Fx de Escapula Flashcards
Epidemiologia
Idade média entre 35 - 45 anos. 3 -5% das fraturas do ombro, 49 -89% no corpo 10 -60% no colo. Geralmente por traumas de alta energia. Baixa incidência: devido a bordas espessas, musculatura protetora adjacente, grande mobilidade e capacidade de recuo
Anatomia
Osso achatado e triangular que une e estabiliza o MS ao esqueleto axial.
Lig. acromioclaviculares estabiliza no plano antero - posterior , lig. coracoclaviculares estabiliza no plano supero- inferior.
Apresenta incisura escapular coberta pelo lig. transverso superior da escapula, onde o N. Supraescapular passa por baixo deste lig. e a A. Supraescapular passa acima.
Mecanismo de trauma
Trauma indireto :
- Sobrecarga axial sobre um braço estirado (fratura do colo e intra -articular da glenóide ).
Trauma direto:
- Frequentemente por alta energia (fratura do corpo, acrômio, processo coracóide ).
Luxação do ombro pode causar fratura da
glenóide.
Músculos e ligamentos podem causar fratura avulsão
Lesoes associadas
35- 98% tem lesões associadas : fraturas ipsilaterais ( fratura ipsilateral de costela com hemopneumotórax é a associação mais comum), pneumotórax, contusão pulmonar, lesões neurovasculares, lesões na coluna vertebral, TCE.
As fraturas do corpo da escápula são mais prevalentes que as demais localizações E TEM MAIOR INCIDÊNCIA DE LESÕES ASSOCIADAS
Na seqüência :
Colo da glenóide
Espinha da escápula, glenóide e acrômio têm igual ocorrência
Sinal de Comolli
Edema triangular sobre a escapula indicando síndrome
compartimental.
Quadro clinico
Braço aduzido sobre caixa torácica.
Ombro achatado se fratura do acrômio, hipersensibilidade dolorosa local, edema de partes moles (nas fraturas deslocadas do colo escapular ou do processo acromial ).
Equimoses são menores do que nas fraturas do úmero, dor inspiratório - dependente por tração exercida pelos músculos conectados ao processo coracóide
(peitoral menor) ou ao corpo da escápula ( serrátil anterior)
Síndrome de Neviaser: pseudo ruptura do manguito rotador, resolve em poucas semanas após a regressão do edema e sangramento intramuscular.
Sinal de Comolli : edema triangular na parte posterior do tórax sobre a escápula, condizente com síndrome
compartimental : deve ser descomprimido
Sindrome de Nevasier :
Pseudo ruptura do manguito rotador, resolve em poucas semanas após a regressão do edema e sangramento intramuscular.
Em paciente com fratura escapular = hemorragia da musculatura do manguito com resultante paralisia
Imagem
Série trauma (AP, perfil, axilar),
Stryker : avalia processo coracóide , assim como Hill
- Sachs.
A incidência axilar permite identificar fraturas do acrômio e da borda da cavidade glenoidal (não confundir fratura com os acromiale , está presente em até 3% da população).
TC :caracteriza melhor as fraturas , e fraturas intraarticulares da glenóide
Pedir Rx de tórax para avaliar lesões associadas
Dx diferencial
Linha epifisária (pode estar presente até 25 anos)
Os acromiale
Forames escapulares persistentes
Hipoplasia da glenóide
Classificação de Zdravkovic e Damholt
Tipo I : fraturas do corpo
Tipo II : fraturas apofisárias incluindo acrômio e coracóide
Tipo III : fraturas do ângulo supero- lateral , incluindo o colo e a cavidade glenoidal.
Classificacao de Thompson :
Classe I : fraturas do processo coracóide , acrômio e pequenas fraturas do corpo.
Classe II : fraturas da cavidade glenoidal e do colo. Classe III : grandes fraturas do corpo escapula
Classificacao de Kuhn ( fraturas acromiais)
Tipo I : desvio mínimo ( tto conservador)
Tipo II : com desvio, sem redução do espaço
subacromial ( tto conservador).
Tipo III : com desvio e com redução do espaço
subacromial ( tto cirúrgico)
Classificação de Ogawa
fraturas de processo
coracóide
Tipo I : proximal aos ligamentos
coracoclaviculares
Tipo II : distal aos ligamentos
coracoclaviculare
Ombro do tiro ao pombo
Fratura por estresse do processo coracóide
Classificação de Ideberg (fraturas intra articulares da
glenóide )
Tipo 1 e 2.
Classificação de Ideberg (fraturas intra articulares da
glenóide )
Tipo I: fraturas da margem da cavidade glenoidal
IA: anterior
IB : posterior (distintas das pequenas avulsões decorrentes da instabilidade traumática
Tipo
II: fraturas transversas ou oblíquas atravessando a
fossa da cavidade glenoidal, apresentando um fragmento triangular inferior deslocado ligado à cabeça luxada do úmero
Classificação de Ideberg (fraturas intra articulares da
glenóide )
Tipo 3, 4 ,5 6
Tipo III: fraturas oblíquas atravessando a cavidade glenoidal e saindo pela margem medial superior da escápula associada a uma fratura ou luxação
acromioclavicular.
Tipo IV: fraturas horizontais saindo pela margem medial da lâmina.
Tipo V: combinação de uma fatura do tipo IV e
outra separando a metade inferior da cavidade
glenoidal.
Tipo
VI (acrescentada por Goss ): cominuição grave da superfície da cavidade glenoidal.
Tratamento conservador
A maioria das fraturas da escápula é passível de tratamento conservador, consistindo no uso de
tipóia e mobilidade precoce
Tratamento Cirurgico
-Fraturas intraarticulares com desvio (mais de 3 - 5mm) - mais de 25% da superfíce articular anterior
- mais de 33% da posterior,
- angulação do colo maior que 40 graus ou translação medial de 1cm.
- Fraturas do colo associada a fratura da clavícula com desvio, fraturas do acrômio que fazem compressão sobre o espaço subacromial .
-Fraturas do processo coracóide que resultam em LAC, -Fraturas cominutivas da espinha escapular.
-Perda funcional do MR.
-Desvios angulares acima de 40 graus tendem a converter as forças compressivas exercidas pelo manguito rotador em forças de cisalhamento.
Se lesão neurovascular => RAFI
Via de acesso
Pode se utilizar via anterior, posterior ou combinada.
- Via de judet é a mais comum : entre infraespinhal e redondo menor.
Complicações
Lesões associadas (uma mortalidade maior está associada a primeira costela)
- Consolidação viciosa, pseudoartrose.
- Lesão do nervo supraescapular.
Dissociação escapulo torácica
Deslocamento lateral fechado e violento da escápula, associado à fratura da clavícula e à grave
lesão dos tecidos moles.
Ruptura vascular freqüentemente na altura da artéria subclávia; na maioria das vezes verifica se total avulsão do plexo braquial.
Suspeita-se quando: desvio lateral da escápula em
rx de tórax sem rotação, fratura da clavícula com grande desvio, LAC de grande magnitude
Dissociação escapulo torácica
Tipo I : apenas lesão musculoesquelética.
Tipo IIA: lesão musculoesquelética com ruptura vascular
Tipo IIB: lesão musculoesquelética com lesão neurológica.
Tipo III: lesão musculoesquelética, vascular e neurológica