IRA com Estridor Flashcards

1
Q

Doenças IRA com estridor:

A

Epiglotite Aguda

Laringotraqueobronquite Viral Aguda

(Podemos separar essas afecções em dois grupos: as supraglóticas (epiglotite) e as infraglóticas (laringite, laringotraqueíte e laringotraqueobronquite).

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2
Q

Estridor.

Definição e significado clínico:

Relação com a respiração:

Relação com a frequência respiratória:

A

O estridor é um som inspiratório peculiar, que tem como significado clínico a presença de algum grau de obstrução nas vias aéreas superiores (extrapleurais, laringe e traquéia).

Quando a respiração é calma e pouco profunda, sua intensidade é pequena, mas, na respiração forçada, o aumento do fluxo de ar provoca significativa intensificação deste som.

A frequência respiratória que esses pacientes apresentam é variável, na dependência da gravidade da obstrução.

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3
Q

Epiglotite Aguda, definição:

A

Inflamação da epiglote e tecidos supraglóticos adjacentes.

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4
Q

Sobre a epiglotite aguda, responda

É uma doença comum?

Quais os agentes etiológicos?

Antes da utilização da vacina, as crianças mais acometidas tinham qual idade?

A

Não é mais tão comum. Teve sua incidência reduzida pela imunização universal contra o Haemophilus influenzae tipo B.

Era o Haemophilus influenzae tipo B. Atualmente,
temos outros agentes implicados, como Streptococcus pyogenes, Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus.

Entre dois e quatro anos.

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5
Q

Sobre a epiglotite aguda, julgue:

A epiglotite aguda é uma doença grave e potencialmente fatal e é bem menos comum do que a laringotraqueobronquite.

A epiglotite aguda tornou-se uma doença menos comum nos dias de hoje, graças à imunização universal contra o hemófilo do tipo B.

Nesta doença há a infecção tecidual com a inflamação da epiglote e das estruturas supraglóticas adjacentes. O edema dessas estruturas leva à obstrução respiratória e pode ser fatal.

A

V.

V.

V.

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6
Q

Dica de prova:

A

Uma informação que costuma estar presente nos enunciados que trazem quadros de epiglotite aguda é a de esquema vacinal incompleto ou desconhecido, justamente para lembrarmos de que a criança não está protegida contra o HiB.

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7
Q

Descreva o quadro clínico da epiglotite aguda:

A

(Evolução grave e violenta):

O quadro clínico é muito característico:

A instalação é hiperaguda – 12 a 24 horas com febre alta (39-40°C), prostração, toxemia, dor de garganta progressivamente mais intensa, intensa disfagia, sialorreia, estridor variável, acentuada dificuldade respiratória, voz abafada, respiração ruidosa. A criança assume uma posição típica: a “posição do tripé” - sentada com o tronco para frente, mãos apoiadas nos joelhos, cabeça para frente, queixo para cima, mandíbula protrusa e língua para fora com sialorreia.

O desconforto respiratório pode ser grave, com tiragem subcostal, intercostal e supraesternal, além de taquipneia.

(Um cuidado que devemos ter é com a presença de estridor: é um sinal tardio e, quando presente, indica obstrução aérea completa iminente).

(Na posição do tripé a epiglote tende a se projetar anteriormente, reduzindo um pouco a obstrução).

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8
Q

Sobre o manejo inicial da suspeita de epiglotite aguda, julgue:

A epiglotite aguda subverte o raciocínio habitual. A prioridade no atendimento desses pacientes é o estabelecimento de via aérea pérvia.

A criança com a suspeita clínica de epiglotite deve ser conduzida da seguinte forma: “deixe a criança em paz!”: não deve ser solicitado exames, sangue não deve ser colhido, acesso venosonão deve ser obtido. A criança deve ser deixada em posição confortável no colo dos pais. Oxigênio deve ser ofertado, desde que isso não agite mais a criança.

