Fraturas Patológicas Flashcards

1
Q

Introdução:

Epidemiologia:

A

Introdução:

  • Fraturas que ocorrem após atividades normais ou traumas pouco importantes em ossos anormais
  • Ao se planejar o tto de fratura patológica e com doença esquelética (não neoplásica sistêmica) deve-se dividir em dois grupos, as passíveis de correção e as não passíveis de correção

Passiveis de correção

  • Osteodistrofia Renal
  • Hiperparatireoidismo
  • Osteomalácia
  • Osteoporose por desuso

Não passíveis de correção

  • Osteogênese imperfeita
  • Displasia fibrosa poliostótica
  • Osteoporose pós-menopausa
  • Doença de Paget
  • Osteopetrose
  • Se possível a correção do distúrbio, ela deve começar imediatamente, caso contrário, deve se considerar o restante do esqueleto no planejamento do tto da fratura
  • Fratura patológica associada a osteoporose é denominada como fratura por insuficiência.

Epidemiologia:

EUA:

  • 34 milhões com osteomalácia
  • 10 milhões com osteoporose
    • 55% de pessoas com > 50 anos
    • 80% são mulheres
    • 1:2 mulheres vão sofrer fratura associado a osteoporose
  • 1 milhão com PAGET
  • 20000 a 50000 com osteogênese imperfecta
  • 1,4 milhões de novos casos de CA/ano, 50% podem causar metástases em esqueleto
    • Vem aumentando o n de pacientes com fraturas patológicas secundárias à CA, devido a aumento na sobrevida
    • Pp tumores: Mama, Pulmão, Próstata, Tireóide e Rim
      • Locais mais comuns: Coluna, pelve, costela, crânio e região proximal de ossos longos
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Q

Avaliação do paciente com fratura patológica:

A

Avaliação clínica

  • História:
    • Fratura espontânea
    • Depois de pequeno trauma
    • Dor no local antes da ocorrência da fratura (pródromos)
    • Várias fraturas recentes
    • Padrão de fratura incomum
    • > 45 anos
    • Hx de malignidade primária
    • Alarmes: peso, febre, sudorese, fadiga
  • Revisão de sistemas
  • Exame físico: Linfonodos, tireóide, mama, pulmões, próstata, testículos, reto.
  • Laboratório:
    • Não costumam formular o diagnóstico, mas podem dar pistas importantes.
    • Anemia de doença crônica pode estar presente
  • Problemas Associados
    • Dores intensas
    • Limitação para as atividades da vida diária (LAD)
    • Alterações neurológicas
    • Hipercalcemia
  • Avaliação radiográfica
    • RX simples (em dois planos):
      • Primeiro e mais importante estudo
      • Deve-se avaliar lesões específicas + qualidade do osso
      • Osteopenia: Osteoporose X Osteomalácia
        • Não podem ser definitivamente diferenciados pelo RX
        • Sugere Osteoporose (osso inadequado)
          • Corticais delgadas
          • Perda do padrão trabecular normal
        • Sugere Osteomalácia (osso inadequadamente mineralizado)
          • Linhas de Looser (linhas radioluscentes no lado de compressão do osso)
          • Calcificação de pequenos vasos
          • Reação periosteal nas falanges
      • Lesão osteolítica X osteoblástica
        • Com restante do osso normal, sugere neoplasia
        • Importante determinar se está inativa, ativa ou agressiva
        • Sugere benignidade ou malignidade de baixo grau:
          • Osteolítica circundada por margem de osso reativo sem reação endosteal ou periosteal
          • Erosão cortical contidas pelo periósteo
        • Sugere malignidade:
          • Grandes lesões que destroem a cortical
          • Apecto de roído de traças
          • Aspecto osteolítico: Pulmão, tireóide, rim, cólon
          • Aspecto osteoblástico: Próstata
          • Aspecto misto (osteolítico e osteoblástico): Mama
    • Rx específicos:
      • Uma avulsão isolada do trocanter menor é quase sempre patológica e essa lesão específica deve levantar suspeita de metástase oculta e fratura iminente do colo femoral.
      • Lesão cortical em adultos, comumente é originária de CA de pulmão, quando o doente ainda n tem um dx fechado
    • Passos na avaliação do RX:
      • Onde se localiza a lesão?
      • O que a lesão faz ao osso?Destruição total / difusa / mínima
      • O que o osso faz à lesão?
        • Borda bem definida – Benigno / maligno baixo grau
        • Intacto, mas reação periosteal grande – Agressivo
        • Reação periosteal que não acompanha o TU – Muito agressivo
      • Qual tecido da lesão?
        • Calcificado – Infarto ósseo / tu cartilaginoso
        • Ossificado – Osteossarcoma / osteoblastoma
        • Vidro fosco – Displasia fibrosa
    • Medicina Nuclear
      • Quando se suspeita ou se tem diagnóstico de metástase óssea deve-se realizar cintilografia com Tecnécio (detecta atividade osteoblástica)
      • Pode dar falsos negativos em mieloma múltiplo e carcinoma metastático de células renais, pois estes tem fraca atividade osteoblástica
      • Pode-se utilizar o PET, porém ainda carece mais estudos
    • Outros exames: (TC, RNM)
      • Outros exames de imagem podem e devem ser utilizados para se avaliar o TU de origem e realizar estadiamento do mesmo.
  • Quando e como fazer uma Bx
    • É necessário a Bx de qq lesão solitária em uma paciente com ou sem diagnóstico de CA, para se estabelecer um diagnóstico preciso
    • Pode ser por agulha (preferido) ou incisional
    • Fratura patológica por lesão lítica dificulta obter Bx devido a sangramento e calo de fratura precoce.
      • Deve-se então estabilizar a fratura (tração ou gesso), e completar os estudos com base nas imagens ou em outra lesão mais acessível
    • Bx Incisional
      • Obter fragmento próximo a fratura, mas não afetado
      • Pedaço menor possível
      • Orientação longitudinal e alinhado com o membro
      • Manter condições excelentes de hemostasia
        • Tecidos contaminados por hematoma pós Bx devem ser considerados contaminados por células tumorais
      • Sempre mandar fragmentos para cultura (infecção pode simular Tu)
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3
Q

Fraturas patológicas Iminentes

Score de Mirels

A

Considera-se que uma lesão está em risco de fraturar se: (n é consenso)

  • Dolorosa
  • Medir >2,5cm
  • Envolver >50% da cortical

Opções de tratamento para uma metástase esquelética conhecida:

  • Estabilização cirúrgica profilática antes da radioterapia
  • Radio / quimioterapia sem estabilização profilática

Score de Mirels

  • Para essa definição utiliza-se os critérios de Mirels, sendo que até 7 não se faz a estabilização profilática e de 8 em diante ela está indicada.
  • Pacientes tratados com estabilização profilática (quando indicados) tem menor tempo de hospitalização e complicações, assim como maior possibilidade de alta para o lar e alivio mais rápido da dor e retorno as funções.
  • A decisão de prosseguir com a interveção operatória é multifatorial e deve ser individualizada, dependendo da expectativa de vida, comorbidades, extensão da doença, histologia, grau da dor. (Não depende apenas da classificação).
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