Dermatologia Flashcards
Qual é a estrutura que conectava epiderme à membrana basal? Site aplicações clínicas sobre o conhecimento dos componentes dessa estrutura.
Hemidesnossomo
A placa hemidesmossômica da membrana celular é rica em PBAg1 (antigeno do pênfigo bolhoso tipo 1).
A partir da placa hemidesmossômica partem fibras transmembrana formadas por PBAg2 (antigeno do pênfigo bolhoso tipo 2) e integrinas
Quais os componentes da lâmina densa e sublamina densa?
Colageno tipo IV, laminina, proteoglicanas sukfatadas e ANTIGENO DA EPIDERNOLISE BOLHOSA ADQUIRIDA
Os mastocitos são elementos chaves na ativação de qual tipo de hipersensibilidade de gell e coombs?
Tipo I
Cite tipos destaques de colágeno
Tipo I (mais comum, 80%) Tipo VII (antigeno da epidernólise bolhosa Tipo XVII (antigeno do pênfigo bolhoso tipo 2)
Qual a sensação percebida pelos receptores de Krause?
Frio
Qual a sensação percebida pelos receptores de Ruffini?
Calor
Qual a sensação percebida pelos receptores de Vater-Pacini?
Pressão
Qual a sensação percebida pelos receptores de Meissner?
Tato
Qual a sensação percebida pelos discos de Merkel?
Tato e pressão
Qual a sensação percebida pelas terminações nervosas livres?
Dor
Cite doenças ulcero vegetantes
PLECCT Paracoccidiodomicose Leishmaniose Esporotricose Cromomicose Carcinoma espinocular Tuberculose
Caracterizou o mycobacterium lepra (b de hansen)
Bacilo álcool ácido resistente (BAAR), parasita intracelular obrigatório, com predileção pelas células do sistema reticulo endotelial, principalmente histiocitose do tecido nervoso periférico (célula de schwann), células da pele e da mucosa nasal
Quando em grandes quantidades nas lesões formam aglomerados (globias)
São São cultiváveis in vitro
Qual é o local provável de maior inoculação e eliminação do bacilo de Hansen?
Vias aéreas superiores
Qual o período médio de incubação do bacilo de Hansen?
2 - 5 anos
Qual braço de imunidade é eficaz contra o M. Leprae?
Imunidade celular
Caracterize as células imunes mais associadas a cada tipo de hanseníase
Paucibacilar: linfócitos th1 + IL-2 é IFN-gama
Multibacilar: LT supressores e TH2 IL-4 IL-5 é IL-10
Em qual tipo de hanseníase a perda de sensibilidade é mais comum?
Forma paucibacilar
O que acontece com o curso da hanseníase em pacientes HIV+?
Não se altera
Caracterize a hanseníase indeterminada (paucibacilar)
Manchas hipocrômicas anestésicas e anidróticas com bordas impressisas
Lesões únicas ou em pequenos grupos
Baciloscopia negativa
Caracterize a hanseníase tuberculoide (paucibacilar)
Lesões bem delimitadas, em número reduzido, eritematosas com perda total da sensibilidade e distribuição assimétrica
Máculas que podem evoluir para placas com bordas papulosas e áreas eritematosas ou hipocrômicas
Ordem de perda de sensibilidade (térmica, dolorosa, tátil)
Pode haver perda de função motora
Sinal da raquete (espessamento neural emergindo de um placa)
Principais nervos acometidos:
Face (trigemio e facial)
Braços (ulnar, mediano e radial)
Pernas (Fibular e tibial)
Caracterize a hanseníase Virchowiana (Multibacilar)
Infiltração progressiva e difusa da pele, mucosas e vias aéreas superiores, olhos, testículos, nervos
Pode acometer fígado e baço
Lesões de pele: Máculas, papulas, tubérculos, nódulos
FÁCIES LEONINA: infiltração de face e pavilhões auriculares com madarose sem queda de cabelos
Baciloscopia positiva
Caracterize a hanseníase dimorfa (borderline)
Instabilidade Imunológica: grande variação nas manifestações clínicas
Indícios: infiltração assimétrica da face e dos pavilhões auriculares e presença de lesões no pescoço e na nuca
LESÕES NEURAIS: precoces, assimétricas e frequentemente causam incapacidade física
Pode ser subclassificada em:
1- borderline tuberculoide - Baciloscopia negativa ou pouco positiva. Placas e manchas eritematosas de maior extensão, distribuição assimétrica, pouco numerosas e lesões satelites
2- borderline borderline: lesões bizarras semelhantes à queijo Suíço. Mais numerosas que a BT. Baciloscopia moderadamente positiv
3- borderline Virchowiana: múltiplas lesões elevadas eritematoinfiltradas, algumas angulares. Baciloscopia francamente positiva
O que é a hanseníase racional?
