Introdução às Síndromes Infecciosas das Vias Respiratórias na Infância Flashcards
Estridor
Definição:
Significado semiótico:
Causas (classificação):
Definição: ruído que surge pelo turbilhonamento que o ar sofre ao passar pela via aérea estreitada. É predominantemente inspiratório (pois o calibre dessas grandes vias de condução é menos na inspiração)
Significado semiótico: marcador de um obstrução das vias aéreas superiores, essencialmente hipofaringe, laringe e porção extratorácica da traqueia.
Causas (classificação): infecciosas e não infecciosas.
Significado semiótico da taquipneia em crianças com menos de 5 anos:
Quando avaliamos a criança com menos de 5 anos, especialmente o lactente, a taquipneia se mostra um sinal muito mais sensível para a identificação de doença pulmonar que a presença de alterações na ausculta. Se houver obstrução alta muito importante haverá estridor + taquipneia.
Taquipneia (critérios de definição):
FR >= 60 irpm em menores de 2 meses.
FR >= 50 irpm entre 2 meses e menores que 1 ano.
FR >= 40 irpm entre 12 meses e menores que 5 anos.
AIDPI:
Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância é uma estratégia da OMS e UNICEF que tem o objetivo de promover uma rápida e significativa redução da mortalidade na Infância através da capacitação e treinamento de profissionais para identificar sinais gerais de perigo nas crianças e definir condutas.
Sinais gerais de perigo para crianças com idade entre 2 meses e 5 anos, segundo a Estratégia AIDPI:
A criança não consegue beber nem mamar
A criança vomita tudo o que ingere
A criança apresentou convulsões
A criança está letárgica ou inconsciente
Em relação ao sintoma “tosse ou dificuldade de respirar” as crianças entre 2 meses e 5 anos podem ser classificadas como, segundo a Estratégia AIDPI:
Pneumonia Grave ou Doença Muito Grave
Pneumonia
Não é Pneumonia
Segundo a Estratégia AIDPI, defina Pneumonia Grave ou Doença Muito Grave e respectiva conduta:
Qualquer sinal geral de perigo ou
Tiragem subcostal ou
Estridor em repouso
Dar a primeira dose de um antibiótico recomendado
Referir urgentemente ao hospital
Segundo a Estratégia AIDPI, defina Pneumonia e respectiva conduta:
Respiração rápida
Dar um antibiótico recomendado durante sete dias
Se tiver sibilância tratar com broncodilatador durante 5 dias
Aliviar tosse com medidas caseiras
Informar à mãe sobre quando retornar imediatamente
Marcar retorno em 2 dias
Segundo a Estratégia AIDPI, defina Não é Pneumonia e respectiva conduta:
Nenhum sinal de pneumonia ou doença muito grave
Se estiver tossindo há mais de 30 dias, referir para avaliação
Aliviar tosse com medidas caseiras
Informar à mãe sobre quando retornar imediatamente
Se tiver sibilância, tratar com broncodilatador durante 5 dias
Seguimento em 5 dias, se não melhorar
Hiperemia da membrana timpânica, significado clínico:
Pouco específico para o diagnóstico de otite média aguda.
Radiografia de tórax de um lactente: hipotransparência triangular na região paratraqueal direita, do tipo “vela de barco”, o que é:
Timo
Lactente com febre + coriza + ausculta pulmonar com roncos difusos ou ruídos de transmissão, hipótese diagnóstica:
Resfriado
Roncos difusos à ausculta pulmonar é decorrente da obstrução superior
Principal causa de déficit auditivo adquirido na infância:
Otite Média Aguda
Causa mais comum de celulite orbitária na infância:
Sinusite etmoidal
Raciocínio para IRA sem taquipneia e sem estridor:
A sua sequência de raciocínio deve ser metodicamente a mesma:
Em primeiro lugar, você identifica que está diante de uma infecção respiratória aguda; a seguir, pesquisa pela
presença de estridor e taquipneia. Na ausência
dessas manifestações, você define que está diante de uma infecção respiratória das vias aéreas superiores.
Se a queixa principal for obstrução nasal, coriza e tosse, com menos de 10 dias será resfriado, independente das características da coriza.
Se a queixa principal for obstrução nasal, coriza e tosse, com mais de 10 dias será Sinusite Bacteriana Aguda, independente das características da coriza.
Se um quadro de otalgia, hipoacusia, abaulamento timpânico, miringite bolhosa e febre surgir após o quadro de resfriado, será OMA.
Se a queixa for dor de garganta, será uma faringite.
Se for faringite, comece o diferencial das faringites agudas, buscando primeiramente identificar se está diante de uma faringite estreptocócica ou faringite viral.
Se o paciente tiver entre 5 e 15 anos e tiver história de início abrupto com febre alta (39-40ºC); cefaleia, dor abdominal;náuseas e vômitos; eritema faríngeo; exsudato; adenomegalia cervical dolorosa; petéquias
em palato; hipertrofia amigdaliana sugere faringite estreptocócica, independente da presença de exsudato na faringe. Em crianças com menos de 3 anos a faringite estreptocócica surge na forma de sintomas menos exuberantes, com congestão e secreção nasal, febre baixa e adenopatia cervical anterior, caracterizando um quadro conhecido como estreptococose, que pode entrar no diagnóstico diferencial do resfriado comum e das sinusites bacterianas agudas.
Se a queixa de dor de garganta vier associada com o seguinte quadro: indivíduos de qualquer idade; faringite leve, febre variável, presença frequente de tosse (pode ser produtiva), conjuntivite, rouquidão ou diarreia; coriza clara e abundante; adenomegalia não dolorosa; pode haver úlceras orais; habitualmente ausência de exsudatos; sugere ter como agente etiológico influenza a presença de manifestações sistêmicas: mialgia, artralgia e dor abdominal, sugere ser faringite viral.