HIV Flashcards

1
Q

Vírus HIV:

  • Material genérico
  • Características que aumentam virulencia
  • Sub-tipos
A

Material genérico

  • Retrovírus: RNA fita simples
    • *

Características que aumentam virulencia

  • Enzimas replicativas
  • Envelope

Sub-tipos

  • HIV-1: Brasil/pandemia (mundo)
  • HIV-2: África
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2
Q
  • Qual a principal alvo viral do HIV?
  • Como que o vírus afeta esse alvo?
  • O que a carga viral faz com esse alvo?
A

Principal alvo:

  • linfócito T CD4
    • *

Quanto maior a carga viral, menor a contagem de linfócitos T CD4 por:

  • (1) efeito citopático direto
  • (2) citotoxicidade de:
    • linfócitos T CD8,
    • células NK e
    • anticorpos anti-HIV
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3
Q

Qual o ciclo viral do HIV?

A
  • O HIV encosta e funde seu envoltório lipoproteico à membrana plasmática da célula
  • O capsídeo viral é inoculado no citoplasma, onde libera seu RNA e enzimas replicativas
  • O RNA viral sofre ação da transcriptase re ersa e é então revertido em DNA
    • *
  • A integrase junta o DNA viral ao DNA da célula, e então o núcleo células passa a produzir partículas virais
    • *
  • Por fim, a protease monta as proteínas virais funcionalmente ativas
    • *
  • O capsídeo é novamente montado e brota da superfície celular roubando parte da sua membrana

Obs: se atende às 3 enzimas replicativas

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4
Q

O que o HIV faz com o sistema imune da pessoa?

A

Ativação imune constante: gera inflamação crônica

  • Envelhecimento precoce =
    • aterosclerose
    • neoplasias
    • doenças cardiovasculares
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5
Q

A partir de quanto tempo do contágio o individuo passa a dar positivo para HIV?

A
  • Soroconversão = média de 30 dias
    • Ou seja, passar a ser soro-positiva (ao teste rápido que é imunológico) em média 30 dias

Porém, se solicitado carga viral, ela passa a ser positiva a partir de 10 dias de infecção (já vai ter vírus cirulante, que ainda não gerou soroconversão)

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6
Q

Quais são as manifestações clínicas da fase aguda da infecção por HIV?

A

Fase aguda: mononucleose-like (70%)

  • Febre
  • Dor de garganta
  • Linfonomegalia periférico
  • Hepato-esplêno megalia
  • Rash Cutâneo
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7
Q
  • O que é set-point viral na história da infecção do HIV?
  • Como que ele influencia a evolução da doença?
A
  • Set-point viral:
    • ponto em que o sistema imune e a replicação viral entram em “equilíbrio”
    • totalmente a assintomática (é um “acordo” ali entre o corpo e vírus, que coexistem quase que em plator de carga viral e contagem de CD4)
  • Quão maior for seu valor após 6 meses a1 ano de doença, mais rápido a pessoa evolui para a fase AIDS da doença
  • Os chamados “controladores de elite” conseguem manter sua
    carga viral indetectável a despeito da terapia medicamentosa
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8
Q

O que acontece na fase assintomática da infeccção por HIV do ponto de vista:

  • Sintomas
  • Contagem de CD4
  • Carga viral
A

Fase assintomática = fase de latência clínica

Sintomas:

  • Assintomático, sendo a única alteração possível a presença de LINFADENOPATIA GENERALIZADA PERSISTENTE, definida por:
    • ≥ 2 cadeias extrainguinais E
    • > 3 meses
  • Contagem de CD4
    • Diminuí 50 células por ano!
  • Carga viral
    • Vírus fica replicando

Obs: não existe latência virológica!!

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9
Q

Qual o valor da contagem de CD4 que inicia a fase sintomática da infecção por HIV?

