HEMORRAGIA DIGESTIVA Flashcards

1
Q

CARACTERIZE A HEMORROIDA GRAU 1 E O SEU TRATAMENTO

A

HEMORROIDA GRAU 1 = HEMORROIDAS INTERNAS NÃO EXTERIORIZADAS

TRATAMENTO: DIETA LAXATIVA +/- LIGADURA ELÁSTICA*

*o sabiston traz isso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

CARACTERIZE OS GRAUS DA DOENÇA HEMORROIDARIA

A

GRAU 1: hemorroida interna sem exteriorização

GRAU 2: HEMORROIDA INTERNA COM PROLAPSO QUE REDUZ ESPONTANEAMENTE

GRAU3: PROLAPSO QUE NECESSITA DE MANOBRAS DIGITAIS

GRAU 4: PROLAPSO QUE BAO REDUZ COM MANOBRAS DIGITAIS

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

QUAL É A ÚLCERA GÁSTRICA MAIS COMUM?

A

A ÚLCERA DA PEQUENA CURVATURA (TIPO 1) É A MAIS COMUM É ESTÁ ASSOCIADA A NORMO OU HIPOCLORIDRIA, COM GASTRITE ATRÓFICA DO CORPO GÁSTRICO PELO H PYLORI

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

QUAL A PRINCIPAL CAUSA DE HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA?

A

DOENÇA ULCEROSA PEPTICA: as úlceras gástricas e duodenais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

COMO É REALIZADO O TRATAMENTO DA DOENÇA HEMORROIDARIA, DE ACORDO COM O GRAU?

A

TODOS OS CASOS: AUMENTO DE INGESTA DE FIBRAS E LÍQUIDOS

GRAUS I E II: PROCEDIMENTOS MABULATORIAIS, COMO LIGADURA ELÁSTICA, ESCLEROTERAPIA E A FOTOCOAGULACAO

GRAUS III E IV: TTO CIRÚRGICO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

O QUE È A REGRA DE GOODSALL?

A

A REGRA DE GOODSALL PREDIZ O TRAJETO DE UMA FÍSTULA ANORRETAL A PARTIR DO SEU ORIFÍCIO EXTERNO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

QUAL O TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ESCOLHA PARA FISSURA ANAL, QUANDO INDICADO?

A

A ESFINCTEROTOMIA INTERNA LATERAL

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

PRESENÇA DE MAMILO HEMORROIDARIO ENDURECIDO E DOLOROSO. O QUE PENSAR?

A

TROMBOSE DESSE MANILO HEMORROIDARIO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

TROMBOSE DE MAMILO HEMORROIDARIO - HEMORROIDAS EXTERNAS. COMO TRATAR?

A

ATE 72 HORAS: EXCISÃO DO TROMBO

APÓS 72 HORAS: MEDIDAS CONSERVADORAS - BANHO DE ASSENTO E ANALGESIA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

QUAL A PRINCIPAL CAUSA DE HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA EM ADULTOS?

A

A DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON. RESPONSÁVEL POR 30-50% DE TODOS OS CASOS DE HDB EM ADULTOS.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

(V OU F?)
A angiografia dos vasos mesentéricos pode ser indicada nos casos de HDB, contudo há a desvantagem de não serem possíveis as intervenções
terapêuticas durante o exame.

A

FALSO

A grande vantagem da angiografia (arteriografia) mesentérica é justamente a possibilidade de realizar intervenção terapêutica É o exame mais indicado em sangramentos contínuos de grande monta, nos quais a colonoscopia pode ter dificuldades de visualizar o cólon. A embolização do sítio do sangramento com Gelfoam durante a realização da arteriografia também é uma opção terapêutica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

QUAL A UTILIDADE DA CINTILOGRAFIA NA INVESTIGAÇÃO DA HEMORRAGIA DIGESTIVA?

A

A cintilografia é um exame extremamente sensível para detecção topográfica, porém sua principal aplicação clínica é na investigação dos sangramentos obscuros (suspeita de hemorragia de intestino delgado) e para guiar a arteriografia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

APÓS ESTABILIZAÇÃO HEMODINÂMICA, qual o primeiro exame a ser solicitado num paciente com enterorragia?