O próximo passo é o estabelecimento de via aérea por intubação traqueal ou traqueostomia.

A intubação traqueal é considerada a medida salvadora, reduzindo a mortalidade da doença para menos de 1% (quase todas as mortes por epiglotite são decorrentes da obstrução laríngea!).

O grande problema da intubação traqueal é a dificuldade do procedimento, que deve ser sempre executado por um profissional experiente em intubação pediátrica.

Uma vez que a criança for deitada, a intubação deve ser imediata.

Se o pediatra julgar que a intubação será extremamente difícil e arriscada, o melhor é optar pela traqueostomia de urgência.

O diagnóstico definitivo de epiglotite aguda é feito pela visualização da epiglote edemaciada e cor vermelho-cereja através da laringoscopia direta. Porém, essa visualização deve ser feita em situações que permitam a rápida obtenção de via aérea. Além disso, essa criança só deve ser deitada no momento que houver a possibilidade desta via aérea ser
assegurada.

A

Todas são verdadeiras.

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9
Q

Uma vez garantida a permeabilidade da via aérea da criança com suspeita de epiglotite aguda, qual a conduta seguinte:

A

Cultura do esfregaço supraglótico, coleta de hemoculturas e instituição da antibioticoterapia venosa - Cefuroxima, ceftriaxona ou meropenem, durante 10 dias.

(O uso de corticoides ou nebulizações com adrenalina não trazem benefícios para esses pacientes, exceto para o manejo de edema após a extubação).

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10
Q

Sobre os exames complementares na epiglotite aguda, responda:

Nos exames complementares, encontramos leucocitose (> 20.000/mm³) com desvio à esquerda.

O sinal radiológico descrito para epiglotite aguda é denominado “sinal do polegar”, observado na radiografia cervical lateral, explicado pelo edema da epiglote. Este exame não deve ser solicitado quando o quadro clínico indica que se está diante de uma epiglotite aguda, pois qualquer demora na obtenção da via aérea piora o prognóstico do paciente.

É descrito que a radiografia cervical lateral pode ser solicitada quando há suspeita do diagnóstico, mas este parece duvidoso. Porém, se o exame for solicitado, a criança deverá estar o tempo toda acompanhada por alguém capaz de realizar a intubação traqueal, caso seja necessário.

A

Todas são verdadeiras.

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11
Q

Principal medida preventiva da epiglotite aguda:

A

Imunização de todas as crianças.

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12
Q

Existem situações em que se recomenda a profilaxia após a exposição a um caso de doença por hemófilo tipo B.

Como é feita a profilaxia e quais as indicações:

A

Rifampicina (20 mg/kg/dia, máximo 600 mg/dia
1x/dia VO por 4 dias) para todos os contactantes domiciliares de um caso de epiglotite causada por hemófilos quando há no domicílio:

1 - uma criança com < 4 anos que tenha vacinação incompleta ou não tenha sido vacinada,

2- uma criança com < 12 meses que ainda não tenha terminado de receber o esquema básico do primeiro ano,

3- uma criança imunocomprometida, ainda que seja vacinada.

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13
Q

Dica de prova:

A

Houve questão que abordou um quadro típico de epiglotite aguda (lactente, febre alta de 39°C, de início agudo de 1 dia, odinofagia, estridor inspiratório, salivação intensa, dispneia com desconforto respiratório grave) e adicionou “tosse rouca/ladrante”, algo incomum na epiglotite e característico de doenças infraglóticas.

O gabarito foi epiglotite aguda, pois as doenças infraglóticas não apresentam um quadro hiperagudo-intenso de descorforto respiratório intenso + febre alta em 12-24h.

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14
Q

Sobre a laringotraqueobronquite viral aguda, julgue:

A laringite, a laringotraqueíte e a laringotraqueobronquite viral representam um processo inflamatório que envolve as cordas vocais e as estruturas infraglóticas. O acometimento da mucosa respiratória pode ter diferentes graus de extensão e, por esse motivo, podemos ter desde apenas uma laringite, até laringotraqueíte ou laringotraqueobronquite viral.

