Endocrinologia Flashcards

1
Q

Qual o peso e tamanho normais da tireoide?

A

10-20g

4 cm de comprimento por 2cm de largura e 1,5/2 de profundidade

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2
Q

Qual substância as células parafoliculares (medulares) da tireoide secretam?

A

Calcitonina

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3
Q

Qual é a enzima tireoidiana, localizada no Polo apical da célula folicular, responsável pelo processo de formação dos hormônios tireoidianos e em que reações ela participa?

A

Peroxidase tireoidea, tireoperoxidase (TPO)
Atua na oxidação do iodo, iodação dos resíduos de tirosina da tireoglobulina (formando iodotirosina, MIT e DIT) e acoplamento das iodotirosina (formação de T3 e T4)

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4
Q

Qual enzima retira o iodo na monoiodotirosina e da diiodotirosina?

A

Desiodase tipo I

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5
Q

Qual a proporção de secreção de T3 e T4 pela tireoide?

A

T4 20:1 T3

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6
Q

Quais as diferenças entre T3 e T4?

A

T3: maior responsável pela atividade em tecidos periféricos.
T4: convertido em T3 nos órgãos alvo pela desiodase tipo I (maioria dos tecidos) ou tipo 2 (cérebro, hipófise, tecido adiposo marrom)

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7
Q

Qual a função da pendrina e qual é a síndrome associada à sua deficiência?

A

Forma um poro de passagem de iodo para o interior do colide permitindo sua organificação.
Sua falta causa síndrome de Pendred, que cursa com hipotireoidismo primário e surdez neurossensorial

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8
Q

Quais são os núcleos hipotalâmicos associados à produção de TRH?

A

Supraóptico e supraventricular

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9
Q

Qual a faixa média de TSH sérico?

A

0,5-5 mU/L.

É liberado na circulação de forma pulsatil (de 2 em 2 hrs) com pico entre 0 e 4hrs (não associado ao sono)

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10
Q

Cite substâncias que podem inibir a secreção de TSH.

A
Hormônios tireoidianos e análogos
Dopamina e agonistas dopaminergicos
Somatostatina e análagos
Dobutamina
Glicocorticoides
IL-1beta e IL-6
TNF
Bexaroteno (agonista do receptor retinoide) 
Fenitoína
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11
Q

O que sugere um quadro de TSH normal e T4 baixo?

A

Hipotireoidismo central com TSH anômalo

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12
Q

O que sugere um quadro de TSH normal e T4 alto?

A

Resistência aos hormônios tireoidianos
Anticorpos
Medicações
Outros interferentes

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13
Q

O que sugere um quadro de TSH baixo e T4 normal?

A

Disse supressiva L-T4
Tto inicial de hipert
Hipert subclínico
Medicações

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14
Q

O que sugere um quadro de TSH baixo e T4 baixo?

A

Tireotoxicose T3
Hipot central
Uso de T3/tiratricol
Doenças não tireoidianas

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15
Q

O que sugere um quadro de TSH baixo e T4 alto?

A

Hipert primário

Hipert iatrogênico

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16
Q

O que sugere um quadro de TSH alto e T4 normal?

A

Uso irregular de L-T4
Autoanticorpos
Anticorpos heterofilos
Hipot subclínico

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17
Q

O que sugere um quadro de TSH alto e T4 baixo?

A

Hipot primário

Hipot central com TSH anômalo

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18
Q

O que sugere um quadro de TSH alto e T4 alto?

A
Resistência aos hormônios tireoidianos
Anticorpos
Medicações
Outros interferentes
Tumor produtor de TSH
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19
Q

Que quantia de iodo deve ser diariamente ingerida e qual a quantia que leva à Hipot e bócio?

A

150 ug/dia

< 50 ug/dia

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20
Q

Como é chamado o fenômeno caracterizado pela inibição da organificação do iodo em Estados de excesso de iodo?

A

Wolf-chaikoff

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21
Q

De que maneira os hormônios tireoideanos circulam pelo plasma?

A

99,96% do T4 e 99,6% do T3 estão ligados a proteínas plasmáticas
70% ligados à TGB (globulina ligadora da tiroxina)
10% à TBPA (pré albumina ligadora de tiroxina - transtirretina)
15% à albumina

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22
Q

Quais os valores normais de T3 e T4 plasmáticos?