A

Após a estabilização hemodinâmica, o primeiro exame a ser solicitado em pacientes com enterorragia volumosa é justamente a endoscopia digestiva alta, para se descartar a possibilidade de que a etiologia da enterorragia seja alta (cerca de 10-20% dos pacientes), como, por exemplo, uma úlcera pética com sangramento volumoso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

DESCREVA A TRÍADE DE SANDBLOM E O QUE ELA INDICA

A

A TRÍADE DE SANDBLOM É COMPOSTA DE:
1. ICTERÍCIA
2. DOR ABDOMINAL
3. HEMATEMESE

ESSA TRÍADE INDICA HEMOBILIA (PRESENÇA DE SANGUE NO INTERIOR DO TRATO BILIAR)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

SOBRE A HEMOBILIA:
1) QUAL A PRINCIPAL CAUSA?
2) COMO REALIZAR O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO ?

A

1) TRAUMA DAS VIAS BILIARES, SEJA IATROGENICO, DURANTE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO OU ACIDENTAL

2) ATRAVÉS DA ANGIOGRAFIA (PERMITE DIAGNÓSTICO E TTO)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

DESCREVA A CLASSIFICAÇÃO DE FORREST

A
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

QUAL SEGMENTO DO CORPO È RESPONSÁVEL PELA MAIOR PARTE DOS CASOS DE HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA?

A

COLON.
95% DAS HDB TÊM ORIGEM NO CÓLON E, DESTAS, 30 - 40% SÃO POR DOENÇA DIVERTICULAR

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

(V OU F)?
A HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA É DEFINIDA POR SANGRAMENTO QUE SE ORIGINA DO INTESTINO GROSSO, OU SEJA, DO CECO EM DIANTE

A

FALSO
O DIVISOR DE ÁGUAS É O ÂNGULO DE TREITZ - A JUNÇÃO DUODENOJEJUNAL

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

(V OU F)?
O SANGRAMENTO CESSA ESPONTANEAMENTE NA MAIORIA DOS CASOS DE HEMORRAGIA DIGESTIVA AGUDA BAIXA

A

A MAIORIA DAS HDB É AUTOLIMITADA E POSSUI UM BOM PROGNÓSTICO, SENDO A SUA PRINCIPAL ETIOLOGIA O SANGRAMENTO DIVERTICULAR

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

PACIENTE COM HEMATEMESE INICIADA HOJE PELA MANHÃ, EVOLUI COM HIPOTENSÃO E TAQUICARDIA E RNC (GLASGOW 10).
O parâmetro para reanimação volêmica inicial é a normalização da pressão arterial e da frequência cardíaca. (V OU F)?

A

Incorreta. O parâmetro mais utilizado para orientar nossa reposição volêmica em pacientes com hipovolemia é o DÉBITO URINÁRIO. Além disso, nestes casos, uma
PA sistólica > 100 mmHg já é considerada aceitável.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

(V OU F)?
A colonoscopia tem a vantagem sobre a arteriografia por ser, potencialmente, também terapêutica.

A

FALSO: a colonoscopia pode
apresentar algumas vantagens em relação a arteriografia, mas os dois exames têm o potencial terapêutico.

22
Q

(V OU F)?
Angiografia esclarecedora
necessita de, pelo menos, sangramento ativo de cerca de 0,5 ml/min.

A

VERDADEIRO: angiografia necessita de sangramento ativo de cerca de 0,5 ml/min para que este seja identificado, sendo um pouco menos sensível do que a cintilografia que precisa de cerca de 0,1 ml/min.

23
Q

(V OU F?)
Cintilografia tem O inconveniente de detectar somente sangramento arterial.

A

FALSO: na cintilografia, as hemácias marcadas são utilizadas em pesquisa de sangramento intermitente ou contínuo, seja arterial ou venoso, observando sangramentos a partir de 0,1 ml/min, sendo, portanto, mais sensível que a arteriografia. Contudo, a cintilografia não é capaz de localizar com precisão o sítio exato da hemorragia, se em cólon direito ou esquerdo.

24
Q

(V OU F)?
Em idosos com hemorragia digestiva baixa refratária ao tratamento clínico, a opção seria a retossigmoidectomia.

A

FALSO. Hemorragia digestiva baixa refratária ao tratamento clínico, em um paciente instável, é melhor abordada com colectomia subtotal de emergência.
Lembre-se de que neste procedimento o reto é poupado, sendo feita uma anastomose ileorretal

25
Q

(V OU F)?
A arteriografia com vasopressina
pode ser eficaz na parada do sangramento, e, quando realizada com sucesso, não há necessidade
de complementação diagnóstica com colonoscopia.