O termo crupe é utilizado para descrever a associação de estridor inspiratório, tosse e rouquidão. É um quadro que resulta da inflamação laríngea e das estruturas infraglóticas e pode ter mais de uma causa: laringite, laringotraqueíte, laringotraqueobronquite, crupe espasmódico e traqueíte bacteriana.

É possível encontrarmos a utilização do termo crupe viral como sinônimo apenas de laringotraqueíte ou laringotraqueobronquite virais.

O crupe diftérico já foi uma condição comum, mas tornou-se raro nos dias de hoje.

A laringotraqueíte viral aguda, também conhecida como crupe viral, é a principal causa de obstrução respiratória alta aguda em crianças, respondendo pela maior parte dos quadros agudos de estridor nessa população.

O diagnóstico laringotraqueíte viral aguda é clínico e não demanda a realização de qualquer exame complementar.

A

Todas são verdadeiras.

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15
Q

Sobre o crupe viral, responda:

Predomina em qual faixa etária:

Pico de incidência:

Ocorrência mais comum em qual sexo:

Distribuição sazonal:

Transmissão:

A

Crianças entre três meses e cinco anos,

No segundo ano de vida;

É ligeiramente mais comum no sexo masculino.

Concentrando-se mais nos meses frios do ano, outono e inverno (como a maioria das afecções virais respiratórias).

Contato direto ou por via respiratória (semelhante à descrita para o resfriado).

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16
Q

Principal agente etiológico da laringotraqueíte viral aguda:

Outros agentes etiológicos:

A

Vírus parainfluenza tipos 1, 2 e 3, responsável por 75% dos casos.

(Esse vírus pode causar doença em outros pontos da árvore respiratória, podendo ser responsável por um simples resfriado comum).

Influenza (causa doença mais grave), adenovírus e Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

17
Q

Quadro clínico da laringotraqueobronquite viral:

A

Começa com o aparecimento de pródromos catarrais - rinorreia, faringite, tosse leve e febre baixa, com duração entre 1 e 3 dias (nada mais que o habitualmente encontrado em um resfriado). Depois surgem os sinais e sintomas que indicam acometimento das vias aéreas superiores, a tosse ladrante (ou metálica, “tossindo como um cachorro”), a rouquidão (caracteriza o acometimento das cordas vocais) e o estridor inspiratório (caracteriza obstrução em algum ponto das vias aéreas superiores). Esses sintomas tipicamente são piores à noite, recorrentes e vão desaparecendo com o passar de alguns dias, em até uma semana. A criança tem preferência por ficar sentada na cama ou de pé. A febre tem manifestação variável, ausente, febre baixa ou febre alta.

Em grande parte das crianças com crupe viral, o estridor só ocorre quando a criança chora ou está agitada (pelo aumento da velocidade do fluxo aéreo), desaparecendo durante o repouso. A presença de estridor em repouso deve ser interpretada como indicador de gravidade. O aumento da frequência respiratória, a presença de sinais de desconforto respiratório e o estridor contínuo também indicam obstrução mais intensa.

18
Q

Se for realizado uma radiografia no paciente com laringotraqueíte viral aguda, pode-se identificar um achado imagenológico atribuído a esta doença.

Qual é:

Corresponde a qual alteração anatômica.

Significado clínico:

A

“Sinal da torre” ou “Sinal da ponta do lápis”.

Área correspondente ao estreitamento infraglótico.

Pode estar ausente em pacientes com crupe e pode ser identificado em outros que não têm a doença.

19
Q

Tratamento da laringotraqueíte viral aguda:

Condição para alta:

A

O tratamento depende da gravidade do quadro, que é identificado pela presença de estridor em repouso ou desconforto respiratório evidente (tiragem subcostal, intercostal e supraesternal, batimento da asa do nariz, taquipneia) ou hipóxia.