A

A partir da contagem de CD4 menor que 200 que a inicia a fase sintomática = AIDS

  • infecções e neoplasiasoportunistas na pessoa infectada pelo HIV

Obs: quando a contagem está caindo mas ainda não atingiu 200, a pessoa começa a abrir a porta imunológica e ter infecções NÃO-ESPECÍFICAS (ou seja, não-AIDS):

  • herpes recorrentes, pneumoniais recorentes, candidiase oral, etc

A AIDS são aquelas infecções que a pessoa jamais teria se tivesse infectada pelo vírus

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10
Q

Na história natural do HIV, em média, quanto tempo a pessao leva para:

  • Iniciar a fase AIDS
  • Ir a óbito após iniciada a fase AIDS
A
  • Iniciar a fase AIDS
    • 10 anos
  • Ir a óbito após iniciada a fase AIDS
    • 1 ano e 4 meses (ou seja, 11 anos e 4 meses de infecção)
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11
Q
  • Qual a definição de AIDS?
  • Quais os critérios?
A

AIDS: infecçõese neoplasias oportunistas na pessoa infectada pelo HIV

  • Infecção documentada pelo HIV

+

  • CD4 < 200 cél/mm3 e/ou
  • Manifestações que a pessoa nunca teria se não fosse pela AIDS:
    • Fungos
    • TB extrapulmonar
    • Vírus
    • Neoplasias
    • Parasitos
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12
Q

Cites as manifestações fúngicas que podem caracterizar que o paciente está na fase AIDS?

A

Fungos

  • Candidíase em esôfago/via aérea
    • Cuidado que oral não classifica AIDS
  • Pneumocistose pulmonar
  • Histoplasmose disseminada
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13
Q

Cites as manifestações de tuberculose que podem caracterizar que o paciente está na fase AIDS?

A

Qualquer TB extrapulmonar

(pulmonar não define AIDS)

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14
Q

Cites as manifestações de vírus que podem caracterizar que o paciente está na fase AIDS?

A

Vírus:

  • CitaloMecaloVírus (CMV) quando este acomete outros órgão além de:
    • fígado, baço, linfonodos (que podem ser acometidos numa CMV de quem não tem HIV)
    • Exemplo: retina, vírus respiratórios
  • Vírus JC (que gera a doença LEMP)
    • Vírus bobo e comum, que só vai causar LEMP se tiver na fase AIDS
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15
Q

Cites as manifestações de neoplasia que podem caracterizar que o paciente está na fase AIDS?

A

Neoplasias:

  • CA de colo uterino invasivo
    • o CA in sutu não é especifico da fase AIDS
  • Sarcoma de Kaposi (HHV8)
  • Linfoma não-Hodgkin
    • O tipo Hodgkin não é específico
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16
Q

Cites as manifestações de parasitas que podem caracterizar que o paciente está na fase AIDS?

A

Parasitas:

  • Neurotoxoplasmose
  • Chagas agudo
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17
Q

O teste sorológico para HIV vai ser válido para diagnóstico em todas as idades?

A

Não

Uma vez que o recem nascido pode trazer anticorpos maternos.

Então somente a partir dos 🤱 18 meses que o teste sorológico passa a ser válido!!

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18
Q

Como fazer o diagnóstico de HIV numa criança menor de 18 meses?

A

£ 18 meses

  • Carga viral (HIV-RNA)
  • Devem ser feitos em2 ocasiões
    • Resultado positivo se as 2 tiverem cargaviral > 5.000 cópias

Se a criança tiver recebido quimioprofilaxia ARV,a primeira amostra deve ser coletada 2 semanas e a segunda amostra 6 semanas após o término da profilaxia

Se a primeira amostrafor positiva, porém com < 5.000 cópias, a se- gunda amostra é coletada após 4 semana

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19
Q

Como fazer o diagnóstico de HIV numa criança menor de 18 meses?