A

T3 livre: 0,2 - 0,52 ng/dl
T3 total: 70 - 190 ng/dl

T4 livre: 0,9 - 2 ng/dl
T4 total: 5 - 12 ug/dl

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23
Q

Situações que aumentam a TBG

A
Estados hiperestrogênicos (gravidez, estrogenioterapia, cirrose)
Hepatite infecciosa aguda
Porfiria intermitente aguda
Heroína, metadona
Clofibrato
Congênita (rara)
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24
Q

Situações que reduzem a TBG

A
Estados hiperandrogênicos
Corticoide em doses farmacológicas
Desnutrição proteica
Doença grave
Síndrome nefrotica
Insuficiência hepática
L-asparginase (quimioterápico)
Deficiência congênita (ligada ao X)
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25
Q

Cite drogas que reduzem a ligação dos hormônios à TBG.

A
Salicilatos
Fenitoína
Fenilbutazona
Diazepam
Hearina (aumento de ácidos graxos livres)
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26
Q

Todo T4 periférico é convertido em T3 pela desiodase 1 ou 2.

V ou F

A

F.

35% é convertido em T3 e 45% é convertido em T3r (reverso - inativo) pelo desiodase tipo 3.

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27
Q

Quais são os efeitos fisiológicos dos hormônios tireoidianos?

A

1 - desenvolvimento fetal (a partir da 11 semana, hipotireoidismo fetal e congênito resulta em cretinismo - retardo mental e nanismo)

2 - metabolismo (aumenta o consumo de O2 e produção de calor em todos os tecidos menos cérebro, baço e testículos)

3 - cardiovascular (melhora contratilidade e relaxamento distolico ativo miocárdicos. Aumenta receptores beta no coração - resultado: aumento do DC e da FC)

4 - contribui com a função cerebral e concentração, atividade neuromuscular, estimula indiretamente a produção de EPO, aumenta a motilidade intestinal

5- aumenta reabsorção óssea, o catabolismo proteico, a glicogenólise a lipólise e a gliconeogênese.

6- estimulam a degradação do colesterol por aumentar os receptores de ldl nos hepatócitos

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28
Q

Situações em que o T4 livre pode estar falsamente elevado?

A

Uso de fenitoína e propiltiouracil

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29
Q

Por que solicitar T3 na avaliação do hipertireoidismo?

A

Em 5% dos casos de hipert franco o T4 livre estão normal. O estado de hipert ocorre pela elevada conversão de T4 e T3 nos tecidos.
T3 total pode ser solicitado por que ele não sofre tanta variação com os níveis de proteínas transportadoras
No Hipot, o aumento de TSH aumenta mais a produção de T3 do que T4, não sendo um bom exame para dosagem

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30
Q

Qual é o exame de imagem mais sensível para avaliação da tireoide?

A

Ultrassonografia de alta resolução

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31
Q

Qual a diferença entre hipertireoidismo e tireotoxicose?

A

Hipert diz respeito à hiperfunção da glândula tireoide.
Tireotoxicose é qualquer estado clínico associado a excesso de hormônios tireoidianos (ex. Uso abuso de hormônio exógeno)

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32
Q

Qual a principal causa de hipert e sua porcentagem dos casos?

A

Doença de graves 60-90%

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33
Q

Cite achados típicos da doença de graves.

A

Bócio difuso, oftalmopatia, dermopatia (mixedema pré tibial) e acropatia

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34
Q

Epidemiologia da doença de graves

A

9x mais comum em mulheres. 0, 5% da pop (e 2% das mulheres)

Pico de incidência entre 20 - 50 anos

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35
Q

Qual é a imunoglobulina associada à doença de graves?

A

Imunoglobulina estimuladora da tireoide (anticorpo antireceptor de TSH estimulante - Trab)

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36
Q

Cite citações que estão associadas a um aumento na incidência de doença de graves.

A

Dieta rica em iodo
Gravidez
Outras doenças imunes (DM 1, Addison, MG, LES…)

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37
Q

Características da tireoide na doença de Graves.

A

Simetricamente aumentada, macia, lisa, podendo chegar a 80g

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38
Q

Cite manifestações clínicas que indicam tireotoxicose.

