Fx De Coronoide Flashcards
Epidemiologia
Fraturas do processo coronóide são raras 2 a 10% dos pacientes com fraturas do cotovelo. Geralmente estão associadas com outras fraturas (cabeça do rádio, tríade terrível). As lesões com padrão de instabilidade rotacional póstero-medial em varo são definidas por uma fratura da faceta antero-medial do processo coronóide
Anatomia
O processo coronóide oferece contenção anterior a articulação do cotovelo, servindo como um batente.
A incisura troclear é formada pelo olécrano e processo coronóide e acomoda quase 180 graus da tróclea .
A banda anterior do LCM se insere na base do processo coronóide, mais precisamente no tubérculo sublime.
A cápsula anterior se insere alguns milímetros abaixo do ápice.
A inserção do músculo
braquial estende-se distalmente
Mecanismo de trauma
Avulsão, trauma direto (impacto contra a tróclea).
Nas fraturas da base podem envolver a inserção da banda anterior do LCM e braquial.
A maioria das fraturas ocorre no plano coronal
Quadro clínico
Como é uma fratura que é associada a outras lesões na região do cotovelo o
quadro clínico vai ser :
dor, edema,
deformidades visíveis (luxação posterior do cotovelo).
Ocorrerá instabilidade em varo e anterior quando a fratura acometer > 50% do coronóide.
Imagem
Tc sempre que Rx não for suficiente.
Rx pode confundir com fragmento da cabeça do rádio.
Classificação Regan e Morrey
Regan e Morrey:
Tipo I- avulsão da ponta do processo coronóide, Tipo II- um fragmento único ou cominutivo envolvendo 50% ou
menos do processo coronóide
Tipo III- um fragmento único ou cominutivo envolvendo mais de 50% do processo coronóide. Esses autores
incluíram um modificador, sendo A (ausência) ou B (presença) de luxação do cotovelo.
•O tipo II está acompanhado de luxação posterior do cotovelo em 37% dos casos e o tipo III em mais de 80%.
Classificação O Driscoll : Grupo 1
Grupo 1 – envolve o ápice mas não se estende medialmente além do tubérculo sublime ou até o corpo.
- subtipo 1 envolve menos de 2mm
- subtipo 2, envolve mais de 2mm (associação com tríade terrível).
Classificação Driscoll tipo 2
Grupo 2- envolve a faceta anteromedial .
-subtipo 1, as fraturas estendem-se desde um ponto imediatamente medial ao ápice do processo coronóide até a metade manterior do tubérculo
sublime (a inserção da banda anterior do LCM),
- subtipo 2, as fraturas são lesões subtipo 1 com extensão da linha de fratura até o ápice,
- subtipo 3, as fraturas envolvem o rebordo anteromedial e todo tubérculo sublime, com ou sem envolvimento do ápice do processo coronóide.
Classificação de Driscoll grupo 3
Grupo 3 – são fraturas da base que envolvem pelo menos 50% da altura do processo coronóide.
-subtipo 1 , as fraturas envolvem apenas o
processo coronóide.
-subtipo 2 , as fraturas estão associadas com fraturas do olécrano
Tratamento Regan e Morrey
Pela classificação de Regan e Morrey – Tipo I- tratamento conservador, tratar as lesões associadas
Tipo II- Cirúrgico se houver
instabilidade em flexo-extensão
Tipo III- Cirúrgico (parafusos, fios ou placa).
Tratamento Rockwood
tratamento cirúrgico em fraturas deslocadas envolvendo > 1/3 da superfície articular.
Em fraturas isoladas o aceso medial é o preferido.
Prognóstico
A dor é praticamente inexistente no tipo I e típica no tipo III, com perda de ADM e resultados insatisfatórios em 80% nos casos do tipo III