Infecções Flashcards

1
Q

Considerações anatomicas da coluna: Disco intervertebral

A

• Avascular -> Nutrição difusão pela placa vertebral terminal

⦁ Placa vertebra terminal: estrutura anatômica formada por fina camada cartilaginosa - presente entre a vertebra e o disco intervertebral - altamente vascularizada - vasos do pericondrio e metáfise adjacente

• Disco é o local inicial em infecções por inoculação direta

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2
Q

Epidemiologia infecções coluna vertebral

A
  • 2-4% das osteomielites
  • Mais comum por via arterial hematogenica - ITU principal causa - inicia pela placa vertebral terminal ou região metafisáriado corpo

*Infecção por TB geralmente é venosa pelas VEIAS renais

* Usuario de droga: Pseudomonas

  • Pode ocorrer por contiguidade (abcesso abdominal) e inoculação direta (principalmente iatrogenico em cirurgia)
  • Bacterias piogenicas + comum s.aureus, não piogenicas micobacterium TB, fungos
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3
Q

Epidemiologia Discite e Osteomielite Piogenica Vertebral

A

2% das osteomielites piogenicas

Bimodal: Infancia 6-7 anos; homens> 45-64 anos

Défcit neurologico em 17% - mais alto o nivel, mais comum

Mais comum na coluna anterior

Nível mais acometido: Lombar 50-60% > Torácico 3040% > Cervical 10%

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4
Q

4 fatores que indicam maior predisposição a paralisia em osteomielites vertebrais piogênicas ou por fungos (não se aplica para caso de infecção por TB)

A

⦁ Infecção por S. aureus
⦁ Idade
⦁ Nível (cervical > torácico > lombar)
⦁ Comorbidades (DM, AR, uso de corticoides)

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5
Q

Quadro clínico infecções vertebrais

A

⦁ História prévia de imunossupressão ou infecções.

⦁ Sintomas:
*Não existe nenhum sintoma muito específico 🡪 dificuldade no diagnóstico
⦁ Dor (85% dos casos) 🡪 Mais comum
⦁ Pior a noite e pode piorar com alterações na postura, deambulação e outras atividades.
Febre – quando presente é baixa
⦁ Sintomas constitucionais podem estar presentes: anorexia, sudorese noturna, febre intermitente, perda de peso
⦁ Deformidades da coluna – pode ser apresentação tardia
⦁ Sintomas neurológicos - raramente é a queixa inicial

⦁ Exame Físico:
⦁ Sinal mais comum 🡪 Dor a palpação do local acometido
⦁ Pode apresentar sinal de Kernig + (contratura isquiotibiais)
⦁ Edema na região da virilha abaixo do lig. inguinal – pode representar abscesso paravertebral devido extensão para Ileopsoas - posterior
⦁ Espasmo persistente da musculatura paravertebral
⦁ Limitação de mobilidade do segmento envolvido devido dor

⦁ Avaliação neurológica
⦁ Raramente radicular, mais comumente envolve vários nervos
**Achados clínicos em pacientes idosos ou imunocomprometidos podem ser mínimos

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6
Q

Exames complementares e diagnóstico infecções vertebrais

A

• Imagem:

a) RAIO-X: Primeiro sinal é a erosão da placa terminal, aparece com 2 semanas até 3 meses, pode achatar espaço discal, irregularidades da placa terminal, falha da porção subcondral e esclerose
b) TC: Acompanha doença, abcesso em parte mole e compressão do canal medular
c) RNM: T1 Diminuição do sinal na vertebra/disco acometido, T2 aumento sinal no disco e diminuido no corpo vertebral - ajuda pra ver abcesso

*Importante para identificar infecção primária na medula (mielite) sem envolvimento epidural e ósseo

* Alterações ósseas permanecem mesmo após tratamento

d) CINTILOGRAFIA + TC: Sensível mas inespecifico, avalia atividade difusa inicial que se localiza

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7
Q

Tratamento infecções da coluna vertebral

A

TRATAMENTO CONSERVADOR
⦁ Indicação 🡪 tratamento inicial de escolha exceto nos casos com indicação cirúrgica

Métodos:

⦁ ATB EV por 6 semanas, seguido de oral de acordo com clínica/evolução
Órteses: indicadas para pacientes com risco de fratura patológica
⦁ Prognóstico: Resolução 9-24 meses

TRATAMENTO CIRÚRGICO

⦁ Indicação: Falha tratamento conservador, instabilidade da coluna associada a compressão medular (ou risco de compressão), déficit neurológico

⦁ Abordagem cirúrgica - depende da localização da infecção:

Maioria dos casos é na coluna anterior - utiliza-se anterior na coluna cervical e posterior/anterior na toracolombar

• Debridamento + descompressão de elementos neurais + estabilização da coluna com correção da deformidade.

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8
Q

Epidemiologia - POTT

A

⦁ Mulher = homem
⦁ Incidência aumenta com a idade
⦁ Comprometimento ósseo e articular 2-3% dos pacientes com tuberculose -> 30-50% lesão na coluna
⦁ Local mais acometido -> Junção toracolombar
L1 é a vertebral mais acometida
T10 é a mais associada a déficits neurológicos.

