Hipertensão Arterial Sistêmica Flashcards
A maior parte dos idosos acima de 60 anos no Brasil possui HAS. V/F?
V (68%)
Pré-HAS não aumenta risco de eventos cardiovasculares. V/F?
F. 1/3 de todos os eventos cardiovasc atribuídos a elevação de PA acontecem em indivíduos com Pré-hipertensos
Pilares do diagn de HAS
Medição da PA + Suspeição e identificação de causa secundária + avaliação de risco CV + Lesão de órgão alvo
A PA deve ser medida em toda avaliação por médicos
de qualquer especialidade e demais profissionais da saúde
devidamente capacitados. V/F?
V
Frequência MÍNIMA de medição de PA
Recomenda-se, pelo menos, a medição da PA a cada
dois anos para os adultos com PA ≤ 120/80 mmHg,
e anualmente para aqueles com PA > 120/80 mmHg
e < 140/90 mmHg
Em suspeita de HA secundária a coartação da aorta, onde ela deve ser medida?
a medição deverá ser realizada nos
membros inferiores, utilizando-se manguitos apropriados
Quando deve ser suspeitado Hipot Ortostática? Como ela deve ser dignosticada?
Hipotensão ortostática deve ser suspeitada em pacientes
idosos, diabéticos, disautonômicos e naqueles em uso de
medicação anti-hipertensiva. Assim, particularmente nessas
condições, deve-se medir a PA com o paciente de pé,
após 3 minutos, sendo a hipotensão ortostática definida
como a redução da PAS > 20 mmHg ou da PAD > 10
mmHg.
Preparo do pct para medição da PA
- Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em
repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser
instruído a não conversar durante a medição. Possíveis
dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do
procedimento. - Certificar-se de que o paciente NÃO:
- Está com a bexiga cheia;
- Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos;
- Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos;
- Fumou nos 30 minutos anteriores. - Posicionamento:
- O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas,
pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado;
- O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com
a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem
garrotear o membro. - Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos
diabéticos, idosos e em outras situações em que a hipotensão
ortostática possa ser frequente ou suspeitada.
Etapas para a realização da medição
- Determinar a circunferência do braço no ponto médio
entre acrômio e olécrano; - Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço;
- Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima
da fossa cubital; - Centralizar o meio da parte compressiva do manguito
sobre a artéria braquial; - Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial*;
- Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a
campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão
excessiva*; - Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível
estimado da PAS obtido pela palpação*; - Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg
por segundo)*; - Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I
de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de
deflação*; - Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase
V de Korotkoff)*; - Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último
som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à
deflação rápida e completa*; - Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar
a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar
valores da PAS/PAD/zero*; - Realizar pelo menos duas medições, com intervalo
em torno de um minuto. Medições adicionais deverão ser
realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes. Caso
julgue adequado, considere a média das medidas; - Medir a pressão em ambos os braços na primeira
consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão
como referência; - Informar o valor de PA obtido para o paciente; e
- Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o
braço em que a PA foi medida
Indicações clínicas para MAPA ou MRPA
Suspeita de HAB
- HA estágio 1 no consultório
- PA alta no consultório em indivíduos assintomáticos sem LOA e com baixo risco CV total
Suspeita de HM
- PA entre 130/85 e 139/89 mmHg no consultório
- PA < 140/90 mmHg no consultório em indivíduos assintomáticos com LOA ou com alto risco CV total
Identificação do EAB em hipertensos
Grande variação da PA no consultório na mesma consulta ou em consultas diferentes
Hipotensão postural, pós-prandial, na sesta ou induzida por fármacos
PA elevada de consultório ou suspeita de pré-eclâmpsia em mulheres grávidas
Confirmação de hipertensão resistente
Indicações específicas para MAPA
Discordância importante entre a PA no consultório e em casa
Avaliação do descenso durante o sono
Suspeita de HA ou falta de queda da PA durante o sono habitual em pessoas com apneia de sono, Doença Renal Crônica ou diabetes
Avaliação da variabilidade da PA
A partir de que idade deve ser medida a PA em crianças? Qual a frequência?
A medição da PA em crianças é recomendada em toda avaliação
clínica após os três anos de idade, anualmente
Principais fatores que interferem na medição da PA em idosos
- hiato auscultatório (acaba dando PS baixa dms ou PD alta dms)
- pseudo-hipertensão (aterosclerose dificultando oclusão da artéria braquial sob insuflação. Manobra de Osler resolve isso).
- Maior incidência de Efeito do Jaleco Branco
- Maior incidência de hipotensão ortostática
- Maior incidência de arritmias
Em obesos com circunferência do braço maior que 50 cm (ou seja, nenhum manguito se ajusta nele) o que deve ser feito?
Ausculta na artéria radial
Protocolo para obtenção da PA em MRPA
obtenção de três medições
pela manhã, antes do desjejum e da tomada da medicação, e
três à noite, antes do jantar, durante cinco dias. Outra opção
é realizar duas medições em cada uma dessas duas sessões,
durante sete dias
Valor de referência da PA em MRPA
São considerados anormais valores de PA ≥ 135/85 mmHg
Valores de referência da PA em MAPA
São atualmente consideradas anormais as médias de PA
de 24 horas ≥ 130/80 mmHg, vigília ≥ 135/85 mmHg e
sono ≥ 120/70 mmHg
Como deve ser confirmado diagn de HAS no ambulatório?
o diagnóstico deverá ser sempre validado por medições repetidas, em condições ideais, em duas ou mais ocasiões, e confirmado por medições fora do consultório (MAPA ou MRPA),
excetuando-se aqueles pacientes que já apresentem LOA
detectada
Definição de HAS mal controlada
0 A HAS não controlada é definida quando,
mesmo sob tratamento anti-hipertensivo, o paciente
permanece com a PA elevada tanto no consultório como
fora dele por algum dos dois métodos (MAPA ou MRPA).