A
Insônia, cansaço, agitação psicomotora
Incapacidade de concentração
Nervosismo
Agressividade
Sudorese
Intolerância ao calor
Hiperdefecação
Amenorreia
Perda pondera (pct pode engordar pela ingestão aumentada de alimentos)
Pele quente e úmida
Tremor fino
Queda de cabelo
Hipertensão sistólica. Hipertensão com PA divergente 
Taquicardia sinusal
B1 hiperfonética, FA
Pode haver cardiomiopatia (dilatada) por tireotoxicose
Miopatia, desmineralização óssea, hipercalciúria, elevação da fosfatase alcalina
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39
Q

O que é hipertireoidismo apatético?

A

Tireotoxicose em alguns idosos, os quais não apresenta o manifestações adrenérgicas como Nervosismo, agitação, podendo apresentar manifestações CV (FA, IC) e astenia, fraqueza, depressão

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40
Q

Descreva manifestações clínicas da doença de graves.

A

Bócio difuso e simétrico
Pode haver sopro e frêmito na glândula por aumento da vascularização local
Oftalmopatia infiltrativa (curso clínico independente do hipert): exoftalmia, proptose bilateral, olhar fixo, retração palpebral, edema periorbitário, hiperemia de conjuntiva e eventualmente oftalmoplegia.
Tabagismo piora a oftalmopatia
Dermopatia (mixedema pré tibial - aspecto de casca de laranja, coloração violacea)
Acropatia (baqueteamento digital) 1%, associação com a dermopatia (20%)

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41
Q

O que define um hipert subclínico?

A

TSH diminuído com T3 e T4 normais

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42
Q

Cite alterações hematológicas e bioquímicas da doença de graves.

A

Anemia normo(micro)citica normocrômica
Leucopenia
Hipercalciúria, hiperbilirrubinemia
Aumento de transaminases, FA, GGT

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43
Q

Qual o anticorpo característico da doença de graves?

A
Anti TRAb (antireceptor do TSH)
Sua pesquisa não é necessária na maioria dos casos
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44
Q

Cite citações em que é necessário solicitar a pesquisa de TRAb.

A
Graves em eutireoideos
Hipert apatético
Risco de recidiva após tto
Quadros atípicos
Gestantes eutireoidianas com passado de graves (níveis aumentados indicam chance de hipotireoidismo fetal e neonatal) 
DDX da tireotoxicose gestacional
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45
Q

Quando solicitar um exame de captação do iodo radioativo (o de 2hrs nos casos de hipert, I123)

A

Diferenciar graves com tireotoxicose das tireoidites subagudas (as quais apresentam captação desprezível)
Pode diferenciar, ainda, casos de hashitoxicose
Contraindicado na gravidez

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46
Q

Qual o TTO da doença de Graves?

A

BB (propranolol, atenolol), se contraindicados, diltiazem

Antitireoidianos (tionamidas): propiltiouracil (PTU, inibe a TPO e, em doses alta, a conversão de T4 em T3, pode causar Insuficiência hepática), metimazol (MMI, inibe a TPO, droga de escolha, contraindicado em Gestantes no 1° tri, crisetireotoxica) e carbimazol.
TSH demora em torno de 3 meses até um ano pra normalizar. Por isso, se monitora com o T4.

IODO: em excesso pode causar bloqueio temporário da produção dos hormônios tireoidianos

Radioablação com iodo 131: pelo risco de tireotoxicose durante o tto, recomenda-se tto com drogas Antitireoidianas 1 mês antes e suspensão 6 dias antes
Contraindicado na gravidez e amamentação
Pode exacerbar a oftalmopatia
Após 5 dias, reiniciar BB e Antitireoidianose manter por alguns meses
Hipotireoidismo pós ablação é esperado
Antes de indicar, fazer usg de tireoide

Tto cirurgico

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47
Q

Que classe de medicamentos edicamento deve ser evitada na oftalmopatia da doença de graves?

A

Tiazolidinedionas

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48
Q

Na falha da corticoterapia para tratamento da oftalmopatia da doença doença de graves, qual o próximo passo)

A

Injeção retro ocular de rituximab

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49
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da doença de graves em uma gestante que apresenta quadro de tireotoxicose?

A

Mola hidatiforme

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50
Q

Qual a meta do T4 livre na gestante com hipert?