Quadros leves (regime domiciliar):

1- Solução fisiológica para lavagem nasal se obstrução nasal.

2- Antipirético se febre.

3- Pode ser considerado o uso de corticoterapia em casos leves, sendo cada vez mais recomendada, que tem como benefício uma menor necessidade de internações e de uso posterior de adrenalina: Dexametasona 0,6 mg/kg IM ou VO dose única.

Quadros moderados a graves (regime ambulatorial):

1- Nebulização com l-epinefrina 0,5 ml/ kg até um máximo de 5 ml da solução 1:1.000. Observação por 2 a 3 horas. Se o estridor retornar antes disso, deve-se fazer novamente a nebulização e manter a criança por mais algumas horas em observação.

2- Dexametasona 0,6 mg/kg IM ou VO dose única.

3- Solução fisiológica para lavagem nasal se obstrução nasal.

4- Antipirético se febre.

(Lembrar de prescrever antipirético e solução fisiológica para continuidade de regime domiciliar no momento da alta)

(Doses mais baixas de dexametasona também são consideradas eficazes, embora não sejam prescritas. Mais recentemente, tem sido demonstrado que a nebulização com budesonida pode ser igualmente eficaz. O uso de prednisolona em dose única tem menos benefício).

(A vaporização, seja com vapor quente ou frio, é um tratamento empregado de longa data no manejo desses casos. Há o relato de melhora dos sintomas de algumas dessas crianças após a exposição ao “sereno da madrugada”, o que poderia servir para corroborar a eficácia dessa medida. Porém, a maioria dos estudos que avaliam a real efetividade da vaporização não
comprova o seu beneficio).

(A nebulização com adrenalina é capaz de promover a diminuição do edema subglótico, pois o efeito beta-adrenérgico da substância leva à constrição das arteríolas pré-capilares com reabsorção e regressão do edema da mucosa laríngea).

(Há outras maneiras de se prescrever epinefrina. A adrenalina tem início de ação rápido, mas seu efeito é passageiro, durando por até duas horas. Assim, é mandatório que essa criança permaneça em observação por, pelo menos, esse período).

Sem estridor em repouso, saturação de oxigênio e nível de consciência normais, ter recebido corticoide.

20
Q

Diagnósticos diferenciais de laringotraqueíte viral:

A

Laringite Estridulosa ou Crupe Espasmódico - quadro clínico típico: criança que acorda no meio da noite com tosse metálica, com estridor inspiratório, voz rouca e parece bem aflita. Acomete, tipicamente, crianças entre 1 e 3 anos, não há pródromos de doença viral de vias aéreas superiores, nem febre. Os sintomas regridem em poucas horas e a criança passa o dia seguinte muito bem. Porém, há tendência à recidiva e o mesmo quadro pode recorrer por mais uma ou duas noites.

Laringotraqueíte bacteriana.

Laringite dftérica

Aspiração de corpo estranho

Abscessos profundos do pescoço - têm história com outras características, com queixa de disfagia e mais alterações ao exame físico.

Angioedema - o edema laríngeo pode ocorrer no curso de uma reação anafilática quando um indivíduo predisposto é exposto a um tipo específico de antígeno.

Epiglotite Aguda.

21
Q

Num menino de 2 anos, com dificuldade súbita para respirar durante a madrugada, estridor inspiratório e tosse metálica, o diagnóstico mais provável é:

A

Laringite estridulosa ou Crupe espasmódico.

(O quadro é típico de Laringite Estridulosa).

(A asma brônquica pode ter exacerbações noturnas, mas a presença de sibilos é bastante característica e não há estridor).

(A aspiração de corpo estranho pode causar estridor e tosse, mas a tosse não tem o timbre metálico e esse evento ocorre mais comumente durante o dia, quando a criança está acordada e manipulando um corpo estranho qualquer).

