Hipertensão Arterial Sistêmica Flashcards

1
Q

A maior parte dos idosos acima de 60 anos no Brasil possui HAS. V/F?

A

V (68%)

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1
Q

Pré-HAS não aumenta risco de eventos cardiovasculares. V/F?

A

F. 1/3 de todos os eventos cardiovasc atribuídos a elevação de PA acontecem em indivíduos com Pré-hipertensos

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2
Q

Pilares do diagn de HAS

A

Medição da PA + Suspeição e identificação de causa secundária + avaliação de risco CV + Lesão de órgão alvo

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3
Q

A PA deve ser medida em toda avaliação por médicos
de qualquer especialidade e demais profissionais da saúde
devidamente capacitados. V/F?

A

V

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4
Q

Frequência MÍNIMA de medição de PA

A

Recomenda-se, pelo menos, a medição da PA a cada
dois anos para os adultos com PA ≤ 120/80 mmHg,
e anualmente para aqueles com PA > 120/80 mmHg
e < 140/90 mmHg

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5
Q

Em suspeita de HA secundária a coartação da aorta, onde ela deve ser medida?

A

a medição deverá ser realizada nos

membros inferiores, utilizando-se manguitos apropriados

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6
Q

Quando deve ser suspeitado Hipot Ortostática? Como ela deve ser dignosticada?

A

Hipotensão ortostática deve ser suspeitada em pacientes
idosos, diabéticos, disautonômicos e naqueles em uso de
medicação anti-hipertensiva. Assim, particularmente nessas
condições, deve-se medir a PA com o paciente de pé,
após 3 minutos, sendo a hipotensão ortostática definida
como a redução da PAS > 20 mmHg ou da PAD > 10
mmHg.

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7
Q

Preparo do pct para medição da PA

A
  1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em
    repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser
    instruído a não conversar durante a medição. Possíveis
    dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do
    procedimento.
  2. Certificar-se de que o paciente NÃO:
    - Está com a bexiga cheia;
    - Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos;
    - Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos;
    - Fumou nos 30 minutos anteriores.
  3. Posicionamento:
    - O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas,
    pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado;
    - O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com
    a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem
    garrotear o membro.
  4. Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos
    diabéticos, idosos e em outras situações em que a hipotensão
    ortostática possa ser frequente ou suspeitada.
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8
Q

Etapas para a realização da medição

A
  1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio
    entre acrômio e olécrano;
  2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço;
  3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima
    da fossa cubital;
  4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito
    sobre a artéria braquial;
  5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial*;
  6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a
    campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão
    excessiva*;
  7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível
    estimado da PAS obtido pela palpação*;
  8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg
    por segundo)*;
  9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I
    de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de
    deflação*;
  10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase
    V de Korotkoff)*;
  11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último
    som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à
    deflação rápida e completa*;
  12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar
    a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar
    valores da PAS/PAD/zero*;
  13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo
    em torno de um minuto. Medições adicionais deverão ser
    realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes. Caso
    julgue adequado, considere a média das medidas;
  14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira
    consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão
    como referência;
  15. Informar o valor de PA obtido para o paciente; e
  16. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o
    braço em que a PA foi medida
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9
Q

Indicações clínicas para MAPA ou MRPA

A

Suspeita de HAB

  • HA estágio 1 no consultório
  • PA alta no consultório em indivíduos assintomáticos sem LOA e com baixo risco CV total

Suspeita de HM
- PA entre 130/85 e 139/89 mmHg no consultório
- PA < 140/90 mmHg no consultório em indivíduos assintomáticos com LOA ou com alto risco CV total
Identificação do EAB em hipertensos
Grande variação da PA no consultório na mesma consulta ou em consultas diferentes
Hipotensão postural, pós-prandial, na sesta ou induzida por fármacos
PA elevada de consultório ou suspeita de pré-eclâmpsia em mulheres grávidas
Confirmação de hipertensão resistente

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10
Q

Indicações específicas para MAPA

A

Discordância importante entre a PA no consultório e em casa
Avaliação do descenso durante o sono
Suspeita de HA ou falta de queda da PA durante o sono habitual em pessoas com apneia de sono, Doença Renal Crônica ou diabetes
Avaliação da variabilidade da PA

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11
Q

A partir de que idade deve ser medida a PA em crianças? Qual a frequência?