Episódios inflamatórias que se intercalam com o curso crônico da doença
De evolução aguda
Reação tipo 1 (reversa): mais associado à forma paucibacilar. Antes do tto ou nos primeiros 6 meses. Processo de hiper-reatividade Imunológica. Novas lesões ou reagudizacoes, dor espontânea em nervos p, areas hipo/anestesicas
Pode causar sequelas
Reação tipo 2 (eritema nodoso hansênico): em formas multibac. Após 6 meses de tto. Caracteriza-se por uma paniculite lobular acompanhada de vasculite, manifestando nódulos dolorosos e eritematosos podendo úlcera. Sem alteração de lesões antigas. Pode febre, mialgia, astenia. Neurite, uveite, orquite, glomerulonefrite
O que é o fenômeno de lúcio!
Ocorre em alguns pcts com HV, especialmente a lepra bonita (de lúcio). Surgem lesões maculares equimóticas que se úlcera, principalmente em extremidades inferiores
Como é feito o diagnóstico da hanseníase?
Essencialme clínico e epidemiológico
Baciloscopia
Se duvida: teste da Histamina e pilocarpina
Reação de mitsuda (classificação e determinação de prognóstico)
PCR
Tratamento da hanseníase
Paucibacilares (até 5 lesões de pele): Rifampcina, Dapsona, 6 doses em até 9 meses
Multibacilar (6 ou mais lesões ou Baciloscopia positiva): rifampcina, Dapsona e clofazimina 12 doses em até 18 meses
O que são as micoses superficiais?
Doenças que não provocam resposta inflamatória significativa, restritas à Canadá córnea da pele ou sobre hastes livres de pelos
Representadas pelas ceratofitoses (pitiríase versicolor, tinea nigra, piedra branca e preta)
Caracterize as micoses cutâneas
Podem provocar mudanças patológicas no hospedeiro, invadem a camada córnea, pelos, unhas, degradando-os e causando resposta imune superficial
Representadas pelas dermatofitoses (tineas)
Assim como as ceratofitoses, nãos acometem mucosa
Qual o causador da pitiríase versicolor, sua forma e locais preferenciais?
Malassezia furfur
Levedura lipofílica
Áreas ricas em glândulas sebaceas (pelo ácido graxo)
Manifestações clínicas da pitiríase versicolor
Manchas múltiplas, de cor variável, apresentando uma descamação fina ao se raspar a pele com a unha (sinal de besnier) ou ao se esticar a pele (sinal de zileri)
Acomete principalmente face e pescoço, tronco superior e porção próximas dos MS
Como diagnosticar a pitiríase versicolor?
Clinica
Exame de luz de wood
Confirmado pelo exame micológico direto
Tratamento da pitiríase versicolor
Sulfeto de selenio a 2,5% xampu por 4 semanas
Tioconazol 1%
Isoconazol 1%
Cetoconazol 2%
4 semanas
Casos extensos: terapia oral (Cetoconazol, itraconaxol, fluconazol)
Caracterize a tinea negra
Causada pelo phaeoannellomyces werbeckii
Acomete extrato corneo palmar, pode atingir ventre da mão e planta do pe
Mácula acastanhada ou enegrecida
Confirmado o diagnóstico pelo exame direto demonstrando hifas septadas escuras
Tto com ceratolíticos ou antofungicos tópicos (continuar por duas semanas após desaparecimento da lesão)
Caracterize a piedra negra
Causada pela piedraia hortai
Infecção pilosa formando nódulos pretos aderidos à haste de cabelos ou barba
Tto: corte do pelo acometido mais imidazólico tópico
Caracterize a piedra branca
Causada pelo trichosporum beigeli
Infecção do pelo demonstrando nódulos do branco ao castanho
Pelos genitais, axilares, barba e couro cabeludo
Tto: corte do pelo + imidazólico tópico ou sistêmico
O trichosporum beigeli pode causar onicomicose
Quais são o gêneros de fungos causadores de dermatofitoses?