Normotensão
Considera-se normotensão quando as medidas de
consultório são ≤ 120/80 mmHg e as medidas fora dele
(MAPA ou MRPA) confirmam os valores considerados
normais
Valores da pré-hipertensão
A PH caracteriza-se pela presença de PAS entre 121 e
139 e/ou PAD entre 81 e 89 mmHg.
Diagn de Efeito do Avental Branco
O EAB é a diferença de pressão entre as medidas obtidas
no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja
igual ou superior a 20 mmHg na PAS e/ou 10 mmHg na
PAD
Hipertensão mascarada
É caracterizada por valores normais da PA no consultório,
porém com PA elevada pela MAPA ou medidas residenciais
Dados importantes de se coletar no ExameFisico
Medição da PA nos dois braços
Peso, altura, IMC e FC
CA
Sinais de LOA
Cérebro: déficits motores ou sensoriais
Retina: lesões à fundoscopia
Artérias: ausência de pulsos, assimetrias ou reduções, lesões cutâneas, sopros
Coração: desvio do ictus, presença de B3 ou B4, sopros, arritmias, edema
periférico, crepitações pulmonares
Sinais que sugerem causas secundárias*
Características cushingóides
Palpação abdominal: rins aumentados (rim policístico)
Sopros abdominais ou torácicos (renovascular, coartação de aorta, doença da
aorta ou ramos)
Pulsos femorais diminuídos (coartação de aorta, doença da aorta ou ramos)
Diferença da PA nos braços (coartação de aorta e estenose de subclávia)
Utilidade do índice tornozelo-tibial na HAS. Como calculá-lo
Indica Doença Arterial Periférica (DAP). Define-se como
normal uma relação PAS braço/PAS tornozelo acima de 0,90,
definindo-se a presença de DAP como: leve, se a relação é
0,71-0,90; moderada, 0,41-0,70; e grave, 0,00-0,40
Cálculo da depuração de creatinina
fórmula de Cockroft-Gault
Cálculo do ritmo de filtração glomerular estimado
fórmula CKD-EPI
Exames de rotina para paciente hipertenso
Análise de urina Potássio plasmático Glicemia de jejum e HbA1c Ritmo de filtração glomerular estimado (RFG-e) Creatinina plasmática Colesterol total, HDL-C e triglicérides plasmáticos Ácido úrico plasmático Eletrocardiograma convencional
Interpretação da CKD-EPI
Estágio 1: ≥ 90 = normal ou alto;
Estágio 2: 60-89 = levemente diminuído;
Estágio 3a: 45-59 = leve a moderadamente diminuído;
Estágio 3b: 30-44 = moderada a extremamente diminuído;
Estágio 4: 15-29 = extremamente diminuído;
Estágio 5: < 15= doença renal terminal (KDIGO)
Qual o principal fator de risco cardiovascular?
HAS
É comum, na prática clínica, que pcts com HAS não tenham mais nenhum FRCV associado?
NÃO! A maioria tem mais de 1
Pct hipertenso estágio I + doença aterosclerótica (clínica, subclínica, ou como DM ou Doença Renal Crônica) é de qual grupo de risco para DCV?
Risco Alto (Chance de primeiro/novo evento CV em 10 anos acima de 20%)
Definição de doença aterosclerótica e seus equivalentes
- Doença aterosclerótica (clinicamente evidente): arterial coronária, cerebrovascular ou obstrutiva periférica
- Aterosclerose subclínica significativa documentada por método diagnóstico
- Procedimentos de revascularização arterial
- Diabetes melito tipos 1 e 2
- Doença renal crônica
- Hipercolesterolemia familiar
Alto risco baseado no Escore de Risco Global, para homens e mulheres
São considerados de ‘alto risco’ os homens com ERG
> 20% e as mulheres com ERG > 10%
Fatores de risco CV na avaliação do pct hipertenso
• Sexo masculino
• Idade ○ Homens ≥ 55 anos ou mulheres ≥ 65 anos • História de DCV prematura em parentes de 1º grau ○ Homens < 55 anos ou mulheres < 65 anos • Tabagismo
• Dislipidemia ○ Colesterol total > 190 mg/dl e/ou ○ LDL-colesterol > 115 mg/dl e/ou ○ HDL-colesterol < 40 mg/dl nos homens ou < 46 mg/dl nas mulheres e/ou ○ Triglicerídeos > 150 mg/dl
• Resistência à insulina
○ Glicemia plasmática em jejum: 100-125 mg/dl
○ Teste oral de tolerância à glicose: 140-199 mg/dl em 2
horas
○ Hemoglobina glicada: 5,7 – 6,4%
• Obesidade
○ IMC ≥ 30 kg/m2
○ CA ≥ 102 cm nos homens ou ≥88 cm nas mulheres