A

A medição da PA em crianças é recomendada em toda avaliação

clínica após os três anos de idade, anualmente

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12
Q

Principais fatores que interferem na medição da PA em idosos

A
  • hiato auscultatório (acaba dando PS baixa dms ou PD alta dms)
  • pseudo-hipertensão (aterosclerose dificultando oclusão da artéria braquial sob insuflação. Manobra de Osler resolve isso).
  • Maior incidência de Efeito do Jaleco Branco
  • Maior incidência de hipotensão ortostática
  • Maior incidência de arritmias
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13
Q

Em obesos com circunferência do braço maior que 50 cm (ou seja, nenhum manguito se ajusta nele) o que deve ser feito?

A

Ausculta na artéria radial

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14
Q

Protocolo para obtenção da PA em MRPA

A

obtenção de três medições
pela manhã, antes do desjejum e da tomada da medicação, e
três à noite, antes do jantar, durante cinco dias. Outra opção
é realizar duas medições em cada uma dessas duas sessões,
durante sete dias

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15
Q

Valor de referência da PA em MRPA

A

São considerados anormais valores de PA ≥ 135/85 mmHg

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16
Q

Valores de referência da PA em MAPA

A

São atualmente consideradas anormais as médias de PA
de 24 horas ≥ 130/80 mmHg, vigília ≥ 135/85 mmHg e
sono ≥ 120/70 mmHg

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17
Q

Como deve ser confirmado diagn de HAS no ambulatório?

A

o diagnóstico deverá ser sempre validado por medições repetidas, em condições ideais, em duas ou mais ocasiões, e confirmado por medições fora do consultório (MAPA ou MRPA),
excetuando-se aqueles pacientes que já apresentem LOA
detectada

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18
Q

Definição de HAS mal controlada

A

0 A HAS não controlada é definida quando,
mesmo sob tratamento anti-hipertensivo, o paciente
permanece com a PA elevada tanto no consultório como
fora dele por algum dos dois métodos (MAPA ou MRPA).

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19
Q

Normotensão

A

Considera-se normotensão quando as medidas de
consultório são ≤ 120/80 mmHg e as medidas fora dele
(MAPA ou MRPA) confirmam os valores considerados
normais

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20
Q

Valores da pré-hipertensão

A

A PH caracteriza-se pela presença de PAS entre 121 e

139 e/ou PAD entre 81 e 89 mmHg.

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21
Q

Diagn de Efeito do Avental Branco

A

O EAB é a diferença de pressão entre as medidas obtidas
no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja
igual ou superior a 20 mmHg na PAS e/ou 10 mmHg na
PAD

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22
Q

Hipertensão mascarada

A

É caracterizada por valores normais da PA no consultório,

porém com PA elevada pela MAPA ou medidas residenciais

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23
Q

Dados importantes de se coletar no ExameFisico

A

Medição da PA nos dois braços
Peso, altura, IMC e FC
CA
Sinais de LOA
Cérebro: déficits motores ou sensoriais
Retina: lesões à fundoscopia
Artérias: ausência de pulsos, assimetrias ou reduções, lesões cutâneas, sopros
Coração: desvio do ictus, presença de B3 ou B4, sopros, arritmias, edema
periférico, crepitações pulmonares
Sinais que sugerem causas secundárias*
Características cushingóides
Palpação abdominal: rins aumentados (rim policístico)
Sopros abdominais ou torácicos (renovascular, coartação de aorta, doença da
aorta ou ramos)
Pulsos femorais diminuídos (coartação de aorta, doença da aorta ou ramos)
Diferença da PA nos braços (coartação de aorta e estenose de subclávia)

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24
Q

Utilidade do índice tornozelo-tibial na HAS. Como calculá-lo

A

Indica Doença Arterial Periférica (DAP). Define-se como
normal uma relação PAS braço/PAS tornozelo acima de 0,90,
definindo-se a presença de DAP como: leve, se a relação é
0,71-0,90; moderada, 0,41-0,70; e grave, 0,00-0,40

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25
Q

Cálculo da depuração de creatinina

A

fórmula de Cockroft-Gault

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26
Q

Cálculo do ritmo de filtração glomerular estimado

A

fórmula CKD-EPI

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27
Q

Exames de rotina para paciente hipertenso

A
Análise de urina
Potássio plasmático 
Glicemia de jejum e HbA1c 
Ritmo de filtração glomerular estimado (RFG-e) 
Creatinina plasmática 
Colesterol total, HDL-C e triglicérides plasmáticos 
Ácido úrico plasmático 
Eletrocardiograma convencional
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28
Q

Interpretação da CKD-EPI

A

Estágio 1: ≥ 90 = normal ou alto;
Estágio 2: 60-89 = levemente diminuído;
Estágio 3a: 45-59 = leve a moderadamente diminuído;
Estágio 3b: 30-44 = moderada a extremamente diminuído;
Estágio 4: 15-29 = extremamente diminuído;
Estágio 5: < 15= doença renal terminal (KDIGO)

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29
Q

Qual o principal fator de risco cardiovascular?