A

A arteriografia localiza o sangramento com grande precisão, e pode ser aproveitada para infusão intra-arterial de vasopressina no leito sangrante, o que reduz a hemorragia de forma bastante eficaz, porém temporária (na maioria das vezes, assim que a infusão intra-arterial é interrompida, o sangramento retorna). Logo, com tal conduta, podemos ganhar tempo para que a colonoscopia seja realizada com segurança (isto é, conseguimos estabilizar o paciente). A colono continua muito importante nesse contexto, pois permite a aplicação bem-sucedida de terapia hemostática local em torno de 40% dos pacientes

26
Q

(V OU F)?
Dos métodos complementares para avaliação de hemorragia digestiva baixa em pacientes hemodinamicamente estáveis, A colonoscopia é o método preferencial para os sangramentos leves a moderados. Nos sangramentos maciços, devemos dar preferência à angiografia e à cintilografia com hemácias marcadas, pelas dificuldades técnicas do método endoscópico. Isso, claro, lembrando que nos pacientes com sangramento maciço e instabilidade devemos afastar sangramento de origem alta antes.

A

Verdadeiro

27
Q

(V OU F)?
NAS HEMORRAGIAS DIGESTIVAS, A PRESENÇA DE HEMATOQUEZIA DESCARTA A ETIOLOGIA ALTA PARA O SANGRAMENTO.

A

FALSO. Vamos relembrar:
Hematêmese: presença de vômitos com sangue, nos indica HDA.
Melena: a caracterização das fezes como escurecidas (pretas, cor de piche) e fétidas
SUGERE HDA, mas raramente a melena pode indicar hemorragia digestiva baixa, quando o trânsito intestinal é muito lento.
Hematoquezia: a saída de sangue vivo junto com as fezes é mais comum na HDB, no entanto, em 20% dos casos, ela tem como causa a HDA (sangramento volumoso e trânsito intestinal acelerado).

28
Q

(V OU F)?
A malformação vascular de Dieulafoy é a principal causa de sangramento no íleo terminal.

A

FALSO
A malformação de Dieulafoy consiste numa artéria submucosa, dilatada e tortuosa encontrada, em geral, na pequena curvatura do estômago, sendo uma rara causa de HDA. Apesar de acometer mais o estômago, pode acometer qualquer parte do trato gastrointestinal.

29
Q

(V ou F)?
O sangramento devido
ao divertículo de Meckel é maior na primeira década de vida, diminuindo gradualmente após esta fase.

A

VERDADEIRO
O sangramento pelo divertículo de Meckel torna-se MENOS frequente após os 30 anos de idade.

30
Q

NAS ÚLCERAS DUODENAIS SANGRANTES, QUAL A ARTÉRIA NORMALMENTE ACOMETIDA?

A

GASTRODUODENAL

A doença ulcerosa péptica é a causa mais comum de hemorragia digestiva alta, sendo o bulbo duodenal posterior o local mais comum de sangramentos maciços. Esse local é irrigado por uma artéria calibrosa, a artéria gastroduodenal, que muitas vezes requer abordagens endoscópicas para cessação do sangramento. A artéria gástrica esquerda é a responsável pela hemorragia de úlceras gástricas.

31
Q

O QUE É A CLASSIFICAÇÃO DE FORREST?

A

Trata-se de uma classificação endoscópica que, com base na aparência da úlcera indica o tratamento endoscópico ou não. As úlceras com maior risco de sangramento são aquelas I, lla e lIb.
O tratamento endoscópico baseia-se na injeção intralesional de adrenalina
combinada com eletrocoagulação. No caso dos sangramentos arteriais em jato, hemoclipes podem ser necessários.

32
Q

(V OU F)?
PACIENTE COM HEMORRAGIA DIGESTIVA SEVERA TEM NA MEDIDA DO HEMATÓCRITO IMPORTANTE VALOR PREDITIVO

A

FALSO.
O hematócrito não é um bom parâmetro para avaliarmos a perda sanguínea, pois o plasma e as hemácias são perdidos em volumes equivalentes, fazendo com que, inicialmente, o hematócrito se mantenha. Apenas 1-2 dias após o sangramento, com a redistribuição do plasma e a reposição volêmica, é que verificaremos a queda real do hematócrito.

33
Q

CITE AS 3 PRINCIPAIS CAUSAS DE HDA

A

úlceras pépticas (31-59%),
varizes esofagianas (7-10%),
laceração de Mallory-Weiss (4-8%);

Outras:
erosões gastroduodenais, esofagite
erosiva, neoplasias, ectasia vascular etc.

