Ginecologia Flashcards
Quais as ISTs de notificação compulsória nacional?
Sífilis
HIV
HBV/HCV
Síndrome do corrimento uretral masculino
Qual o valor do PH vaginal normal?
3,8 a 4,2 (4-4,5)
Qual a faixa de pH encontrada em meninas pré puberes e mulheres na pós menopausa?
5-7
Por que na avaliação do pH vaginal a amostra deve ser obtida no terço médio à distal?
Para diminuir o risco de contato com o muco cervical, que apresenta pH em torno de 7
Qual as três causa mais comuns de corrimento vaginal no Brasil?
Vaginose bacteriana (46%) Cabdidiase vulvoganial (23%) Tricomoníase (20%)
Qual as alterações na microbiota vaginal associada à vaginose bacteriana?
Crescimento polimicrobiabo com aumento de: - anaeróbios estritos (ureaplasma urealyticum, bacterioides, mycoplasma hominis…)
- anaeróbios facultativos (Gardnerella vaginalis)
Quadro clínico da vaginose bacteriana
50% assintomáticas
Odor fétido (peixe podre)
Corrimento é homogêneo, branco, acinzentado (comum), amarelada (raro). Geralmente em pequena quantidade, não aderente (pode ser aderente), podendo formar microbolhas
Sintomas inflamatórios são incomuns
Quais são os critérios de Amsel?
- corrimento branco, acinzentado, homogêneo, fino
- pH vaginal > 4,5
- whiff test (das aminas) positivo
- clue cells no exame microscópico a fresco
O diagnóstico de VB é feito na presença de pelo menos 3 desses critérios
Segundo o CDC (2015) qual o exame padrão ouro para diagnóstico de vaginose bacteriana)
Coloração gram
Tratamento da vaginose bacteriana
Metronidazol VO 7dias
Metronidazol VV 5 dias à noite ao se deitar
2°: clindamicina VO
Gestantes: 1° trim clindamicina VO 7 dias
Após, metronidazol VO 7 dias
Obs: não recomendado tratar parcerias sexuais
Para puerpera o mesmo que pra Gestantes
Por que é preconizado abstinência de álcool no tto da VB com nitroimidazólicos?
Para reduzir o risco da reação dissulfiram-like
Esternder por 24hra após metronidazol e
Por 72 hrs após tinidazol
Quadro clínico da candidiase vulvovaginal
Prurido vulvovaginal, com piora à noite e exacerbado pelo calor
Queimação
Disúria
Dispareunia
Corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (leite coalhado)
Hiperemia e edema vulvar
Escoriações de coçadura
Fissuras e maceração da vulva
Vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco acidentadas, aderidas à mucosa
Tende a aumentar na semana antes da menstruação (aumento da acidez)
Qual a definição de candidiase vulvovaginal recorrente?
4 ou mais episódios em um ano
Tto da candidiase vulvovaginal
Miconazo creme vaginal 7 dias
Nistatina 14 dias
2°
Fluconazol VO dose única
Itraconazol VO 1 dia
Gestantes: somente por via vaginal
VO contraindicado na gestação e lactação
Recorrente: 14 dias de tto por VV
Fluconazol VO nos dias 1, 4 e 7. Segue terapia de manutenção com fluconazol 1×semana por 6 meses
Quadro clínico da Tricomoníase
Homens:
Geralmente assintomáticos
Pode ter uretrite não gnocócica, epididimite ou prostatite
Mulheres:
Pode ser assintomática
Corrimento, geralmente abundante, amarelo/amarelo-esverdeado, mal cheiroso e bolhoso
pH > 5 normalmente
Eritema vulvar e escoriações não são comuns
Sinais inflamatórios (ardência, hiperemia…) são frequentes
Pode Dispareunia e prurido ocasional
Achado específico: colpite focal ou difusa caracterizada por um colo em framboesa ou em morango (dilatação capilar e hemorragias puntiformes)
Na colpite difusa, colo de aspecto tigroide ao teste de schiller
Como o teste de whiff costuma se apresentar na Tricomoníase?
Positivo
Por que coletar nova citologia em 3 meses nas pacientes com alterações celulares morfológicas na vigência de Tricomoníase?
Porque a Tricomoníase pode alterar o resultado da citologia oncótica
Tto da Tricomoníase
Metronidazol 2g em dose única
Metronidazol 500 mg dia por 7 dias
Parcerias sexuais DEVEM ser tratadas com mesmo esquema
Por que é muito importante que Gestantes tenham seu quadro deTricomoníase tratado?