A

Limite superior da normalidade ou levemente aumentado. Caso contrário, poderá haver maior risco de déficit cognitivo no feto

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51
Q

Principais causas de hipert na infância?

A

Autoimune, síndrome de McCune-Albright e adenoma tóxico

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52
Q

Qual o principal fator desencadeante de uma crise tireotoxica (tempestade tireoideana)?

A

Infecção

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53
Q

Descreva a escala de Herman para a crise tireotoxica.

A

I - Taquicardia >×150 BPM, arritmia, hipertermia, diarreia, tremor intenso, agitação

II - I mais distúrbios de consciência (estupor, sonolência, psicose, desorientação)

III - Coma

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54
Q

Qual a segunda causa mais comum de hipert?

A

Bócio multinodular tóxico

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55
Q

O que é a síndrome de Marine-lenhart?

A

Coexistência de BMT e graves

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56
Q

O que é fenômeno jod-basedow?

A

Piora da tireotoxicose ao se administrar iodo

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57
Q

Como é feito o diagnóstico do BMT?

A

Cintilografia tireoidiana

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58
Q

O que é a doença de Plummer?

A

Adenoma tóxico

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59
Q

Qual a apresentação de um adenoma tóxico?

A

Nódulo autônomo hiperfuncionante que produz quantidades suprafisiológicas de hormônios tireoidianos

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60
Q

Qual o tamanho mínimo da maioria dos nódulos tóxicos autônomos?

A

3 cm

61
Q

Cite um tumor da genitalia interna feminina, não associado à gestação, que pode causar tireotoxicose.

A

Struma Ovarii (Teratoma ovariano que contém tecido tireoideo).

62
Q

Qual a incidência de hipotireoidismo congênito e qual sua principal causa?

A

1:2000-4000 nascidos vivos
Disgenesia da tireoide
Avaliado no teste do pezinho

63
Q

Cite medicamentos que aumentam o risco de desenvolvimento de Hipot.

A

Amiodarona
Lítio
Tionamidas

64
Q

Qual o mecanismo por trás dos raros casos de hipotireoidismo associado a hemangiomas e fibromas?

A

Hipot de consumo (maior produção de desiodase 3 pelas células tumorais

65
Q

O que é a síndrome de Sheehan?

A

Hipot central em Gestantes associado à necrose hipofisária por hemorragias no pós parto

66
Q

Qual a causa mais comum de hipotireoidismo central em crianças?

A

Craniofaringioma (tumor hipofisário) que demonstra calcificações heterogêneas na região da sela turca

67
Q

Quais são as manifestações gerais do hipotireoidismo?

A

Lentificação da voz (fica rouca) e dos movimentos
Intolerância ao frio
Ganho de peso (exceto obesidade mórbida! O ganho é discreto pois o apetite está preservado)

68
Q

Manifestações cutâneas do hipotireoidismo.

A

Pele fria e pálida
Atrofia da camada celular da epiderme
Hipertrofia da córnea (hipeceratose, pele seca e quebradiça)
Hipoidrose
Cabelos e unhas quebradiços
Mixedema (casos graves, principalmente periocular)

69
Q

Manifestações hematológicas do hipotireoidismo.

A

Anemia normo normo (podendo ser macro)
Anemia megaloblástica quando anemia perniciosa concomitante
Doença de Von willebrand tipo 1 adquirida pode estar associada

70
Q

Manifestações cardiovasculares do hipotireoidismo.

A
Queda do DC
Bradicardia
Hipocontratilidade
Derrame pericárdico
HAS por elevação da PD
Hipercolesterolemia
Hiperhomocieteinemia
71
Q

Manifestações renais do hipotireoidismo

A

Redução da TFG

Discreto aumento da CR serica

72
Q

Manifestações GI do hipotireoidismo

A

Constipação
Hipogeusia (redução do paladar)
Ascite (raro)
Associação com gastrite atrófica e doença celíaca

73
Q

Alterações reprodutivos do hipotireoidismo.

A
Redução da libido
Disfunção erétil
Ejaculação retardada e oligospermia
Em mulheres pode haver oligo/Amenorreia ou hipermenorreia/meborragia
Hiperprolactinemia
Galactorreia
74
Q

Manifestações neurológicas do hipotireoidismo.