34
Q

(V OU F)?
A arteriografia mesentérica é
importante para sangramentos com fluxo abaixo de 0,5 ml/min.

A

FALSO.

A arteriografia é um exame capaz de detectar e localizar com boa precisão hemorragias com fluxo A PARTIR de 0,5 ml/min, sendo o exame mais indicado em sangramentos contínuos de grande monta, nos quais a colonoscopia pode ter dificuldades de visualizar o cólon. Diferente da cintilografia, que detecta fluxos de 0,1 ml/min e é considerada o exame mais sensível para localizar sangramento baixo.

35
Q

(V OU F)?
Hemorragias digestivas por laceração de Mallory-Weiss frequentemente necessitam de embolização arterial como tratamento.

A

FALSO
A laceração de Mallory-Weiss é um sangramento da mucosa esofágica, na maioria das vezes autolimitada e sem qualquer benefício terapêutico com a embolização.

36
Q

(V OU F)?
Pacientes com hemorragia digestiva secundária à doença diverticular dos cólons que não respondem aos tratamentos menos invasivos podem necessitar de abordagem cirúrgica.

A

VERDADEIRA. Quando as medidas
diagnósticas e terapêuticas em relação à hemorragia digestiva baixa por doença diverticular se esgotam, só resta a colectomia total como alternativa heroica.

37
Q

(V OU F)?
As lesões agudas de mucosa gástrica são identificadas predominantemente no antro gástrico. O sangramento pode ser difuso e maciço, não permitindo a terapia endoscópica.

A

VERDADEIRO

a lesão aguda de mucosa gástrica, antiga gastrite por stress, caracteriza-se pela formação de múltiplas erosões superficiais na mucosa, tendo como principal causa a isquemia gástrica decorrente de estados de hipoperfusão.
Nos sangramentos maciços, muitas vezes necessitamos de angioembolização.

38
Q

(V OU F)?
Devido à baixa resolução espontânea das hemorragias digestivas baixas, a abordagem inicial deve ser agressiva e o tratamento cirúrgico indicado de forma rotineira.

A

FALSO.

A maioria das hemorragias digestivas, altas ou baixas, cessam espontaneamente. Ainda assim, o exame endoscópico deve ser realizado, tanto para confirmar o diagnóstico quanto para tratar a causa e evitar a recorrência, que é muito comum.

39
Q

(V OU F) ?
Com relação à hemorragia digestiva baixa, em casos de dificuldade
diagnóstica por meio da colonoscopia, a angiografia possui uma sensibilidade maior que a cintilografia.

A

FALSO.
A colono é o exame de escolha e o mais efetivo, mas em alguns casos não consegue identificar o sangramento, tanto por sangramento mínimo quanto por hemorragia maciça, que atrapalha a visão do endoscópio.
A arteriografia tem sensibilidade de sangramento de 0,5 a 1ml/min. Mas a cintilografia é ainda mais sensível (0,1 ml/min).

40
Q

(V OU F)?
Com relação à hemorragia digestiva baixa, a realização de colonoscopia de urgência na vigência de sangramento não é possível, pois o paciente não está com o cólon preparado.

A

FALSO.
Na maior parte dos pacientes, a colonoscopia será o único exame realizado, sendo terapêutica, ainda que não haja preparo de cólon ou um preparo muito curto, se possível (2h).

41
Q

(V OU F)?
Com relação à hemorragia digestiva baixa, Doença diverticular colônica é a principal causa de sangramento.

A

VERDADEIRO.
As três principais causas de HDB em ordem decrescente são a doença diverticular, angiodisplasia e neoplasia.

42
Q

QUAIS AS 3 PRINCIPAIS CAUSAS DE HDB EM ORDEM DECRESCENTE DE IMPORTÂNCIA?

A

DOENÇA DIVERTICULAR;
ANGIODISPLASIA;
NEOPLASIA

43
Q

PARA QUAIS ÚLCERAS, SEGUINDO CLASSIFICAÇÃO DE FORREST, ESTÁ INDICADO TRATAMENTO ENDOSCÓPICO?

A

Ia, Ib, IIa

44
Q

A proctite devido à retocolite ulcerativa é mais bem tratada com:

A) Compostos de ácido 5-aminossalicílico (5-ASA) orais.

B) Supositórios de mesalazina (1 a 1,5 g/dia).

C) Corticosteroides por via sistêmica.

D) Anticorpos anticlonais IV (infliximabe).