A

≤ 18 meses

  • Carga viral (HIV-RNA)
  • Devem ser feitos em 2 ocasiões
    • Resultado positivo se as 2 tiverem carga viral > 5.000 cópias
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20
Q

Numa criança menor de 18 meses, quando coletar a segunda amostra de carga viral se a primeira positiva <5000 cópias?

A

Se a primeira amostra for positiva, porém com < 5.000 cópias, a segunda amostra é coletada após 4 semana

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21
Q

Numa criança menor de 18 meses, quando coletar as amostras de carga viral se a criança estiver fazendo quimiprofilaxia antiretroviral?

A

Se a criança tiver recebido quimioprofilaxia ARV

  • Primeira amostra deve ser coletada 2 semanas
  • Segunda amostra 6 semanas após o término da profilaxia
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22
Q

Como fazer o diagnóstico de HIV numa criança maior de 18 meses?

A

Carga viral é muito caro; então primeiro se faz um dos dois testes de rastreio (de anticorpo)

  • (1) Imunoensaio (IE) ou Teste rápido (TR)
    • Tradicional: 2 IE’s
    • Situações especiais: 2 TR

Se vier então dois positivos:

  • (2) Carga viral (HIV-RNA)
    • Pode ser falso-negativo nos controladores de elite
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23
Q

No diagnóstico de HIV, quais as situações especiais que necessita de teste rápido?

A

Imunoensaio só saí em uma semana… tem situações que cê quer saber NA HORA (ai fazer o teste rápido)

  • Regiões sem infraestrutura, centros de testagem
  • gestantes não testadas no pré-natal
  • parceiros de portadores
  • acidentes ocupacionais,
  • segmentos vulneráveis (“carnaval de salvador”),
  • após diagnóstico de tuberculose,
  • outras DST e hepatite viral,
  • pronto socorro, ..
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24
Q

Na investigação de HIV, interprete os resultados abaixos?

  • IE ou TR (-):
  • Testes discordantes
A

IE ou TR (-) = ou negativo ou janela imunólogica

  • IE ou TR (-): amostra não reagente (não precisa repetir)
  • IE ou TR (-), mas caso suspeito: repetir em 30 dias

Caso suspeito = história de contato sexual com alguém portador; compartamento de alto risco, etc

  • Testes discordantes (um positivo e outro negativo) → realizar Western Blot ou Imunoblot (são muito específicos)
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25
Q

Para cada situação abaixo, complete quais etapas diagnósticas estão faltando:

  • 6 meses, com RNA positivo →
  • 10 anos, com IE positivo →
  • 15 anos, TR1 positivo →
  • 30 anos, TR1 positivo, TR2 positivo, RNA positivo →
A
  • 6 meses, com RNA positivo →
    • RNA
  • 10 anos, com IE positivo →
    • IE 2° amostra +
    • RNA
  • 15 anos, TR1 positivo →
    • TR2 +
    • RNA
  • 30 anos, TR1 positivo, TR2 positivo, RNA positivo →
    • NADA
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26
Q

Quais os conceitos gerais no tratamento do HIV?

A
  • TARV não é emergência! (paciente pode não querer; paciente tem que consentir)
    • Exceto em: estupro, acidente ocupacional…
  • Uso contínuo sempre:
    • se iniciou, não para nunca mais (que ai o vírus pode ficar resistente à medicação)
  • Mínimo de 3 drogas
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27
Q

Qual a indicação de tratamento pra HIV?

Qual o objetivo do tratamento?

A

Indicação

  • Todo paciente HIV +
    • *

Objetivo

  • Manter a carga viral indetectável
  • Zerar transmissão sexual
  • Sempre que ttm > 6 meses + carga viral indetectável ( i = i )
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28
Q

Quais são os inibidores da transcriptase reversa?

A

Existe o comprimido 3 em 1:

  • Tenofovir (TDF)
  • Lamivudina (3TC)
  • Efavirenz (EFV)

O que antigamente era o usado:

  • Zidovudina (AZT)
    • *

Obs: quase todos os esquemas retrovirais no brasil incluem a duplinha: Tenofovir + Lamivudina

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29
Q

Quais são os inibidores da integrase?