A

Déficit cognitivo (pensamento lentificado, déficit de concentração…)
Lentificação dos reflexos tendinosos profundos
Ataxia cerrbelar
Síndrome do túnel do carpo
Polineuropatia periférica
Coma mixedematoso (raro)

75
Q

Alterações músculo-esqueléticas do hipotireoidismo.

A

Artralgia, rigidez articular, mialgia, cãibra, aumento de cpk, fraqueza
Maior incidência de hiperuricemia e gota

76
Q

O hipotireoidismo reduz o clearence de vários fármacos. Cite alguns dos principais.

A
Anticoagulantes
Antiepilépticos
Hipnóticos
Opioides
Obs.: Opioides é hipnóticos podem desencadear coma mixedematoso
77
Q

Cite manifestações particulares do hipotireoidismo na infância

A

Persistência da icterícia neonatal
Choro rouco
Hérnia umbilical

78
Q

Se o hipotireoidismo neonatal não é tratado nos primeiros 3 meses de vida, quais os principais prejuízos ao neonato?

A

Atraso na maturação óssea
Retardo mental
Achados que indicam cretinismo (pode vir acompanhada ainda de surdo-mudez, edema de face e de extremidades e anormalidades nos tratos piramidal e extrapiramidal

79
Q

O que é a síndrome de Van Wyk Grumbach?

A

Hipotireoidismo infantil (não neonatal) grave que cursa com puberdade precoce isosexual. É reversível com o uso de levotiroxina

80
Q

O teste do TRH é útil para diferenciar hipotireoidismo hipofisário de hipotireoidismo hipotalâmico?

A

Não. Muitos pacts com Hipot hipotalâmico apresentam resposta hipofisária anormal com TRH exógeno (pode haver Atrofia de tireotrofos)

81
Q

Tto do hipotireoidismo

A

Levotiroxina (T4), de preferência pela manhã em jejum (1hr antes do café ou 2hrs após refeição)
Meia vida de 7 dias
Dosar TSH 4 a 6 meses após início do tto
Se Hipot central, controlar a dose pelos nives de T4 livre
Após se atingir a meta, Reavaliação em 6-12 meses

82
Q

Em que situações as doses de levotiroxina podem necessitar aumento?

A

Síndromes de má absorção gi
Gravidez
Drogas que reduzem absorção (omeprazol, sulfato ferroso, colestiramina, carbonato de Cálcio, hidróxido de alumínio…)
Drogas que aumentam o metabolismo hepático do L-T4 (rifampcina, fenobarbital, carbamazepina, fenitoína, setralina…)
Situacoes que diminuem a conversão de T4 em
T3 (amiodarona, deficiência de selenio, cirrose)

83
Q

Situações em que a dose necessária de L-T4 pode ser menor.

A

Idosos (> 65)

Terapia androgênica em mulheres

84
Q

Quando tratar um quadro de hipotireoidismo subclínico!

A

TSH > 10 mU/L
Gravidez ou planejamento de gravidez
Pcts com sintomas possivelmente associados à déficit de hormônios tireoidianos ou possuem anti TPO elevado

85
Q

Manejo do hipotireoidismo na gestação.

A

Anti TPO + e TSH < 2 mUI/ml: solicitar TSH e T4 com 6 meses de gestação e acompanhar no pós parto

Anti TPO + e TSH entre 2 e 4 mUI/ml: tratar se T4 no limite inferior da normalidade

TSH > 4: tratar

86
Q

O que é a síndrome do eutireoideo doente?

A

Anormalidades no TSH, T4 e T3 em indivíduos agudamente enfermos.
O padrão mais frequente é T3 total e livre baixos e T4 normal

87
Q

Síndrome do T4 baixo.

A

Vista em pcts graves com prognóstico ruim

T4 baixo e T3 ainda mais baixo

88
Q

Hormônios tireoidianos na doença hepática aguda

A

Elevação inicial de T3 e T4 total (não da livre) pela liberação aumentada de TBG.
Após um período variável, há queda dos dois hormônios

89
Q

Hormônios tireoidianos na doença psiquiátrica aguda?

A

Aumento transitório de T4 total (e livre) com T3 usualmente normal

90
Q

Hormônios tireoidianos na AIDS.

A

Inicialmente, elevação de T3 e T4. Posteriormente há diminuição de T3. TSH costuma estar normal

91
Q

Hormônios tireoidianos na IR.