A

HAS

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30
Q

É comum, na prática clínica, que pcts com HAS não tenham mais nenhum FRCV associado?

A

NÃO! A maioria tem mais de 1

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31
Q

Pct hipertenso estágio I + doença aterosclerótica (clínica, subclínica, ou como DM ou Doença Renal Crônica) é de qual grupo de risco para DCV?

A

Risco Alto (Chance de primeiro/novo evento CV em 10 anos acima de 20%)

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32
Q

Definição de doença aterosclerótica e seus equivalentes

A
  1. Doença aterosclerótica (clinicamente evidente): arterial coronária, cerebrovascular ou obstrutiva periférica
  2. Aterosclerose subclínica significativa documentada por método diagnóstico
  3. Procedimentos de revascularização arterial
  4. Diabetes melito tipos 1 e 2
  5. Doença renal crônica
  6. Hipercolesterolemia familiar
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33
Q

Alto risco baseado no Escore de Risco Global, para homens e mulheres

A

São considerados de ‘alto risco’ os homens com ERG

> 20% e as mulheres com ERG > 10%

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34
Q

Fatores de risco CV na avaliação do pct hipertenso

A

• Sexo masculino

• Idade
○ Homens ≥ 55 anos ou mulheres ≥ 65 anos
• História de DCV prematura em parentes de 1º grau
○ Homens < 55 anos ou mulheres < 65 anos
• Tabagismo
• Dislipidemia
○ Colesterol total > 190 mg/dl e/ou
○ LDL-colesterol > 115 mg/dl e/ou
○ HDL-colesterol < 40 mg/dl nos homens ou < 46 mg/dl nas
mulheres e/ou
○ Triglicerídeos > 150 mg/dl

• Resistência à insulina
○ Glicemia plasmática em jejum: 100-125 mg/dl
○ Teste oral de tolerância à glicose: 140-199 mg/dl em 2
horas
○ Hemoglobina glicada: 5,7 – 6,4%

• Obesidade
○ IMC ≥ 30 kg/m2
○ CA ≥ 102 cm nos homens ou ≥88 cm nas mulheres

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35
Q

Lesão de órgãos-alvo na avaliação de risco adicional no hipertenso

A
• Hipertrofia ventricular esquerda
○ IECG: índice Sokolow-Lyon (SV1 + RV5 ou RV6) ≥ 35 mm
○ IECG: RaVL > 11 mm
○ IECG: Cornell voltagem > 2440 mm*ms
○ IECO: IMVE > 115 g/m2
 nos homens ou > 95 g/m2
 nas mulheres
  • EMI da carótida > 0,9 mm ou placa carotídea
  • VOP carótido-femoral > 10 m/s
  • ITB < 0,9
  • Doença renal crônica estágio 3 (RFG-e 30-60 mL/min/1,73m2)
  • Albuminúria entre 30 e 300 mg/24h ou relação albuminacreatinina urinária 30 a 300 mg/g
36
Q

Pct com HAS estágio 2 precisa de tt farmacológico? E com pct estágio 1 + risco CV alto?

A

SIM! SIM TAMBÉM!

37
Q

TT inicial para HAS estágio 1 + risco moderado a baixo para CV

A

Início apenas com TT NÃO-farmacológica (risco baixo: 6 meses; moderado: 3 meses). Passado esse período, se houver falha à adesão e/ou piora dos valores pressóricos, iniciar tt farmacológica tbm.

38
Q

Onde a terapia medicamentosa pode ser considerada em pcts pré-hipertensivos?

A

Pcts PH com DCV prévia, ou com risco CV alto sem atual DCV

39
Q

Quando deve ser iniciado terapia farmac em idosos?

A

<80 anos: de PAS >140, desde que bem tolerado e avaliando as condições gerais do indivíduo
>80 anos: ´PAS > 160

40
Q

Quando deve ser iniciado tt farmac para jovens com Hip Sist Isolada?