A

Todos os que terminam com tegravir:

  • Dolutegravir (DTG)
  • Raltegravir (RAL)
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30
Q

Quais são os inibidores de protease?

A

Todos os que terminam com navir:

  • Atazanavir com ritonavir (ATV/r)
  • Lapinavir com ritonavir (LPV/r)

Obs: sempre tem o r de ritonavir para potencializar QUALQUER inibidore de protease utilizado

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31
Q

Qual o esquema de início de TARV para população geral?

A

População geral

  • TDF + 3TC + DTG

(dupla dinâmica + dolutegravir)

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32
Q

Quais os efeitos colaterais da lamivudina?

A

Pensar a Lamivudina como arroz de festa: ela tá presente em quase todos os esquemas

Justamente por não ter quase nenhum efeito colateral importante

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33
Q

Quais os efeitos colaterais do tenofofovir?

A

“Tenofovir temnefortoxidade”

  • Tenofovir (TDF) – - efeitos colaterais
    • nefrotoxicidade
    • perda de massa óssea

Obs: recomendar a prática de exerciciso resistido para previnir osteoporose

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34
Q

Quais os efeitos colaterais do dolutegravir?

A
  • Dolutegravir (DTG) - efeitos colaterais:
    • cefaleia
    • intolerância gástrica
35
Q

Qual o esquema de início de TARV para tuberculose?

A

Faz o antigo 3 em 1 ( duplas dinâmica + o outro retroviral)

Tuberculose

  • TDF + 3TC + EFV + genotipagem

Tem que fazer genotipagem antes para só ai entrar com o EFV!!

Obs: a rifampicina interage com o DTG. Então, se genotipagem mostrar que o vírus é resistente ao EFV, começar a TARV com DTG em dose dobrada!!

36
Q

Quais os efeitos colaterais do efavirenz?

A
  • Efavirenz (EFV) – efeitos colaterais
    • efeitos neuropsiquiátricos
      • sonolência (então usar sempre à noite)
      • sonhos vívidos (que não deixa descansar)
      • acorda chapada (efavironha - maconha)
      • depressão
    • rash cutâneo
37
Q

Qual o esquema de início de TARV para gestante?

A

Não se espera chegar a 14° semana não! Já iniciar de cara assim que tiver o diagnóstico

Até 13 semanas: não se sabe os efeitos do DTG (então se faz a duplinha + EFV- ou seja, esquema de tuberculose). Depois disso, faz o esquema da pop.geral

  • < 13 semanas:
    • TDF + 3TC + DTG
  • ≥ 13 semanas:
    • TDF + 3TC + EFV
38
Q

O que avaliar para fazer uma profilaxia pós-exposição?

A

Avaliar o acidente

  • Tempo:
    • até 72 horas (ideal= 2h)
  • Material infectante:
    • sangue, fluidos genitais, líquidos (serosa, líquor, peritoneal)
  • Acidentes de risco:
    • percutâneos, mucosos, em pele não íntegra

Avaliar fonte e exposto (teste rápido)

  • Exposto (+) OU fonte (-):
    • não fazer profilaxia
  • Exposto (-) E fonte (+) ou desconhecida:
    • profilaxia por 28 dias
39
Q

Qual o esquema para fazer uma profilaxia pós-exposição?

A

Os mesmo que a usaria para tratamento:

  • TDF + 3TC + DTG

(dupla dinâmica + dolutegravir)

(Se gravidez, olha idade gestacional e fazer; se tubercolose, fazer conforme tubercolose…)

40
Q

Qual o esquema para fazer uma profilaxia pré-exposição?