A

Baixo T3. T3r costuma estar normal

92
Q

Quais os dois tipos de tireotoxicose associados ao uso de amiodarona?

A

Tipo I (fenômeno jod basedow) - cintilografia normal ou com alta captação

Tipo II - tireoidite por ativação lisossomal. Baixa captação na cintilo

93
Q

Patogênese do coma mixedematoso.

A

Redução do drive ventilatorio causando hipercapbia e hipoxemia
Hipotermia
Pneumonia bacteriana frequentemente presente
Queda do DC
Hiponatremia (queda da reabsorção de Na e de excreção de água)
Hipoglicemia anemia
Lactato aumentado

94
Q

Que dados laboratoriais falam a favor de mixedema no ddx com a síndrome do eutireoidiano doente?

A
Cpk aumentada (500 até 1000) às custas da fração MM
Derrame pericárdico ao Ecocardio
95
Q

Como é feito o TTO do coma mixedematoso?

A

Levotiroxina IV e hidrocortisona IV (evitar crise adrenal)

96
Q

Em casos de deficiência de iodo e no bócio esporádica, como se encontra o TSH?

A

Normal

97
Q

Descreva o sinal de Pemberton

A

Ao elevar os braços acima da cabeça o paciente sente tontura e fraqueza e apresenta sinais de congestão facial

98
Q

Descreva o curso clínico geral das tireoidites

A

Fase inicial de tireotoxicose (destruição da glândula e liberação de hormônio estocado).
Segue fase de redução de produção de hormônios e, após queima do estoque, hipotireoidismo (geralmente subclínico e transitório)
Na tireoidite de hashimoto progride pra hipotireoidismo clássico

99
Q

Qual a causa mais comum de tireoidite?

A

Tireoidite de hashimoto(tireoide crônica de hashimoto)

100
Q

Quais os fatores ambientais mais associados à tireoidite de hashimoto?

A

Infecção viral (destaque para HVC) e consumo de iodo

101
Q

A TH aumenta a chance de desenvolvimento de qual neoplasia?

A

Linfoma de tireoide

102
Q

Qual o achado patognomonico de TH?

A

Células de askanazy (surgem em estágio avançado)

103
Q

Quando indicar um paaf em caso de TH?

A

Dor local
Crescimento rápido
Presença de nódulos

104
Q

Descreva o quadro clínico da tireoidite subagudas linfocítica.

A

Tireoidite indolor, períodos transitórios de tireotoxicose, seguido de hipotireoidismo autolimitado (50% dos casos evoluem para TH)

105
Q

Descreva o quadro da tireoidite de De Quervain (tireoidite subagudas dolorosa ou tireoide de células gigantes ou granulomatosa)

A

Dor em região cervical anterior, garganta ou ouvidos associada ou não à tireotoxicose transitória. Início 1 - 3 semanas após infecção viral

106
Q

Qual a origem da tireoidite de De Quervain?

A

Doença reativa pós viral (cocksackie, adenovirus, caxumba, sarampo, VSR)

107
Q

Qual o TTO da tireoidite de De Quervain?

A

AINE. Se ausência de melhora em 48hrs, corticoide

108
Q

Descreva o quadro de tireoidite pós parto.

A

Tireoidite autoimune indolor subaguda que se manifesta dentro do 1° ano pós parto
Semelhante à tireoidite linfocítica

109
Q

Descreva o quadro da tireoidite aguda piogênica.

A

Dor aguda, geralmente unilobilar, calafrios, febre alta e sinais de flogose e supuração do lobo afetado.
Principalmente por s aureus, s pneumonie, estrepto pyogenes e H influenzae

110
Q

Descreva o quadro da tireoidite tuberculosa e fúngica

A

Aumento bilateral, curso subaguda ou crônico. Se for p jiroveci pensar em AIDS

111
Q

Descreva o quadro de tireoidite actínica

A

Dor tireoidiana e hipertireoidismo após primeiras semanas de aplicação de iodo radioativo

112
Q

Tireoidite medicamentosa, descreva

A
Interferom ALFA (tto HBV e HCV) 
IL 2 (leucemias)
Amiodarona
113
Q

Tireoidite de Riedel, descreva

A

Tireoidite esclerosante, fibrótica, fibrótica invasiva, crônica produtiva, estoma de Riedel (sinônimos)
Causa desconhecida
Associação com fibrose de glândulas salivares, lacrimais, fibrose mediastinal e retroperitoneal
Na maioria das vezes eutireoideo, podendo ser Hipot
Diagnóstico confirmado por biópsia
Tto com tamoxifeno (rituximab em refratários)

114
Q

Quais características clínicas aumentam a probabilidade pré teste para lesão maligna de tireoide?

