Instabilidade cárpica Flashcards
Instabilidade cárpica
Anatomia
Fileiras proximal e distal
Movimentação das fileiras:
Não há inserção muscular no carpo -> fileira distal move-se junto aos metacarpos e a fileira proximal se adapta a ela
Pisiforme não faz parte do carpo biomecanicamente - É apenas um sesamóide do flexor ulnar do carpo.
Instabilidade cárpica
Teoria mais aceita para movimentação do carpo
Aspeco anatômico
Teoria oval de Lichtman
Fileira distal - bloco único - ligamentos fortes e tensos
Escafóide conectado à fileira distal pelo ligamento radio-escafo-capitato e ao semilunar através do Escafosemilunar
Semilunar liga-se ao escafoide pelo Escafosemilunar e ao piramidal através do ligamento luno-piramidal
O semilunar não tem conexão ligamentar direta com a fileira distal
O piramidal se conecta a fileira distal através do Lig. capitato-amato-piramidal e ao semilunar pelo lunopiramidal citado acima.
Instabilidade cárpica
Teoria mais aceita para movimentação do carpo
Aspecto mecânico
Teoria oval de Lichtman
O eixo de movimento do punho é igual ao de um arremessador de dardos:
- Extensão+desvio radial x Flexão + desvio ulnar
A fileira distal se movimenta em bloco junto com os metacarpos.
A fileira proximal se adapta e realiza movimentos opostos.
Exemplos:
Ao realizar extensão com desvio radial
- Fileira distal segue o desvio
- Fileira proximal realiza flexão e desvio ulnar
Instabilidade cárpica
Mecanismo de trauma
Direto - Raro
Trauma indireto - Maioria por hiperextensão
Instabilidade cárpica
Estágios da lesão
Estágios de Mayfield
1 - Entre semilunar e escafoide
2 - Entre semilunar e capitato
3 - Entre semilunar e piramidal
4 - Radio-cárpica
Pode ser puramente ligamentar, mas se o arco for largo pode haver fratura dos ossos vizinhos.
Instabilidade cárpica
Quadro clínico geral
Dor e estalidos
Instabilidade cárpica
Exames clínicos
RX:
PA - arcos de gilula - 3 arcos
I- Proximal a fileira proximal
II- Distal a fileira proximal
III- Proximal a fileira distal
Índice carpal
- A altura do carpo tem a metade do tamanho do 3º metacarpo
Sinal de Terry Thomas
- Abertura do espaço Escafo-semilunar em 2 mm
Perfil:
Ângulo escafolunar: 30-60°
Ângulo Lunocapitato: 0°-15º
Ângulo Radiolunar: 0°-15º
Contorno de Talesnik:
- É perdido quando há flexão do escafóide
RNM
Instabilidade cárpica
Classificações
Geissler - Artroscópica
Categorias de Larsen
Instabilidade cárpica
Classificações - Geissler
Geissler - Artroscópica
- Avalia em como se consegue passar com a câmera pelos espaços
1: Hemorragia sem ruptura aparente
2: Ruptura parcial, probe não passa
3: Probe passa
4: Artroscópio 2.7 passa
Instabilidade cárpica
Classificações - Estágios de Larsen
Categorias de Larsen
-Cronicidade:
Aguda
Subaguda
Crônica
-Periodicidade:
Pré dinâmica (sem alteração ao rx)
Dinâmica (rx alterado apenas com carga)
Estática (Rx alterado independente de carga)
-Direção:
DISI
- Desvio dorsal do semilunar
- Aumento do ângulo escafosemilunar
VISI
- Desvio volar do semilunar
- Diminuição do ângulo escafosemilunar
Instabilidade cárpica
Correlação dos estágios de Mayfield com desvios
No estágio 1 há a ruptura dos escafolunares que conferem estabilidade DORSAL.
Na instabilidade entre capitato e semilunar no estágio 2 com o ligamento Luno-piramidal (que é forte anteriormente) íntegro força desvio DORSAL.
- Então o estágio 1 e 2 provocam DISI
No estágio 3 há ruptura do Lunopiramidal, que confere maior estabilidade VOLAR
Naturalmente pelas forças deformantes o navicular tende a desviar volar
-Então o estágio 3 provoca VISI
No estágio 4 há ruptura dos ligamentos radio-carpicos que ocasionam na maioria das vezes luxação do semilunar
Instabilidade cárpica
Deformidade em DISI
Quando ocorre:
Exame físico:
Alterações no RX:
DISI ocorre geralmente nas lesões estágio 1 e 2 de Mayfield
Teste de Watson - (Wlnar para radial)
- Lesão parcial - dor
- Total - Clique
- Lesão crônica e estática - Negativo
RX:
- AP:
Terry Thomas
Sinal do Anel (flexão do escafóide)
- Perfil:
Aumento do ângulo Escafosemilunar
Quebra do arco de Talesnik (flexão do escafóide)
Instabilidade cárpica
Deformidade em VISI
Quando ocorre:
Exame físico:
Alterações no RX:
Ocorre na ruptura do Escafosemilunar + Lunopiramidal
Estágio 3 de Mayfield
Teste de Kleiman ou Reagan - Gaveta do semilunar
Rx:
-AP
Sinal do anel (flexão do escafóide)
Quebra dos arcos de Gilula
- Perfil:
Diminuição do ângulo Escafosemilunar
Quebra do arco de Talesnik (flexão do escafoide)
Instabilidade cárpica
Luxações perilunares
Tempo 4 de Mayfield - Lesões dos ligamentos radiocárpicos
Luxação volar do semilunar
Instabilidade cárpica
Tratamento na DISI
Disi aguda
- Estender o escafóide + fletir o semilunar
- Fios de K entre escafoide e semilunar e escafoide capitato
- Pode usar âncora
Disi crônica
- Reconstrução ligamentar
- Enxerto tendíneo
SLAC
- Salvação
- Artrodese em 4 cantos
- Carpectomia proximal (perda de força)
- Artrodese do punho (mantém força, perde movimento)