A

Quando risco CV for alto. Caso contrário, apenas medidas não-farmac + monitorização de LOA

41
Q

Meta pressórica para pcts com alto risco CV

A

<130/80. Meta pressórica controversa com pcts diabéticas. Para pcts com DAC, PAS não deve ser menor do que 120/70 (aumento de eventos CV fatais e não fatais)

42
Q

Meta pressórica para pct com estágio 3 de HAS

A

<140/90

43
Q

Cuidados ao definir meta pressórica em idosos com HAS

A

as metas de PA em idosos devem ser definidas da mesma forma que para os demais adultos, recomendando-se, no entanto, que a redução da PA seja feita de forma cautelosa e considerando-se a presença de comorbidades e de uso de múltiplos medicamentos.

44
Q

Qual o período para avaliação em pcts com HAS não controlada? Como o controle pressórico deve ser confirmado, idealmente?

A

Para hipertensos sem controle adequado da PA,
recomendam-se avaliações médicas mensais, com o objetivo
de alcançar a meta pressórica recomendada o mais breve
possível mediante ajustes terapêuticos sequenciais. Sempre
que possível, o controle pressórico deve ser confirmado
com medições de PA obtidas fora do consultório, seja pela
MAPA de 24 horas ou por medidas residenciais da PA

45
Q

3 principais dietas com evidências de redução da PA

A
  • Dieta DASH
  • Vegetariana
  • Mediterrânea
46
Q

Consumo recomendado de sódio

A

até 2.0 g

47
Q

Ácidos graxos insaturados ajudam na redução da PA?

A

Redução modesta, principalmente com óleo de peixe (ingestão >= 2g/dia)

48
Q

Fibras diminui PA?

A

Discretamente, principalmente o beta glucano da aveia e cevada

49
Q

Oleaginosas diminui PA?

A

Só se for consumida diferentes tipos de castanha

50
Q

Lactíneos e vitamina D reduzem PA?

A

Lactíneos reduzem, mas apenas se for do tipo pouco gorduroso (alto teor de cálcio, potássio e pept bioativos)
Vit D só reduz se a pessoa estiver deficiente dessa vitamina. Caso contrário, acontece nada

51
Q

Café pode AUMENTAR a PA?

A

Só se em doses altas. Doses baixas e moderadas não mudam

52
Q

Chocolate-amargo reduz a PA?

A

Discretamente (alta concentração de polifenóis)

53
Q

Consumo de álcool aumenta a PA?

A

Sim (de forma linear). Moderação no consumo de álcool é recomendável

54
Q

Quanto tempo a pessoa pode ficar sentada?

A

30 min máximo, se levantando por 5 min

55
Q

Melhor tipo de exercício para HAS

A

Exercício aeróbico (reduz PA)

56
Q

Limite do consumo diário de álcool em pcts com HAS

A

1 dose diária para mulheres e pessoas com baixo peso

2 doses para homens

57
Q

Meta de controle de peso

A

Manter IMC < 25 kg/m2 até 65 anos.
Manter IMC < 27 kg/m2 após 65 anos.
Manter CA < 80 cm nas mulheres e < 94 cm nos homens

58
Q

Recomendações para teste ergométrico no contexto da HAS

A

Recomenda-se que hipertensos com níveis de PA mais
elevados ou que possuam mais de 3 FR, diabetes, LOA ou
cardiopatias façam um teste ergométrico antes de realizar
exercícios físicos em intensidade moderada.

59
Q

Recomendações de avaliação CV completa no contexto de exercício físico de alta performance

A

]Todo hipertenso que for se engajar em esportes competitivos ou
exercícios de alta performance deve fazer uma avaliação CV
completa

60
Q

Frequência e duração recomendada de exercício físico para pop geral

A

30x, 5 a 7 vezes na semana, atividade física moderada

61
Q

Definição de exercício de intensidade moderada

A

1) Maior intensidade conseguindo conversar (sem ficar ofegante)
2) Sentir-se entre ligeiramente cansado e cansado
3) Manter a FC de treino na faixa calculada por:
FC treino = (FC máxima – FC repouso) x % + FC repouso
Onde:
FC máxima: deve ser obtida num teste ergométrico máximo feito em uso dos medicamentos regulares ou pelo cálculo da FC máxima prevista pela idade (220 -
idade). Essa última não pode ser usada em hipertensos com cardiopatias ou em uso de betabloqueadores (BB) ou bloqueadores de canais de cálcio (BCC) não di-idropiridínicos.
FC repouso: deve ser medida após 5 min de repouso deitado.
%: utilizar 50% como limite inferior e 70% como superior.