A

Profilaxia pré-exposição (PrEP)

  • Entricitabina (FTC) + Tenofovir(TDF)
  • Modo de uso: 1 comprimido ao dia, todos os dias

entre casais sorodiscordantes → entricitabina”

Obs: na frança, é PrEP On Demand: só dia dia de relação sexual, pelo menos duas horas antes do coito

41
Q

Quando está indicado realizar a profilaxia pré-exposição?

A

Indicações

  • HSH (homens que fazem sexo com homens)
  • Transexuais
  • Profissionais do sexo
  • Casais sorodiscordantes (mesmo se parceito estiver com carga indetectável, o parceiro tem direito de querer se proteger)
42
Q

A imagem abaixo está relacionada a que doença?

A

Típico de Sarcoma de Kaposi: lesões violácias

Acontece tipicamente na fase AIDS

43
Q

Qual o agente da pneumocitose pulmonar?

A
  • Agente etiológico: Pneumocystis jirovecii
44
Q

Quando que o paciente fica susceptível à pneumocitose pulmonar?

A

A prova vai te falar que o paciente está ali chegando na fase AIDS (se avizinhando da fase AIDS

Então vai te falar:

  • Geralmente se manifesta na imunossupressão moderada
    • CD4 < 200
    • candidíase oral
45
Q

Qual a clínica de síndrome da imunodeficiência adquirida?

A
  • Tosse seca arrastada,
  • dispneia aos esfor-os,
  • Síndrom econsumptiva
  • Ausculta respiratória normal
    • Pode acontecer de estar cianótica e sem alterações de ausculta
46
Q

Qual o laboratório de síndrome da imunodeficiência adquirida?

A
  • gasometria
    • hipoxemia
    • alcalose respiratória
  • LDH > 500
47
Q

Na prova, um caso de paciente com HIV e demonstrando alterações pulmonares: que dado vai te ajudar a a fazer ddx entre tubercolose e pneumocistose?

A

Pneumocistose

  • LDH vai estar muito aumentada (acima de 500)!!
    • *
  • Já a tuberculose vai ter:
  • acontece com qualquer CD4 (não é exclusiva da fase AIDS)
  • Imagem com lesão mais apical
  • sem LDH muito aumentado
48
Q

Como estará a radiografia da pneumocistose?

A
  • Infiltrado intersticial bilateral (que poupa ápice) ± pneumatoceles (raramente
    • *

Muito importante:

  • Não ocorre derrame pleural
  • Não ocorre adenopatia hilar
49
Q

Como fazer o diagnósitico de pneumocistose?

A
  • Escarro
    • Corante de prata metanamina OU
    • Corante de Grocott
50
Q

Como fazer o tratamento de pneumocistose?

A
  • Sulfametoxazol + Trimetropim por 21 dias
    • Casos leves: VO
    • Casos graves: IV
  • Corticoide se PaO2 < 70

Cuidado com questão de prova que vai colocar numa alternativa “bactrim” e na outra “bactrim + corticoide”

51
Q
  • Quando se deve fazer profilaxia primária de pneumocistose? (indições)
  • Como é feita essa profilaxia?
A

Profilaxia primária (SMX/TMP) se:

  • CD4 < 200 OU
  • Candidíase oral OU
  • febre > 2 semanas de origem interminada

Na pediatria:

  • Em todos os recém nascidos expostos, a partir da 4ª semana de vida, até a confirmação ou não da exposição
  • Em toda criança infectada durante o 1° ano de vida, independentemente do CD4
52
Q

Paciente com HIV e Tuberculose: o que tratar antes?

A

Iniciar RIPE → só começar TARV 2 semanas depois

53
Q
A

Letra D

Repara o pulo do gato de falar que o tratamento está descontinuado …está te dá a pista de que a pessoa está na fase AIDS

Soma-se a isso a tose seca + infiltrado intersticial difuso + auscuta boa incompatível com a saturação ruim … vai ser pneumocistose

54
Q

Quais as principais síndromes neurológicas da neuroaids?

A

Neuroaids pode tudo!! Qualquer doença neurológica mesmo pode dar.

