Insuficiência Respiratória Crônica Flashcards
Fisiologia
CFV (capacidade vital forçada)
Volume total de ar exalado de forma forçada a partir de uma inspiração máxima
Inspiração forçada seguida de expiração forçada
Fisiologia
VEF1 (Volume expiratório forçado no primeiro segundo)
Volume de ar exalado no primeiro segundo de expiração , a partir de uma inspiração máxima. É o principal parâmetro no estadiamento da gravidade das doenças pulmonares obstrutivas
Relação VEF1/CVF (índice Tiffeneau)
Percentual do ar que é exalado no primeiro segundo em relação ao total de ar exalado. VR: 75-80%. É reduzido nas doenças obstrutivas
Fisiologia
FEF 25-75% (fluxo expiratório forçado entre 25-75% do volume da CVF):
Mede o fluxo do ar exalado entre 25-75% da CVF. É o primeiro parâmetro a se alterar nas doenças obstrutivas
Fisiologia
Peak Flow
Mede o fluxo expiratório máximo em uma expiração forçada.
Pico de fluxo expiratório
PFE - Peak Flow
Método alternativo
Medida isolada
Medida seriada - variabilidade intra-diária
Usado para controle e diagnóstico
Espirometria
Padrões patológicos da prova de função pulmonar
Distúrbio obstrutivo: Caracterizado pela redução dos fluxos expiratórios (VEF1), pelo represamento de ar no final da expiração (hiperinsuflação) resultando em uma VEF1/CVF tipicamente baixo (<70%) e VEF1<80%.
* Encontrado na asma e DPOC
* VEF1 baixo => índice de Tiffeneau baixo
Distúrbio restritivo: é caracterizado pela redução de todos os volumes pulmonares. O VEF1 se reduz proporcionalmente a CVF, mantendo normal a relação VEF1/CVF.
* É o padrão das doenças pulmonares intersticiais que levam a fibrose parenquimatosa progressiva, restringindo a ventilação.
* Distúrbio misto: A espirometria revela relação VEF1/CVF <70% e CVF bastante reduzida
* Índice de Tiffeneau não está diminuído
DPOC x Asma
DPOC: destruição de alvéolos e bronquíolos (estrutural) => exposição prolongada a gases e partículas nocivas, tais como fumaça de tabaco, poluição do ar em espaços internos e exposição ocupacional a poeiras, fumos e produtos químicos. Diferenciar da asma por reversibilidade
ASMA: reatividade muito maior, mas sem alteração anatômica, é mais funcional => retira alérgeno, dá broncodilatador => volta ao normal
DPOC
Doença caracterizada por obstrução crônica e parcialmente reversível das vias aéreas inferiores, com destruição progressiva do parênquima pulmonar
Fatores de risco DPOC
Tabagismo, exposição a biomassa, poeira e irritantes químicos, história de infecções respiratórias de repetição, deficiência de alfa-1-antitripsina, hiper reatividade das vias aéreas inferiores, etc
Cálculo carga tabágica e risco de DPOC
Número de cigarros por dia x anos de uso/20 (número de cigarros de um maço)
<10-15 anos/maço: pouco provável
20-40:surge o risco
maior que 40: aumenta muito risco
Componentes da DPOC
Doença das pequenas VAI (Bronquiolite/Bronquite obstrutiva crônica)»_space; tosse com expectoração por no mínimo 3 meses – 2 anos consecutivos
Inflamação e excesso de muco
Destruição parênquima (Enfisema)»_space; Alteração na troca gasosa (hipoxemia/hipercapnia) e hiperinsuflação pulmonar (perda da elasticidade)
Os alvéolos crescem, se unem e perdem a eslasticidade e a força para expulsar o ar => dificulta respiração
Isolados vs. sobrepostos
Fisiopatologia DPOC
Inalação de substâncias/gases tóxicos => Inflamação crônica
das VAI (Macrófago, Neutrófilo) => ativação/acúmulo de neutrófilos e desequilíbrio entre proteases e antiproteases e entre agentes oxidantes e antioxidantes => alterações estruturais e estreitamento das VA
Sinais e sintomas DPOC
- Tosse crônica produtiva com expectoração branca ou amarelada de predomínio matinal
- Cansaço de evolução lenta e progressiva com redução do limiar para as atividades habituais
- Dispneia progressiva aos esforços
- Tórax em tonel
Esteriótipos
Pink buffer (soprador róseo)
Enfisematoso, com pouco ou nenhum componente bronquítico. Geralmente são magros, com um diâmetro anteroposterior do tórax bastante aumentado, pletora facial, murmúrio vesicular muito reduzido. Dispneia expiratória do tipo ‘’soprador’’
Esteriótipos
Blue Bloater (inchado azul)
Bronquítico. Há hipoxemia grave e retenção crônica de CO2. Elimina bastante excreção e tem o tórax ruidoso: roncos, sibilos e estertores são frequentes a ausculta respiratória
Diagnóstico DPOC
Espirometria
* Redução do VEF1
* Redução da relação VEF1/CVF <0.7 (70%) com pouca ou nenhuma melhora após o uso de broncodilatador
* O Primeiro parâmetro espirométrico a se alterar é a FEF 25-75%
* Diagnóstico e controle tratamento
Pico de Fluxo Expiratório (PFE)- Peak Flow
* Método alternativo Medida isolada vs seriada (variabilidade intra-diária)
* Controle da doença
Raio x de tórax
* Aumento dos espaços intercostais
* Visualização de mais do que 9 ou 10 arcos costais anteriores
* Retificação das hemicúpulas diafragmáticas
* Maior hipertransparência pulmonar
* Coração alongado (em ‘’gota’’)
TC de tórax
* Uso limitado na investigação de rotina da DPOC
* Bronquiectasia
Tratamento DPOC
GOLD
Todos os pacientes internados E
Grupo A: broncodilatador
Grupo B: LABA + LAMA
Grupo E: LABA + LAMA e considerar ICS (corticóide inalatório se eosinófilo >300)
Tratamento DPOC
Tratamento DPOC
Tratamento DPOC
Asma brônquica
É uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores, potencialmente reversível, que acarreta hiperreatividade da árvore traqueobrônquica a formas diversas de estímulos
Fatores de risco asma
Predisposição genética
* Atopia
* Exposição ocupacional a agentes sensibilizantes
* Exposição a alérgenos (pólen, fungos, ácaros, etc)
* Obesidade
Tórax silencioso: sinal de gravidade
Tosse crônica: pode ser asma
Diagnóstico asma
Espirometria
Peak-Flow
Teste de broncoprovocação
Gasometria arterial
Tratamento asma
GINA
Medicamentos
* B2-agonista de curta duração (SABA) - Salbutamol, Formalterol
* B2-agonista de longa duração (LABA) - Salmeterol
* Anticolinérgicos de curta duração (SAMA) - Atrovent
* Anticolinérgicos de longa duração (LAMA) - Tiotrop
* Corticóide inalatório (ICS)
* Corticoide sistêmico (oral ou venoso)
* Anti-leucotrienos
Tratmento asma
Medicação de controle: Corticóide inalatório (budesonida ou beclometasona)
Medicações de resgaste (sintomáticos: curta ação/SABA (salbutamol), longa ação/LABA (formaterol)