Essa IST está associada à rotura prematura de membranas, parto pré termo e baixo peso ao nascimento
No que consiste o efeito antabuse (dissulfiram-like)?
Mal estar, náusea, tontura, gosto metálico na boca, arritmias
Qual a conduta em paciente com Tricomoníase que apresenta alergia à metronidazol?
Dessensibilização ao metronidazol
Cite micro-organismo comumente associados à vulvovaginites inespecificas
Staphylococcus epidermidis, escherichia coli, bacterioides, enrerococcus
Quadro clínico de uma vulvovaginite inespecifica
Leucorreia de aspecto variável Prurido e ardência vulvares Escoriação, hiperemia e edema vulvar Disúria, polaciuria Sinais de má higiene
O que é a vaginose citolítica?
Corrimento vaginal com aumento excessivo de lactobacilus, citólise importante e escassez de leucócitos
Critérios diagnóstico da vaginose citolítica
- pH entre 3,5-4,5
- Ausencia de micro-organismo não pertencentes à microbiota vaginal normal
- raros leucócitos
- citólise
- Aumento significativo de lactobacilus
Tto da vaginose citolítica
Alcalinização do meio vaginal
Duchas vaginalis com bicarbonato
Quais os agentes etiológicos mais comumente associados à cervicite? E qual epitélio eles afetam?
Chlamydia trachomatis (bacilo gram negativo. D e K: genutourinaria. L1, L2 e L3 linfogranuloma venereo) e neisseria gonorrhoae (diplococo gram negativo) Epitélio glandular
Quadro clínico da cervicite
70-80% assintomáticas
Sintomas genitais leves (corrimento vaginal, Dispareunia, disúria)
Colo uterino edemaciado, sangramento fácil ao toque com espátula de ayre
Mnemônico da clamidia
C ervicite L infogranuloma venereo (L1, 2 e 3) A denite M ultiplos orifícios drenados I munofluorescência DI doxiciclina A zitromicina
Tto da infecção ano genital não complicada
1- cirpofloxacino 500mg dose única (resistência)
+
Azitromicina 500mg dose única
2 - Ceftriaxona 500mg IM DU
+
Azitromicina 500mg DU
Obs: em menores de 18, cirpofloxacino é contraindicado
Quando clínico da uretrite gnocócica
Prurido uretral seguido de ardência micional e corrimento mucoide, evoluindo para purulento
Quadro clínico da uretrite não gnococica
Corrimento mucoide diacreto
Disúria leve e intermitente
Quais são os agentes mais comuns de DIP?
Neisseria gonorrhoae 1/3
Chlamydia trachomatis 1/3
Quais as diferenças na etiologia da DIP entre mulheres HIV + e -?
Os AE são similares
Portadoras do HIV, porém, apresentam mais infecções concomitantes por mycoplasma hominis, Cândida, estreptococos, HPV
Quais mulheres tem maior probabilidade de desenvolver DIP causada por Actinomyces israelli?
Usuárias de DIU
Quais os momentos do ciclo menstrual a ascensão ee patogenos pelo orifício interno é facilitada?
Período perimenstrual
Período pós menstrual imediato
Quadro clínico da DIP
Descarga vaginal purulenta Dor abdominal infraumbilucal Dor em topografia anexial Dor à mobilização do colo uterino Febre
Outros (sintomas atípicas) Hipermenorreia/metrorragia Dispareunia Sintomas urinários Assintomáticas
Complicações da DIP
Infertilidade Gravidez ectopica Dor pélvica crônica Abscesso tubo-ovariano Infecção peritoneal Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis
Caracterize a síndrome de Fitz-Hugh-Curtis
Fase aguda: exsudato purulento na cápsula de glisson, ausência de aderências
Fase crônica: aderências do tipo corda de violino (entre o fígado e a parede abdominal)
Pct pode desenvolver dor pleuritica e em hipocobdrio direito
Quais são os critérios maiores (mínimos) da DIP?
- dor abdominal infraumbilucal ou pélvica
- Dor à palpação dos anexos
- Dor à mobilização do colo uterino
Quais são os critérios menores (adicionais) de DIP?
- Temp. Axilar > 38,3
- conteúdo vaginal/secreção endocervical anormal
- massa pélvica
- leucocitose
- PCR ou VHS aumentados
- mais de 5 lecoci. por campo de imersão em secreção de endocervice
- comprovação de infecção por gnococo, clamidia ou mycoplasma
Quais os critérios elaborados da DIP?
- Evidência Histiopatológica de endonetrite
- Abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas (USG ou RM)
- VLSC com evidência de DIP