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9
Q

Etiologia e Histologia POTT

A

Histologia

Granuloma caseoso, BAAR+: granulomas compostos por monócitos e células epiteliais formam massa com centro necrótico caseoso + presença de células de Langerhans

Anatomia:

⦁ Disseminação na coluna por baixo do LLA e LL

• Geralmente poupa o disco (a não ser que acometa 2 vertebral adjacentes)

⦁ Acomete principalmente terço anterior do corpo vertebral.

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10
Q

Paraplegia de POTT

A

Défcit neurologico em 10-47% dos pacientes

95% recupera o défcit

Pior prognostico: Paralisia por acometimento vascular, infecção na DURA, transecção medular, paralisia por mais de 6 meses

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11
Q

Grupos de Hodgson

A

POTT

⦁ Grupo A: Paraplegia com doença ativa.
⦁A1: pressão externa na medula.
⦁A2: penetração da dura-mater pela infecção.

⦁ Grupo B: paraplegia com doença curada.
⦁ B1:transsecção da medula por fragmento ósseo.
⦁ B2: constrição medular por granuloma e tecido fibroso.

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12
Q

Deformidade + comum da coluna no mal de POTT

A

CIFOSE

⦁ No tratamento conservador ocorre em média progressão de 15° da deformidade
Para cada corpo destruído existe cifotização de cerca de 30-35°

⦁ Deformidade de Gibbus = cifose estruturada devido deformidade de seguimento curto da coluna (resulta em grande angulação)

⦁ Progressão da deformidade tem 2 fases:
⦁ Fase 1 (fase ativa da doença)
⦁ Fase 2 (após a cura da doença)

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13
Q

Diagnostico POTT

A

Radiografia

Específicos da TB: calcificação de partes moles paravertebral – presença de calcificação do abscesso é praticamente diagnóstico de TB

**Calcificação fina do tecido pole paravertebral!!

Achados tardios: colapso vertebral – chamado de “colapso em sanfona” pois aspecto lembra um acordeão.
⦁ Lesão óssea principalmente destrutiva - geralmente associado a cifose.

Biopsia

⦁ Nos casos da suspeita de infecção por TB a confirmação do agente etiológicos é mais importante do que na piogênica, pois tratamento é prolongado e medicamentos possuem relevante toxicidade 🡪 se não for possível o diagnóstico por punção guiada deve-se realizar biopsia aberta
O teste cutâneo pode ser uma ferramenta para auxiliar diagnóstico, porém não deve ser realizado em paciente com história previa de TB (podem ter hiper-reatividade com necrose da pele).

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14
Q

⦁ Fatores relacionados com gravidade e risco de progressão da cifose POTT

A

⦁ Acometimento de mais de um nível (aumenta risco de cifose grave a colapso)
⦁ Cifose progressiva mesmo com tratamento conservador
⦁ Acometimento pulmonar progressivo
⦁ Pacientes <15 anos
⦁ Deformidade inicial >30°

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15
Q

Infecção coluna em criança

A

EPIDEMIOLOGIA

6-7 anos, s.aureus, <6 anos pode ser viral

QUADRO CLÍNICO:

Febre, aumento PCR/VHS, RX altera em 4-6 semanas, dificuldade para deambular, irritabilidade, défcit neurologico é RARO, criança mais velha pode ter dor abdominal

TRATAMENTO
⦁ Varia muito na literatura - desde repouso sem uso de antibióticos até ATB endovenosa e uso de órteses
⦁ Crianças com <6 anos podem ser observadas sem ATB (provável etiologia viral)
⦁ Órteses indicadas em casos de dor ou dificuldade em deambular 🡪 geralmente crianças mais velhas
Raramente necessita de tto cirúrgico (exceto em infecção por TB ou outras infecções caseosas que não respondem a ATB)

COMPLICAÇÕES
⦁ Fusão espontânea: 25%
⦁ Raro evoluir com dor nas costas persistente.

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16
Q

Epidemiologia e fatores de risco infecções pós operatorias da coluna

A

⦁ Ocorre em 1.9 – 4.4% de todas as cirurgias
⦁ 2% em procedimentos para hernias de disco
⦁ 2.5% em cirurgias para estenose espinhal
4% após cirurgias para espondilolistese degenerativa
Procedimento de maior risco: artrodese por via combinada

⦁ Fatores de risco:

⦁ Do paciente: idade >60 anos, obesidade, doença pulmonar obstrutiva crônica, cirugia prévia da coluna, hiperglicemia, DM, desnutrição, uso de corticoides, artrite reumatóide, doença cardíaca, osteoporose
⦁ Associados ao procedimento: duração prolongada, número de pessoas na sala cirúrgica, ruptura da duramater, perda sanguínea, transfusão, instrumentação

⦁ Estudos recentes mostram que uso de vancomicina em pó na incisão diminui incidência de infecção

17
Q
A
18
Q

Quem é mais sensível para detecção precoce de infecção da coluna?

A

PCR