62
Q

Caract recomendadas do treinamento aeróbico

A

Modalidades diversas: andar, correr, dançar, nadar, entre outras.
Pelo menos 3 vezes/semana. Ideal 5 vezes/semana.
Pelo menos 30 min. Ideal entre 40 e 50 min.

63
Q

Cessar tabagismo reduz PA?

A

Não há evidências disso, embora a cessação seja recomendada para redução de risco CV (e melhoria de qualidade de vida em geral)

64
Q

Orientações para a prática da respiração guiada

A

A respiração lenta ou guiada requer a redução da
frequência respiratória para menos de 6 a 10 respirações/
minuto durante 15-20 minutos/dia para promover redução
na PA casual após 8 semanas de tratamento.

65
Q

Técnicas mais importantes para controle do estresse na HAS

A

psicoterapias comportamentais
e das práticas de técnicas de meditação,53-55 biofeedback e
relaxamento

66
Q

Classes de anti-hipertensivos com evidências sólidas e eficazes

A

BB, diuréticos, BCC, IECA, BRA.

OBS: BB tem efeitos menores que os outros, então deve ser guardado para situações especiais

67
Q

Quais diuréticos devem ter prioridade?

A

Tiazídicos ou similares (clortalidona, hidroclorotiazida e indapamida) em doses baixas, pois são mais suaves e com maior tempo de ação,
reservando-se os DIU de alça (furosemida e bumetanida)
aos casos de insuficiência renal (creatinina > 2,0 mg/dl
ou RFG calculado < 30 ml/min/1,73m2) e situações de
edema (IC ou insuficiência renal). Os poupadores de
potássio (espironolactona e amilorida) são habitualmente
utilizados em associação com os tiazídicos ou DIU de alça.

68
Q

Efeitos adversos dos diuréticos

A

Seus principais efeitos adversos são fraqueza,
câimbras, hipovolemia e disfunção erétil. Do ponto de
vista metabólico, o mais comum é a hipopotassemia,
eventualmente acompanhada de hipomagnesemia,
que podem induzir arritmias ventriculares, sobretudo
extrassistolia. O aumento do
ácido úrico é um efeito quase universal dos DIU, mas
de consequências clínicas não documentadas, exceto
pela precipitação de crises de gota nos indivíduos com
predisposição

69
Q

Recomendações de uso da clonidina (agonista alfa-2 central)

A

O uso da clonidina pode ser favorável em situações de
hipertensão associada a: síndrome das pernas inquietas,
retirada de opioides, “flushes” da menopausa, diarreia
associada a neuropatia diabética e hiperatividade simpática
em pacientes com cirrose alcoólica.

70
Q

Representantes dos alfabloq. Pode ser usado como monoterapia? Uso pode melhorar sintomatologia de que doença?

A

doxazosina, prazosina e

terazosina. NÃO (efeito hipotensor discreto). HPB

71
Q

Subtipo ideal de BCC para HAS. Por que? Deve ser usado o de curta ação ou longa ação? Mecanismo de ação principal. Efeitos adversos mais comuns

A

Os BCC di-idropiridínicos (amlodipino, nifedipino, felodipino,
nitrendipino, manidipino, lercanidipino, levanlodipino, lacidipino,
isradipino, nisoldipino, nimodipino) exercem um efeito
vasodilatador predominante, com mínima interferência
na frequência e na função sistólica, sendo, por isso, mais
frequentemente usados como anti-hipertensivos

LONGA ação (evitar efeitos indesejáveis de variação de FC e PA)

Bloqueia canais de cálcio das paredes arteriolares, reduzindo pressão venosa periférica

Edema maleolar, tontura e cefaleia latejante

72
Q

Os inibidores da ECA1 são eficazes na HAS? E em outras doenças?

A

Siim. São medicações comprovadamente
úteis em muitas outras afecções CV, como em IC com fração
de ejeção reduzida, anti-remodelamento cardíaco pós-infarto,
além de possíveis propriedades antiateroscleróticas. Também
retardam o declínio da função renal em pacientes com
nefropatia diabética ou de outras etiologia

73
Q

IECA1 podem ser usados em grávidas?

A

NÃAAAO (complicações fetais)

74
Q

Principais efeitos colaterais dos IECA

A

Tosse seca. Em pcts com insuf renal, pode ocorrer elevação da ureia e creatinina transitoriamente.