Mas mais comum:

  • Meningite
    • Neurocriptococose
  • Encefalite - lesão focal
    • Neurotoxoplasmose
    • Linfoma primário do SNC
    • LEMP
  • Encefalite - lesão difusa
    • Complexo demencial da AIDS
55
Q
  • Qual o agente da neurocriptococose?
  • E o que ele causa?
A
  • Agente: Cryptococcus neoformans
  • Causa:
    • meningite mais branda +
    • hipertensão intracraniana intensa
56
Q

Qual a clínica de neurocriptococose?

A

Evolução subaguda

  • febre
  • cefaleia,
  • raros sinais meníngeos
  • paralisia do sexto par craniano

+

  • hipertensão intracrania intensa (que comprime o sexto par)
57
Q

Qual a clínica de neurocriptococose?

A

Evolução subaguda

  • febre
  • cefaleia,
  • raros sinais meníngeos
  • paralisia do sexto par craniano

+

  • hipertensão intracrania intensa (que comprime o sexto par)
58
Q

Como fazer o diagnóstico de neurocriptococose?

A

Punção lombar = estudo do líquido

Achado gerais:

  • Aumento da pressão liquórica ↑↑↑↑
  • Infiltrado linfomononuclear
  • Hiperproteinorraquia
  • Hipoglicorraquia

Achados específicos:

  • tinta nanquim (= da china)
  • cultura
  • antígeno criptocócico
59
Q

Qual o achado da imagem abaixo?

A

Tinta da china (naquim) mostrando leveduras = NEUROCRIPTOCOCOSE

60
Q

Qual o tratamento da neurocriptococose?

A
  • Anfotericina B + flucitosina +
  • Punção de alívio se pressão de abertura > 25 cmH20
    • retirar de 20-30 mL diariamente
61
Q

Qual o agente etilógico da neurotoxoplasmose?

A
  • Agente etiológico: Toxoplasma gondii
62
Q

Qual a clínica da neurotoxoplasmose?

A

Subaguda

  • Sinais neurológicos focais (hemiparesia)
  • Convulsão, cefaleia
63
Q

Como fazer o diagnóstico de neurotoxoplasmose?

A

Clínica + imagem

TC de crânio

  • Múltiplas lesões hipodensas (principalmente em gânglios da base)
  • Realce anelar pelo contraste
    • Capta contraste na borda
    • Por dentro é necrose
  • Edema perilesional
64
Q

Qual o achado da imagem abaixo?

A

TC de crânio

  • Múltiplas lesões hipodensas (principalmente em gânglios da base)
  • Realce anelar pelo contraste
    • Capta contraste na borda
    • Por dentro é necrose
  • Edema perilesional
65
Q

Qual o tratamento da neurotoxoplasmose?

A
  • Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico

OU

  • Sulfametoxazol + Trimetropim

Obs: sulfametoxazol e pirimetamina não deixam o ácido fólico ser convertido em ácido folinico (por serem toxico à medula); Por isso tem que repor acido folínico!!

66
Q

Quando fazer a profilaxia primária para neurotoxoplasmose?

Como fazer?

A

Profilaxia primária (Sulfametoxazol + Trimetropim) se:

  • CD4 < 100 E TER:
  • IgG positivo para toxoplasmose
67
Q

Qual a clínica do linfoma primário do SNC?

A
  • Semelhante à Neurotoxoplasmose, mas que não melhora após 14 dias de tratamento
68
Q

Como fazer o diagnóstico do linfoma primário do SNC?

A
  • CD4 < 50 (obrigatóriamente) +
  • PCR (+) para EBV no líquor +
  • RM com lesão única +

→ fazer então:

  • Biópsia
69
Q

Como fazer o tratamento do linfoma primário do SNC?

A
  • Radioterapia paliativa
70
Q
  • O que significa a sigla LEMP?
  • Qual o agente etiológico?
A
  • Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva
  • Vírus JC
71
Q

Qual a clínica de LEMP?