Trichophyton, microsporum e edpidermophyton
População mais afetada pela tinea capitis
4 - 14 anos
Formas de apresentação da tinea capitis e seus causadores
Tonsurante (microsporum canis, o mais comum, trichophyton tonsurans, trichophyton rubrum…)
Favosa (trichophyton schoenleinii, principal, microsporum gypseun, raro)
Manifestações da tinea capitis tonsurante
Alopecia focal desxamativa associada ou não à eritema
Cabelos fraturados próximos à pele deixando pequenos tocos
A microsporica costuma produzir uma área única e grande de alopecia
A tricofítica cursa com várias areas pequenas
Evolução crônica
O que é um quérion?
Forma aguda de tinea capitis causada pelo microsporum canis
Cursa com intensa reação inflamatória caracterizada pela formação de uma placa elevada, bem delimitada e dolorosa, com eritema e formação de pustulas e microabscessos
Como tratar uma tinea capitis tonsurante?
Griseofulvina VO mais Cetoconazol shampoo
No quérion, adicionar compressas de permangabato de potássio e, se necessário, drenagem
Tto da tinea capitis Favosa é igual
Manifestações clínicas da tinea capitis favosa
Pequenas lesões crostosas crateriformes em torno do ostio folicular (escútula fávica ou godet)
Ocorre atrofia e halopecia definitiva por Acometimento do bulbo capilar
Principal agente da tinea barbae
Trichophyton rubrum
Caracterize a lesão mais comum da tinea corporis
Lesão eritematosa ou eritamatopapular, de formato anular, descamativa, com bordos elevados eritematodescamativos ou versículos os, únicas ou múltiplas, de tamanho variável
Tto da tinea corporais
Antifungicos tópicos: imidazólicos, tiocarbamatos sulfurados terbinafina…
Casos disseminados ou resistentes a terapia tópica, usar Antifungicos VO: Cetoconazol, terbinafina, itraconazol, fluconazol
Manifestações clínicas da tinea cruris
Acometimento geralmente bilateral, pruriginosa, homens adultos, obesos e diabéticos,
Lesões eritematoescamosas, por vezes com vesículas
Poupa a bolsa escrotal (diferente da candidiase)
A tinea pedis é uma importante porta de entrada pra qual bactéria?
Streptococcus pyogenes
Pode ser responsável por episódios de erisipela de repetição
Como tratar uma tinea manuum?
Antifungicos sistêmicos(cetoco, itraco, fluxo, terbinaf) por 6 semanas
Quais os agentes mais comuns de onicomicose (tinea unguium)!
Trichophyton rubrum e epidermophyton floccossum
Quando suspeitar que o fungo causador de uma infecção na unha é Cândida?
Quando houver Acometimento da borda
Tto da tinea unguium
Tto tópico mais sistemico
Tópico: amorolfina até melhora da lesão (meses)
Sistêmica: 6 meses mao, 3-4 meses pé. Terbinafina ou itraconazol
Cite uma característica que diferencia a candidiase da tinea cruris e corporis
Cândida frequentemente tem lesões satélites
Quais são as principais micoses subcutânea?
Esporotricose Cromomicose Feoifomicose Lobomicose Micetoma
Agente etiológico da esporotricose
Sporotrix schenckii
Manifestações clínicas da esporotricose
Forma cutanelinfática: nódulo no local de inoculação seguido de disseminação linfática deixando um cordão ascendente de nódulos
Pode haver ulceracao de nódulos
Forma cutaneolocalizada: lesão papulosa ou nodulosa que frequentemente evolui com ulceracao. Não há linfangite
Forma cutaneodisseminada: disseminada hematogênica causando lesões modulares e gomosas disseminadas
Forma extracutanea: após ingestão ou inalação do fungo. Principalmente oateoarticular (cotovelos, tornozelos, joelhos e punhos). Pod em pulmões, rins, meníngea, fígado, baço, pancreas…
Ddx da esporotricose
Paracoccidiodomicose Leishmaniose Esporotricose Cromomicose Carcinoma espinocular Tuberculose
Como diagnosticar esporotricose?
