também é um preditor de maior gravidade.
• Falha da terapêutica ambulatorial.
Sinais gerais de perigo: ela OMS, as seguintes alterações são consideradas sinais gerais de perigo: incapacidade para beber, vômitos persistentes, convulsões, letargia ou inconsciência, estridor em uma criança calma e desnutrição grave.
2- Regime Intensivo:
- SpO2 < 92% em vigência de FiO2 > 60%;
- Apneia recorrente ou respiração irregular;
- Evidência clínica de grave falência respiratória e exaustão;
- Hipotensão arterial.