A

Múltiplos déficits focais que se somam ao longo dos meses

Obs: é como se fossem vários AVCs seguidos

72
Q

Como fazer o diagnóstico de LEMP?

A
  • hipersinal em T2
73
Q

Qual o achado da imagem abaixo

A

RNM com hipersinal em T2: LEMP

74
Q

Qual o tratamento de LEMP?

A
  • Tratamento: TARV
75
Q

Resuma a raciocínio diagnóstico de um paciente na fase AIDS com déficit focal?

A
  • Déficit focal agudo na fase AIDS = tratar como neurotoxoplasmose
    • Se não melhorar após 14 dias = investigar Linfoma 1° do SNC
  • Se déficits MULTIPLOS que vão aparecendo ao longo do temp0 = LEMP
76
Q

Qual o agente etiológico do Complexo demencial da AIDS?

A
  • Encefalopatia e lesão difusa pelo próprio HIV
77
Q

Qual a clínica de Complexo Demencial da AIDS?

A

Tríade:

  • déficit cognitivo (demência) +
  • alteração comportamental +
  • alteração motora
78
Q

Como fazer o diagnóstico de Complexo Demencial da AIDS?

A

Atrofia Cerebral na RNM

79
Q

Qual o tratamento do Complexo Demencial da AIDS?

A

TARV

80
Q

Paciente com AIDS. Qual o achado da imagem abaixo?

A

Atrofia Cerebral na RNM, sugestiva de Complexo Demencial da AIDS

81
Q

Quais as definições de alto risco e de baixo risco de transmissão vertical de HIV?

A

Baixo risco

  • Mãe que fez uso de TARV desde a 1° metade da gestação +
  • CV indetectável após 28 semanas +
  • sem falha na adesão

Alto risco

  • Mãe sem pré-natal ou
  • Sem TARV durante a gestação ou
  • Ccom indicação de receber profilaxia na hora do parto mas que não recebeu
  • TARV de início após 2° metade da gestação
  • com infecção aguda pelo HIV durante a gestação ou amamantação
  • CV-HIV detectável no 3° simestre (com ou sem TARV)
  • CV-HIV desconhecida
  • Descobriu através de Teste Rápido positivo na hora do parto
82
Q

Quais cuidados que se deve ter para prevenir a transmissão vertical do vírus HIV?

A

Cuidados imediatos:

  • Campleamento imediato do cordão umbilical
  • Banho na sala de parto
  • Aspirar vias aéreas, se necessário, delicadamente

Medicações:

  • Baixo risco
    • apenas AZT por 28 dias
  • Alto risco:
    • > 37 semanas: AZT + 3TC + RAL (por 28 dias)
    • 34- 37 semanas: AZT + 3TC (por 28 dias) + NVP (por 14 dias)
    • <34 semanas: AZT

Obs: NVP = Nevirapina; RAL = raltegavir

+

Profilaxia de pneumocistoce (SMX-TMP)

  • Independente do risco, sempre a partir de 4 semanas (e até afastar a infecção ou até o primeiro ano de vida)
83
Q

Como fazer o diagnóstico de transmissão vertical de HIV?

A
  • 1° CV: ao nascer (antes do ARV)
  • 2° CV: 14 dias de vida
  • 3° CV: 2 semanas após o fim da profilaxia (= 6 semanas)
  • 4° CV: 8 semanas após o fim da profilaxia (= 12 semanas)

“2x6 = 12 ( duas semanas, 6 semanas, 12 semanas)”

Se CV detectável = REPETIR IMEDIATAMENTE

  • 2 resultados acima de 5000 cópias = criança infectada
  • CV detectável < 5000 cópiar → fazer DNA próviral

Sempre que infectada, ao 12 meses: fazer sorologia (detectar sorrorreversão)

  • Se ainda positivo, repetir aos 18 meses de vida