A

1 - crescimento rapido
2 - fixação a tecidos adjacentes
3 - rouquidão
4 - adenomegalia

115
Q

Fatores de risco para carcinoma papilífero

A

Exposição à radiação ionizante

HF

116
Q

Fatores de risco para carcinoma folicular

A

Deficiência de iodo
Radiação ionizante
Obs.: não há associação com síndromes de Ca de tireoide hereditários

117
Q

Fatores de risco para carcinoma medular

A
NEM 2 (2A e 2B)
Carcinoma medular de tireoide familiar (não NEM)
118
Q

Fatores de risco para carcinoma anaplásico

A

Antecedentes de neoplasia tireoidiana

Bócio multinodular

119
Q

Fatores de risco para linfoma de tireoide

A

Tireoidite de hashimoto

120
Q

Em caso de nódulo tireoidianos + diarreia qual é a suspeita principal?

A

Carcinoma medular

121
Q

Descreva características do carcinoma papilífero

A

M 2:1 H
20-40 (30-50) anos
Mtx linfonodal > henatogênica
Prognóstico bom
Células com núcleos fissurados lembrando grãos de café
Corpos de psamoma (grupamentos de células calcificadas)
Diagnóstico possível por paaf
Apesar de comumente invadir linfonodos regionais, tal achado não indica pior prognóstico
Geralmente não encapsulado, crescimento lento

122
Q

Metástases a distância do carcinoma papilífero

A

2-10% dos casos
Pulmão (70%)
Osso (20%)
SNC (10%)

123
Q

Quais fatores indicam baixo risco prognóstico em casos de carcinoma papilifero?

A
Idade < 40
Sexo feminino
Tumor confinado à tireoide
Ausência de mtx
< 2 cm
Bem diferenciado

Obs.: mau prognóstico é o oposto (exceto tamanho, é > 4 cm)

124
Q

Manejo do carcinoma papilifero

A

Lesões >/= 1cm ou com extensão extratireoidiana, mtx, exposição prévia à radiação = tireoidectomia total

125
Q

Quando um carcinoma anaplásico é estadia do como T4?

A

TODOS carcinomas anaplásico são T4 (podem ser T4 A, intratireoidiano, ou B, extratireoidiano

126
Q

Conduta após a tireoidectomia total em um caso de câncer de tireoide bem diferenciado

A

Radioablação com I 131 (não necessária se tumor, ou tumores, forem < 1cm e ausência de fatores de risco)
Principal complicação: sialoadenite

Terapia supressiva com L-T4

127
Q

A presença de tireoglobulina após tireoidectomia total indica o quê?

A

Recidiva

Deve-se dosar juntamente anticorpo antitireoglobulina para evitar falsos negativos

128
Q

Características do carcinoma folicular

A

Segundo ca de tireoide mais comum (10-15%)
40-60 anos
Não pode ser diagnosticado por paaf (alterações virtualmente idênticas ao adenoma folicular)
Necessita análise histiopatológica da peça cirúrgica
Disseminação hematogênica

129
Q

MTXs do carcinoma folicular

A

Pulmões
Ossos
Fígado
Principalmente via hematogênica

130
Q

Manejo do carcinoma folicular

A

Unilobilar = 2cm tireoidectomia parcial (provável lesão benigna)
Se histiopatológico demonstrar malignidade, nova cx para remover o resto

Lesões > 2 cm: tireoidectomia total e, se confirmado câncer, radioablação + supressão de TSH com levotiroxina

131
Q

O que é o carcinoma de células de hurthle?