Isolamento do fungo a partir de um fragmento de tecido ou exsudato da lesão
Tto da esporotricose
Formas cutâneas: iodeto de potássio VO ou itraconazol
Extracutaneas: itraconazol (mais graves anfo B)
Manter até 1 mês após cura clínica
Em Gestantes: anfo B
Qual é o país em que se registra o maior número de casos de Cromomicose? E qual o principal agente nesse país?
Brasil
Fonsecaea pedrosoi
Características dos agentes que causam Cromomicose
1- produzem pigmento de coloração acastanhada (fungos demácios)
2- no tecido parasitado, se reproduzem por septacoes de uma mesma célula, originando os corpos ou células fumagoides ou talos muriformes ou corpos de medlar
Uma das formas de transmissão da Cromomicose é por transmissão interumana
V ou F
F
Quadro clínico da Cromomicose
Meses após o trauma com inoculação do fungo, surge uma papula verrucosa que cresce por contiguidade até formar uma placa verrucosa com pontos enegrecidos (locais cheios de fungo)
Costumam ser oligo/assintomáticas, a não ser que haja infecção bacteriana
Disseminação linfática/hematogênica não é comum
Tto da Cromomicose
Formas localizadas: Crioterapia, exerese cirúrgica, eletrocirurgia, laser de co2 + itraconazol
Lesões extensas: itraconazol + fluoroxitosina ou anfo B
Qual o agente etiológico da Lobomicose (blastomicose queloideana)?
Fungo loboa loboi (lacazia loboi)
Manifestações clínicas da Lobomicose
Forma mais característica: nódulos semelhantes a queloides, assimetricamente distribuídos, com tendência a coalescer
Normalmente assintomáticos
O achado histiopatológico de muitos elementos fungicos de mesmo tamanho é útil para fazer o diagnóstico diferencial da Lobomicose com…
Paracoccidiodomicose
Tto da lobomicose
Remoção cirúrgica/ablação
Não há antifungicos efetivos
Qual o causador de micetoma eumicótico mais comum no Brasil?
Madurella mycetomatis
Qual a tríade que caracterize o micetoma?
Aumento de volume
Presença de fístulas
Eliminação de grãos (colônias do fungo)
Qual o causador de micetoma actinomicótico mais comum no Brasil?
Nocardia braziliensis
Manifestações clínicas do micetoma
Inicialmente, edema e eritema, com evolução para fístulas
Evolução indolente
Massa endurecida à palpação
Manifestações clínicas da zigomicose Sistêmica ou mucormicose
Causada por fungos resistentes ao Ph ácido, acontecendo em situações de acidose, como na cetoacidose diabética
Mucormicose rinocerebral: invasão de nariz e seios paranasais, com lesões necroticas e gangrenosas, liberando secreção enegrecida de odor fetido
Capacidade de invadir vasos sanguíneos e causar trombose vascular
Entomoftoromicose ou zigomicose subcutânea: granuloma eosinofilico, observa-se nódulo tunoracoes e grandes áreas de informação oligo/assintomática
Lesões cutâneo mucosas da Paracoccidiodomicose
Principalmente na forma crônica
Lesões em gengivas e orofaringe
Aspecto de erosão com pontilhado hemorrágico (estomatite moriforme de Aguiar pupo)
Com a evolução as lesões se tornam vegetantes
Disseminação hematogênica
Tto da Paracoccidiodomicose
SMX-TMP Itraconazol Anfo B para casos graves Tto de 6-12 meses Acompanhamento por pelo menos 2 anos
Qual o melhor método para diagnosticar histioplasmose cutânea?
Exame direto e cultura
Tto da histioplasmose
Moderada: itraconazol
Grave: anfo B 1-2 semanas e depois itraconazol