E) Mesalazina oral em pequenas doses.

A

B)

A proctite na retocolite ulcerativa é definida como a presença de doença em até 18cm da borda anal, distal a junção retossigmoide.
O tratamento inicial em pacientes de baixo risco com proctite leve a moderada consiste no uso de mesalazina tópica, que pode ser feito na forma de supositórios (1g/dia) ou enema
Naqueles que não apresentarem melhora após duas semanas, a dose pode ser aumentada para 2g/dia por quatro semanas. Após este período, retorna-se à dose de 1g/dia (letra B correta).
Os compostos 5-ASA orais são alternativas que ficam reservadas para aqueles que não toleram ou que não desejam fazer uso de terapia tópica. As doses orais são: mesalazina
3g/dia ou nos pacientes com artrite enteropática associada, sulfassalazina 4g/dia (letra A incorreta). Cabe lembrar que a dose padrão de mesalazina é de 2g/dia, então uma dose
>3g/dia já é considerada uma dose alta (letra E incorreta).
A corticoterapia oral sistêmica é uma das opções que pode ser acrescentada, se o paciente não responder após as quatro semanas de mesalazina tópica, mas também não é a droga que melhor trata a doença (letra C incorreta).
Os anticorpos monoclonais como o infliximab tem seu uso restrito às colites graves, refratárias à corticoterapia sistêmica (letra D incorreta).
Resposta: letra B.

45
Q

Sobre fissura anal:

Pode ser tratada com sucesso através de aplicação tópica de pomadas á base de nitrato.

A

VERDADEIRO

A FISSURA ANAL ACONTECE GERALMENTE POR TRAUMA LOCAL. O QUADRO CLÍNICO É DE DOR MUITO INTENSA, DOR PIOR COM EVACUAÇÃO, HISTÓRIA DE QUE SUJA PAPEL HIGIÊNICO COM SANGUE.

TRATAMENTO:
➡️ ANALGESIA COM BANHOS DE ASSENTO E ANALGÉSICOS TÓPICOS
➡️ RELAXAR MUSCULATURA DO ESFÍNCTER ANAL
💥 RELAXANDO A MUSCULATURA VOCÊ PERMITE A VASCULARIZAÇÃO. ESSE ESFICTER ANAL TEM MUSCULATURA LISA, ENTÃO VOCÊ PODE TENTAR FAZER POMADA DE NITRATO PARA RELAXAR A MUSCULATURA LISA

46
Q

Sobre fissura anal:

Está associada a uma diminuição da atividade do músculo esfíncter anal a interno

A

FALSO

Uma hipertonia/ hiperatividade gera menos vascularização -> risco aumentado de desenvolver fissura

47
Q

Sobre fissura anal:

É mais frequentemente localizava na linha média anterior

A

FALSO

É MAIS FREQUENTEMENTE LOCALIZADA NA LINHA MÉDIA POSTERIOR (aproxim. 90% DAS FISSURAS). DEPOIS, VEM A LINHA MÉDIA ANTERIOR EM SEGUIDA NA ESTATÍSTICA (aprox. 10%).

➡️ QUANDO ENCONTRADA FORA DA LINHA MÉDIA, DEVEMOS CONSIDERAR ESSA FISSURA COMO LESÃO SECUNDÁRIA A CONDIÇÕES COMO:
💥 DOENÇA DE CROHN
💥SÍFILIS
💥HIV
💥 TUBERCULOSE
💥NEOPLASIA

48
Q

SOBRE FISSURA ANAL:

Tem pico de incidência por volta de 60 anos.

A

FALSO

No gênero feminino, as fissuras são mais frequentes em pacientes jovens ou de meia-idade; acomete mulheres e homens em igual proporção

49
Q

Com relação ao tratamento cirúrgico da fissura anal crônica, análise:

A esfincterotomia lateral interna é o procedimento de escolha, por apresentar melhores resultados em termos de cicatrização da fissura.

A

VERDADEIRO

50
Q

Com relação ao tratamento cirúrgico da fissura anal crônica, análise:

A fissurectomia e rotação de retalho de pele não é a melhor conduta pelo risco de contaminação do retalho.

A

FALSO

A esfincterotomia lateral interna parcial é o principal procedimento cirúrgico para o tratamento da fissura anal crônica (aquela que evolui em um período > 6 semanas). Comparativamente à dilatação manual, apresenta maior eficácia, cicatrização mais rápida e menor risco de incontinência fecal. Na operação, aproximadamente 30% das fibras do esfíncter anal interno devem ser seccionadas. Além disso, sua realização na região posterior do canal anal deve ser evitada, pois essa região apresenta menor vascularização.