A

Uma variedade mais agressiva do Ca folicular
Células oxifilicas (oncócitos)
Mtx pra linfonodo com frequência

132
Q

Características do carcinoma medular

A

5 - 10% dos ca de tireoide
Originado das células C (parafoliculares)
Geralmente unilateral
Associação com mutação no proto-oncogene RET
Quando associado à NEM, geralmente é bilateral, multicentrico
Suas células podem produzir prostaglandinas e ACTH, mas principalmente calcitonina
Diagnóstico por PAAF

133
Q

Manifestações clínicas do carcinoma medular

A

Clássicos de tumor de tireoide +
Diarreia (30%) induzida por calcitonina
Se no contexto da NEM, HAS (feocromocitoma), hipercalcemia e cálculos renais (hiperparat)

134
Q

Manejo do carcinoma medular

A

Tireoidectomia total sempre é indicada geralmente associada à ressecção de linfonodos de cadeia central junto com paratraqueais

Não é responsivo à radioterapia, radioablação ou terapia supressiva

135
Q

Características do carcinoma anaplásico

A
Maior agressividade
1% dos ca de tireoide
Crescimento rápido
Disseminação linfática e hematogênica
Mutações em p53 (15%)
Tto com radioterapia + quimio (doxirrubicina)
136
Q

Características do linfoma de tireoide

A

Maioria não hodgkin
TH é fator de risco
Linfoma B de grandes células é o mais comum
MALT em segundo

137
Q

Complicações da tireoidectomia

A

Lesão do nervo laringeos superior causa rouquidão discreta e diminuição da modulação da voz
Lesões do laringeo recorrente (quando bilateral, estridor e oclusão respiratória alta)
Hipoparatireoidismo (hipocalcemia aguda no pós op)

138
Q

Descreva a classificação de Bethesda

A

1 - não diagnóstico - repetir paaf
2 - benigno - seguimento a cada 6-18 meses
3 - atipia de signif indeter - repetir paaf
4 - Tumor folicular - Análise genética ou cx
5 - suspeito para malignidade - Análise genética ou cx
6 - nódulo maligno - cx

139
Q

Fluxograma do nódulo de tireoide

A

1 - TSH suprimido: US + cintilo:
se quente, provável benigno.
Se frio é, na US, nódulo >/= 1 e /ou suspeito indicar paaf

2 - TSH normal ou alto: US.
nódulo >/= 1 e /ou suspeito indicar paaf

140
Q

Qual o tipo de Ca de tireoide que não pode ser Originado de um cisto tireoglosso?

A

Medular

141
Q

Qual o antitireoidiano indicado no 1° trimestre de gestação? E no 2 e 3° trimestres?

A

1° propiltiouracil (menos teratogenico nessa fase)

2 e 3° metimazol (maior segurança clínica)

142
Q

A estabilização do níveis de glicemia e redução do apetite na cx de by passa gástrico está associada à qual substância?

A

Glucagon like peptide 1 (GLP-1)

É liberado no íleo junto com PYY

143
Q

Qual o valor de glicemia que torna obrigatório usar insulina, ao menos momentaneamente, em qualquer paciente diabético?

A

> /= 300 mg/dl

144
Q

Qual o passo seguinte em um paciente com duas glicemia de jejum indicando pré diabetes?

A

TOTG 75

Se glicemia > 200 após 2h, diagnóstico de DM

145
Q

Paciente com deficiência de B1 exposta à quantidades significativas de glicose pode desenvolver qual quadro?

A

Encefalopatia de Wernicke (confusão mental, Ataxia de marcha, disfunção oculomotora)

146
Q

Meta de glicemia antes das refeições é após refeições em paciente com quadro clínico agudo que apresenta hiperglicemia e como fazê-lo

A

Antes das refeições < 140
Depois < 180
Uso de insulina regular IV em bomba infusora

147
Q

Manifestações neurológicas do hipotireoidismo.

A

Déficit cognitivo (pensamento lentificado, déficit de concentração…)
Lentificação dos reflexos tendinosos profundos
Ataxia cerrbelar
Síndrome do túnel do carpo
Polineuropatia periférica
Coma mixedematoso (raro)

148
Q

Manifestações cutâneas do hipotireoidismo.

A

Pele fria e pálida
Atrofia da camada celular da epiderme
Hipertrofia da córnea (hipeceratose, pele seca e quebradiça)
Hipoidrose
Cabelos e unhas quebradiços
Mixedema (casos graves, principalmente periocular)

149
Q

Qual a incidência de hipotireoidismo congênito e qual sua principal causa?

A

1:2000-4000 nascidos vivos
Disgenesia da tireoide
Avaliado no teste do pezinho