(Alguns quadros de refluxo gastroesofágico podem desencadear uma laringite por refluxo, mas isso será considerado especialmente na presença de sintomas crônicos ou recorrentes).

22
Q

Complicação da laringotraqueíte viral:

Manifestações clínicas:

Agente etiológico mais comum:

Tratamento:

A

Traqueíte bacteriana.

A criança apresenta quadro de laringotraqueíte viral e começa a piorar nitidamente, evoluindo com febre alta (39-40°C), toxemia, presença de copiosa secreção purulenta nas vias aéreas e piora dos sintomas obstrutivos - estridor em repouso e dificuldade respiratória - e ausência de resposta à nebulização com adrenalina.

(A obstrução laríngea agora não é mais causada apenas pelo edema inflamatório da mucosa, mas também pela produção de abundante secreção purulenta espessa).

(A história clínica sugere localização na laringe, porém há sinais de toxemia e febre alta, ambas as manifestações não são cararacterísticas da laringotraqueobronquite viral, sugerindo, então, ser traqueíte bacteriana)

Staphylococcus aureus.

Internação hospitalar, antibioticoterapia venosa específica, com cobertura antiestafilocócica, e cuidados intensivos, sendo que muitas destas crianças precisarão ser intubadas.

23
Q

Lactente de 16 meses é levado a serviço de
emergência devido a quadro de tosse, dispneia
intensa e estridor. A mãe informa que o
quadro vem evoluindo há cinco dias com coriza,
rouquidão e tosse ladrante que pioraram
nas últimas 24h concomitantemente ao aparecimento
de estridor e febre alta (39°C). Exame
físico: FR: 52 irpm, estridor acentuado em repouso, tiragem subcostal e supraesternal.
Após a nebulização com adrenalina o quadro
se mantém inalterado. A hipótese diagnóstica
mais provável é:

A

Laringotraqueíte bacteriana.

A não resposta à adrenalina em um paciente
que tem um quadro sugestivo de laringite viral,
principalmente se associada à presença
de febre alta, é muito sugestiva de laringotraqueíte
bacteriana. Esta condição mórbida é
uma doença de etiologia predominantemente
estafilocócica na qual a presença de pseudomembranas
na árvore respiratória, resultado
da secreção de muco espesso associado à
necrose da mucosa das vias de condução,
leva a quadros obstrutivos graves que exigem
internação hospitalar, antibioticoterapia e,
frequentemente, intubação traqueal.

Tanto a laringite viral quanto a estridulosa se
caracterizam pela pronta resposta à nebulização
com adrenalina, pois o edema da mucosa
da região subglótica é o principal fator de
obstrução nestes casos e este é prontamente
resolvido pela vasoconstricção induzida pela
adrenalina. Além disso, a laringite estridulosa
se caracteriza por ser um quadro de obstrução súbita, noturna e frequentemente afebril.

24
Q

Um menino de 2 anos é atendido no serviço de saúde
após seus pais relatarem uma “noite difícil”. Em continuação a alguns dias de sintomas respiratórios superiores leves, mas sem febre, na noite passada ele manifestou um episódio de estridor e aumento de esforço respiratório. A criança já apresentou esses sintomas duas vezes nos dois últimos meses, ficando bem após cada episódio. No intervalo entre crises, ele encontra-se normal. Hoje, exceto pela rinorreia discreta, seu exame físico está normal. Qual é a etiologia mais provável?

A

Crupe espasmódico.

25
Q

Criança com 10 meses de idade é levada para atendimento
no Centro de Saúde com história de coriza nasal
hialina e tosse há cinco dias, que evoluiu com estridor
inspiratório, rouquidão, febre alta e toxemia. Considerando
o quadro clínico acima, qual a hipótese diagnóstica
mais provável?

A

Traqueíte bacteriana.

Localização na laringe + febre alta e toxemia.