O avanço de retalho é uma alternativa cirúrgica a ser considerada, particularmente nos pacientes com fissura anal sem hipertonia esfincteriana, uma minoria dos casos.

Lembrando que, mesmo nas fissuras crônicas, a tendência atual é abordarmos inicialmente a lesão por meio de tratamento conservador, com uso de pomadas à base de nitrato ou a base de bloqueador dos canais de cálcio, emolientes fecais e alterações dietéticas. Nos pacientes que não respondem ao tratamento, a cirurgia se encontra indicada…

51
Q

Um paciente de 25 anos de idade, constipado, queixa se de dor, sangramento e abaulamento anal há dois meses. Ao exame proctológico, foram evidenciados plicoma e ulceração na região posterior (6h) e acentuada hipertonia esfincteriana, com dor ao toque retal Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente diagnóstico e o melhor tratamento para o paciente:

A) Fissura anal crônica e cirurgia, com fissurectomia + esfincterotomia.

B) Fissura anal crônica e diltiazen 2% tópico.

A

B)

Temos um paciente com dor anal, sangramento, plicoma, hipertonia esfincteriana e ulceração na linha mediana posterior (6 horas). O conjunto desses achados nos dá como diagnóstico a FISSURA ANAL CRÔNICA. Se a localização dessa ulceração fosse lateral, pensaríamos em causas secundárias para essa fissura, como doença de Crohn, mas esse não foi o caso, já que a ulceração ocorre na linha mediana posterior em 75% dos casos.
Qual é o MELHOR tratamento para um quadro de fissura anal crônica?
Sabemos que o conceito de “melhor” é subjetivo e varia de paciente para paciente. Para alguns, o melhor será o tratamento que não envolva cirurgia, mas para outro o melhor pode ser o tratamento com maior índice de sucesso. Essa escolha só é possível levando em consideração a opinião do paciente e as opções que o médico tem a oferecer. Mas estamos falando de uma questão de prova, então o que conta são os números e as referências bibliográficas, concorda? Vamos ver o que o Sabiston 21a edição coloca?
OPÇÕES TERAPÊUTICAS
• Tratamento conservador com pomada: é a primeira opção terapêutica a ser utilizada antes de indicar o procedimento cirúrgico, mas possui índice de sucesso menor do que
50%. Em geral, utilizamos nitratos, bloqueadores do canal de cálcio e lubrificantes para aumentar o relaxamento, a vasodilatação e a cicatrização local;
• Tratamento conservador com pomada toxina botulínica: essa é uma opção que vem sendo utilizada e passou a ser citada na última edição do Sabiston. Com essa associação, obtemos cerca de 65% de sucesso no tratamento das fissuras crônicas;
• Tratamento cirúrgico com esfincterotomia lateral interna: é considerado o padrão-ouro, com índice de sucesso que varia entre 88 a 100%, ou seja, o MELHOR em termos de eficácia. Contudo, só deve ser indicado para pacientes que comprovadamente possuam hipertonia esfincteriana, por isso uma manometria anal costuma ser solicitada antes.
Agora, voltando às alternativas, vejam que não temos uma opção que descreve perfeitamente o MELHOR TRATAMENTO CIRÚRGICO para nosso doente

A) Fissura anal crônica e cirurgia, com fissurectomia esfincterotomia.
R. ERRADA. Foi dito FISSURECTOMIA, que sequer é citado como um tratamento, com ESFINCTEROTOMIA. Não é correto utilizar esse termo porque o procedimento padrão não secciona totalmente o esfíncter, além de não realizar fissurectomia, por esse motivo, está incorreta.
Obs: a maioria das pessoas marcou essa opção, mas você não deve ficar triste ou achar que não sabe nada da matéria por causa disso. Fol apenas uma pegadinha realizada pela banca Siga com o raciocínio de que O MELHOR TRATAMENTO para fissuras crônicas é a ESFINCTEROTOMIA LATERAL INTERNA, mas fique atento para exceções, como:
• Enunciado citando um paciente que não possui hipertonia esfincteriana (manometria anal normal). Esse conceito já apareceu na prova do Hospital Israelita Albert Einstein,
• Enunciado perguntando qual seria o tratamento inicial;
•Alternativa com o tratamento cirúrgico descrito de forma inadequada.