75
Q

Mecanismo de ação dos BRA. Reduzem morbimortalidade CV e renal? Efeitos adversos?

A

Bloqueio dos receptores AT1 de angiotensina II, responsáveis
pelas ações vasoconstritoras, proliferativas e estimuladoras
da liberação de aldosterona, próprias da angiotensina II. Efeitos adversos são incomuns

76
Q

Quando deve ser iniciado tt medicamentoso anti-hip?

A

O tratamento com medicamentos está indicado para os
indivíduos com PA estágio 1 e risco CV baixo e moderado,
quando as medidas não farmacológicas não surtirem efeito
após um período inicial de pelo menos 90 dias. Em situações
especiais, onde o acesso e/ou retorno a assistência médica
seja difícil, poderá ser considerado o emprego inicial de
medicação anti-hipertensiva, mesmo para esse grupo de
pacientes. Para aqueles em estágio 1 e alto risco CV ou
DCV estabelecida, o uso de medicamentos deverá ser
iniciado de imediato. Da mesma maneira, nos casos de HA
estágio 2 e 3, independentemente do risco CV, o tratamento
medicamentoso deverá ser iniciado de imediato. Para os
indivíduos com pré-hipertensão, a utilização de medicamentos
poderá ser uma opção, levando-se em consideração o risco
CV e/ou a presença de DCV. Em pacientes de 60 a 79 anos, com PAS ≥ 140 mmHg e naqueles com ≥ 80 anos com
PAS ≥ 160 mmHg, o início da terapia medicamentosa deverá
ser mais precoce.

77
Q

Indicações de monoterapia

A

HA estágio 1, com risco CV baixo e moderado.

78
Q

Em que deve-se basear a escolha do tt inicial monoterápico?

A

capacidade de o agente escolhido reduzira morbimortalidade CV; mecanismo fisiopatogênico
predominante no paciente a ser tratado; características
individuais; doenças associadas; condições socioeconômicas.

79
Q

Principais classes de Anti-HP preferenciais para monoterap inicial

A

DIU (preferencialmente clortalidona)
IECA
BRA
BCC

80
Q

Fármaco com melhor benefício em relação ao risco CV

A

DIU

81
Q

Situações em que o BB ganha destaque como terapia inicial

A

BB poderá ser considerado como fármaco inicial
em situações específicas, como a associação de arritmias
supraventriculares, enxaqueca, IC e coronariopatia, sendo
que, nas duas últimas condições, deverá estar associado a
outros fármacos

82
Q

Condutas possíveis caso monoterapia não atinja o objetivo inicial:

A

• Se o resultado for parcial, mas sem efeitos adversos,
recomenda-seaumentar a dose do medicamento em uso,
podendo também ser considerada a associação com antihipertensivo de outro grupo terapêutico;

• quando não houver efeito terapêutico esperado na
dose máxima preconizada ou se surgirem eventos adversos,
recomenda-se substituir o anti-hipertensivo inicialmente
utilizado, reduzir a dosagem e associar outro anti-hipertensivo
de classe diferente ou instituir uma outra associação de fármacos;

• se, ainda assim, a resposta for inadequada, devem-se
associar três ou mais medicamentos

83
Q

A maioria dos pcts atingem as metas terapêuticas com monoterapia farmac

A

FALSO (A maioria precisa de mais de 1)

84
Q

Indicações para terapia medicamentosa inicial com combinação de medic

A

HAS estágio 1 + DCV OU risco CV alto/muito alto

HAS estágio 2 ou 3 independente de risco CV ou DCV

85
Q

Cuidado a ser tomado na escolha de medic combinada

A

Para a escolha dos medicamentos em associação, deve ser

evitado o uso de anti-hipertensivos com mesmo mecanismo de ação (ex: IECA + BRA)

86
Q

Indicação de DIU de alça

A

O uso de DIU de alça
deve ser reservado para aqueles com RFG abaixo de 30ml/
min ou com edema grave.

87
Q

TT farmacológico com HAS resistente

A

Nos casos em que se configure a HA resistente (falta de
controle da PA com o uso de pelo menos três medicamentos
em dosagens máximas toleradas, sendo um deles um
DIU), está indicada a associação de espironolactona.
Os simpaticolíticos de ação central (clonidina) ou BB podem
ser uma alternativa ao quarto fármaco, ficando o uso de
vasodilatadores diretos reservado para casos especiais e em
associação com DIU e BB.